sábado, 29 de abril de 2017

Íntegra da declaração comum assinada por Francisco e Tawadros II


Segue a íntegra da declaração comum assinada pelo Papa Francisco e o Patriarca Tawadros II no final do encontro.
DECLARAÇÃO COMUM
DE SUA SANTIDADE FRANCISCO
E DE SUA SANTIDADE TAWADROS II
 (Cairo: Patriarcado, 28 de abril de 2017)

1.    Nós, Francisco, Bispo de Roma e Papa da Igreja Católica, e Tawadros II, Papa de Alexandria e Patriarca da Sé de São Marcos, no Espírito Santo damos graças a Deus por nos ter concedido a feliz oportunidade de nos encontrarmos mais uma vez, trocarmos o abraço fraterno e juntarmo-nos novamente em oração comum. Damos glória ao Todo-Poderoso pelos laços de fraternidade e amizade existentes entre a Sé de São Pedro e a Sé de São Marcos. O privilégio de estar juntos aqui no Egito é um sinal de que a solidez do nosso relacionamento tem aumentado de ano para ano e de que estamos a crescer na proximidade, na fé e no amor de Cristo nosso Senhor. Damos graças a Deus pelo amado Egito, «terra natal que vive dentro de nós», como costumava dizer Sua Santidade Papa Shenouda III, «povo abençoado pelo Senhor» (cf. Is 19, 25) com a sua antiga civilização dos Faraós, a herança grega e romana, a tradição copta e a presença islâmica. O Egito é o lugar onde a Sagrada Família encontrou refúgio, é terra de mártires e santos.
2.    O nosso vínculo profundo de amizade e fraternidade tem a sua origem na plena comunhão que existia entre as nossas Igrejas nos primeiros séculos tendo-se expressado de várias maneiras nos primeiros Concílios Ecuménicos, a começar pelo Concílio de Nicéia em 325 e a contribuição de Santo Atanásio, corajoso Padre da Igreja que mereceu o título de «Protetor da Fé». A nossa comunhão manifestava-se através da oração e práticas litúrgicas semelhantes, da veneração dos mesmos mártires e santos, e no fomento e difusão do monaquismo, seguindo o exemplo do grande Santo Antão, conhecido como o pai de todos os monges.
Esta experiência comum de comunhão, anterior ao tempo de separação, assume um significado especial na nossa busca atual do restabelecimento da plena comunhão. A maior parte das relações que existiam nos primeiros séculos continuaram, apesar das divisões, entre a Igreja Católica e a Igreja Copta Ortodoxa até ao dia de hoje e recentemente foram mesmo revitalizadas. Estas desafiam-nos a intensificar os nossos esforços comuns, perseverando na busca duma unidade visível na diversidade, sob a guia do Espírito Santo.
3.    Recordamos, com gratidão, o encontro histórico de há quarenta e quatro anos entre os nossos predecessores Papa Paulo VI e Papa Shenouda III, aquele abraço de paz e fraternidade depois de muitos séculos em que os nossos vínculos mútuos de amor não tiveram possibilidade de se expressar devido à distância que se criara entre nós. A Declaração Comum, que eles assinaram em 10 de maio de 1973, representou um marco no caminho ecuménico e serviu como ponto de partida para a instituição da Comissão de Diálogo Teológico entre as nossas duas Igrejas, que produziu muito fruto e abriu o caminho para um diálogo mais amplo entre a Igreja Católica e toda a família das Igrejas Ortodoxas Orientais. Naquela Declaração, as nossas Igrejas reconheceram que, no sulco da tradição apostólica, professam «uma só fé no Deus Uno e Trino» e «a divindade do Unigénito Filho de Deus (...) perfeito Deus, quanto à sua divindade, e perfeito homem quanto à sua humanidade». Reconheceu-se também que «a vida divina é-nos dada e alimentada em nós pelos sete sacramentos» e que «veneramos a Virgem Maria, Mãe da verdadeira Luz», a «Theotókos».
4.    Com profunda gratidão, recordamos o encontro fraterno que nós próprios tivemos em Roma, a 10 de maio de 2013, e a instituição do dia 10 de maio como jornada anual em que aprofundamos a amizade e a fraternidade entre as nossas Igrejas. Este renovado espírito de proximidade permitiu-nos discernir ainda melhor como o vínculo que nos une foi recebido de nosso único Senhor no dia do Batismo. Com efeito, é através do Batismo que nos tornamos membros do único Corpo de Cristo que é a Igreja (cf. 1 Cor 12, 13). Esta herança comum é a base da peregrinação que juntos realizamos rumo à plena comunhão, crescendo no amor e na reconciliação.
5.    Conscientes de que ainda há tanto caminho a fazer nesta peregrinação, recordamos o muito que já foi alcançado. Em particular, lembramos o encontro entre Papa Shenouda III e São João Paulo II, que veio como peregrino ao Egito durante o Grande Jubileu do ano 2000. Estamos determinados a seguir os seus passos, movidos pelo amor de Cristo Bom Pastor, na convicção profunda de que, caminhando juntos, crescemos em unidade. Para isso auferimos a força de Deus, fonte perfeita de comunhão e de amor.
6.    Este amor encontra a sua expressão mais alta na oração comum. Quando os cristãos rezam juntos, chegam a compreender que aquilo que os une é muito maior do que aquilo que os divide. O nosso desejo ardente de unidade encontra inspiração na oração de Cristo «para que todos sejam um só» (Jo 17, 21). Para isso aprofundemos as raízes que compartilhamos na única fé apostólica, rezando juntos e procurando traduções comuns do Pai Nosso e uma data comum para a celebração da Páscoa.
7.    Enquanto caminhamos para o dia abençoado em que finalmente nos reuniremos à mesma Mesa Eucarística, podemos colaborar em muitas áreas e tornar tangível a grande riqueza que já temos em comum. Podemos testemunhar juntos certos valores fundamentais como a sacralidade e dignidade da vida humana, a sacralidade do matrimónio e da família, e o respeito por toda a criação, que Deus nos confiou. Não obstante a multiplicidade de desafios contemporâneos, como a secularização e a globalização da indiferença, somos chamados a oferecer uma resposta compartilhada baseada nos valores do Evangelho e nos tesouros das nossas respetivas tradições. Nesta linha, somos encorajados a aprofundar o estudo dos Padres Orientais e Latinos e promover um frutuoso intercâmbio na vida pastoral, especialmente na catequese e num mútuo enriquecimento espiritual entre comunidades monásticas e religiosas.
8.    O testemunho cristão que compartilhamos é um sinal providencial de reconciliação e esperança para a sociedade egípcia e suas instituições, uma semente semeada para frutificar na justiça e na paz. Uma vez que acreditamos que todos os seres humanos são criados à imagem de Deus, esforcemo-nos por promover a tranquilidade e a concórdia através duma coexistência pacífica entre cristãos e muçulmanos, testemunhando assim que Deus deseja a unidade e a harmonia de toda a família humana e a igual dignidade de cada ser humano. Temos a peito a prosperidade e o futuro do Egito. Todos os membros da sociedade têm o direito e o dever de participar plenamente na vida do país, gozando de plena e igual cidadania e colaborando para construir a sua nação. A liberdade religiosa, que engloba a liberdade de consciência e está enraizada na dignidade da pessoa, é a pedra angular de todas as outras liberdades. É um direito sagrado e inalienável.
9.    Intensifiquemos a nossa oração incessante por todos os cristãos no Egito e em todo o mundo, especialmente no Médio Oriente. Alguns acontecimentos trágicos e o sangue derramado pelos nossos fiéis, perseguidos e mortos unicamente pelo motivo de ser cristãos, recordam-nos ainda mais que o ecumenismo dos mártires nos une e encoraja no caminho da paz e da reconciliação. Pois, como escreve São Paulo, «se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros» (1 Cor 12, 26).
10.     O mistério de Jesus, que morreu e ressuscitou por amor, situa-se no coração do nosso caminho para a plena unidade. Mais uma vez, os mártires são os nossos guias. Na Igreja primitiva, o sangue dos mártires foi semente de novos cristãos; assim também, em nossos dias, o sangue de tantos mártires seja semente de unidade entre todos os discípulos de Cristo, sinal e instrumento de comunhão e de paz para o mundo.
11.    Obedientes à ação do Espírito Santo, que santifica a Igreja, a sustenta ao longo dos séculos e conduz àquela unidade plena pela qual Cristo rezou,
hoje nós, Papa Francisco e Papa Tawadros II, para alegrar o coração do Senhor Jesus bem como os corações dos nossos filhos e filhas na fé, declaramos mutuamente que, com uma só mente e coração, procuraremos sinceramente não repetir o Batismo administrado numa das nossas Igrejas a alguém que deseje juntar-se à outra. Isto confessamos em obediência às Sagradas Escrituras e à fé expressa nos três Concílios Ecuménicos reunidos em Niceia, Constantinopla e Éfeso.
Pedimos a Deus nosso Pai que nos guie, nos tempos e modos que o Espírito Santo dispuser, para a unidade plena no Corpo místico de Cristo.
12.    Concluindo, deixemo-nos guiar pelos ensinamentos e o exemplo do apóstolo Paulo, que escreve: «[Esforçai-vos] por manter a unidade do Espírito, mediante o vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, assim como a vossa vocação vos chamou a uma só esperança; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por todos e permanece em todos» (Ef 4, 3-6).

Fonte:  http://br.radiovaticana.va/news/2017/04/28/%C3%ADntegra_da_declara%C3%A7%C3%A3o_comum_assinada_por_francisco_e_tawadr/1308914

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Santo do Dia 29 de Abril

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Santa Catarina de Sena, servia a Cristo e sua Igreja.

Santa Catarina de Sena, recebeu espiritualmente as chagas de Cristo...
Neste dia, celebramos a vida de uma das mulheres que marcaram profundamente a história da Igreja: Santa Catarina de Sena. Reconhecida como Doutora da Igreja, era de uma enorme e pobre família de Sena, na Itália, onde nasceu em 1347.
Voltada à oração, ao silêncio e à penitência, não se consagrou em uma congregação, mas continuou, no seu cotidiano dos serviços domésticos, a servir a Cristo e Sua Igreja, já que tudo o que fazia, oferecia pela salvação das almas. Através de cartas às autoridades, embora analfabeta e de frágil constituição física, conseguia mover homens para a reconciliação e paz como um gigante.
Dotada de dons místicos, recebeu espiritualmente e realmente as chagas do Cristo; além de manter uma profunda comunhão com Deus Pai, por meio da qual teve origem sua obra: “O Diálogo”. Comungando também com a situação dos seus, ajudou-o em muito, socorrendo o povo italiano, que sofria com uma peste mortífera e com igual amor socorreu a Igreja que, com dois Papas, sofria cisão, até que Catarina, santamente, movimentou os céus e a terra, conseguindo banir toda confusão. Morreu no ano de 1380, repetindo: “Se morrer, sabeis que morro de paixão pela Igreja”.


Santa Catarina de Sena, rogai por nós!

Liturgia do dia 29/04/2017

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Leituras
At 6,1-7
Sl 32, 1-2. 4-5. 18-19 (R.22)
Jo 6,16-21

2ª Semana da Páscoa Ano A

Sábado

Primeira Leitura: At 6,1-7

1 Naquela época, o número dos discípulos aumentava e os que falavam grego começaram a se queixar contra os que falavam hebraico, porque suas viúvas estavam sendo esquecidas na distribuição diária de auxílios. 2 Por isso, os Doze convocaram a assembleia de todos os discípulos e disseram: “Não está certo deixarmos a pregação da palavra de Deus pelo serviço das mesas. 3 Por isso, irmãos, deveis escolher dentre vós sete homens bem conceituados, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, e nós os encarregaremos dessa função. 4 Quanto a nós, continuaremos a nos dedicar todo o tempo à oração e ao serviço da Palavra”. 5 A proposta agradou a toda a assembleia. Escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, um convertido de Antioquia. 6 E foram apresentados aos apóstolos, que rezaram e impuseram as mãos sobre eles. 7 A palavra de Deus se difundia e o número dos discípulos aumentava consideravelmente em Jerusalém. Era grande também o número de sacerdotes que abraçaram a fé cristã.
Salmo: Sl 32, 1-2. 4-5. 18-19 (R.22)

R. Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos!
1 Aclamai o Senhor, vós que sois justos: devem louvar a Deus os homens retos! 2 Dai graças ao Senhor ao som da harpa, na lira de dez cordas celebrai-o.

4 Pois é reta a palavra do Senhor, e tudo o que ele fez é verdadeiro. 5 Ele ama a justiça e a retidão, da graça do Senhor enche-se a terra.

18 Porém olha o Senhor pelos que o temem, aqueles que confiam em seu amor, 19 para livrar da morte as suas almas e fazê-los viver quando houver fome!
Evangelho: Jo 6,16-21

16 Pela tarde, desceram seus discípulos à beira do mar. 17 Entrando numa barca, dirigiram-se para a outra margem do mar, rumo a Cafarnaum. Já estava escuro e Jesus não tinha ido juntar-se a eles. 18 Soprava um forte vento e o mar estava agitado. 19 Já tinham remado uns cinco ou seis quilômetros, quando viram Jesus que se aproximava da barca, caminhando sobre o mar. Tiveram medo. 20 Ele os tranquilizou: “Não temais! Sou eu”. 21 Queriam recolhê-lo na barca, mas esta logo tocou a terra, no lugar para onde iam. Na sinagoga de Cafarnaum: o Pão da Vida.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2017 - Ano A - São Mateus, Brasília, Edições CNBB, 2016.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
... enxergaram Jesus, andando sobre as águas e aproximando-se da barca. E ficaram com medo. (Jo 6,19bcd).
Ontem meditamos sobre a multiplicação dos pães por Jesus, milagre preparatório para que os discípulos e o Povo Eleito entendessem a futura entrega da Eucaristia para a obtenção da Vida Eterna.
Ora, o mistério da Eucaristia é de uma profundidade tal que mal o entendemos.
E o milagre, que nela acontece, somente Deus pode realizar.
Estas coisas iam muito acima da capacidade de compreensão dos discípulos de Jesus.
Para que eles se firmassem na fé do que era humanamente impossível, Jesus precisava dar-lhes sinais do poder com que Deus agia através Dele.
É assim que podemos admirar e entender o milagre de Jesus andando sobre as águas do mar da Galileia. Nunca, em suas vidas, os discípulos tinham visto alguém andar sobre as águas, nem naquele mar nem em outro. Como, então, Jesus aparece-lhes em plena noite, caminhando com toda firmeza sobre as águas como se estivesse sobre a terra firme?
Ora, se Jesus podia fazer uma coisa tão prodigiosa como esta, por qual motivo os discípulos não acreditariam que Ele podia fazer do pão Seu Corpo, e do vinho Seu Sangue?
Entendamos também os sinais de Jesus e do poder de Deus agindo Nele.
Ele que multiplicou os pães, que caminhou sobre as águas, e, mais ainda, que ressuscitou Lázaro, tem de Deus o poder de fazer do pão Seu Corpo e do vinho Seu Sangue. E, mais do que tudo, pela Eucaristia, dar-nos a Vida Eterna.
Meditemos sobre tudo isto, com coração agradecido ao Pai e ao Filho.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Santo do Dia 28 de Abril

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Santa Gianna

Hoje é a festa de Santa Gianna, padroeira das mães, médicos e crianças por nascer...

Neste dia 28 de abril, a Igreja celebra Santa Gianna Beretta Molla, padroeira das mães, dos médicos e das crianças por nascer, a quem o Beato Paulo VI descreveu como “uma mãe que, para dar à luz seu bebê, sacrificou a sua própria vida em uma imolação deliberada”.
Gianna Beretta nasceu em 1922 em Magenta, na província de Milão. Desde pequena, acompanhava sua mãe à Missa todos os dias. Aos 15 anos, depois de um retiro segundo o método de Santo Inácio de Loyola, tomou o propósito de “mil vezes morrer a cometer um pecado mortal”.
Foi muito devota da Virgem, tanto que, quando sua mãe morreu, disse a Maria: “Confio em vós, doce Mãe, e tenho a certeza de que nunca me abandonará”. Costumava falar da Mãe de Deus em seus encontros com as meninas da Ação Católica e nas cartas ao seu noivo que logo se tornou seu marido.

Formou-se em medicina e com um firme propósito: “Não esqueçamos que no corpo de nosso paciente existe uma alma imortal. Sejamos honestos e médicos de fé”. Por isso, incentivava as grávidas a terem seus filhos como um presente de Deus e a recusar o aborto.
Depois de discernir, viu que Deus a chamava para a vida matrimonial e teve com seu marido três filhos. No começo da quarta gravidez, tinha que passar por uma cirurgia por causa de um tumor localizado no útero, mas pediu que se preocupassem com a vida do bebê.
A santa recusou se submeter ao aborto “terapêutico” que os médicos propunham e a extirpação do fibroma. Optou por não recorrer a esta prática.
Sofreu uma intervenção cirúrgica e conseguiram salvar o bebê. Meses depois, antes do parto, afirmou: “Se tiverem que escolher entre minha vida e a da criança, não tenham dúvida; escolham – exijo-o – a sua. Salvem-na”.
Deu à luz sua filha em 21 de abril de 1962. Entretanto, Santa Gianna não se recuperou e, em 28 de abril, com fortes dores e repetindo “Jesus, te amo; Jesus te amo”, partiu para a Casa do pai aos 39 anos. Foi canonizada por São João Paulo II em 2004.

Fonte: http://www.acidigital.com/noticias/hoje-e-a-festa-de-santa-gianna-padroeira-das-maes-medicos-e-criancas-por-nascer-90457/

Santo do Dia 28 de Abril

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São Pedro Chanel

Lembramos hoje a vida do grande missionário São Pedro Chanel. Nascido em Cuet em 1803, de uma família do campo, Pedro fez sacerdote na diocese de Turim. ...
Desde o seminário Pedro se encantava com a leitura sobre Missões. Respondendo ao apelo de Deus, entrou para a Sociedade de Maria e foi evangelizar as regiões e ilhas da Oceania, Atlântico e Pacífico.

Em 1837 partiu em companhia de um confrade leigo para Futuna, uma pequena ilha no Oceano Pacífico, no arquipélago de Tonga. Chegou a conseguir a simpatia dos mais jovens pela sua doutrina e pela sua presença pessoal.
Por outro lado, levantou a hostilidade dos mais velhos, ciosos de suas tradições e costumes, ameaçados pelo "sacerdote branco". Nessa ilha, a guerra estava tomando conta do povo, que estava dividido por duas tribos.

Avisado pelos amigos do risco que corria e para que deixasse a ilha, São Pedro ignorou o aviso e decidiu permanecer e continuar a pregação. Foi morto a golpes de "tacape" no dia 28 de abril de 1841. Seu sacrifício não foi em vão. A semente de sua pregação germinou e todos os habitantes acolheram o cristianismo
São Pedro Maria Chanel foi declarado padoreira da Oceania em 1954.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão A vocação missionária faz parte da vida da Igreja. Seja a missão cotidiana, ou a missão entre os povos, todo cristão é convidado a levar a Boa Nova de Jesus Cristo para além dos limites de sua comunidade. Pedro Chanel foi envolvido pelo amor a Jesus Cristo e quis colocar sua vida a serviço do evangelho. Que o exemplo deste santo nos leve também a viver uma vida de justiça e fraternidade.
Oração Ó Deus de admirável providência, que, no mártir São Pedro Maria Chanel destes ao vosso povo pastor corajoso e forte, concedei-nos, pela sua intercessão, ajuda nas tribulações e firme constância na fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.


Santo do Dia 28 de Abril

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São Luís Maria Grignion de Montfort, devoto à Virgem Maria.

São Luís, praticava sacrifícios pela salvação das almas...
Neste dia, nós contemplamos o fiel testemunho de Luís que, ao ser crismado, acrescentou ao seu prenome o nome de Maria, devido sua devoção à Virgem Maria, que permeou toda sua vida.
Nascido na França, no ano de 1673, de uma família muito numerosa, ele sentiu bem cedo o desejo de seguir o sacerdócio e assim percorreu o caminho dos estudos.
Como padre, São Luís começou a comunicar o Santo Evangelho e a levar o povo, através de suas missões populares, a viver Jesus pela intercessão e conhecimento de Maria. Foi grande pregador, homem de oração, amante da Santa Cruz, dos doentes e pobres; como bom escravo da Virgem Santíssima não foi egoísta e fez de tudo para ensinar a todos o caminho mais rápido, fácil e fascinante de unir-se perfeitamente a Jesus, que consistia na consagração total e liberal à Santa Maria.
São Luís já era um homem que praticava sacrifícios pela salvação das almas, e sua maior penitência foi aceitar as diversas perseguições que o próprio Maligno derramou sobre ele; tanto assim que foi a Roma para pedir ao Papa permissão para sair da França, mas este não lhe concedeu tal pedido. Na força do Espírito e auxiliado pela Mãe de Deus, que nunca o abandonara, São Luís evangelizou e combateu na França os jansenistas, os quais estavam afastando os fiéis dos sacramentos e da misericórdia do Senhor.
São Luís, que morreu em 1716, foi quem escreveu o “Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem”, que influencia ainda hoje, muitos filhos de Maria. Influenciou inclusive o saudoso Papa João Paulo II, que por viver o que São Luís nos partilhou, adotou como lema o Totus Tuus, Mariae, isto é, “Sou todo teu, ó Maria”.

São Luís Maria Grignion de Montfort, rogai por nós!

Liturgia do dia 28/04/2017

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Leituras
At 5,34-42
Sl 26, 1. 4. 13-14 (R. Cf. 4ab)
Jo 6,1-15

2ª Semana da Páscoa Ano A

Sexta-Feira

Primeira Leitura: At 5,34-42

34 Então um fariseu, chamado Gamaliel, mestre da Lei, de muito prestígio entre todo o povo, levantou-se no Conselho. Mandou que aqueles homens fossem postos fora um instante. 35 E lhes disse: “Israelitas, cuidado com o que ides fazer com estes homens! 36 Há pouco tempo atrás surgiu Teudas. Ele dizia que era pessoa importante e uma turma de uns quatrocentos homens juntou-se a ele; mas foi morto e todos os seus seguidores foram dispersos e aniquilados e nada sobrou. 37 Depois disso, surgiu Judas, o Galileu, na época do recenseamento, que também conseguiu arrastar o povo com ele; mas foi morto e todos seus seguidores espalhados. 38 Por isso, agora vos digo: não façais nada contra estes homens. Deixai-os em paz. Porque, se este plano ou esta obra vem dos homens, fracassará na certa. 39 Mas, se vem de Deus, então nunca podereis destruí-la. Pois neste caso estareis lutando contra Deus!”. Todos concordaram com ele. 40 Em seguida chamaram novamente os apóstolos e depois de surrá-los, ordenaram que nunca mais falassem em nome de Jesus. Por fim os soltaram. 41 Assim é que os apóstolos saíram do Conselho, contentes por terem sido julgados dignos de sofrer essas afrontas pelo Nome de Jesus. 42 Não cessavam de ensinar todos os dias no Templo e pelas casas, anunciando a boa-nova que Jesus é o Messias.

Salmo: Sl 26, 1. 4. 13-14 (R. Cf. 4ab)

R. Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.
1 Só Deus é minha luz e salvação:  de quem teria medo? É ele a proteção da minha vida; quem me fará tremer?

4 Peço ao Senhor apenas uma coisa, uma só eu procuro: é habitar a casa do Senhor por toda a minha vida; gozar a suavidade do Senhor, contemplar o seu templo.

13 Hei de ver a bondade do Senhor na terra dos que vivem! 14 Espera no Senhor! Força e coragem! Espera no Senhor!
Evangelho:  Jo 6,1-15

1 Depois disto, Jesus se retirou para o outro lado do mar da Galileia, chamado também de Tiberíades. 2 Uma grande multidão o seguia, porque tinha visto os sinais que ele fazia em benefício dos doentes. 3 Jesus subiu ao monte e sentou-se ali com seus discípulos. 4 Ora, a Páscoa, a festa dos judeus, estava próxima. 5 Jesus, levantando o olhar e vendo a grande multidão que acorria a ele, perguntou a Filipe: “Onde compraremos pão para lhes dar de comer?”. 6 Dizia isto apenas para sondá-lo, porque bem sabia o que ia fazer. 7 Filipe respondeu: “Uma grande quantia de pão não bastaria nem sequer, para cada um receber o seu pedacinho”. 8 Um dos seus discípulos, André, o irmão de Simão Pedro, disse: 9 “Aqui há um menino que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos. Mas que é isso para tanta gente?”. 10 Jesus ordenou: “Fazei com que os homens se acomodem pelo chão”. Havia muita grama naquele lugar. Cerca de cinco mil homens se acomodaram. 11 Jesus tomou os pães e, depois de ter dado graças, distribuiu-os aos que estavam sentados; o mesmo fez com os dois peixinhos, dando a cada um quanto queria. 12 Quando ficaram satisfeitos, ordenou aos discípulos: “Recolhei as sobras, para que nada se perca”. 13 Eles recolheram e encheram doze cestos com os pedaços que sobraram dos cinco pães de cevada que tinham comido. 14 Vendo o sinal que Jesus havia feito, aqueles homens exclamaram: “Verdadeiramente, este é o profeta, o que deve vir ao mundo!”. 15 Mas Jesus, percebendo que já estavam para vir raptá-lo e proclamá-lo rei, retirou-se de novo ao monte, sozinho.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2017 - Ano A - São Mateus, Brasília, Edições CNBB, 2016.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
Disse isto para pô-lo à prova, pois Ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer. (Jo 6,6).
São João Evangelista narra, aqui, um milagre de Jesus, o da multiplicação dos pães.
São João Evangelista era o discípulo mais próximo de Jesus, o que entendia mais depressa Seus sentimentos e intenções.                
Quando Jesus pergunta ao apóstolo São Felipe
: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?” (Jo 6,5), sabia que a resposta do apóstolo seria negativa. Naquele lugar não havia padaria por perto nem os apóstolos tinham dinheiro para comprar tanto pão.
               
São João Evangelista logo entendeu que Jesus estava para dar um dos sinais de que podia fazer um milagre para provar que era o enviado de Deus como Messias de Israel. Os outros apóstolos nada entenderam senão depois de verem o milagre realizado.
Mais do que o milagre em si, qual sinal Jesus estava dando?                
Qual foi sua intenção em dar ao Povo Eleito este sinal?
Ora, São João Evangelista nos orienta: Jesus preparava aquela multidão para entenderem mais tarde o que ia dizer ainda: o mistério da Eucaristia. Isto é, Israel precisava saber que Jesus daria Sua vida para dar, aos que Nele cressem, o alimento da Vida Eterna, Seu Corpo e Seu Sangue (Jo 6,54).
São João Evangelista ainda nos mostra claramente como o Pão da Vida (Jo 6,35b: “Eu sou o Pão da Vida”) somente Jesus, o Filho de Deus, podia dar, assim como só Ele pôde multiplicar os pães, coisa que nem São Filipe nem qualquer outro apóstolo podiam fazer.
Consideremos a bondade de Jesus que se compadece da multidão faminta.
Consideremos como Jesus usa de seu poder para fazer o bem daquelas pessoas, que nos representam, e para lhes ensinar sobre o dom da Vida Eterna por meio da comunhão no Seu Corpo e Sangue.
Na próxima missa de que participarmos, tenhamos em mente este ensino de Jesus e o poder que Ele tem de nos dar a Vida Eterna pela comunhão no Seu Corpo e Sangue.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Santo do Dia 27 de Abril

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Santa Zita, padroeira das empregadas do lar.

Santa Zita consagrou-se inteiramente ao Senhor, sem deixar sua vida simples....

Com muito carinho e devoção lembramos – neste dia – da santidade de vida de Santa Zita, padroeira das empregadas do lar. Nascida em Lucca (Itália), no ano de 1218, em uma família pobre e camponesa, mas que soube comunicar a ela a riqueza da vida em Deus.
Como simples empregada, sem estudos e cultura, Zita consagrou-se inteiramente ao Senhor, sem deixar sua vida simples. O segredo da espiritualidade desta santa era muito concreto, pois consistia em se questionar se esta ou aquela atitude agradava ou não ao Senhor. Desta forma, abriu-se para a santificação de Deus.
Santa Zita, com vinte anos, foi trabalhar numa família nobre e lá, não deixou de participar em todas as manhãs da Santa Missa na comunidade. Ela ajudava aos pobres e visitava os doentes nos tempos de folga, desta forma conquistou a admiração dos patrões. Conquistou também muitos corações para o Senhor e, merecidamente, o Céu.

Santa Zita, rogai por nós!

Liturgia do dia 27/04/2017

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Leituras
At 5,27-33
Sl 33, 2.9. 17-18. 19-20 (R. 7a)
Jo 3,31-36

2ª Semana da Páscoa Ano A

Quinta-Feira

Primeira Leitura: At 5,27-33

Naqueles dias: 27 Levaram-nos à presença do Conselho, onde o Sumo Sacerdote os repreendeu 28 com estas palavras: “Já vos proibimos terminantemente de ensinar nesse nome; e no entanto enchestes Jerusalém com vossa doutrina e quereis tornar-nos responsáveis pelo sangue desse homem!” 29 Então Pedro e os apóstolos responderam: “É preciso obedecer mais a Deus do que aos homens. 30 O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, que vós matastes, suspendendo-o na cruz. 31 Deus, porém, com o seu poder, o exaltou a Príncipe e Salvador, para conceder ao povo de Israel a conversão e o perdão dos pecados. 32 Somos testemunhas dessas coisas como também o Espírito Santo, dado por Deus aos que lhe obedecem”. Intervenção de Gamaliel e libertação dos apóstolos. 33 Ouvindo isso, ficaram furiosos e queriam matá-los.
Salmo: Sl 33, 2.9. 17-18. 19-20 (R. 7a)
R. Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.
2 Bendirei ao Senhor em qualquer tempo, terei sempre na boca o seu louvor!

9 Provai, e vede como Deus é bom, feliz quem busca nele o seu refúgio!

17 O olhar do Senhor procura os maus, para apagar da terra o seu vestígio. 18 Quando clamam por ele, logo atende; de todas as angústias os liberta.

19 Do coração aflito ele está perto, ele conforta o espírito abatido. 20 As aflições afluem sobre o justo, mas o Senhor de todas o liberta.

Evangelho: Jo 3,31-36

31 O que vem do alto está acima de todos; o que vem da terra é terrestre e fala coisas da terra. O que vem do céu é superior a todos 32 e dá testemunho do que viu e ouviu; mas ninguém aceita seu testemunho. 33 Quem aceita seu testemunho atesta que Deus é veraz. 34 Aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus, porque Deus lhe dá o Espírito sem medida. 35 O Pai ama o Filho e entregou tudo nas suas mãos. 36 Quem crê no Filho tem a vida eterna; quem recusa crer no Filho não verá a vida; mas permanece sobre ele a ira de Deus”.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2017 - Ano A - São Mateus, Brasília, Edições CNBB, 2016.
Citações bíblicas:
Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
Aquele que acredita no Filho possui a Vida Eterna.
Aquele, porém, que rejeita o Filho, não terá a Vida, pois a ira de Deus permanece sobre ele. (Jo 3, 36)
Este Evangelho nos convida a continuar a reflexão iniciada ontem.
Em sua conversa com Nicodemos Jesus volta a insistir na necessidade de acreditar Nele para ter a Vida que Ele, ressuscitado, terá depois de sua Paixão e Morte.
Mas aqui entra um elemento novo que Jesus não mencionou antes: a ira de Deus Pai recai sobre os que rejeitam o Seu Filho. De fato Jesus disse, no Evangelho lido ontem (Jo 3,16-21), que Ele, a luz que veio a este mundo (Jo 3,19), foi rejeitada por muitos. Para o Evangelho de João estes muitos são claramente os chefes religiosos de Israel que não acreditaram em Jesus como Filho de Deus. Logicamente concluímos que os chefes religiosos de Israel ficaram sob a ira de Deus e não terão a Vida Eterna. Ora, isto é a condenação eterna (Jo 3,18).
Portanto mais uma reflexão decorre da Ressurreição de Jesus: contra a vontade de Deus a Ressurreição de Jesus não traz somente salvação com o perdão dos pecados, mas sua recusa é causa de condenação para quem não a aceita. Crer e não crer em Jesus ressuscitado divide a humanidade em dois grupos opostos. Demos graças a Deus se perseveramos entre os que Jesus não condena mas salva.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Santo do Dia 26 de Abril Santo Anacleto

                      anacleto

Santo Anacleto

Eis uma curiosidade com relação ao Santo venerado nesta data: seus dados biográficos se embaralharam ao serem transcritos século após século. Papa Anacleto teve sua vida contada como se ele “fosse dois”: Papa Anacleto e Papa Cleto, comemorados em datas diferentes, 26 de abril e 13 de julho. O engano, que passou também pelo cuidadoso Barônio, parece ter sido de um copista que teria visto abreviado em alguma lista dos Papas o nome de Anacleto por Cleto, julgou que deveria colocar novamente o nome apagado de Anacleto sem excluir a abreviação. Após a revisão dos anos 60, como consequência dos estudos de Duchesne, verificou-se que se tratavam da mesma pessoa e a data de julho foi eliminada. Ele foi o segundo sucessor de São Pedro e foi o terceiro Papa da Igreja de Roma, governou entre os anos 76 e 88. Anacleto nasceu em Roma e durante o seu pontificado o imperador Domiciano desencadeou a segunda perseguição contra os cristãos. Ele mandou construir uma memória, isto é, um pequeno templo na tumba de São Pedro. Morreu mártir no ano 88 e foi sepultado ao lado de São Pedro.
Outros Santos do mesmo dia: São Pedro de Braga, São Ricário, São Pascásio Radberto, Beato Domingos e Gregório, Beato Aldobrandesca, Santo Estevão, Santos Guilherme e Pelegrino, Beato Rafael Arnaiz Baron, Beato Júlio Junjer Padern, Beato Estanislau Kubista e Beato Lasdislau Goral.

Fonte:  http://cleofas.com.br/264-santo-anacleto/

Santo do Dia 26 de Abril

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São Pascásio, foi um célebre professor, que deu celebridade às escolas de Corbie.

Pascásio Radbert foi personagem considerável no seu tempo. Os historiadores da Teologia continuam a mencionar a teoria que ele imaginou para “esclarecer” o mistério da presença de Jesus no Santíssimo Sacramento. Como diplomata, viajou muito entre 822 e 834, para solucionar questões da Igreja e tentar apaziguar os conflitos que punham em campo os sucessores de Carlos Magno.
Era um enjeitado exposto no pórtico de Nossa Senhora de Soissons no fim do século VIII. A abadessa Teodarda, prima direita de Carlos Magno, recolheu-o e educou-o da melhor maneira que pôde. Sempre ele se referiu à sua mãe adotiva com reconhecimento e veneração; apesar disso, deixou-a algum tempo para se lançar em aventuras.
Converteu-se aos 22 anos, e foi então Adelardo, irmão de Teodarda, abade de Corbie, que o recebeu entre os seus monges. Veio a ser um célebre professor, que deu celebridade às escolas de Corbie.
Em 844, os seus colegas de elegeram-no como abade mas, sete anos mais tarde, fizeram uma espécie de revolução que o obrigou a refugiar-se noutra abadia. Não se afligiu. Nascera para ser escritor, e tinha várias obras em preparação: “Que felicidade, dizia, ser lançado nos braços da filosofia e da sabedoria, e poder de novo beber no meu outono o leite das Sagradas Escrituras, que alimentou a minha juventude!”
Mas afinal os monges de Corbie acabaram por o chamar; voltou a viver com eles como simples religioso, edificando-os com os exemplos e continuando a escrever. Aí morreu a 26 de abril de 865.

São Pascásio, rogai por nós!

Liturgia do dia 26/04/2017

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Leituras
At 5,17-26
Sl 33, 2-3. 4-5. 6-7. 8-9 (R. 7a)
Jo 3,16-21

2ª Semana da Páscoa Ano A

Quarta-Feira

Primeira Leitura: At 5,17-26

Naqueles dias:17 o Sumo Sacerdote com todo seu partido, isto é, a seita dos saduceus, ficaram enciumados. 18 Prenderam os apóstolos e os mandaram para a cadeia pública. 19 Mas durante a noite, o anjo do Senhor abriu as portas da cadeia e os conduziu para fora, dizendo: 20 “Ide, apresentaivos no Templo e ensinai ao povo toda a doutrina desta nova vida”. 21 Tendo ouvido isto, eles se dirigiram, de madrugada, ao Templo e começaram a ensinar. Comparecimento perante o Conselho Superior. Entretanto, logo que o Sumo Sacerdote chegou com seus acompanhantes, convocaram o Sinédrio, isto é, todo o Conselho Supremo dos israelitas, e mandaram buscar os apóstolos na cadeia. 22 Mas os guardas enviados, chegando à cadeia, não os encontraram. Voltaram, pois, e anunciaram o seguinte: 23 “Encontramos a cadeia trancada com toda a segurança e as sentinelas de plantão diante das portas; mas, quando a abrimos, não encontramos ninguém dentro”. 24 O comandante da guarda do Templo e os sacerdotes-chefes ficaram desconcertados com tal notícia, sem saber como isso teria acontecido. 25 Então alguém chegou com esta notícia: “Os homens que pusestes na cadeia estão no Templo, ensinando ao povo”. 26 O comandante do Templo foi com seus guardas buscá-los, mas sem usar de violência, porque temiam o povo, que poderia apedrejá-los.
Salmo: Sl 33, 2-3. 4-5. 6-7. 8-9 (R. 7a)

R. Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido.
2 Bendirei ao Senhor em qualquer tempo, terei sempre na boca o seu louvor! 3 Hei de glorificar-me no Senhor, escutem os humildes e se alegrem!

4 Engrandecei comigo o nosso Deus, exaltemos unidos o seu nome! 5 Pois sempre que o busquei, ele me ouviu; de todas as angústias me livrou.

6 Se olhardes para ele, brilhareis; não sofrerão vergonha as vossas faces. 7 Um infeliz gritou, e Deus o escuta; de todas as angústias ele o salva.

8 O anjo do Senhor vigia alerta, solícito em livrar quem teme a Deus. 9 Provai, e vede como Deus é bom, feliz quem busca nele o seu refúgio!
Evangelho: Jo 3,16-21

16 Pois Deus amou tanto o mundo, que deu Seu Filho Único, para que todo o que crer nele não morra, mas tenha a vida eterna. 17 Porque Deus não mandou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. 18 Quem nele crê não é julgado, quem não crê já está julgado, porque não acreditou no Nome do Filho Único de Deus. 19 Este é o motivo do julgamento: a luz veio ao mundo e os homens preferiram as trevas à luz, porque suas obras eram más. 20 Pois quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas obras não sejam descobertas; 21 mas quem pratica a verdade aproxima-se da luz para que suas obras apareçam, porque são feitas em Deus”.
Leituras
At 5,17-26
Sl 33, 2-3. 4-5. 6-7. 8-9 (R. 7a)
Jo 3,16-21

2ª Semana da Páscoa Ano A

Quarta-Feira

Primeira Leitura: At 5,17-26

Naqueles dias:17 o Sumo Sacerdote com todo seu partido, isto é, a seita dos saduceus, ficaram enciumados. 18 Prenderam os apóstolos e os mandaram para a cadeia pública. 19 Mas durante a noite, o anjo do Senhor abriu as portas da cadeia e os conduziu para fora, dizendo: 20 “Ide, apresentaivos no Templo e ensinai ao povo toda a doutrina desta nova vida”. 21 Tendo ouvido isto, eles se dirigiram, de madrugada, ao Templo e começaram a ensinar. Comparecimento perante o Conselho Superior. Entretanto, logo que o Sumo Sacerdote chegou com seus acompanhantes, convocaram o Sinédrio, isto é, todo o Conselho Supremo dos israelitas, e mandaram buscar os apóstolos na cadeia. 22 Mas os guardas enviados, chegando à cadeia, não os encontraram. Voltaram, pois, e anunciaram o seguinte: 23 “Encontramos a cadeia trancada com toda a segurança e as sentinelas de plantão diante das portas; mas, quando a abrimos, não encontramos ninguém dentro”. 24 O comandante da guarda do Templo e os sacerdotes-chefes ficaram desconcertados com tal notícia, sem saber como isso teria acontecido. 25 Então alguém chegou com esta notícia: “Os homens que pusestes na cadeia estão no Templo, ensinando ao povo”. 26 O comandante do Templo foi com seus guardas buscá-los, mas sem usar de violência, porque temiam o povo, que poderia apedrejá-los.
Salmo: Sl 33, 2-3. 4-5. 6-7. 8-9 (R. 7a)

R. Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido.
2 Bendirei ao Senhor em qualquer tempo, terei sempre na boca o seu louvor! 3 Hei de glorificar-me no Senhor, escutem os humildes e se alegrem!

4 Engrandecei comigo o nosso Deus, exaltemos unidos o seu nome! 5 Pois sempre que o busquei, ele me ouviu; de todas as angústias me livrou.

6 Se olhardes para ele, brilhareis; não sofrerão vergonha as vossas faces. 7 Um infeliz gritou, e Deus o escuta; de todas as angústias ele o salva.

8 O anjo do Senhor vigia alerta, solícito em livrar quem teme a Deus. 9 Provai, e vede como Deus é bom, feliz quem busca nele o seu refúgio!
Evangelho: Jo 3,16-21

16 Pois Deus amou tanto o mundo, que deu Seu Filho Único, para que todo o que crer nele não morra, mas tenha a vida eterna. 17 Porque Deus não mandou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. 18 Quem nele crê não é julgado, quem não crê já está julgado, porque não acreditou no Nome do Filho Único de Deus. 19 Este é o motivo do julgamento: a luz veio ao mundo e os homens preferiram as trevas à luz, porque suas obras eram más. 20 Pois quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas obras não sejam descobertas; 21 mas quem pratica a verdade aproxima-se da luz para que suas obras apareçam, porque são feitas em Deus”.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2017 - Ano A - São Mateus, Brasília, Edições CNBB, 2016.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
Com o Evangelho de hoje chegamos ao fim do diálogo entre Jesus e Nicodemos.
Nesta passagem Jesus explica quem Ele mesmo é:
1 É o Filho Unigênito de Deus, enviado à humanidade que tanto amou até a chegar a este ponto (Jo 3,16a).
2 É o Filho de Deus, enviado para salvar a humanidade da morte eterna e fazendo-a entrar na Vida Eterna (Jo 3,16b).
3 É o Filho de Deus que veio à humanidade não para a condenar, mas para a salvar (Jo 3,17).
4 A salvação de cada pessoa depende de crer em Jesus como enviado de Deus. Quem não crer Nele será condenado à morte eterna (Jo 3,18).
5 Jesus veio ao mundo como a luz e verdade de Deus (Jo 3,19-20). Portanto os fariseus, os líderes religiosos de Jerusalém que não aceitaram Jesus, não aceitaram a luz nem a verdade de Deus; por isto já estão condenados (Jo 3,19).
Nicodemos entende o recado que Jesus lhe dá. Nicodemos é fariseu. Deve acolher Jesus como luz e verdade de Deus, como Filho Unigênito de Deus para salvar a humanidade.
E de fato foi isto que aconteceu: o fariseu Nicodemos aceitou Jesus, tornou-se seu discípulo, recebeu o Espírito Santo, e pelo resto de sua vida manifestou que “suas ações eram realizadas em Deus” (Jo 3,21c).
Como Nicodemos devemos ser todos nós, e já o somos em grande parte.
Crendo em Jesus Cristo ressuscitado nós o aceitamos como Filho de Deus que veio do “alto” não para nos condenar, mas para nos dar a Vida Eterna (Jo 3,16).
Dele recebemos o Espírito Santo no nosso Batismo.
E assim entramos e permanecemos no Reino de Deus.
Nossa atitude diante de Deus deve ser de gratidão por tudo o que Ele realizou em nós por meio de Jesus Cristo. Agradeçamos, portanto, a Deus, com uma breve oração.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

terça-feira, 25 de abril de 2017

Santo do Dia 25 de Abril

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São Marcos Evangelista, fez um lindo trabalho missionário.

São Marcos Evangelista, ficou conhecido por ter sido agraciado com o carisma da vivência comunitária...
Celebramos com muita alegria a vida de santidade de um dos quatro Evangelistas: São Marcos. Era judeu de origem e de uma família tão cristã que sempre acolheu aos primeiros cristãos em sua casa: “Ele se orientou e dirigiu-se para a casa de Maria, mãe de João, chamado Marcos; estava lá uma numerosíssima assembleia a orar” (Atos 12,12).
A tradição nos leva a crer que na casa de São Marcos teria acontecido a Santa Ceia celebrada por Jesus, assim como dia de Pentecostes, onde “inaugurou” a Igreja Católica. Encontramos na Bíblia que o santo de hoje acompanhou inicialmente São Barnabé e São Paulo em viagens apostólicas, e depois São Pedro em Roma.
São Marcos na Igreja primitiva fez um lindo trabalho missionário, que não teve fim diante da prisão e morte dos amigos São Pedro e São Paulo. Por isso, evangelizou no poder do Espírito Alexandria, Egito e Chipre, lugar onde fundou comunidades. Ficou conhecido principalmente por ter sido agraciado com o carisma da inspiração e vivência comunitária, que deram origem ao Evangelho querigmático de Jesus Cristo segundo Marcos.

São Marcos, rogai por nós!

Liturgia do dia 25/04/2017

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Leituras
1Pd 5,5b-14
Sl 88(89),2-3,6-7,16-17 (R. cf. 2a)
Mc 16,15-20

2ª Semana da Páscoa Ano A

Terça-Feira

Primeira Leitura: 1Pd 5,5b-14

Carissimos: 5b Revesti-vos, todos de humildade no trato mútuo, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá aos humildes a sua graça. 6 Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele em tempo oportuno vos exalte. 7  Confiai-lhe toda a vossa inquietude, porque ele tem cuidado de vós. 8 Sede sóbrios! Vigiai! Vosso adversário, o Diabo, ronda qual leão a rugir, buscando a quem devorar. 9 Resisti-lhe firmes na fé, certos de que os mesmos sofrimentos atingem vossos irmãos dispersos pelo mundo. 10 E o Deus de toda a graça, que em Cristo vos  chamou à sua glória eterna, a vós que sofrestes um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortalecer e vos tornar inabaláveis. 11 A ele, o poder pelos séculos dos séculos! Amém! Conclusão, recomendações e saudações. 12 Por meio de Silvano que, a meu ver, é vosso irmão de confiança, escrevi estas poucas palavras para vos exortar e atestar que esta é a verdadeira graça de Deus. Permanecei firmes nela. 13 Saúda-vos a Igreja de Babilônia, vossa companheira de eleição, como também Marcos, meu filho. 14 Saudai-vos uns aos outros com o beijo da caridade. Paz a todos vós que viveis em Cristo.
Salmo: Sl 88(89),2-3,6-7,16-17 (R. cf. 2a)

R. Senhor, eu cantarei, eternamente, o vosso amor.
2 Senhor, cantarei sempre a tua graça, direi às gerações quanto és fiel; 3 a tua graça é firme como a terra; tua fidelidade, como o céu.

6 Senhor, os céus celebram teus prodígios, tua fidelidade, os santos todos. 7 Pois quem nos céus será como o Senhor, qual dos filhos de Deus lhe é semelhante?

16 Como é feliz o povo que se alegra, ao caminhar à luz da tua face, 17 que celebra o teu nome o dia todo, que tua justiça exaltará!
Evangelho: Mc 16,15-20

15 E disse: “Ide ao mundo inteiro, proclamai o Evangelho a todas as criaturas. 16 Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado. 17 Eis os milagres que acompanharão os que crerem: em meu nome expulsarão demônios, falarão línguas novas, 18 pegarão em serpentes e, se beberem um veneno mortal, não lhes fará mal algum; imporão as mãos sobre os enfermos, que serão curados”. 19 Depois que lhes falou, o Senhor Jesus foi arrebatado ao céu e sentou-se à direita de Deus. 20 Então os discípulos foram proclamar a Boa Nova por toda a parte, cooperando o Senhor com eles, e confirmando a Palavra com os milagres que a acompanhavam.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2017 - Ano A - São Mateus, Brasília, Edições CNBB, 2016.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
A Liturgia da Palavra do Tempo Pascal deste dia cede lugar à da festa de São Marcos Evangelista.
Neste dia lemos o fim do Evangelho de São Marcos.
Aqui encontramos o resumo do último discurso de Jesus Ressuscitado aos onze apóstolos e a descrição de sua subida ao céu. Em seguida, no versículo 20, o evangelista documenta a obediência dos apóstolos a Jesus, pois saem pelo mundo pregando o Evangelho, com a ajuda de Deus, fazendo milagres.
Ora, São Marcos não foi um dos doze apóstolos escolhidos por Jesus. Como primo de São Barnabé, participou da primeira viagem missionária de São Paulo, de Antioquia da Síria até Perge na Panfília. Depois acompanhou São Pedro até Roma. E foi provavelmente em Roma, por volta do ano 60, que escreveu seu Evangelho. A tradição antiga diz que foi ele quem fundou a comunidade cristã de Alexandria, no Egito.
Os especialistas afirmam que seu Evangelho é o resumo da pregação de São Pedro. Deste modo podemos ler nas entrelinhas deste texto o que São Pedro anunciou sobre Jesus Cristo saindo pelo mundo afora, como diz, precisamente, o versículo 20 deste capítulo 16 do Evangelho de São Marcos.                
Fundamental nesta passagem é a ordem de Jesus aos doze apóstolos: o que deverão anunciar ao mundo todo será o Batismo para a remissão dos pecados. Deste modo os batizados serão salvos, e os que não crerem em Jesus serão condenados. Isto nos parece muito forte em nossos dias. Mas foi exatamente isto que Jesus disse (Mc 16,16). Em outras palavras: sem a fé em Jesus Cristo não há salvação. E foi isto que recebemos da Igreja primitiva e nisto cremos, todos nós, batizados.
É importante também lembrar como o antigo ensino da Igreja sobre a Ascensão de Jesus ao Céu, para estar no trono junto de Deus Pai, aparece em Mc 16,19. Foi por afirmar isto que Santo Estevão terminou apedrejado e morto pelos judeus: ele vira o céu aberto e Jesus à direita do Pai (At 7,55).
Por estas informações sobre Jesus e sua Igreja, lidas no Evangelho de hoje, e por tudo o mais que o Evangelho de São Marcos nos transmite sobre o início do cristianismo, sejamos gratos a Deus. A São Marcos peçamos, por sua intercessão, a compreensão do grande mistério de Jesus e da Salvação do mundo.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Santo do Dia 24 de Abril

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São Fidélis (Fiel) de Sigmaringa, fiel a vontade de Deus.

São Fidélis dedicou-se totalmente em iluminar as consciências e rechaçar as doutrinas....

O santo de hoje nasceu em Sigmaringa (Alemanha) no ano de 1577. Seu nome de batismo era Marcos Rei. Era dotado de grande habilidade com os estudos. Marcos era um cristão católico, tornando-se mais tarde um conhecido filósofo e advogado. Porém, havia um chamado que o inquietava: a consagração total a Deus, a vida no ministério sacerdotal.
Renunciando a tudo, entrou para a família franciscana, para os Capuchinhos. Enquanto noviço, viveu um grande questionamento: se fora do convento ele não faria mais para Deus, do que dentro da vida religiosa. Buscou então seu mestre de noviciado que, no discernimento, percebeu que era uma tentação.
Passado isso, ele se empenhou na busca pela santidade. Seu nome agora se tornou “Fidélis” ou “Fiel’. E buscou ser fiel à vontade de Deus. Estudou Teologia, foi ordenado e enviado à Suíça para uma missão especial com outros irmãos: propagar a Sã Doutrina Católica.
São Fidélis dedicou-se totalmente em iluminar as consciências e rechaçar as doutrinas que combatiam a Igreja de Cristo.
Depois de uma Santa Missa, com cerca de 45 anos, teve o discernimento de que estava próxima sua partida. Fez uma oração de entrega a Deus e, logo em seguida, foi preso e levado por homens que queriam que ele renunciasse à fé.
Fidélis deixou claro que não o faria, e que não temia a morte. Ajoelhou-se e rezou: “Meu Jesus, tende piedade de mim. Santa Maria, Mãe de Deus, assisti-me”. Recebeu várias punhaladas e morreu ali, derramando seu sangue pela Verdade, por amor a Cristo e Sua Igreja.

São Fidélis, rogai por nós!

Liturgia do dia 24/04/2017

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Leituras
At 4,23-31
Sl 2, 1-3. 4-6. 7-9 (R. Cf. 12d)
Jo 3,1-8

2ª Semana da Páscoa Ano A

Segunda-Feira

Primeira Leitura: At 4,23-31

Naqueles dias: 23 Quando os apóstolos se viram soltos, procuraram os seus e contaram tudo o que os sacerdotes-chefes e anciãos lhes tinham dito. 24 Sabendo disso, todos juntos aclamaram a Deus, orando assim: “Senhor, tu és o criador do céu, da terra, do mar e de tudo o que neles existe! 25 Tu disseste pelo Espírito Santo e pela boca de nosso Pai e teu servidor Davi: Por que ficaram furiosas as nações e os povos planejaram coisas absurdas? 26 Os reis da terra se revoltaram e os governantes se aliaram contra o Senhor e contra seu Messias! 27 De fato, nesta cidade, Herodes e Pilatos se aliaram com os pagãos e a gente de Israel contra o teu santo Servo Jesus, que tinhas ungido 28 para fazer tudo o que teu poder e tua vontade tinham decidido de antemão que acontecesse. 29 E agora, Senhor, presta atenção às suas ameaças, e ajuda teus servidores a anunciarem a tua palavra desassombradamente. 30 Ao mesmo tempo, estende tua mão para que se realizem curas, milagres e grandes prodígios em nome de teu santo ‘servo’ Jesus”. 31 Quando acabaram de fazer a oração, o lugar onde estavam reunidos tremeu. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a anunciar corajosamente a palavra de Deus.
Salmo: Sl 2, 1-3. 4-6. 7-9 (R. Cf. 12d)

R. Felizes hão de ser todos aqueles que põem sua esperança no Senhor.
1 Por que as nações se amotinam e os povos tramam em vão? 2 Os reis da terra se unem, conspiram juntos os príncipes contra o Senhor e o seu Cristo: 3 “Quebremos suas algemas, arremessemos seu jugo!”

4 Ri-se o que mora no céu, o Senhor brinca com eles; 5 porém um dia os increpa, aterra-os com seu furor: 6 “Sagrei eu próprio o meu rei em Sião, meu monte santo!”

7 Eis do Senhor o decreto: ele me disse: “És meu filho, foi hoje que eu te gerei! 8 Pede-me, e dou-te as nações, a terra toda por reino. 9 Rege-as com cetro de ferro, quebra-as qual vaso de barro”.

Evangelho: Jo 3,1-8
1 Havia entre os fariseus um chamado Nicodemos, dos mais importantes entre os judeus. 2 Ele foi encontrar-se com Jesus à noite e lhe disse: “Rabi, bem sabemos que és um Mestre enviado por Deus, pois ninguém seria capaz de fazer os sinais que tu fazes, se Deus não estivesse com ele”. 3 Jesus respondeu: “Eu te afirmo e esta é a verdade: se alguém não nascer do alto, não poderá ver o Reino de Deus”.4 Nicodemos perguntou: “Como é que pode o homem nascer, quando já é velho? Porventura poderá entrar de novo no seio de sua mãe e nascer?”. 5 Jesus respondeu: “Eu vos afirmo e esta é a verdade: se alguém não nascer da água e do Espírito, não poderá entrar no Reino de Deus. 6 O que nasce da carne é carne; o que nasce do Espírito é espírito. 7 Não te admires do que eu disse: é necessário para vós nascer do alto. 8 O vento sopra para onde quer e ouves sua voz, mas não sabes donde vem, nem aonde vai. Assim é quem nasceu do Espírito”.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2017 - Ano A - São Mateus, Brasília, Edições CNBB, 2016.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
Nesta segunda semana do Tempo Pascal o Evangelho nos leva a refletir sobre o Reino de Deus, centro da pregação de Jesus antes de sua Ressurreição.
E a questão que este Evangelho põe é a seguinte:
Qual é a exigência espiritual maior para entrar no Reino de Deus?
É o diálogo de Jesus com Nicodemos que vai nos dar a resposta.
Nicodemos era um chefe judeu de um grupo de fariseus.
Na opinião deles, para entrar no Reino de Deus bastava ser descendente de Abraão, segundo a carne, isto é, ser do mesmo sangue de Abraão. E isto todo judeu era, de qualquer tribo que fosse. Portanto, ser descendente de Abraão era o suficiente.
No entanto Nicodemos vai conversar com Jesus procurando Dele uma explicação para um fato que constata: Jesus somente pode fazer aqueles “sinais” – milagres, curas, ressurreições – se Deus estiver com Ele (Jo 3,2). Como o próprio Jesus explicaria isto, qual seria a autocompreensão de Jesus como pessoa enviada por Deus?
Mas Jesus vai logo para outro assunto, que parece não ter nada a ver com a pergunta de Nicodemos. Na verdade tinha muito a ver, pois Jesus lhe diz que para entrar no Reino de Deus é necessário nascer do Espírito Santo. Ora, Jesus nascera por ação do Espírito Santo como nos diz o Evangelho de São Lucas:
... o anjo lhe disse:
Descerá sobre ti o Espírito Santo,
e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra;
por isso também o Santo, que de ti há de nascer,
será chamado Filho de Deus (Lc 1,35).
Esta era a autocompreensão de Jesus quanto a sua condição espiritual para estar no Reino de Deus e inaugurá-lo na terra. Ele nasceu por ação do Espírito Santo, como Filho de Deus. Foi por isso que pôde inaugurar o Reino de Deus. Para isto não Lhe foi exigido que fosse filho de Abraão segundo a carne, embora também o fosse.
Continuando seu diálogo com Nicodemos, Jesus lhe diz:
Se alguém não nasce do alto não pode ver o Reino de Deus. (Jo3,3).
Por “nascer do alto” Jesus entendia o Batismo na água e no Espírito Santo.
Mas isto era novidade para Nicodemos. Então Jesus lhe explica:
- quem nasce da carne é carne. Isto é, “carne” significa a estirpe, a descendência, que, no caso de Nicodemos, era a herdada de Abraão. Nicodemos tinha o sangue de Abraão. E Jesus continua:
- quem nasce do Espírito é espírito. Com isto Jesus lembrava as duas condições humanas perante o Reino de Deus: a da mera descendência carnal, natural, e a descendência espiritual. A carnal vem dos homens. A espiritual vem do Espírito Santo.
Portanto Nicodemos precisava herdar a vida que o Espírito Santo lhe daria pelo Batismo. O Batismo é o “nascimento do alto” (Jo 3,3.7). Com ele estaria espiritualmente pronto para nascer do Espírito e assim tornar-se espiritual. Só então poderia “ver” o Reino de Deus e entrar nele.
Voltemos à indagação inicial de Nicodemos: como Jesus explicaria ou confirmaria sua origem em Deus comprovada por seus “sinais”, milagres, curas, ressurreições? (Jo 3,2).
Explicando como entrar no Reino de Deus Jesus respondeu ao Nicodemos duplamente:
- não bastava ser descendente de Abraão para ver e entrar no Reino de Deus. Era necessário nascer do Espírito Santo pela água do Batismo.
- Jesus mesmo era assim, Filho de Deus, concebido pelo poder do Espírito Santo. Mesmo sendo da descendência de Abraão não poderia realizar os sinais do Reino de Deus na terra se não tivesse nascido do Espírito Santo. Jesus não contou a Nicodemos como foi seu nascimento da Virgem Maria. Mas em Jesus tudo denunciava sua origem divina. Eram os “sinais” – milagres, curas, ressurreições – porque Deus estava com Ele (Jo 3,2).
Nesta segunda semana do Tempo Pascal reflitamos sobre Jesus que foi concebido pelo poder do Espírito Santo.
- No Seu Batismo o Espírito Santo apareceu sobre Ele em forma de pomba (Jo 1,32).
- E na Sua Ressurreição deu o Espírito Santo aos discípulos:
“... soprou sobre eles e lhes disse: Recebei o Espírito Santo”. (Jo 20,22).
Foi assim que todos os discípulos nasceram do Espírito Santo, Nicodemos inclusive.
Eles viram o Reino de Deus, fizeram parte dele e o anunciaram a todo o mundo e a nós, até hoje, que ouvimos a Palavra de Deus por meio deste Evangelho de Jo 3,1-8.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.