segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Liturgia do dia 06/07/2018


Liturgia do dia 06/07/2018


Leituras
Am 8,4-6.9-12
Sl 118(119),2.10.20.30.40.131 (R/. Mt 4,4)
Mt 9,9-13

13ª Semana do Tempo Comum

Sexta-Feira

Primeira Leitura: Am 8,4-6.9-12

4 Escutai isto, vós que esmagais o pobre, e quereis exterminar os humildes do país; 5 vós que dizeis: “Quando passará a lua nova, para podermos vender o trigo; e o sábado, para liquidarmos os estoques de cereais? Nós diminuiremos as medidas de vender, aumentaremos o peso do dinheiro a pagar, e falsearemos as balanças para enganar. 6 Compraremos a gente simples por dinheiro, e o pobre por qualquer par de chinelos. E do trigo venderemos até a varredura dos detritos!” 9 Acontecerá naquele dia — oráculo do Senhor Javé — que eu farei ao meio-dia o sol se pôr, e em dia de luz cobrirei a terra de trevas. 10 Mudarei em luto as vossas festas, e em lamentações todos os vossos cânticos. Colocarei saco sobre todos os rins, e tonsura sobre todas as cabeças. Farei daquele Dia como um luto de filho único, e será até o fim como um dia de amargura. 11 Eis que dias hão de vir — Oráculo do Senhor Javé — nos quais eu enviarei fome sobre a terra:fome e sede, não de pão nem de água, mas de ouvir a palavra de Javé. 12 Os homens irão cambaleando de um mar ao outro mar, andarão vagando do norte ao oriente, em busca da palavra de Javé, e não a encontrarão!
Salmo: Sl 118(119),2.10.20.30.40.131 (R/. Mt 4,4)

R. O homem não vive somente de pão, mas de toda palavra da boca de Deus.
2 Felizes os que guardam seus preceitos, os que o buscam de todo o coração.

10 De todo o coração eu te procuro, não me deixes fugir de teus preceitos.

20 Minha alma se consome o tempo todo em desejar, Senhor, teus julgamentos.

30 Escolhi o caminho da verdade, pus diante dos meus olhos teus decretos.

40 Vê como anseio pelos teus preceitos, pela tua justiça, dá-me a vida!

131 Abro, Senhor, a minha boca e aspiro, pois dos teus mandamentos estou ávido.
Evangelho: Mt 9,9-13

9 Partindo dali, Jesus viu um homem sentado junto ao posto da alfândega, chamado Mateus. E lhe disse: “Segue-me”. Levantando-se, ele começou a segui-lo. 10 Ora, quando Jesus estava à mesa na casa dele, sucedeu que chegaram muitos detestados cobradores de impostos e pecadores, e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos. 11 Vendo isto, perguntaram os fariseus aos discípulos: “Por que o vosso mestre come com tais cobradores de impostos e com os pecadores?”. 12 Mas Jesus os ouviu e disse: “Não são as pessoas de saúde que precisam de médico, mas os doentes. 13 Ide aprender o que significa: Prefiro a misericórdia ao sacrifício. Em verdade, não vim chamar os justos, mas os pecadores”.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
“... eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores” (Mt 9,13c).
Este Evangelho nos mostra a completa diferença entre os fariseus e Jesus perante o problema dos pecados que todo homem comete. Todos cometem pecados, e quem afirmar que não comete já cometeu (1Jo 1,10).
Mas a reação perante os pecadores pode ser muito diferente de pessoa para pessoa.
No caso dos fariseus, não só procuravam evitar as mínimas falhas no cumprimento da Lei e dos preceitos que se acumularam pelos séculos, como achavam que deviam advertir os que, na opinião deles, deviam ser taxados de pecadores por não cumprirem detalhes da Lei e dos preceitos.
E Jesus, como reagia aos pecadores com os quais se encontrava?
Ele reagia como era vontade de Deus: fora o Pai quem decidira dar a Seu Filho encarnado o nome de “Salvador” (Mt 1,21). Portanto Jesus devia realizar o que seu nome significava. É assim que o vemos no Evangelho de hoje. Ele afirma, sem a menor dúvida, que veio para os pecadores.
Pensemos quanto os pecadores são importantes para Deus e para Jesus.
Jesus chegou a compor uma estória emocionante, a do “filho pródigo”, precisamente para nos mostrar, na figura daquele pai, o que é o amor de Deus pelos seus filhos que se convertem.
Deus faz de tudo para que os pecadores se convertam, e em seguida lhes restitui a dignidade perdida, porque são seus filhos.
O que nos aconteceu no Batismo foi precisamente esta ação salvadora de Deus em nosso benefício. Antes éramos pecadores, e Deus nos concedeu o perdão e nos adotou como filhos. Sabemos que isto acontece pelo mérito de Jesus Cristo, que na cruz pagou por nossos pecados.
Para nós, hoje em dia, é fácil entender como Jesus veio para os pecadores. Mas para as pessoas com as quais Ele convivia isto não era claro, tanto que os fariseus se escandalizaram quando Jesus foi procurar os pecadores para jantar com eles na casa de São Mateus.
Pensemos nestas coisas.
E imaginemos como Deus age com amor por nós, oferecendo-nos sempre o perdão. Se Jesus mandou perdoar setenta vezes setenta vezes, Deus, que é rico de bondade e perdão, nos perdoará quantas vezes puder desde que nos possa salvar. Para Deus não há pecado sem perdão. Devemos nos alegrar por isto, e jamais perder esperança no poder misericordioso de Deus. Ele prefere nos tratar com misericórdia e não com sua ira divina.
Perguntemos: como julgamos os pecadores?
Desejamos que Deus os puna sem misericórdia?
Ou queremos, como Jesus, que se convertam e se salvem?

Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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