terça-feira, 28 de novembro de 2017

Liturgia do dia 27/11/2017

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Liturgia do dia 27/11/2017


Leituras
Dn 1,1-6.8-20
Dn 3, 52. 53. 54. 55. 56 (R. 52b)
Lc 21,1-4

34ª Semana do Tempo Comum - Ano A

Segunda-Feira

Primeira Leitura: Dn 1,1-6.8-20

1 No ano terceiro do reinado de Joaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei de Babilônia, contra Jerusalém, e a sitiou. 2 O Senhor lhe entregou nas mãos Joaquim, rei de Judá, e uma parte dos objetos do Templo de Deus; ele os levou para a terra de Senaar, para o templo do seu deus, depositando os objetos na casa do tesouro dos seus deuses. O rei ordenou a Aspenaz, chefe dos eunucos, que destacasse, dentre os filhos de Israel, alguns jovens de estirpe real e linhagem nobre, que não tivessem defeito algum, de boa aparência, versados em todos os ramos da ciência, bem instruídos em sabedoria, prudentes e capazes de desempenhar funções na corte régia, e lhes ensinasse as letras e o idioma dos caldeus. 5Determinou-lhes o rei uma ração diária dos manjares régios e do vinho que ele mesmo bebia. Durante três anos deveriam ser educados, para depois entrarem a serviço do rei. 6 Entre eles encontravam-se, dos judeus, Daniel, Ananias, Misael e Azarias. 8 Daniel resolveu não se contaminar com as iguarias da mesa do rei, nem com o vinho que ele bebia; pediu ao chefe dos eunucos que não o obrigasse a contaminar-se. 9 Deus concedera a Daniel encontrar favor e estima diante do chefe dos eunucos.10 O chefe dos eunucos declarou a Daniel: “Tenho medo de meu senhor e rei, que determinou o que deveis comer e beber; se ele vir a vossa aparência mais pálida que a dos outros jovens da vossa idade, por vossa causa serei culpado perante o rei”. 11 Daniel disse ao guarda o que o chefe dos eunucos tinha designado para Daniel, Ananias, Misael e Azarias: 12 “Peço-te que faças uma experiência com os teus servos: que nos deem, durante dez dias, legumes a comer e água a beber. 13 Depois disto, compararás a nossa aparência com a dos jovens que se alimentam dos manjares do rei e, conforme vires, procederás com os teus servos”. 14 Ele aceitou a proposta e experimentou-os durante dez dias. 15 Depois dos dez dias, apresentaram melhor aparência e saúde mais robusta que as de todos os jovens que se alimentavam dos manjares do rei. 16 Desde então, o guarda suspendeu-lhes os alimentos que deveriam comer e o vinho que deveriam beber, e lhes dava legumes. 17Deus concedeu aos quatro jovens ciência e conhecimento em todas as letras e matérias. Daniel, além disso, entendia toda a sorte de visões e sonhos. 18Expirado o prazo que o rei lhes determinara para a apresentação, o chefe dos eunucos levou-os a Nabucodonosor. 19 O rei conversou com eles e não se encontrou, entre todos, quem se igualasse a Daniel, Ananias, Misael e Azarias. Assim, entraram para o serviço do rei. 20 Em todas as questões de sabedoria e inteligência que o rei lhes propôs, ele os achou dez vezes superiores a todos os adivinhos e magos que havia no seu reino.
Salmo: Dn 3, 52. 53. 54. 55. 56 (R. 52b)
R. Louvado e exaltado para sempre!
52 Bendito és, Senhor, Deus de nossos pais. Bendito é teu Nome, santo e glorioso.
53 Bendito és no templo santo da glória.
54 Bendito és sobre o trono da realeza.
55 Bendito, tu que sondas os abismos e sentas sobre os querubins.
56 Bendito és no firmamento do céu.
Evangelho: Lc 21,1-4

Naquele tempo: 1 Levantando os olhos, Jesus viu que os ricos depositavam as suas ofertas no cofre do Templo. 2Viu também uma pobre viúva que colocava ali duas moedas de cobre. 3 Então ele disse: “Eu vos asseguro: esta pobre viúva deu mais do que todos os outros. 4 Pois todos aqueles deram do que lhes sobrava, mas esta deu, da sua indigência, tudo o que lhe ficava para viver’’.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2017 - Ano A - São Mateus, Brasília, Edições CNBB, 2016.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
A viúva, na sua pobreza, ofertou tudo o que tinha para viver. (Lc 21,4de).
O elogio de Jesus a esta viúva extremamente pobre merece nossa reflexão atenta.
Jesus tinha visto como pessoas ricas punham no cofre do Templo moedas de grande valor. Faziam isto para se sentirem religiosamente satisfeitos e quites com Deus. Era tudo o que conseguiam fazer, em sua compreensão de cumprimento de um dever. E saiam do Templo sem se sentirem unidos a Deus.
Aquela esmola que o Templo pedia em sua maior parte ia para os pobres.
No entanto, Jesus notou como foi precisamente uma das pessoas mais pobres da cidade que ofereceu tudo o que tinha para viver. Foram duas moedinhas, economicamente insignificantes.
Mas o gesto daquela viúva foi insignificante por isso?
Jesus a elogia precisamente para dizer a importância que aquele gesto teve para Deus, e não para os homens.
Ela o fez por amor a Deus.
E oferecendo tudo o que tinha, o que esperava ter em volta? Esperava ter o reconhecimento de Deus pelo cumprimento de um dever, do qual certamente estaria dispensada por ser uma viúva pobre e em idade avançada.
Mas a recompensa maior foi dada ao seu coração: ela estava cumprindo o Primeiro Mandamento. E quando Deus nos manda amá-Lo sobre todas as coisas, Ele nos ama em primeiro lugar. Ela voltou para a casa com o coração cheio de amor a Deus, feliz em sua simplicidade, consolada em sua oração.
Pensemos em nós: se nossas esmolas dadas aos pobres, ou postas no cestinho da coleta da Igreja, não produzem em nós o mesmo efeito que produziram as duas moedinhas daquela viúva, estaremos em situação de inferioridade em relação a ela. Isto é, nossa atitude será a de pessoas que cumprem um formalismo, com o coração esquecido de Deus e de seus pobres.
Assim, mesmo que no nosso dízimo dermos o que estiver ao nosso alcance, não necessariamente tudo o que tivermos para viver, estaremos dando nosso amor a Deus e recebendo o Dele por nós. Afinal, não é para isto que vivemos nossa fé cristã em Igreja?
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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