sábado, 24 de novembro de 2018

Liturgia do dia 24/10/2018

Liturgia do dia 24/10/2018


Leituras
Ef 3,2-12
Sl: Is 12,2-3.4bcd.5-6 (R/. cf. 3)
Lc 12,39-48

29ª Semana do Tempo Comum

Quarta-Feira

Primeira Leitura: Ef 3,2-12

Irmãos: 2 Sem dúvida já ouvistes falar como Deus me concedeu a graça para vosso aproveitamento. 3 Ele me manifestou por revelação o conhecimento do mistério, tal como acabo de apresentar em poucas palavras. 4 Lendo-as, podereis avaliar a minha ideia sobre o mistério de Cristo. 5 Este mistério, que não foi manifestado aos homens das gerações passadas como acaba de ser revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas, é o seguinte: 6 Os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo Corpo, e beneficiários da mesma promessa em Cristo Jesus, pelo Evangelho. 7 E eu fui feito ministro deste Evangelho, por dom da graça de Deus que me foi conferida pela força do seu poder. 8 A mim, o menor de todos os santos, foi concedida esta graça de anunciar aos pagãos as riquezas insondáveis de Cristo, 9 e mostrar claramente a todos o plano misterioso da salvação, oculto desde sempre em Deus, o Criador de tudo. 10 E isto para manifestar agora aos Principados e às Potestades celestes, por meio da Igreja, a multiforme sabedoria de Deus, 11 segundo o plano eterno que realizou em Cristo Jesus, nosso Senhor, 12 em quem nós temos, pela fé nele, livre e confiante acesso a Deus; 13 sendo assim, eu vos peço que não vos desanimeis por causa dos sofrimentos que suporto por vós. Eles são a vossa glória!
Salmo: Is 12,2-3.4bcd.5-6 (R/. cf. 3)
R. Com alegria bebereis do manancial da salvação.
2 Eis o Deus de minha salvação, confio e não temo: Javé é minha força e meu canto, a minha salvação!”. 3 Com alegria haurireis a água nas fontes da salvação.

4 Direis, naquele dia: “Louvai a Javé, invocai seu Nome! Entre os povos anunciai suas maravilhas! Proclamai que seu Nome é sublime!

5 Cantai a Javé, que mostrou sua grandeza! Que se publique por toda a terra! 6 Clama de alegria e júbilo, habitante de Sião! É grande, entre vós, o Santo de Israel!”.
Evangelho: Lc 12,39-48

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 39 Compreendei bem isto: se o dono da casa tivesse sabido a que hora havia de vir o ladrão, não o teria deixado arrombar a porta da casa. 40 Vós também estai preparados, porque na hora em que não pensais virá o Filho do homem”. 41 Então Pedro disse: “Senhor, é para nós que ensinas esta parábola ou para os outros?”. 42 O Senhor lhe respondeu: “Quem é o mordomo fiel e prudente, que o senhor porá à frente dos seus servidores para lhes distribuir o alimento no tempo devido? 43 Feliz daquele servidor que o patrão encontrar agindo do mesmo modo, quando chegar! 44 Porque eu vos garanto: ele o fará administrador de todos os seus bens. 45 Mas se aquele servidor ficasse pensando: ‘Meu patrão vai demorar em chegar’; e começasse a bater nos empregados e nas empregadas, a comer e beber até se embriagar, 46 virá o patrão daquele servidor no dia em que ele menos o espera e na hora que ele não sabe; irá então castiga-lo severamente e o colocará entre os infiéis. 47 O servidor que, conhecendo a vontade do patrão, não tiver preparado nada, nem procedido conforme essa vontade, receberá muitas chicotadas, 48 mas aquele que não a conhecer, e fizer algo que mereça castigo, receberá poucas chicotadas. A quem muito foi dado, muito será pedido. A quem muito se confiou, dele muito será exigido.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
“A quem muito foi confiado, muito mais será exigido” (Lc 12,48).
Jesus nos contou esta parábola para nos dizer que um dia iremos a Seu encontro no fim de nossa vida na terra. Mas iremos para Lhe mostrar que multiplicamos tudo o que Ele nos deu nesta vida, tudo em Graça, tudo em santificação, tudo em Salvação.
Portanto, Dele recebemos muito. É normal que Ele espere que este muito tenha sido multiplicado muito mais.
Este pensamento pode nos incomodar.
Por quê?
É que não nos agrada a ideia de uma prestação de contas a ninguém, nem mesmo a Deus Pai nem a Deus Filho.
Mas, reconsiderando esta ideia, constatamos que, com este modo de pensar, não somos sensatos.Afinal, tudo o que precisamos para nossa Salvação nos é dado por Deus através de nossa vida na Igreja, o Corpo de Cristo. E, ao longo de nossa vida, temos muitas, inúmeras ocasiões de ajudar outras pessoas a receberem o mesmo que Deus nos dá. Ora, isto não é tão difícil assim.
Na parábola Jesus distingue a diversidade de dons dados por Deus a cada um de nós.
Ele sabe muito bem quem pode receber mais e quem consegue frutificar apenas um pouco. Nisto Deus não é injusto, porque mais do que nós nos conhece intimamente, desde antes de nascermos.
A parábola, portanto, repete a lição daquela sobre os talentos. Quem recebe muito tem condições de multiplicar tais talentos até o dobro.
Isto Jesus nos diz para não ficarmos acomodados e enterrarmos nossos talentos.
Em outras palavras, todo dom de Deus é um penhor comunitário: deve ser repartido com os outros, e, quando entendemos os outros, entendemos os mais necessitados. É necessário ter isto bem claro. Os dons de Deus não são dados apenas para nosso proveito.E, sabemos, com eles podemos fazer bem a inúmeras pessoas, levar alegria dos dons de Deus a um grande número de necessitados. Nossa vida, na verdade, deveria ser somente para isto, uma vez que no fim de nossa existência somente sobrará o bem que tivermos feito.
Quem sente a alegria de viver neste mundo como filho ou filha de Deus, não consegue segurar esta alegria somente para si. Está aqui a chave da multiplicação dos talentos. A alegria não se contém dentro de nós: precisa expandir-se para fora. Esta é a diferença entre quem tem alegria de viver na fé e na filiação divina e quem sequer descobriu a causa desta alegria.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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