REUNIÃO DE ORAÇÃO NA CAPELA NOSSA SENHORA DAS VITÓRIAS APARTIR DAS 19:00 HORAS ! TEREMOS FORMAÇÃO HOJE !
TODOS ESTÃO CONVIDADOS !
terça-feira, 28 de novembro de 2017
SANTO DIA 28 DE NOVEMBRO DE 2017.
São Tiago da Marca, dedicou sua vida para a causa do Evangelho.
São Tiago da Marca, ficou tão edificado com os diálogos que travou com os franciscanos, que resolveu entrar para a Família de São Francisco de Assis
O santo de hoje morreu dizendo “Jesus, Maria, bendita Paixão de Jesus”, isto porque sua vida toda foi dedicada para a causa do Evangelho. Tiago da Marca nasceu no ano 1391 numa aldeia da Marca de Ancona, Itália. Recebeu no Batismo o nome de Domingos. Tendo morrido seu pai e sua mãe, ficou aos cuidados de um homem rico que o encaminhou para trabalhos administrativos. Desta forma, São Tiago conheceu a iniquidade do mundo, tomando a decisão de se retirar para um convento.
Quando despertou para a vocação à vida Consagrada, São Tiago pensou em entrar para os Cartuxos, mas ao viajar para Babiena, na Toscana, ficou tão edificado com os diálogos que travou com os franciscanos, que resolveu entrar para a Família de São Francisco de Assis. Recebeu o hábito, tomando o nome de Tiago, no Convento de Nossa Senhora dos Anjos, perto de Assis, onde, pouco tempo depois, fez profissão.
Dormia apenas três horas por noite; e passava o restante da noite na meditação das coisas celestes. Nunca comia carne, jejuava inviolavelmente as sete quaresmas de S. Francisco. Todos os dias se disciplinava com rigor. A única pena que sentia era não poder dedicar-se à pregação, único emprego que desejava na sua Ordem. Para conseguir o que tanto desejava, foi a Nossa Senhora do Loreto, celebrou a Santa Missa e, depois da consagração, a Santíssima Virgem apareceu-lhe a dizer que a sua oração tinha sido ouvida.
Começou a pregar com tanto fervor que nunca subia ao púlpito sem tocar os corações mais endurecidos, fazendo muitas conversões miraculosas. Foi associado a São João Capistrano para pregar a Cruzada contra os turcos que, tendo-se apoderado de Constantinopla, enchiam de terror toda a cristandade. Foi tal o seu zelo por esta ocasião que se lhe pode atribuir em grande parte o sucesso desta gloriosa empreitada.
Como sacerdote dedicou-se nas pregações populares onde, de modo simples, vivo e eficaz, evangelizava e espalhava a Sã Doutrina Católica em diversas regiões da Europa. São Tiago anunciava, mas também denunciava toda opressão social, pois os negociantes e mercadores tiranizavam o povo com empréstimos de juros sem fim, por causa disso o santo fundou os bancos populares que emprestavam com juros mínimos. Por fim, São Tiago se instalou em Nápoles onde teve a revelação que aí terminaria seus dias, como de fato aconteceu a 28 de novembro de 1476, isto depois de ser atingido por uma doença mortal. Foi canonizado em 1726 pelo Papa Bento XIII.
São Tiago da Marca, rogai por nós !
Meditando o Evangelho de hoje Dia Litúrgico: Terça-Feira, 28 de Novembro
Meditando o Evangelho de hoje
Dia Litúrgico: Terça-Feira, 28 de Novembro
Evangelho de hoje: Lc 21,5-11
TEMPO COMUM
Jesus disse: "Dias virão em que destas coisas que vedes não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído”. Então, o interrogaram: "Mestre, quando acontecerá isso? E que sinal haverá para saber-se que isso se vai cumprir?”. Jesus respondeu: "Vede que não sejais enganados. Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu; e ainda: O tempo está próximo. Não sigais após eles. Quando ouvirdes falar de guerras e de tumultos, não vos assusteis; porque é necessário que isso aconteça primeiro, mas não virá logo o fim”. Disse-lhes também: "Irão levantar-se nação contra nação e rei no contra reino. Haverá grandes terremotos por várias partes, fomes e pestes, e aparecerão fenômenos espantosos no céu”.
Comentário
Seria minha fé a mesma sem templo? Sem liturgia? Sem comunidade? Seria a Igreja a mesma sem mim? Senhor, dá-me a graça de alimentar-me de ti no templo e em minha casa, caminhando e trabalhando, nas compras e no hospital... E se as obrigações da vida me impedem de fruir tuas mediações, faz-me compreender que vens comigo e sais ao meu encontro, peregrino !
FONTE: http:// www.avemaria.com.br/ evangelho
Dia Litúrgico: Terça-Feira, 28 de Novembro
Evangelho de hoje: Lc 21,5-11
TEMPO COMUM
Jesus disse: "Dias virão em que destas coisas que vedes não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído”. Então, o interrogaram: "Mestre, quando acontecerá isso? E que sinal haverá para saber-se que isso se vai cumprir?”. Jesus respondeu: "Vede que não sejais enganados. Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu; e ainda: O tempo está próximo. Não sigais após eles. Quando ouvirdes falar de guerras e de tumultos, não vos assusteis; porque é necessário que isso aconteça primeiro, mas não virá logo o fim”. Disse-lhes também: "Irão levantar-se nação contra nação e rei no contra reino. Haverá grandes terremotos por várias partes, fomes e pestes, e aparecerão fenômenos espantosos no céu”.
Comentário
Seria minha fé a mesma sem templo? Sem liturgia? Sem comunidade? Seria a Igreja a mesma sem mim? Senhor, dá-me a graça de alimentar-me de ti no templo e em minha casa, caminhando e trabalhando, nas compras e no hospital... E se as obrigações da vida me impedem de fruir tuas mediações, faz-me compreender que vens comigo e sais ao meu encontro, peregrino !
FONTE: http://
Tempo Comum – Anos Ímpares – XXXIV Semana – Terça-feira 28 Novembro 2017
Tempo Comum – Anos Ímpares – XXXIV Semana – Terça-feira
28 Novembro 2017
Lectio
Primeira leitura: Daniel 2, 31-45
Naqueles dias, Daniel disse ao rei: 31tu tiveste uma visão. Eis que uma grande, uma enorme estátua se levantava diante de ti; era de um brilho extraordinário, mas de um aspecto terrível. 32Esta estátua tinha a cabeça de ouro fino, o peito e os braços de prata, o ventre e as ancas de bronze, 33as pernas de ferro, os pés metade de ferro e metade de barro. 34Contemplavas tu esta estátua, quando uma pedra se desprendeu da montanha, sem intervenção de mão alguma, e veio bater nos seus pés, que eram de ferro e argila, e lhos esmigalhou. 35Então, com a mesma pancada foram feitos em pedaços o ferro, o barro, o bronze, a prata, o ouro, e, semelhantes ao pó que no Verão voa da eira, foram levados pelo vento sem que deixassem qualquer vestígio. A pedra que tinha embatido contra a estátua transformou-se numa alta montanha, que encheu toda a terra. 36Este era o sonho. Vamos agora dar ao rei a sua interpretação. 37Tu, ó rei, és o rei dos reis, a quem o Deus dos céus deu a realeza, o poder, a força e a glória; 38a quem entregou o domínio sobre os homens, onde quer que eles habitem, sobre os animais terrestres e sobre as aves do céu. Tu é que és a cabeça de ouro. 39Depois de ti surgirá um outro reino menor que o teu; depois um terceiro reino, o de bronze, que dominará sobre toda a terra. 40Um quarto reino será forte como o ferro; assim como o ferro quebra e esmaga tudo, assim este esmagará e aniquilará todos os outros. 41Os pés e os dedos que viste, em parte de argila de oleiro, em parte de ferro, indicam que este reino será dividido; haverá nele alguma coisa da resistência do ferro, conforme tu viste ferro misturado com argila. 42Os dedos dos pés, em parte de ferro e em parte de barro, significam que o reino será ao mesmo tempo forte e frágil. 43Se tu viste o ferro junto com o barro, foi porque as duas partes se uniram por descendência humana, mas não se aguentarão juntas, do mesmo modo que o ferro não se funde com a argila. 44No tempo destes reis, o Deus dos céus fará aparecer um reino que jamais será destruído e cuja soberania nunca passará para outro povo. Esmagará e aniquilará todos os outros, enquanto ele subsistirá para sempre. 45Foi o que pudeste ver na pedra que se desprendia da montanha, sem intervenção de mão alguma, e que reduzia a migalhas o ferro, o bronze, a argila, a prata e o ouro.
Nabucodonosor teve um sonho que lhe agitou o espírito e lhe fez perder o sono. Os seus escribas, magos, feiticeiros e os caldeus, não conseguiram interpretar esse sonho, porque só Deus pode desvendar os mistérios (cf. v. 28). E desvenda-os ao seu servo Daniel. Este narra a visão que o rei tivera e tanto o assustava: uma enorme estátua construída com diversos materiais: ouro, prata, bronze, ferro e argila. De um monte desprende-se uma pedra que atinge os pés da estátua e a faz em pedaços, enquanto a própria pedra se transforma numa alta montanha que enche a terra. Depois, Daniel prossegue explicando o significado da visão: depois de Nabucodonosor, vão suceder-se quatro reinos, cada um dos quais suplantará o anterior, numa progressiva decadência até ao último, enfraquecido pela amálgama de ferro e argila. Então surgirá, por obra de Deus, um reino que aniquilará os outros, simbolizado pela pedra. O autor talvez pense na desagregação do império de Alexandre Magno nos reinos dos sucessores, para afirmar a soberania eterna de Deus, que põe termo ao domínio humano com a imagem escatológica da unificação mundial.
Evangelho: Lucas 21, 5-11
5Naquele tempo, comentavam alguns que o templo estava adornado de belas pedras e de ofertas votivas. Jesus respondeu-lhes: 6«Virá o dia em que, de tudo isto que estais a contemplar, não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído.» 7Perguntaram-lhe, então: «Mestre, quando sucederá isso? E qual será o sinal de que estas coisas estão para acontecer?» 8Ele respondeu: «Tende cuidado em não vos deixardes enganar, pois muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu’; e ainda: ‘O tempo está próximo. ‘ Não os sigais. 9Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas, não vos alarmeis; é necessário que estas coisas sucedam primeiro, mas não será logo o fim.» 10Disse-lhes depois: «Há-de erguer-se povo contra povo e reino contra reino. 11Haverá grandes terramotos e, em vários lugares, fomes e epidemias; haverá fenómenos apavorantes e grandes sinais no céu.»
O fim do mundo e a vida futura marcam a espiritualidade cristã. É o que Lucas nos indica ao referir mais um “Discurso escatológico” de Jesus (cf. Lc 17, 20-37). As perguntas que os ouvintes fazem a Jesus – «Mestre, quando sucederá isso? E qual será o sinal de que estas coisas estão para acontecer?» – são duas pistas para investigarmos a mensagem. O discurso de Jesus é pronunciado diante do templo, com as suas «belas pedras» e «ofertas votivas», o que cria contraste entre o presente, que ameaça fechar a religiosidade dos contemporâneos de Jesus, e o futuro para onde Jesus deseja orientar a fé dos seus ouvintes. Ao responder, Jesus anuncia o fim do templo e, de certo modo, de tudo aquilo que ele simboliza. Anuncia o fim do mundo que se concretizará nessa catástrofe e em tantas outras. Tudo o que é deste mundo terá certamente fim, mais tarde ou mais cedo. Por isso, o mais importante é acolhermos o ensinamento de Jesus e deixar-nos guiar por ele, enquanto aguardamos a sua vinda. A sua palavra ajudar-nos-á a discernir pessoas e acontecimentos, e a optar pelos valores que nos propõe. Há muita gente que anuncia a proximidade do fim do mundo, para nos aterrorizar, e nos oferece caminhos de salvação. Jesus não faz isso. Mesmo quando fala do fim do mundo, preocupa-se em iluminar-nos e em confortar-nos.
Meditatio
A imagem da primeira leitura, fortemente simbólica como é próprio do estilo apocalíptico, tem uma mensagem profunda, que precisamos de captar, para percebermos o seu significado último.
O livro de Daniel foi composto no tempo de Antíoco IV, quando o povo estava reduzido a quase nada, oprimido, sem esperança. Os Hebreus fervorosos aprofundaram a sua fé, considerando a sorte dos povos que os tinham dominado anteriormente, Medos, Persas, Gregos, colossos de poder, que desapareceram uns depois dos outros. O mesmo havia de suceder a Antíoco Epifânio. Uma «pedra» havia de desprender-se da montanha, para reduzir a cacos a estátua. Nesta pedra, desprendida da montanha, «sem intervenção de mão alguma» (v. 34), reconhecemos Cristo, nascido da Virgem sem pai terreno, que veio a proclamar e a estabelecer o seu reino com a vitória sobre o mal. O reino de Deus é muito diferente do reino dos homens. Apresenta-se na humildade, estabelece-se nos corações e transforma-os sem clamor, com um poder enorme, mas secreto.
Acontece-nos, muitas vezes, desejar um reino mais visível. Mas é um sonho a que temos de renunciar. O importante é acolhermos o reino em nós, n
as nossas famílias, nas nossas comunidades, na Igreja. Jesus avisa-nos: «Tende cuidado em não vos deixardes enganar» (v. 8). De facto, também hoje, há pessoas que propõem coisas extraordinárias. «Não vos alarmeis», alerta-nos Jesus (v. 8). Tudo o que acontece é humano. O reino é uma realidade eterna.
Quando nos sentimos oprimidos por diversos «impérios», externos ou internos a nós mesmos, aprofundemos a nossa fé no Rei que não falha, no Rei forte, perante o Qual todos os outros poderes são reduzidos a nada.
«Verificamos que o mundo de hoje se agita num imenso esforço de libertação: libertação de tudo quanto lesa a dignidade do homem e ameaça a realização das suas mais profundas aspirações: a verdade, a justiça, o amor, a liberdade (cf. GS 26-27) … Nestas interrogações e procuras entrevemos a expectativa de uma resposta que os homens esperam, mesmo sem chegar a formulá-la claramente. Partilhamos essas aspirações dos nossos contemporâneos, como abertura possível ao advento de um mundo mais humano, ainda que elas contenham o risco de um malogro e de uma degradação. Pela fé, na fidelidade ao magistério da Igreja, relacionamos tais aspirações com a vinda do Reino, por Deus prometido e realizado em seu Filho (Cst 36-37).
O livro de Daniel foi composto no tempo de Antíoco IV, quando o povo estava reduzido a quase nada, oprimido, sem esperança. Os Hebreus fervorosos aprofundaram a sua fé, considerando a sorte dos povos que os tinham dominado anteriormente, Medos, Persas, Gregos, colossos de poder, que desapareceram uns depois dos outros. O mesmo havia de suceder a Antíoco Epifânio. Uma «pedra» havia de desprender-se da montanha, para reduzir a cacos a estátua. Nesta pedra, desprendida da montanha, «sem intervenção de mão alguma» (v. 34), reconhecemos Cristo, nascido da Virgem sem pai terreno, que veio a proclamar e a estabelecer o seu reino com a vitória sobre o mal. O reino de Deus é muito diferente do reino dos homens. Apresenta-se na humildade, estabelece-se nos corações e transforma-os sem clamor, com um poder enorme, mas secreto.
Acontece-nos, muitas vezes, desejar um reino mais visível. Mas é um sonho a que temos de renunciar. O importante é acolhermos o reino em nós, n
as nossas famílias, nas nossas comunidades, na Igreja. Jesus avisa-nos: «Tende cuidado em não vos deixardes enganar» (v. 8). De facto, também hoje, há pessoas que propõem coisas extraordinárias. «Não vos alarmeis», alerta-nos Jesus (v. 8). Tudo o que acontece é humano. O reino é uma realidade eterna.
Quando nos sentimos oprimidos por diversos «impérios», externos ou internos a nós mesmos, aprofundemos a nossa fé no Rei que não falha, no Rei forte, perante o Qual todos os outros poderes são reduzidos a nada.
«Verificamos que o mundo de hoje se agita num imenso esforço de libertação: libertação de tudo quanto lesa a dignidade do homem e ameaça a realização das suas mais profundas aspirações: a verdade, a justiça, o amor, a liberdade (cf. GS 26-27) … Nestas interrogações e procuras entrevemos a expectativa de uma resposta que os homens esperam, mesmo sem chegar a formulá-la claramente. Partilhamos essas aspirações dos nossos contemporâneos, como abertura possível ao advento de um mundo mais humano, ainda que elas contenham o risco de um malogro e de uma degradação. Pela fé, na fidelidade ao magistério da Igreja, relacionamos tais aspirações com a vinda do Reino, por Deus prometido e realizado em seu Filho (Cst 36-37).
Oratio
Senhor, Pai santo, com o óleo da alegria consagrastes Sacerdote, Jesus Cristo, Nosso Senhor, para que, oferecendo-Se no altar da cruz, como vítima de reconciliação, consumasse o mistério da redenção humana e, submetendo ao seu poder todas as criaturas, oferecesse à vossa infinita majestade um reino eterno e universal: reino de verdade e de vida, reino de santidade e de graça, reino de justiça, de amor e de paz. Por isso, com os coros dos Anjos e dos Arcanjos, e com todos os coros celestes, proclamamos a vossa glória, hoje e sempre. Amen.
Contemplatio
Jesus é o Rei dos reis. – David viu profeticamente estes reis magos e descreveu-os no salmo 71: «Os reis de Tarsis e das ilhas ofereceram-lhe presentes; os reis da Arábia e de Saba trouxeram-lhe os seus tributos. Todos os reis da terra o hão-de adorar e todos os povos o hão-de servir». Nada está mais bem marcado no Antigo e no Novo Testamento do que a realeza de Jesus. O que o Antigo Testamento dizia de Deus, que é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores (Dt 10), o Apocalipse di-lo várias vezes de Cristo. – «Ele é o primogénito de entre os mortos e o Príncipe dos reis da terra» (Ap 1,5). «O cordeiro triunfará sobre todos os reis, porque ele é o Senhor e o Rei de todos os que reinam» (Ap 17, 14). «O Verbo de Deus reinará sobre todos os povos; o título escrito sobre o seu brasão é: Rei dos reis e Senhor dos senhores» (Ap 19,16). Todo o salmo 2 é o cântico de glória da realeza de Cristo: «Os reis lutarão em vão contra ele. Deus disse-lhe: pede-me todas as nações em herança e eu dar-tas-ei, tu reinarás sobre todos os reis». S. Paulo diz aos Colossenses: «Cristo é o chefe de todo o principado e de toda a potestade» (2,10). Nós vimos ao longo dos séculos o belo reino de Cristo. É o seu direito, ele conquistou a coroa resgatando os homens e as sociedades. Este reino pode encontrar dificuldades e provas, mas Cristo triunfará sempre. «É em vão, diz David, que os reis e os povos conspiram contra Deus e o seu Ungido, o rei dos reis há-de rir-se deles» (Sl 2). (Leão Dehon, OSP 3, p. 38).
Actio
Repete frequentemente e vive hoje a palavra:
«Tende cuidado; não vos deixardes enganar» (Lc 21, 8).
«Tende cuidado; não vos deixardes enganar» (Lc 21, 8).
Liturgia do dia 28/11/2017
Leituras
Dn 2,31-45
Dn 3,57. 58. 59. 60. 61 (Cf. 59b)
Lc 21,5-11
Dn 2,31-45
Dn 3,57. 58. 59. 60. 61 (Cf. 59b)
Lc 21,5-11
34ª Semana do Tempo Comum - Ano A
Terça-Feira
Primeira Leitura: Dn 2,31-45
Naqueles dias, disse Daniel a Nabucodonosor 31 Tu, ó rei, tiveste uma visão. Ei-la: uma estátua, grande estátua, muito brilhante, erguia-se diante de ti, de aspecto terrível. 32 A cabeça desta estátua era de ouro escolhido; o peito e os braços eram de prata; o ventre e as coxas eram de bronze; 33 as pernas, de ferro; os pés, parte de ferro e parte de argila. 34 Estavas a olhá-la; quando, sem intervenção de ninguém, uma pedra se desprendeu e feriu a estátua nos pés, parte de ferro e parte de argila, quebrando-os. 35 Então se desfizeram, de uma só vez, o ferro, a argila, o bronze, a prata e o ouro, como se fossem palha que o vento leva para fora da eira no verão. Não sobrou nem vestígio deles. A pedra que atingira a estátua tornou-se um grande monte que encheu toda a terra. 36 Este é o sonho, cuja interpretação exporemos na presença do rei; 37 Tu, ó rei, rei dos reis, a quem o Deus do Céu confiou o reino, o poder, a força e a glória 38 — os filhos dos homens e os animais do campo, as aves do céu, em qualquer lugar que moram, ele os colocou em tuas mãos, fazendo-te soberano de todos eles —, és a cabeça de ouro. 39Depois de ti surgirá outro reino, inferior ao teu, e um terceiro reino, de bronze, que dominará sobre toda a terra. 40 Um quarto reino será forte como ferro, como o ferro que esmaga e despedaça tudo; como o ferro esmagador, ele esmagará e quebrará a todos eles. 41Quanto aos pés que viste, parte de argila e parte de ferro, é um reino que será dividido; participará da firmeza do ferro, pelo que viste ferro misturado com argila. 42 Os pés, parte de ferro e parte de argila: o reino será parte firme e parte frágil. 43 Como viste o ferro misturado com barro, eles se misturarão por meio de matrimônio recíproco, sem formar um conjunto resistente, como ferro não se liga com argila. 44 Nos dias deste reino, o Deus do Céu suscitará um reino que não será jamais destruído: este reino não passará a outro povo; antes, esmigalhará e aniquilará todos estes reinos, durando ele mesmo eternamente, 45 conforme viste que uma pedra foi arrancada do monte sem intervenção de ninguém, esmigalhando o ferro, o bronze, a argila, a prata e o ouro. O grande Deus revelou ao rei o que está para vir. O sonho é verídico, fiel é a sua interpretação”.
Salmo: Dn 3,57. 58. 59. 60. 61 (Cf. 59b)
R. Louvai-o e exaltai-o pelos séculos!
57 Obras do Senhor, bendizei ao Senhor.
58 Anjos do Senhor, bendizei ao Senhor.
59 Céus, bendizei ao Senhor.
60 Águas sobre os céus, bendizei ao Senhor.
61 Forças do Senhor, bendizei ao Senhor.
Evangelho: Lc 21,5-11
Naquele tempo: 5 Como alguns lhe observassem que o Templo era construído de belas pedras e ornado com ricos donativos, Jesus disse: 6 “Virão dias em que, de tudo quanto contemplais, não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído”. 7 Perguntaram-lhe: “Mestre, quando acontecerá isto? Qual será o sinal para indicar o momento em que estas coisas vão acontecer?”. 8 Ele respondeu: “Tende cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome dizendo: ‘Eu sou o Messias!’, e ainda: ‘O tempo está próximo!’.Não os sigais.9 Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não vos assusteis: é preciso que, primeiro, isto aconteça, mas não será logo o fim”. 10 Depois lhes disse: “Levantar-se-á povo contra povo e reino contra reino.11 Haverá grandes terremotos e, em várias partes, pestes e fomes, bem como fenômenos espantosos no céu.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2017 - Ano A - São Mateus, Brasília, Edições CNBB, 2016.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
“ ... acontecerão coisas pavorosas e grande sinais serão vistos no céu”. (Lc 21, 11cd).
Um dia Jesus observou como algumas pessoas, em Jerusalém, olhavam para a solidez das construções junto do Templo, imaginando que permaneceriam por séculos sem fim.
Mas Jesus as adverte. Tudo neste mundo terá um fim, num dia determinado por Deus.
Não será desta vez que Jesus dirá que não sabe nem o dia nem a hora do fim do mundo. Mas desta vez diz o que sabe sobre os sinais que serão dados antes do fim.
Ele disse que o Templo seria destruído. Não ficaria pedra sobre pedra.
Ora, este primeiro sinal já aconteceu.
Mas Jesus deu outros sinais: antes do fim haverá no mundo guerras e revoluções.
Estes sinais já estão acontecendo. Basta ouvir as notícias nos meios de comunicação. Mas isto, é verdade, tem acontecido deste os tempos de Jesus e antes Dele. No entanto, Jesus fala de guerras e revoluções bem antes do fim. Portanto deveremos ficar atentos. Serão guerras e revoluções que terão a clara marca de um aviso do fim, embora, ainda agora, não saibamos como.
Jesus também deu como sinais do fim do mundo grandes desastres naturais: terremotos, maremotos, tsunamis, erupção de vulcões. Mas isto já tem acontecido desde o começo do mundo.
Quando, então, tais desastres naturais serão os verdadeiros sinais do fim do mundo? Somente podemos supor que quanto acontecerem as pessoas saberão que aqueles sinais serão diferentes, terão a marca do fim próximo. Quem viver verá.
Jesus, por fim, predisse fomes e pestes. Isto tem acontecido desde o início da história da humanidade.
Quando estes sinais serão verdadeiros anúncios do fim do mundo?
Jesus nos faz supor que quando acontecerem as pessoas os entenderão como verdadeiros sinais de fim de mundo.
Se em nossos dias estes fatos nos assustam mais numa época do que em outra, seu efeito é positivo: sabemos que no fim do mundo será assim. Como não sabemos nem o dia nem a hora, continuamos perseverantes numa vida longe dos pecados que no Juízo Final poderão nos condenar ao inferno.
Afinal, todos estes sinais devem acontecer para cada geração da humanidade.
Todas devem se lembrar que o fim do mundo tem data e hora que somente Deus sabe.
Se só Deus sabe, pode ser amanhã.
E com esta consciência, estamos prevenidos por Jesus: estejamos prontos para qualquer momento em que o Juízo Final pode acontecer. Mas não chegaremos a ele desprevenidos. Jesus nos disse tudo o que podia dizer, do que Ele sabia. Sejamos gratos a Ele. E sigamos seu conselho: “Quem perseverar até o fim será salvo” (Mt 24,13).
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
Naqueles dias, disse Daniel a Nabucodonosor 31 Tu, ó rei, tiveste uma visão. Ei-la: uma estátua, grande estátua, muito brilhante, erguia-se diante de ti, de aspecto terrível. 32 A cabeça desta estátua era de ouro escolhido; o peito e os braços eram de prata; o ventre e as coxas eram de bronze; 33 as pernas, de ferro; os pés, parte de ferro e parte de argila. 34 Estavas a olhá-la; quando, sem intervenção de ninguém, uma pedra se desprendeu e feriu a estátua nos pés, parte de ferro e parte de argila, quebrando-os. 35 Então se desfizeram, de uma só vez, o ferro, a argila, o bronze, a prata e o ouro, como se fossem palha que o vento leva para fora da eira no verão. Não sobrou nem vestígio deles. A pedra que atingira a estátua tornou-se um grande monte que encheu toda a terra. 36 Este é o sonho, cuja interpretação exporemos na presença do rei; 37 Tu, ó rei, rei dos reis, a quem o Deus do Céu confiou o reino, o poder, a força e a glória 38 — os filhos dos homens e os animais do campo, as aves do céu, em qualquer lugar que moram, ele os colocou em tuas mãos, fazendo-te soberano de todos eles —, és a cabeça de ouro. 39Depois de ti surgirá outro reino, inferior ao teu, e um terceiro reino, de bronze, que dominará sobre toda a terra. 40 Um quarto reino será forte como ferro, como o ferro que esmaga e despedaça tudo; como o ferro esmagador, ele esmagará e quebrará a todos eles. 41Quanto aos pés que viste, parte de argila e parte de ferro, é um reino que será dividido; participará da firmeza do ferro, pelo que viste ferro misturado com argila. 42 Os pés, parte de ferro e parte de argila: o reino será parte firme e parte frágil. 43 Como viste o ferro misturado com barro, eles se misturarão por meio de matrimônio recíproco, sem formar um conjunto resistente, como ferro não se liga com argila. 44 Nos dias deste reino, o Deus do Céu suscitará um reino que não será jamais destruído: este reino não passará a outro povo; antes, esmigalhará e aniquilará todos estes reinos, durando ele mesmo eternamente, 45 conforme viste que uma pedra foi arrancada do monte sem intervenção de ninguém, esmigalhando o ferro, o bronze, a argila, a prata e o ouro. O grande Deus revelou ao rei o que está para vir. O sonho é verídico, fiel é a sua interpretação”.
Salmo: Dn 3,57. 58. 59. 60. 61 (Cf. 59b)
R. Louvai-o e exaltai-o pelos séculos!
57 Obras do Senhor, bendizei ao Senhor.
58 Anjos do Senhor, bendizei ao Senhor.
59 Céus, bendizei ao Senhor.
60 Águas sobre os céus, bendizei ao Senhor.
61 Forças do Senhor, bendizei ao Senhor.
Evangelho: Lc 21,5-11
Naquele tempo: 5 Como alguns lhe observassem que o Templo era construído de belas pedras e ornado com ricos donativos, Jesus disse: 6 “Virão dias em que, de tudo quanto contemplais, não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído”. 7 Perguntaram-lhe: “Mestre, quando acontecerá isto? Qual será o sinal para indicar o momento em que estas coisas vão acontecer?”. 8 Ele respondeu: “Tende cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome dizendo: ‘Eu sou o Messias!’, e ainda: ‘O tempo está próximo!’.Não os sigais.9 Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não vos assusteis: é preciso que, primeiro, isto aconteça, mas não será logo o fim”. 10 Depois lhes disse: “Levantar-se-á povo contra povo e reino contra reino.11 Haverá grandes terremotos e, em várias partes, pestes e fomes, bem como fenômenos espantosos no céu.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2017 - Ano A - São Mateus, Brasília, Edições CNBB, 2016.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
“ ... acontecerão coisas pavorosas e grande sinais serão vistos no céu”. (Lc 21, 11cd).
Um dia Jesus observou como algumas pessoas, em Jerusalém, olhavam para a solidez das construções junto do Templo, imaginando que permaneceriam por séculos sem fim.
Mas Jesus as adverte. Tudo neste mundo terá um fim, num dia determinado por Deus.
Não será desta vez que Jesus dirá que não sabe nem o dia nem a hora do fim do mundo. Mas desta vez diz o que sabe sobre os sinais que serão dados antes do fim.
Ele disse que o Templo seria destruído. Não ficaria pedra sobre pedra.
Ora, este primeiro sinal já aconteceu.
Mas Jesus deu outros sinais: antes do fim haverá no mundo guerras e revoluções.
Estes sinais já estão acontecendo. Basta ouvir as notícias nos meios de comunicação. Mas isto, é verdade, tem acontecido deste os tempos de Jesus e antes Dele. No entanto, Jesus fala de guerras e revoluções bem antes do fim. Portanto deveremos ficar atentos. Serão guerras e revoluções que terão a clara marca de um aviso do fim, embora, ainda agora, não saibamos como.
Jesus também deu como sinais do fim do mundo grandes desastres naturais: terremotos, maremotos, tsunamis, erupção de vulcões. Mas isto já tem acontecido desde o começo do mundo.
Quando, então, tais desastres naturais serão os verdadeiros sinais do fim do mundo? Somente podemos supor que quanto acontecerem as pessoas saberão que aqueles sinais serão diferentes, terão a marca do fim próximo. Quem viver verá.
Jesus, por fim, predisse fomes e pestes. Isto tem acontecido desde o início da história da humanidade.
Quando estes sinais serão verdadeiros anúncios do fim do mundo?
Jesus nos faz supor que quando acontecerem as pessoas os entenderão como verdadeiros sinais de fim de mundo.
Se em nossos dias estes fatos nos assustam mais numa época do que em outra, seu efeito é positivo: sabemos que no fim do mundo será assim. Como não sabemos nem o dia nem a hora, continuamos perseverantes numa vida longe dos pecados que no Juízo Final poderão nos condenar ao inferno.
Afinal, todos estes sinais devem acontecer para cada geração da humanidade.
Todas devem se lembrar que o fim do mundo tem data e hora que somente Deus sabe.
Se só Deus sabe, pode ser amanhã.
E com esta consciência, estamos prevenidos por Jesus: estejamos prontos para qualquer momento em que o Juízo Final pode acontecer. Mas não chegaremos a ele desprevenidos. Jesus nos disse tudo o que podia dizer, do que Ele sabia. Sejamos gratos a Ele. E sigamos seu conselho: “Quem perseverar até o fim será salvo” (Mt 24,13).
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
SANTO DO DIA 27 DE NOVEMBRO DE 2017.
Santa Catarina Labouré, privilegiada com a aparição de Nossa Senhora.
Santa Catarina Labouré, tornou-se escola de santidade para muitos
Santa Catarina de Labouré nasceu em Borgonha (França) a 2 de maio de 1806. Era a nona filha de uma família que, como tantas outras, sofria com as guerras napoleônicas.
Aos 9 anos de idade, com a morte da mãe, Catarina assumiu com empenho e maternidade a educação dos irmãos, até que ao findar desta sua missão, colocou-se a serviço do Bom Mestre, quando consagrou-se a Jesus na Congregação das Filhas da Caridade.
Aconteceu que, em 1830, sua vida se entrelaçou mais intimamente com os mistérios de Deus, pois a Virgem Maria começa a aparecer a Santa Catarina, a fim de enriquecer toda a Igreja e atingir o mundo com sua Imaculada Conceição, por isso descreveu Catarina:
“A Santíssima Virgem apareceu ao lado do altar, de pé, sobre um globo com o semblante de uma senhora de beleza indizível; de veste branca, manto azul, com as mãos elevadas até à cintura, sustentava um globo figurando o mundo encimado por uma cruzinha. A Senhora era toda rodeada de tal esplendor que era impossível fixá-la. O rosto radiante de claridade celestial conservava os olhos elevados ao céu, como para oferecer o globo a Deus. A Santíssima Virgem disse: Eis o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que mas pedem”.
Nossa Senhora apareceu por três vezes a Santa Catarina Labouré. Na terceira aparição, Nossa Senhora insiste nos mesmos pedidos e apresenta um modelo da medalha de Nossa Senhora das Graças. Ao final desta aparição, Nossa Senhora diz: “Minha filha, doravante não me tornarás a ver, mas hás-de ouvir a minha voz em tuas orações”.
Somente no fim do ano de 1832, a medalha que Nossa Senhora viera pedir foi cunhada e espalhada aos milhões por todo o mundo.
Confira também: Novena a Nossa Senhora das Graças
Como disse Sua Santidade Pio XII, esta prodigiosa medalha “desde o primeiro momento, foi instrumento de tão numerosos favores, tanto espirituais como temporais, de tantas curas, proteções e sobretudo conversões, que a voz unânime do povo a chamou desde logo medalha milagrosa“.
Esta devoção nascida a partir de uma Providência Divina e abertura de coração da simples Catarina, tornou-se escola de santidade para muitos, a começar pela própria Catarina que muito bem soube se relacionar com Jesus por meio da Imaculada Senhora das Graças.
Santa Catarina passou 46 anos de sua vida num convento, onde viveu o Evangelho, principalmente no tocante da humildade, pois ninguém sabia que ela tinha sido o canal desta aprovada devoção que antecedeu e ajudou na proclamação do Dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora em 1854.
Já como cozinheira e porteira, tratando dos velhinhos no hospício de Enghien, em Paris, Santa Catarina assumiu para si o viver no silêncio, no escondimento, na humildade. Enquanto viveu, foi desconhecida.
Santa Catarina Labouré entrou no Céu a 31 de dezembro de 1876, com 70 anos de idade.
Foi beatificada em 1933 e canonizada em 1947 pelo Papa Pio XII.
Santa Catarina Labouré, rogai por nós!
Tempo Comum – Anos Ímpares – XXXIV Semana – Segunda-feira 27 Novembro 2017
Tempo Comum – Anos Ímpares – XXXIV Semana – Segunda-feira
27 Novembro 2017
Lectio
Primeira leitura: Daniel 1, 1-6.8-20
No terceiro ano do reinado de Joaquim, rei de Judá, Nabucodonosor, rei da Babilónia, veio cercar Jerusalém. 2O Senhor entregou-lhe Joaquim, rei de Judá, e uma parte dos objectos do templo; Nabucodonosor transportou-os ao país de Chinear e colocou-os na sala do tesouro dos seus deuses. 3O rei deu ordem a Aspenaz, chefe dos criados, que lhe trouxesse jovens israelitas, de ascendência real ou de família nobre, 4sem qualquer defeito, formosos, dotados de toda a espécie de qualidades, instruídos, inteligentes e fortes. Seriam colocados no palácio real e Aspenaz devia ensinar-lhes as letras e a língua dos caldeus. 5O rei destinou-lhes uma provisão diária de alimentos, reservada à ementa da mesa real, e do vinho que ele bebia. A formação deles havia de durar três anos, após o que entrariam ao serviço na presença do rei. 6Entre estes, contavam-se Daniel, Hananias, Michael e Azarias, que pertenciam aos filhos de Judá. 8Daniel tomou a resolução de não se manchar com o alimento do rei e com o vinho que ele bebia. Por isso, pediu ao chefe dos criados para se abster deles. 9Deus fez com que o chefe dos criados acolhesse Daniel com benevolência e amabilidade. 10Mas depois disse-lhe: «Temo que o rei, meu senhor, que determinou o que vós haveis de comer e beber, venha a encontrar o vosso rosto mais magro que o dos outros jovens da mesma idade e assim me exponhais a uma repreensão da parte do rei.» 11Então, Daniel disse ao oficial, a quem o chefe dos criados tinha confiado o cuidado de Daniel, Hananias, Michael e Azarias: 12«Por favor, faz uma experiência de dez dias com os teus servos: que se nos dê apenas legumes a comer, e água a beber. 13Depois disto, compararás o nosso aspecto com o dos jovens que se alimentam das iguarias da mesa real e, conforme o que tiveres constatado, assim agirás com os teus servos.» 14Concordou com esta proposta e submeteu-os à prova, durante dez dias. 15Ao fim deste prazo, verificou-se que tinham melhor aspecto e estavam mais robustos que todos os jovens que comiam os acepipes da mesa real. 16Como consequência, o oficial retirava as iguarias e o vinho que lhes estavam destinados e mandava que lhes servissem legumes. 17A estes quatro jovens, Deus deu sabedoria e inteligência no domínio das letras e ciências. Daniel compreendia toda a espécie de visões e sonhos. 18Decorrido o tempo fixado pelo rei para a apresentação dos jovens, o chefe dos criados levou-os à presença de Nabucodonosor, 19que conversou com eles. Dentre todos os jovens, não houve nenhum que pudesse comparar-se a Daniel, Hananias, Michael e Azarias. Por isso, entraram ao serviço na presença do rei. 20Em qualquer assunto de sabedoria e inteligência que os consultasse, o rei achava-os dez vezes superiores a todos os escribas e magos do seu reino.
O livro de Daniel junta narrativas de tipo sapiencial com oráculos do género apocalíptico. O protagonista não é uma personagem histórica, mas uma figura simbólica, modelo de sabedoria e fidelidade à Lei. O livro, ambientado na época do exílio em Babilónia, remonta ao século III a. C., mas inclui naturalmente tradições anteriores.
O nosso texto refere a deportação ocorrida no tempo de Nabucodonosor. O autor serve-se das narrativas dos livros das Crónicas para pintar um quadro em que ressalta a figura de Daniel. A narrativa decorre à maneira das fábulas. O rei manda escolher alguns jovens, entre eles quatro israelitas nobres e dotados, para serem instruídos e colocados ao serviço da corte. São escolhidos Daniel, Hananias, Michael e Azarias, todos da tribo de Judá (vv. 3-6). Mas Daniel e os seus companheiros revelam-se decididos a não transgredir a Lei. Era essencial para os exilados manterem-se fiéis aos poucos preceitos que podiam observar fora da sua terra, e que os distinguiam dos pagãos: a circuncisão, o sábado, as prescrições referentes a alimentos. Os quatro jovens hebreus recusam a ementa real, e conseguem convencer o oficial, que deles cuidava, a servir-lhes apenas legumes e água. Levados à presença do rei, verifica-se que têm melhor aparência que os restantes jovens alimentados da mesa do rei. E são escolhidos para o serviço de Nabucodonosor, revelando-se grandes sábios, «dez vezes superiores a todos os escribas e magos do seu reino.» (v. 20).
O nosso texto refere a deportação ocorrida no tempo de Nabucodonosor. O autor serve-se das narrativas dos livros das Crónicas para pintar um quadro em que ressalta a figura de Daniel. A narrativa decorre à maneira das fábulas. O rei manda escolher alguns jovens, entre eles quatro israelitas nobres e dotados, para serem instruídos e colocados ao serviço da corte. São escolhidos Daniel, Hananias, Michael e Azarias, todos da tribo de Judá (vv. 3-6). Mas Daniel e os seus companheiros revelam-se decididos a não transgredir a Lei. Era essencial para os exilados manterem-se fiéis aos poucos preceitos que podiam observar fora da sua terra, e que os distinguiam dos pagãos: a circuncisão, o sábado, as prescrições referentes a alimentos. Os quatro jovens hebreus recusam a ementa real, e conseguem convencer o oficial, que deles cuidava, a servir-lhes apenas legumes e água. Levados à presença do rei, verifica-se que têm melhor aparência que os restantes jovens alimentados da mesa do rei. E são escolhidos para o serviço de Nabucodonosor, revelando-se grandes sábios, «dez vezes superiores a todos os escribas e magos do seu reino.» (v. 20).
Evangelho: Lucas 21, 1-4
Naquele tempo, 1Levantando os olhos, Jesus viu os ricos deitarem no cofre do tesouro as suas ofertas. 2Viu também uma viúva pobre deitar lá duas moedinhas 3e disse:«Em verdade vos digo que esta viúva pobre deitou mais do que todos os outros; 4pois eles deitaram no tesouro do que lhes sobejava, enquanto ela, da sua indigência, deitou tudo o que tinha para viver.»
Lucas, para nos inserir numa situação de vida que, hoje como ontem, nos interpela pela sua dramaticidade, serve-se de elementos contrastantes: os «ricos» e a «viúva», a «miséria» e o «supérfluo». O Evangelho não é um livro de piedosas exortações. Ilumina a realidade em que vivemos para que a possamos ler em profundidade. Jesus vê e elogia a pobre viúva; vê e não pode deixar de estigmatizar o gesto daqueles ricos. O olhar de Jesus é como que um juízo sobre a atitude daqueles que têm uma relação diferente com os bens, com o dinheiro. Um juízo que é sempre difícil de aceitar, mas que ilumina o gesto e o coração das pessoas.
Jesus elogia a viúva pobre por causa das «duas moedas» que ofereceu ao templo. Também aqui há um forte contraste nas palavras de Jesus: duas moedas são duas moedas; mas Jesus considera-as mais preciosas do que as ofertas dos ricos. O gesto desta mulher lembra o da mulher anónima que, na véspera da paixão de Jesus, perfumou os seus pés e a sua cabeça com perfume precioso. É um gesto belo que agrada a Jesus mais do que qualquer outro. O pouco da pobre viúva é tudo aos olhos de Deus, enquanto o muito dos ricos é simplesmente supérfluo. Também aqui encontramos um juízo bastante claro: Deus aprecia mais o valor qualitativo do que o valor quantitativo dos nossos gestos. Só Ele vê o nosso coração e nos conhece profundamente.
Jesus elogia a viúva pobre por causa das «duas moedas» que ofereceu ao templo. Também aqui há um forte contraste nas palavras de Jesus: duas moedas são duas moedas; mas Jesus considera-as mais preciosas do que as ofertas dos ricos. O gesto desta mulher lembra o da mulher anónima que, na véspera da paixão de Jesus, perfumou os seus pés e a sua cabeça com perfume precioso. É um gesto belo que agrada a Jesus mais do que qualquer outro. O pouco da pobre viúva é tudo aos olhos de Deus, enquanto o muito dos ricos é simplesmente supérfluo. Também aqui encontramos um juízo bastante claro: Deus aprecia mais o valor qualitativo do que o valor quantitativo dos nossos gestos. Só Ele vê o nosso coração e nos conhece profundamente.
Meditatio
O episódio narrado na primeira leitura talvez nos choque, habituados como estamos a tudo acomodar para evitar dissabores e complicações. Custa-nos certamente aceitar a atitude dos quatro jovens israelitas, que recusam alimentar-se da ementa real, proibida pela Lei. Não se trata de simples formalismo, uma vez que as normas alimentares tinham um valor simbólico importante: manifestavam a separação entre o povo consagrado a Deus e os outros povos, e permitiam um testemunho mais verídico da sua Palavra. É preciso ir mais além do que o que se vê, procurando descobrir o significado profundo das coisas. As Sagradas Escrituras de Israel, e o próprio Jesus, ensinam-nos a sondar os corações e a considerar o sentido autêntico dos gestos das pessoas, para não ficarmos pelas aparências. Se assim fizermos, não corremos o risco de valorizar a oferta do ricos e desprezar as «du
as moedinhas» da viúva.
O episódio narrado no evangelho de hoje revela-nos, mais uma vez, a delicadeza de Jesus, que nos enche de admiração e de coragem. Certamente que a pobre viúva não estava orgulhosa pela sua oferta, que sabia ser muito pequena. Até talvez procurasse esconder o seu gesto, ao lançar as duas moedinhas no tesouro do templo. Que eram elas, comparadas com as ofertas do ricos? Estes poderiam sentir-se orgulhosos, porque davam muito. Mas ela, não! Jesus, que vê os corações das pessoas, inverte a situação: «Em verdade vos digo que esta viúva pobre deitou mais do que todos os outros.» (v. 3). Deus não quer as aparências, e sonda os corações, sabendo muito bem onde se encontra a verdadeira generosidade.
Isto deve animar-nos quando nos encontramos em situações semelhantes à da pobre viúva. Aprendamos a ser humildes, se tivermos muito para dar. Tudo o que temos nos foi dado por Deus. Não há razão para nos ensoberbecermos. Temos que aprender também a ser humildes quando temos pouco para dar, quando nos sentimos pobres, em todos os sentidos: pobres de forças físicas, pobres de capacidades… Nestes casos, é difícil ser generosos, porque desanimamos e somos tentados a não dar sequer o pouco que temos. Jesus diz-nos que vale a pena dar sempre, por muito ou pouco que seja, desde que se faça com amor e com humildade. Aliás Ele não se contenta com muito. Quer tudo: «esta viúva pobre deitou mais do que todos os outros, pois… deitou tudo o que tinha para viver» (v. 24).
Agradeçamos ao Senhor pelas luzes que nos dá hoje, e peçamos para nós, e para quem nos é caro, esta generosidade cheia de humildade e de caridade divina.
as moedinhas» da viúva.
O episódio narrado no evangelho de hoje revela-nos, mais uma vez, a delicadeza de Jesus, que nos enche de admiração e de coragem. Certamente que a pobre viúva não estava orgulhosa pela sua oferta, que sabia ser muito pequena. Até talvez procurasse esconder o seu gesto, ao lançar as duas moedinhas no tesouro do templo. Que eram elas, comparadas com as ofertas do ricos? Estes poderiam sentir-se orgulhosos, porque davam muito. Mas ela, não! Jesus, que vê os corações das pessoas, inverte a situação: «Em verdade vos digo que esta viúva pobre deitou mais do que todos os outros.» (v. 3). Deus não quer as aparências, e sonda os corações, sabendo muito bem onde se encontra a verdadeira generosidade.
Isto deve animar-nos quando nos encontramos em situações semelhantes à da pobre viúva. Aprendamos a ser humildes, se tivermos muito para dar. Tudo o que temos nos foi dado por Deus. Não há razão para nos ensoberbecermos. Temos que aprender também a ser humildes quando temos pouco para dar, quando nos sentimos pobres, em todos os sentidos: pobres de forças físicas, pobres de capacidades… Nestes casos, é difícil ser generosos, porque desanimamos e somos tentados a não dar sequer o pouco que temos. Jesus diz-nos que vale a pena dar sempre, por muito ou pouco que seja, desde que se faça com amor e com humildade. Aliás Ele não se contenta com muito. Quer tudo: «esta viúva pobre deitou mais do que todos os outros, pois… deitou tudo o que tinha para viver» (v. 24).
Agradeçamos ao Senhor pelas luzes que nos dá hoje, e peçamos para nós, e para quem nos é caro, esta generosidade cheia de humildade e de caridade divina.
Oratio
Ilumina-me, Senhor, para que possa compreender o verdadeiro valor das atitudes, dos comportamentos e das coisas. A tentação de me deixar levar pelas opiniões correntes, pelas modas, é grande. Por vezes, é difícil dar testemunho de Ti e da tua palavra, é difícil ser fiel à tua vontade. O mundo nem sempre compreende, escandaliza-se, e até se torna violento contra os teus fiéis. É mais fácil estar com os ricos e segui-los, do que estar com os pobres, tomar partido por eles, defendê-los. Ajuda, Senhor, a minha fragilidade, para que seja coerente com a minha fé, e dócil à tua palavra. Amen.
Contemplatio
Jesus amou a pobreza e o desapego! Vede-o em Belém, no Egipto, em Nazaré, sobre a cruz! Pode dizer-nos: Vede se há uma pobreza semelhante à minha. Desposou a pobreza, escolheu-a, é a sua graça: «Vede, diz S. Paulo, a graça de Nosso Senhor, o qual, sendo rico, se despojou para nos enriquecer com a sua pobreza…» (para nos afectar os seus méritos) (2Cor 8, 9). Ama os pobres, a sua missão é socorrê-los e consolá-los: Enviou-me a evangelizar os pobres (Lc 4, 18). Louva a pobre viúva que dá o seu óbolo ao templo. – Aconselha a pobreza a um jovem de nobre família que procura a perfeição, e quando vê o seu apego aos bens terrenos, exprime a sua tristeza a respeito dos ricos, que dificilmente entrarão no reino dos céus (Lc 18, 18). Os apóstolos compreenderam o bom Mestre. – É certo, diz S. Paulo a Timóteo, que a piedade que se contenta com o necessário é uma grande riqueza; porque não trouxemos nada para este mundo e seguramente também nada poderemos levar. Tendo com que nos alimentar e com que nos vestir, estamos satisfeitos (1Tim 6, 6). – Escutai, meus irmãos muito amados, diz S. Tiago: Deus não escolheu os pobres do mundo para os tornar ricos na fé (isto é, nos bens sobrenaturais) e herdeiros do Reino prometido àqueles que o amam? (Tg 2, 5). Jesus não pode vir com a sua graça a um coração cheio de apego aos bens materiais. Não o entristeçamos como fez o jovem nobre do Evangelho. (Leão Dehon, OSP 4, p. 33s.).
Actio
Repete frequentemente e vive hoje a palavra:
«Esta viúva pobre deitou tudo o que tinha para viver» (Lc 21, 24).
«Esta viúva pobre deitou tudo o que tinha para viver» (Lc 21, 24).
Liturgia do dia 27/11/2017
Liturgia do dia 27/11/2017
Leituras
Dn 1,1-6.8-20
Dn 3, 52. 53. 54. 55. 56 (R. 52b)
Lc 21,1-4
Dn 1,1-6.8-20
Dn 3, 52. 53. 54. 55. 56 (R. 52b)
Lc 21,1-4
34ª Semana do Tempo Comum - Ano A
Segunda-Feira
Primeira Leitura: Dn 1,1-6.8-20
1 No ano terceiro do reinado de Joaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei de Babilônia, contra Jerusalém, e a sitiou. 2 O Senhor lhe entregou nas mãos Joaquim, rei de Judá, e uma parte dos objetos do Templo de Deus; ele os levou para a terra de Senaar, para o templo do seu deus, depositando os objetos na casa do tesouro dos seus deuses. 3 O rei ordenou a Aspenaz, chefe dos eunucos, que destacasse, dentre os filhos de Israel, alguns jovens de estirpe real e linhagem nobre, 4 que não tivessem defeito algum, de boa aparência, versados em todos os ramos da ciência, bem instruídos em sabedoria, prudentes e capazes de desempenhar funções na corte régia, e lhes ensinasse as letras e o idioma dos caldeus. 5Determinou-lhes o rei uma ração diária dos manjares régios e do vinho que ele mesmo bebia. Durante três anos deveriam ser educados, para depois entrarem a serviço do rei. 6 Entre eles encontravam-se, dos judeus, Daniel, Ananias, Misael e Azarias. 8 Daniel resolveu não se contaminar com as iguarias da mesa do rei, nem com o vinho que ele bebia; pediu ao chefe dos eunucos que não o obrigasse a contaminar-se. 9 Deus concedera a Daniel encontrar favor e estima diante do chefe dos eunucos.10 O chefe dos eunucos declarou a Daniel: “Tenho medo de meu senhor e rei, que determinou o que deveis comer e beber; se ele vir a vossa aparência mais pálida que a dos outros jovens da vossa idade, por vossa causa serei culpado perante o rei”. 11 Daniel disse ao guarda o que o chefe dos eunucos tinha designado para Daniel, Ananias, Misael e Azarias: 12 “Peço-te que faças uma experiência com os teus servos: que nos deem, durante dez dias, legumes a comer e água a beber. 13 Depois disto, compararás a nossa aparência com a dos jovens que se alimentam dos manjares do rei e, conforme vires, procederás com os teus servos”. 14 Ele aceitou a proposta e experimentou-os durante dez dias. 15 Depois dos dez dias, apresentaram melhor aparência e saúde mais robusta que as de todos os jovens que se alimentavam dos manjares do rei. 16 Desde então, o guarda suspendeu-lhes os alimentos que deveriam comer e o vinho que deveriam beber, e lhes dava legumes. 17Deus concedeu aos quatro jovens ciência e conhecimento em todas as letras e matérias. Daniel, além disso, entendia toda a sorte de visões e sonhos. 18Expirado o prazo que o rei lhes determinara para a apresentação, o chefe dos eunucos levou-os a Nabucodonosor. 19 O rei conversou com eles e não se encontrou, entre todos, quem se igualasse a Daniel, Ananias, Misael e Azarias. Assim, entraram para o serviço do rei. 20 Em todas as questões de sabedoria e inteligência que o rei lhes propôs, ele os achou dez vezes superiores a todos os adivinhos e magos que havia no seu reino.
Salmo: Dn 3, 52. 53. 54. 55. 56 (R. 52b)
R. Louvado e exaltado para sempre!
52 Bendito és, Senhor, Deus de nossos pais. Bendito é teu Nome, santo e glorioso.
53 Bendito és no templo santo da glória.
54 Bendito és sobre o trono da realeza.
55 Bendito, tu que sondas os abismos e sentas sobre os querubins.
56 Bendito és no firmamento do céu.
Evangelho: Lc 21,1-4
Naquele tempo: 1 Levantando os olhos, Jesus viu que os ricos depositavam as suas ofertas no cofre do Templo. 2Viu também uma pobre viúva que colocava ali duas moedas de cobre. 3 Então ele disse: “Eu vos asseguro: esta pobre viúva deu mais do que todos os outros. 4 Pois todos aqueles deram do que lhes sobrava, mas esta deu, da sua indigência, tudo o que lhe ficava para viver’’.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2017 - Ano A - São Mateus, Brasília, Edições CNBB, 2016.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
A viúva, na sua pobreza, ofertou tudo o que tinha para viver. (Lc 21,4de).
O elogio de Jesus a esta viúva extremamente pobre merece nossa reflexão atenta.
Jesus tinha visto como pessoas ricas punham no cofre do Templo moedas de grande valor. Faziam isto para se sentirem religiosamente satisfeitos e quites com Deus. Era tudo o que conseguiam fazer, em sua compreensão de cumprimento de um dever. E saiam do Templo sem se sentirem unidos a Deus.
Aquela esmola que o Templo pedia em sua maior parte ia para os pobres.
No entanto, Jesus notou como foi precisamente uma das pessoas mais pobres da cidade que ofereceu tudo o que tinha para viver. Foram duas moedinhas, economicamente insignificantes.
Mas o gesto daquela viúva foi insignificante por isso?
Jesus a elogia precisamente para dizer a importância que aquele gesto teve para Deus, e não para os homens.
Ela o fez por amor a Deus.
E oferecendo tudo o que tinha, o que esperava ter em volta? Esperava ter o reconhecimento de Deus pelo cumprimento de um dever, do qual certamente estaria dispensada por ser uma viúva pobre e em idade avançada.
Mas a recompensa maior foi dada ao seu coração: ela estava cumprindo o Primeiro Mandamento. E quando Deus nos manda amá-Lo sobre todas as coisas, Ele nos ama em primeiro lugar. Ela voltou para a casa com o coração cheio de amor a Deus, feliz em sua simplicidade, consolada em sua oração.
Pensemos em nós: se nossas esmolas dadas aos pobres, ou postas no cestinho da coleta da Igreja, não produzem em nós o mesmo efeito que produziram as duas moedinhas daquela viúva, estaremos em situação de inferioridade em relação a ela. Isto é, nossa atitude será a de pessoas que cumprem um formalismo, com o coração esquecido de Deus e de seus pobres.
Assim, mesmo que no nosso dízimo dermos o que estiver ao nosso alcance, não necessariamente tudo o que tivermos para viver, estaremos dando nosso amor a Deus e recebendo o Dele por nós. Afinal, não é para isto que vivemos nossa fé cristã em Igreja?
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
1 No ano terceiro do reinado de Joaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei de Babilônia, contra Jerusalém, e a sitiou. 2 O Senhor lhe entregou nas mãos Joaquim, rei de Judá, e uma parte dos objetos do Templo de Deus; ele os levou para a terra de Senaar, para o templo do seu deus, depositando os objetos na casa do tesouro dos seus deuses. 3 O rei ordenou a Aspenaz, chefe dos eunucos, que destacasse, dentre os filhos de Israel, alguns jovens de estirpe real e linhagem nobre, 4 que não tivessem defeito algum, de boa aparência, versados em todos os ramos da ciência, bem instruídos em sabedoria, prudentes e capazes de desempenhar funções na corte régia, e lhes ensinasse as letras e o idioma dos caldeus. 5Determinou-lhes o rei uma ração diária dos manjares régios e do vinho que ele mesmo bebia. Durante três anos deveriam ser educados, para depois entrarem a serviço do rei. 6 Entre eles encontravam-se, dos judeus, Daniel, Ananias, Misael e Azarias. 8 Daniel resolveu não se contaminar com as iguarias da mesa do rei, nem com o vinho que ele bebia; pediu ao chefe dos eunucos que não o obrigasse a contaminar-se. 9 Deus concedera a Daniel encontrar favor e estima diante do chefe dos eunucos.10 O chefe dos eunucos declarou a Daniel: “Tenho medo de meu senhor e rei, que determinou o que deveis comer e beber; se ele vir a vossa aparência mais pálida que a dos outros jovens da vossa idade, por vossa causa serei culpado perante o rei”. 11 Daniel disse ao guarda o que o chefe dos eunucos tinha designado para Daniel, Ananias, Misael e Azarias: 12 “Peço-te que faças uma experiência com os teus servos: que nos deem, durante dez dias, legumes a comer e água a beber. 13 Depois disto, compararás a nossa aparência com a dos jovens que se alimentam dos manjares do rei e, conforme vires, procederás com os teus servos”. 14 Ele aceitou a proposta e experimentou-os durante dez dias. 15 Depois dos dez dias, apresentaram melhor aparência e saúde mais robusta que as de todos os jovens que se alimentavam dos manjares do rei. 16 Desde então, o guarda suspendeu-lhes os alimentos que deveriam comer e o vinho que deveriam beber, e lhes dava legumes. 17Deus concedeu aos quatro jovens ciência e conhecimento em todas as letras e matérias. Daniel, além disso, entendia toda a sorte de visões e sonhos. 18Expirado o prazo que o rei lhes determinara para a apresentação, o chefe dos eunucos levou-os a Nabucodonosor. 19 O rei conversou com eles e não se encontrou, entre todos, quem se igualasse a Daniel, Ananias, Misael e Azarias. Assim, entraram para o serviço do rei. 20 Em todas as questões de sabedoria e inteligência que o rei lhes propôs, ele os achou dez vezes superiores a todos os adivinhos e magos que havia no seu reino.
Salmo: Dn 3, 52. 53. 54. 55. 56 (R. 52b)
R. Louvado e exaltado para sempre!
52 Bendito és, Senhor, Deus de nossos pais. Bendito é teu Nome, santo e glorioso.
53 Bendito és no templo santo da glória.
54 Bendito és sobre o trono da realeza.
55 Bendito, tu que sondas os abismos e sentas sobre os querubins.
56 Bendito és no firmamento do céu.
Evangelho: Lc 21,1-4
Naquele tempo: 1 Levantando os olhos, Jesus viu que os ricos depositavam as suas ofertas no cofre do Templo. 2Viu também uma pobre viúva que colocava ali duas moedas de cobre. 3 Então ele disse: “Eu vos asseguro: esta pobre viúva deu mais do que todos os outros. 4 Pois todos aqueles deram do que lhes sobrava, mas esta deu, da sua indigência, tudo o que lhe ficava para viver’’.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2017 - Ano A - São Mateus, Brasília, Edições CNBB, 2016.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
A viúva, na sua pobreza, ofertou tudo o que tinha para viver. (Lc 21,4de).
O elogio de Jesus a esta viúva extremamente pobre merece nossa reflexão atenta.
Jesus tinha visto como pessoas ricas punham no cofre do Templo moedas de grande valor. Faziam isto para se sentirem religiosamente satisfeitos e quites com Deus. Era tudo o que conseguiam fazer, em sua compreensão de cumprimento de um dever. E saiam do Templo sem se sentirem unidos a Deus.
Aquela esmola que o Templo pedia em sua maior parte ia para os pobres.
No entanto, Jesus notou como foi precisamente uma das pessoas mais pobres da cidade que ofereceu tudo o que tinha para viver. Foram duas moedinhas, economicamente insignificantes.
Mas o gesto daquela viúva foi insignificante por isso?
Jesus a elogia precisamente para dizer a importância que aquele gesto teve para Deus, e não para os homens.
Ela o fez por amor a Deus.
E oferecendo tudo o que tinha, o que esperava ter em volta? Esperava ter o reconhecimento de Deus pelo cumprimento de um dever, do qual certamente estaria dispensada por ser uma viúva pobre e em idade avançada.
Mas a recompensa maior foi dada ao seu coração: ela estava cumprindo o Primeiro Mandamento. E quando Deus nos manda amá-Lo sobre todas as coisas, Ele nos ama em primeiro lugar. Ela voltou para a casa com o coração cheio de amor a Deus, feliz em sua simplicidade, consolada em sua oração.
Pensemos em nós: se nossas esmolas dadas aos pobres, ou postas no cestinho da coleta da Igreja, não produzem em nós o mesmo efeito que produziram as duas moedinhas daquela viúva, estaremos em situação de inferioridade em relação a ela. Isto é, nossa atitude será a de pessoas que cumprem um formalismo, com o coração esquecido de Deus e de seus pobres.
Assim, mesmo que no nosso dízimo dermos o que estiver ao nosso alcance, não necessariamente tudo o que tivermos para viver, estaremos dando nosso amor a Deus e recebendo o Dele por nós. Afinal, não é para isto que vivemos nossa fé cristã em Igreja?
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
Apresentação da Virgem Santa Maria 21 Novembro 2017
Apresentação da Virgem Santa Maria
21 Novembro 2017
A Apresentação de Maria ao templo de Jerusalém é descrita apenas nos evangelhos apócrifos. O imperador Justiniano mandou construir junto desse templo uma basílica, Santa Maria a Nova, que foi dedicada no dia 21 de Novembro de 543. A memória litúrgica da Apresentação de Maria começou a ser celebrada em Constantinopla, no século VIII, espalhando-se pouco a pouco no Oriente. No Ocidente, esta festa também se desenvolveu lentamente. Em 1472 foi alargada a algumas igrejas latinas, parecendo no Missal Romano apenas em 1505. É uma daquelas festas que, no dizer de Paulo VI, «para além do dado apócrifo, propõem conteúdos de alto valor exemplar e dão continuidade a veneráveis tradições» (Marialis cultus 8).
Lectio
Primeira leitura: Zacarias 2, 14-17
Lectio
Primeira leitura: Zacarias 2, 14-17
Rejubila e alegra-te, filha de Sião, porque eis que Eu venho para morar no meio de ti - oráculo do Senhor. 15Naqueles dias, muitas nações se unirão ao Senhor e serão meu povo; habitarei no meio de ti, e saberás que o Senhor do universo me enviou a ti. 16O Senhor possuirá Judá como sua porção na Terra Santa e escolherá ainda Jerusalém. 17Cale-se toda a criatura diante do Senhor, porque Ele se eleva da sua morada santa.
Este oráculo é provavelmente data da época da reconstrução do Templo de Jerusalém, quando alguns israelitas ainda estão longe da pátria e surgem fortes esperanças de renascimento.
Os três versículos que escutamos são tirados da terceira das oito visões em que Zacarias escuta os oráculos do Senhor. Neles ecoa a convicção forte dos israelitas: Deus vive no meio do seu povo, a sua casa é o Templo de Jerusalém.
O texto de Zacarias confirma a fé, dá esperança robustece a atitude, porque o Senhor está no Templo, garante nele a sua morada, e anuncia a sua disponibilidade para acolher todos, israelitas e gentios. Esta presença, que provoca júbilo, há-de levar também à contemplação silenciosa do mistério.
Os três versículos que escutamos são tirados da terceira das oito visões em que Zacarias escuta os oráculos do Senhor. Neles ecoa a convicção forte dos israelitas: Deus vive no meio do seu povo, a sua casa é o Templo de Jerusalém.
O texto de Zacarias confirma a fé, dá esperança robustece a atitude, porque o Senhor está no Templo, garante nele a sua morada, e anuncia a sua disponibilidade para acolher todos, israelitas e gentios. Esta presença, que provoca júbilo, há-de levar também à contemplação silenciosa do mistério.
Evangelho: Marcos 3, 31-35
Naquele tempo, chegam sua mãe e seus irmãos que, ficando do lado de fora, o mandam chamar. 32A multidão estava sentada em volta dele, quando lhe disseram: «Estão lá fora a tua mãe e os teus irmãos que te procuram.» 33Ele respondeu: «Quem são minha mãe e meus irmãos?» 34E, percorrendo com o olhar os que estavam sentados à volta dele, disse: «Aí estão minha mãe e meus irmãos. 35Aquele que fizer a vontade de Deus, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe.»
Jesus ultrapassa a crise aberta com os seus familiares, particularmente com a Mãe e os irmãos, alargando os limites da familiaridade com Ele a quem quer que que cumpra a vontade de Deus. Os verdadeiros familiares do Senhor são aqueles que «fazem» a vontade de Deus: «Aquele que fizer a vontade de Deus, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe» (v. 35). Na perspetiva de Jesus, a vontade de Deus não há-de feita com a atitude de um escravo que executa ordens do dono, mas com o dinamismo e a criatividade de alguém que sabe escutar e ser coerente com a Palavra escutada.
Jesus é um verdadeiro mestre na arte de «fazer» a vontade do Pai. Maria é sua discípula fiel. Escuta, acredita e cumpre o que escuta e acredita «Feliz Aquela que acreditou».
Meditatio
Jesus é um verdadeiro mestre na arte de «fazer» a vontade do Pai. Maria é sua discípula fiel. Escuta, acredita e cumpre o que escuta e acredita «Feliz Aquela que acreditou».
Meditatio
A Apresentação de Maria ao Templo não tem qualquer fundamento bíblico. São os evangelhos apócrifos que falam desse presumível acontecimento. Mas é claramente improvável que uma rapariga tenha sido confiada ao clero de Jerusalém, num Templo inacessível a mulheres. Lemos no protoevangelho de Tiago: «Quando a menina completou três anos, Joaquim disse: «Chamai as meninas dos hebreus que não tenham qualquer mancha e tome cada uma delas uma lâmpada, uma lâmpada que não se apague. A menina não deverá voltar atrás e o seu coração não permanecerá fora do Templo do Senhor». Elas obedeceram àquela ordem e foram juntas ao Templo do Senhor. E o sacerdote acolheu a menina, tomou-a nos braços e abençoou-a dizendo: «O Senhor glorificou o teu nome em todas as gerações. Em ti, nos últimos dias, revelará a redenção que concede aos filhos de Israel». E mandou sentar a menina no terceiro degrau do altar. E o Senhor encheu-a de graça e ela dançou e tornou-se querida por toda a casa de Israel. Os seus pais deixaram o Templo cheios de admiração, louvando a Deus: a menina não procurou voltar atrás. E permaneceu no Templo do Senhor, semelhante a uma pomba, e a mão de um anjo oferecia-lhe o alimento» (Protoevangelho de Tiago 7, 2-8,1). É tudo muito bonito, mas é tudo muito «sobrenatural», bem pouco em sintonia com o realismo do mistério da Encarnação.
A Santa Sé admitiu a festa somente em 1372, a pedido do embaixador do rei de Chipre “e de Jerusalém”. Mas ela só aparece no Missal Romano a partir de 1505.
O Lecionário litúrgico oferece-nos uma proposta unitária para tornar verosímil a interpretação do acontecimento: a tipologia da presença. As duas leituras detêm-se nessa modalidade relacional. O oráculo de Zacarias proclama a presença de Deus no Templo e transmite a palavra do próprio Deus que se apresenta, como que a explicar o sentido e o significado dessa decisão divina, que enche de alegria o povo e há-de levá-lo à contemplação. Se o mistério da presença de Deus no meio do seu povo era uma realidade no Antigo Testamento, mais o é no Novo Testamento. A Santíssima Humanidade de Cristo é o novo Templo, o novo ´lugar´ da Presença de Deus no meio de nós. Em Jesus, Deus torna-se presente ao homem, e o homem tem o caminho para se tornar presente a Deus. A primeira criatura que beneficiou dessa presença, e se apresentou a Deus, foi a Virgem Maria. Nela se realizou, como em ninguém jamais, a mútua presença e imanência: Deus apresentou-Se a Ela e Ela apresentou-se a Deus; Deus permaneceu nela, e Ela permaneceu em Deus. O evangelho refere a presença de Maria junto do seu Filho. Esta presença como que torna visível o mistério profundo que meditamos. As palavras de Jesus, sobre a identidade daqueles que Ele julga seus parentes, deixam clara a mensagem: o Senhor está presente junto da pessoa humana; sendo assim, a pessoa humana tem a porta aberta para se apresentar diante do Senhor. Se o Templo torna visível o encontro entre Deus e o homem, a Santíssima Humanidade de Cristo torna-o ainda mais visível.
Tendo como pano de fundo o delicado símbolo da presença de uma menina na solenidade do Templo, isto é, a chamada «apresentação de Maria ao Templo», a liturgia hodierna leva-nos a meditar no sentido de uma apresentação de nós mesmos diante do Senhor. A própria presença diante do Senhor torna-se apresentação todas as vezes que é iluminada, explicada, motivada, cultivada pela consciência. O símbolo da apresentação de Maria ao Templo equivale, portanto, à consciência da identidade de Maria e da sua função junto do Messias, cada vez mais importante, primeiro por parte dos seus familiares e, depois, por parte da própria Virgem Maria e, finalmente, por parte dos outros crentes. O sentido fundamental é este: Maria está sempre na presença do Senhor, integralmente dedicada ao seu serviço, crescendo na consciência de si e da sua missão.
Quando Deus se torna presente a nós em Jesus e na sua palavra, e nós nos tornamos presentes a Deus, em Jesus, e guardamos a sua palavra, também nos tornamos felizes, bem-aventurados, como Aquela que recebeu no seu ventre, transportou e deu à luz Jesus Cristo, nossa Bem-aventurança.
Oratio
A Santa Sé admitiu a festa somente em 1372, a pedido do embaixador do rei de Chipre “e de Jerusalém”. Mas ela só aparece no Missal Romano a partir de 1505.
O Lecionário litúrgico oferece-nos uma proposta unitária para tornar verosímil a interpretação do acontecimento: a tipologia da presença. As duas leituras detêm-se nessa modalidade relacional. O oráculo de Zacarias proclama a presença de Deus no Templo e transmite a palavra do próprio Deus que se apresenta, como que a explicar o sentido e o significado dessa decisão divina, que enche de alegria o povo e há-de levá-lo à contemplação. Se o mistério da presença de Deus no meio do seu povo era uma realidade no Antigo Testamento, mais o é no Novo Testamento. A Santíssima Humanidade de Cristo é o novo Templo, o novo ´lugar´ da Presença de Deus no meio de nós. Em Jesus, Deus torna-se presente ao homem, e o homem tem o caminho para se tornar presente a Deus. A primeira criatura que beneficiou dessa presença, e se apresentou a Deus, foi a Virgem Maria. Nela se realizou, como em ninguém jamais, a mútua presença e imanência: Deus apresentou-Se a Ela e Ela apresentou-se a Deus; Deus permaneceu nela, e Ela permaneceu em Deus. O evangelho refere a presença de Maria junto do seu Filho. Esta presença como que torna visível o mistério profundo que meditamos. As palavras de Jesus, sobre a identidade daqueles que Ele julga seus parentes, deixam clara a mensagem: o Senhor está presente junto da pessoa humana; sendo assim, a pessoa humana tem a porta aberta para se apresentar diante do Senhor. Se o Templo torna visível o encontro entre Deus e o homem, a Santíssima Humanidade de Cristo torna-o ainda mais visível.
Tendo como pano de fundo o delicado símbolo da presença de uma menina na solenidade do Templo, isto é, a chamada «apresentação de Maria ao Templo», a liturgia hodierna leva-nos a meditar no sentido de uma apresentação de nós mesmos diante do Senhor. A própria presença diante do Senhor torna-se apresentação todas as vezes que é iluminada, explicada, motivada, cultivada pela consciência. O símbolo da apresentação de Maria ao Templo equivale, portanto, à consciência da identidade de Maria e da sua função junto do Messias, cada vez mais importante, primeiro por parte dos seus familiares e, depois, por parte da própria Virgem Maria e, finalmente, por parte dos outros crentes. O sentido fundamental é este: Maria está sempre na presença do Senhor, integralmente dedicada ao seu serviço, crescendo na consciência de si e da sua missão.
Quando Deus se torna presente a nós em Jesus e na sua palavra, e nós nos tornamos presentes a Deus, em Jesus, e guardamos a sua palavra, também nos tornamos felizes, bem-aventurados, como Aquela que recebeu no seu ventre, transportou e deu à luz Jesus Cristo, nossa Bem-aventurança.
Oratio
Salve santa Maria, filha de Israel e guarda do Evangelho. Tu deste-te inteiramente ao Senhor. Para viveres na sua presença, escolheste uma vida de oração, de trabalho e de silêncio. A tua vida tornou-se um templo em que Deus veio habitar. A tua alegria e a tua felicidade eram servi-l´O dia e noite, vivendo na sua presença. «Bem-aventurados os que habitam na vossa casa, Senhor! Bem-aventurados os que só do Senhor esperam o seu apoio e o seu socorro. Os seus corações elevar-se-ão de grau em grau e avançarão sem cessar na virtude», diz o Salmo. Santa Maria, apresentada ao Templo, tu és para nós modelo da vida no Espírito, modelo do dom de nós mesmos a Deus. Faz-me compreender bem a vida de abandono e entrega ao Senhor. Por isso, me consagro a vós e ao Coração Jesus. Ámen.
Contemplatio
Contemplatio
Maria não tinha senão três anos, mas já tinha a razão desenvolvida e estava avançada em graça. Unia-se à recitação e ao canto dos belos salmos que os seus pais Ana e Joaquim diziam com tanto fervor. E a graça divina falava ao mesmo tempo ao seu coração. Podemos pensar que impressão fazia sobre esta alma cândida o salmo 83: «Como são amáveis os vossos tabernáculos. Deus das virtudes! A minha alma suspira e desfalece para ir até aos átrios do Senhor… Bem-aventurados os que habitam na vossa casa, ó meu Deus…». – E enquanto ela recitava e saboreava estas aspirações, a graça solicitava a sua alma. O Verbo divino dizia-lhe como no salmo 44: «Escuta, minha filha, vê, presta atenção ao meu apelo: esquece o teu povo e a casa de teu pai…». E acrescentava baixinho: «O rei está encantado com a tua beleza e quer ter-te na sua casa e na sua intimidade». A santa criança escutava e compreendia o apelo divino. Nada a pode reter. Diz aos seus pais bem amados: «Tenho sede de habitar no templo para me consagrar inteiramente à oração e ao serviço de Deus». Ana e Joaquim acederam ao seu desejo, como outrora a mãe de Samuel. Foi uma explosão de alegria no coração da santa criança: «Alegrei-me quando me disseram que irei para a casa do Senhor». (Sl 121) (Leão Dehon, OSP 4, p. 477).
Actio
Actio
Repete hoje estas palavras:
«Feliz aquele que faz a vontade do Senhor» (cf. Mc 3, 25).
«Feliz aquele que faz a vontade do Senhor» (cf. Mc 3, 25).
SANTO DO DIA 21 DE NOVEMBRO DE 2017.
Apresentação de Nossa Senhora no Templo.
Joaquim e Ana, por muito tempo não tinham filhos, até que nasceu Maria, cuja infância se dedicou totalmente, e livremente a Deus
A memória que a Igreja celebra hoje não encontra fundamentos explícitos nos Evangelhos Canônicos, mas algumas pistas no chamado proto-evangelho de Tiago, livro de Tiago, ou ainda, História do nascimento de Maria. A validade do acontecimento que lembramos possui real alicerce na Tradição que a liga à Dedicação da Igreja de Santa Maria Nova, construída em 543, perto do templo de Jerusalém.
Os manuscritos não canônicos, contam que Joaquim e Ana, por muito tempo não tinham filhos, até que nasceu Maria, cuja infância se dedicou totalmente, e livremente a Deus, impelida pelo Espírito Santo desde sua concepção imaculada. Tanto no Oriente, quanto no Ocidente observamos esta celebração mariana nascendo do meio do povo e com muita sabedoria sendo acolhida pela Liturgia Católica, por isso esta festa aparece no Missal Romano a partir de 1505, onde busca exaltar a Jesus através daquela muito bem soube isto fazer com a vida, como partilha Santo Agostinho, em um dos seus Sermões:
“Acaso não fez a vontade do Pai a Virgem Maria, que creu pela fé, pela fé concebeu, foi escolhida dentre os homens para que dela nos nascesse a salvação; criada por Cristo antes que Cristo nela fosse criado? Fez Maria totalmente a vontade do Pai e por isto mais valeu para ela ser discípula de Cristo do que mãe de Cristo; maior felicidade gozou em ser discípula do que mãe de Cristo. E assim Maria era feliz porque já antes de dar à luz o Mestre, trazia-o na mente”.
A Beata Maria do Divino Coração dedicava devoção especial à festa da Apresentação de Nossa Senhora, de modo que quis que os atos mais importantes da sua vida se realizassem neste dia.
Foi no dia 21 de novembro de 1964 que o Papa Paulo VI, na clausura da 3ª Sessão do Concílio Vaticano II, consagrou o mundo ao Coração de Maria e declarou Nossa Senhora Mãe da Igreja.
Nossa Senhora da Apresentação, rogai por nós!
terça-feira, 21 de novembro de 2017
Meditando o Evangelho de hoje Dia Litúrgico: Terça-Feira, 21 de Novembro
Meditando o Evangelho de hoje
Dia Litúrgico: Terça-Feira, 21 de Novembro
Evangelho de hoje: Mt 12,46-50
Apresentação de Nossa Senhora
Jesus falava ainda à multidão, quando veio sua mãe e seus irmãos e esperavam do lado de fora a ocasião de lhe falar. Disse-lhe alguém: "Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar-te”. Jesus respondeu-lhe: "Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?”. E, apontando com a mão para os seus discípulos, acrescentou: "Eis aqui minha mãe e meus irmãos. Todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.
Comentário
Hoje fazemos memória da apresentação de Nossa Senhora no Templo. Não sabemos muito a respeito desse evento, mas o que sabemos é que desde sempre Maria foi amada e esperada para dizer sim e fazer plenamente a vontade de Deus. Nós também desde sempre fomos amados e queridos por Deus. Não estamos aqui por acaso, temos uma missão que não é inferior à missão de ninguém. Nossa maior missão é vivermos como filhos e filhas e Deus. No nosso batismo, explícita ou implicitamente, também fomos apresentados aos Senhor, e ele já nos esperava para dizer-nos: eis aqui meus filhos e filhas.
Fonte: http://www.avemaria.com.br/evangelho
Liturgia do dia 21/11/2017
Leituras
Zc 2,14-17
Lc 1,46-47. 48-49. 50-51. 52-53. 54-55 (R.Cf.54b)
Mt 12,46-50
Zc 2,14-17
Lc 1,46-47. 48-49. 50-51. 52-53. 54-55 (R.Cf.54b)
Mt 12,46-50
Apresentação de Nossa Senhora - Memória
Terça-Feira
Primeira Leitura: Zc 2,14-17
14 Dá gritos de alegria, e rejubila-te, filha de Sião, pois venho morar em teu meio, oráculo de Javé. 15 Nações numerosas ligar-se-ão a Javé, naquele dia, e tornar-se-ão para ele um povo e elas morarão no meio de ti. Assim saberás que Javé dos exércitos me enviou a ti. 16 E Javé possuirá Judá, como sua herança sobre a Terra santa, e ele ainda escolherá Jerusalém. 17 Silêncio! todo homem, diante de Javé, pois ele surge de sua morada santa.
Salmo: Lc 1,46-47. 48-49. 50-51. 52-53. 54-55 (R.Cf.54b)
R. O Senhor se lembrou de mostrar sua bondade.
46 Minha alma engrandece o Senhor, 47 meu espírito alegra-se intensamente em Deus meu Salvador,
48 porque olhou para a humildade da sua serva. De agora em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada, 49 porque o Todo-Poderoso fez em mim grandes coisas. Santo é Seu Nome
50 Sua misericórdia se estende de geração em geração sobre os que o temem. 51 Manifestou a força de seu braço, dispersou os homens de coração soberbo.
52 Derrubou os poderosos de seus tronos e elevou os humildes. 53 Deixou os famintos satisfeitos, despediu os ricos de mãos vazias.
54 Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se da sua misericórdia 55 conforme tinha prometido aos nossos pais.
Evangelho: Mt 12,46-50
Naquele tempo: 46 Enquanto Jesus ainda estava falando ao povo, sua mãe e seus irmãos se achavam do lado de fora, procurando falar com ele. 47 Alguém lhe disse: “Tua mãe e teus irmãos estão aí fora e querem falar contigo”.48 Ele respondeu a quem o informava: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?”. 49 Então, Jesus apontou com a mão para os seus discípulos e disse: “Eis aqui minha mãe e meus irmãos. 50 Porque todo aquele que faz a vontade do meu Pai que está no céu, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2017 - Ano A - São Mateus, Brasília, Edições CNBB, 2016.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
“Quem é minha mãe e quem são os meus irmãos?”(Mt 12,48b).
Nesta memória da Apresentação de Nossa Senhoralemos o Evangelho de São Mateus, 12,46-50.
Segundo antiga tradição cristã a Mãe de Jesus, ainda criança, foi apresentada ao Templo de Jerusalém para ser consagrada a Deus.
Embora não tenhamos documentos escritos para provar este fato, a Igreja entendeu que a Mãe do Filho de Deus devia ter vivido toda sua existência consagrada a Deus. Por este motivo foi posta, num determinado momento de sua infância, esta consagração.
Somente uma comprovação da santidade de Maria aparece no Evangelho, quando o Anjo Gabriel a saúda afirmando que ela é ‘Cheia de Graça’ . “Cheia de Graça” porque desde antes de seu nascimento Deus a fez sem pecado original. Por isso ela desde sempre a fez consagrada a Ele.
Jesus viu e admirou em Sua Mãe esta consagração e esta santidade.
Quantas vezes Ele, desde criança, terá confirmado como Sua Mãe vivia perfeitamente a vontade de Deus e como estava em constante união com Deus Pai.
Ele terá pensado: “um dia vou propor Minha Mãe como modelo do cumprimento da Lei de Deus”.
E este dia chegou.
Foi quando, estando Ele ocupado com a multidão que O ouvia, disseram-lhe que Sua Mãe e seus irmãos aguardavam um momento de falar com Ele. Naquele momento Jesus se lembrou da santidade de Sua Mãe e disse: “... todo aquele que faz a vontade de Meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e Minha Mãe” (Mt 12,50bc).
Nós não fazemos a vontade do Pai de Jesus?
Se o fazemos, imitamos não só Sua Mãe. Imitamos o próprio Jesus.
Sejamos firmes e constantes no cumprimento da Vontade de Deus. Nisto estaremos com Jesus, que nos disse: “... vós orareis assim: Pai nosso, que estais nos céus, santificado seja o Vosso Nome” (Mt 6,9).
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
14 Dá gritos de alegria, e rejubila-te, filha de Sião, pois venho morar em teu meio, oráculo de Javé. 15 Nações numerosas ligar-se-ão a Javé, naquele dia, e tornar-se-ão para ele um povo e elas morarão no meio de ti. Assim saberás que Javé dos exércitos me enviou a ti. 16 E Javé possuirá Judá, como sua herança sobre a Terra santa, e ele ainda escolherá Jerusalém. 17 Silêncio! todo homem, diante de Javé, pois ele surge de sua morada santa.
Salmo: Lc 1,46-47. 48-49. 50-51. 52-53. 54-55 (R.Cf.54b)
R. O Senhor se lembrou de mostrar sua bondade.
46 Minha alma engrandece o Senhor, 47 meu espírito alegra-se intensamente em Deus meu Salvador,
48 porque olhou para a humildade da sua serva. De agora em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada, 49 porque o Todo-Poderoso fez em mim grandes coisas. Santo é Seu Nome
50 Sua misericórdia se estende de geração em geração sobre os que o temem. 51 Manifestou a força de seu braço, dispersou os homens de coração soberbo.
52 Derrubou os poderosos de seus tronos e elevou os humildes. 53 Deixou os famintos satisfeitos, despediu os ricos de mãos vazias.
54 Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se da sua misericórdia 55 conforme tinha prometido aos nossos pais.
Evangelho: Mt 12,46-50
Naquele tempo: 46 Enquanto Jesus ainda estava falando ao povo, sua mãe e seus irmãos se achavam do lado de fora, procurando falar com ele. 47 Alguém lhe disse: “Tua mãe e teus irmãos estão aí fora e querem falar contigo”.48 Ele respondeu a quem o informava: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?”. 49 Então, Jesus apontou com a mão para os seus discípulos e disse: “Eis aqui minha mãe e meus irmãos. 50 Porque todo aquele que faz a vontade do meu Pai que está no céu, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2017 - Ano A - São Mateus, Brasília, Edições CNBB, 2016.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
“Quem é minha mãe e quem são os meus irmãos?”(Mt 12,48b).
Nesta memória da Apresentação de Nossa Senhoralemos o Evangelho de São Mateus, 12,46-50.
Segundo antiga tradição cristã a Mãe de Jesus, ainda criança, foi apresentada ao Templo de Jerusalém para ser consagrada a Deus.
Embora não tenhamos documentos escritos para provar este fato, a Igreja entendeu que a Mãe do Filho de Deus devia ter vivido toda sua existência consagrada a Deus. Por este motivo foi posta, num determinado momento de sua infância, esta consagração.
Somente uma comprovação da santidade de Maria aparece no Evangelho, quando o Anjo Gabriel a saúda afirmando que ela é ‘Cheia de Graça’ . “Cheia de Graça” porque desde antes de seu nascimento Deus a fez sem pecado original. Por isso ela desde sempre a fez consagrada a Ele.
Jesus viu e admirou em Sua Mãe esta consagração e esta santidade.
Quantas vezes Ele, desde criança, terá confirmado como Sua Mãe vivia perfeitamente a vontade de Deus e como estava em constante união com Deus Pai.
Ele terá pensado: “um dia vou propor Minha Mãe como modelo do cumprimento da Lei de Deus”.
E este dia chegou.
Foi quando, estando Ele ocupado com a multidão que O ouvia, disseram-lhe que Sua Mãe e seus irmãos aguardavam um momento de falar com Ele. Naquele momento Jesus se lembrou da santidade de Sua Mãe e disse: “... todo aquele que faz a vontade de Meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e Minha Mãe” (Mt 12,50bc).
Nós não fazemos a vontade do Pai de Jesus?
Se o fazemos, imitamos não só Sua Mãe. Imitamos o próprio Jesus.
Sejamos firmes e constantes no cumprimento da Vontade de Deus. Nisto estaremos com Jesus, que nos disse: “... vós orareis assim: Pai nosso, que estais nos céus, santificado seja o Vosso Nome” (Mt 6,9).
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
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