Leituras
Jr 20,10-13
Sl 17, 2-3a. 3bc-4. 5-6. 7 (R. Cf. 7)
Jo 10,31-42
Jr 20,10-13
Sl 17, 2-3a. 3bc-4. 5-6. 7 (R. Cf. 7)
Jo 10,31-42
5ª Semana da Quaresma
Sexta-Feira
Primeira Leitura: Jr 20,10-13
10 Eu ouvia as calúnias de muitos: “Terror de todas as partes! Denunciai-o! Denunciemo-lo!”. Todos os meus amigos íntimos vigiavam os meus passos: “Talvez ele se deixe seduzir e possamos vencê-lo! Dele nos vingaremos!”. 11 Mas Javé me assiste como valente guerreiro, por isso os meus perseguidores tropeçarão e não conseguirão nada. E, por não terem conseguido nada, ficarão cobertos de extrema vergonha, de desonra eterna, inesquecível. 12 Javé dos exércitos que sondas o justo, e vês os rins e os corações! Veja eu tua vingança contra eles!A ti entreguei minha causa! 13 Cantai a Javé, louvai Javé, porque salvou a vida do pobre das mãos dos malvados!
Salmo: Sl 17, 2-3a. 3bc-4. 5-6. 7 (R. Cf. 7)
R. Ao Senhor eu invoquei na minha angústia e ele escutou a minha voz.
2 Eu te amo, Senhor, que és minha força, 3a que és meu rochedo e minha cidadela!
3bc Deus meu, rochedo meu, em que me abrigo; escudo, fortaleza e salvação! 4 Invoquei o Senhor (a ele glória), pois dos meus inimigos libertou-me:
5 pelas ondas da morte fui cercado, as torrentes do mal me apavoraram. 6 Envolviam-me os laços dos abismos, os liames da morte me enredavam.
7 Invoquei o Senhor na minha angústia, em direção a Deus mandei meu grito. Ele ouviu, do seu templo, a minha voz; chegou aos seus ouvidos meu clamor.
Evangelho: Jo 10,31-42
31 Novamente, os judeus pegaram pedras para o apedrejar. 32 Jesus os censurou: “Eu vos mostrei muitas obras boas vindas da parte do Pai. Por qual delas quereis apedrejar-me?”. 33 Os judeus responderam: “Por nenhuma obra boa queremos apedrejar-te, mas por causa da blasfêmia. Porque não sendo mais que um homem, pretendes tornar-te Deus. 34 Jesus respondeu: “Não está escrito na Lei: Eu disse: vós sois deuses? 35 Se ela chama de deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida — e não se pode abolir a Escritura —, 36 por que dizeis àquele a quem o Pai consagrou e enviou ao mundo: ‘Tu blasfemas’, só porque eu disse: ‘Sou Filho de Deus?’. 37 Se não faço as obras do meu Pai, não acreditais em mim; 38 mas se as faço, mesmo que não creiais em mim, acreditai em minhas obras, para que saibais uma vez por todas que o Pai está em mim e eu no Pai”. 39 Novamente procuraram prendê-lo, mas ele se livrou de suas mãos. 40 Ele se retirou de novo para o outro lado do Jordão, onde João tinha começado a batizar, deixando-se ficar ali. 41 Muitos foram procurá-lo. Diziam: “Em verdade, João não fez sinal algum, mas tudo quanto disse deste era verdade”. 42 E lá é que muitos creram nele.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2017 - Ano A - São Mateus, Brasília, Edições CNBB, 2016.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
“Não queremos te apedrejar por causa das obras boas, mas por causa da blasfêmia, porque sendo apenas um homem, tu te fazes Deus!”. (Jo 10,33b-e).
O Evangelho de São João nos conduziu até a este ponto máximo da discussão dos judeus com Jesus sobre Sua origem divina. São João quer nos dizer que ficou claro para os judeus que Jesus se afirmava como Filho de Deus. E que isto era verdade. Os judeus entenderam uma coisa e outra.
A reação dos judeus era não admitir a origem divina de homem algum.
Mas para que o admitissem, Jesus não somente disse que era de origem divina como o comprovou fazendo prodígios e milagres inúmeros de cura. Estas eram suas “obras” comprobatórias de que era Filho de Deus.
Para os judeus isto era inaceitável. A única explicação que encontravam era que Jesus dizia uma blasfêmia. E blasfêmia era punida com apedrejamento até a morte.
Não seria por essa ameaça que Jesus se retrataria. Ele tinha que afirmar sua origem divina, sua missão de salvador dos pecados de toda a humanidade. Esta era a verdade sobre Si. Ele não podia se contradizer, pois estaria contradizendo o testemunho de Deus Pai (cf. Jo 8,18).
Portanto os judeus que não aceitaram as “obras de Jesus” como prova de sua divindade, erraram e se condenaram. Mas o Evangelho continua dizendo que os discípulos de São João Batista acreditaram em Jesus, porque Nele se cumpria tudo o que sobre Ele São João Batista tinha dito.
A conclusão a que o Evangelho de hoje nos conduz é esta: Façamos um propósito: procurar a instrução religiosa, teológica, necessária para respondermos as questões sobre Jesus Cristo de maneira responsável e satisfatória. Somos cristãos, filhos adotivos de Deus. Não podemos nos contentar com uma na instrução medíocre sobre os dados principais de nossa fé.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
10 Eu ouvia as calúnias de muitos: “Terror de todas as partes! Denunciai-o! Denunciemo-lo!”. Todos os meus amigos íntimos vigiavam os meus passos: “Talvez ele se deixe seduzir e possamos vencê-lo! Dele nos vingaremos!”. 11 Mas Javé me assiste como valente guerreiro, por isso os meus perseguidores tropeçarão e não conseguirão nada. E, por não terem conseguido nada, ficarão cobertos de extrema vergonha, de desonra eterna, inesquecível. 12 Javé dos exércitos que sondas o justo, e vês os rins e os corações! Veja eu tua vingança contra eles!A ti entreguei minha causa! 13 Cantai a Javé, louvai Javé, porque salvou a vida do pobre das mãos dos malvados!
Salmo: Sl 17, 2-3a. 3bc-4. 5-6. 7 (R. Cf. 7)
R. Ao Senhor eu invoquei na minha angústia e ele escutou a minha voz.
2 Eu te amo, Senhor, que és minha força, 3a que és meu rochedo e minha cidadela!
3bc Deus meu, rochedo meu, em que me abrigo; escudo, fortaleza e salvação! 4 Invoquei o Senhor (a ele glória), pois dos meus inimigos libertou-me:
5 pelas ondas da morte fui cercado, as torrentes do mal me apavoraram. 6 Envolviam-me os laços dos abismos, os liames da morte me enredavam.
7 Invoquei o Senhor na minha angústia, em direção a Deus mandei meu grito. Ele ouviu, do seu templo, a minha voz; chegou aos seus ouvidos meu clamor.
Evangelho: Jo 10,31-42
31 Novamente, os judeus pegaram pedras para o apedrejar. 32 Jesus os censurou: “Eu vos mostrei muitas obras boas vindas da parte do Pai. Por qual delas quereis apedrejar-me?”. 33 Os judeus responderam: “Por nenhuma obra boa queremos apedrejar-te, mas por causa da blasfêmia. Porque não sendo mais que um homem, pretendes tornar-te Deus. 34 Jesus respondeu: “Não está escrito na Lei: Eu disse: vós sois deuses? 35 Se ela chama de deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida — e não se pode abolir a Escritura —, 36 por que dizeis àquele a quem o Pai consagrou e enviou ao mundo: ‘Tu blasfemas’, só porque eu disse: ‘Sou Filho de Deus?’. 37 Se não faço as obras do meu Pai, não acreditais em mim; 38 mas se as faço, mesmo que não creiais em mim, acreditai em minhas obras, para que saibais uma vez por todas que o Pai está em mim e eu no Pai”. 39 Novamente procuraram prendê-lo, mas ele se livrou de suas mãos. 40 Ele se retirou de novo para o outro lado do Jordão, onde João tinha começado a batizar, deixando-se ficar ali. 41 Muitos foram procurá-lo. Diziam: “Em verdade, João não fez sinal algum, mas tudo quanto disse deste era verdade”. 42 E lá é que muitos creram nele.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2017 - Ano A - São Mateus, Brasília, Edições CNBB, 2016.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
“Não queremos te apedrejar por causa das obras boas, mas por causa da blasfêmia, porque sendo apenas um homem, tu te fazes Deus!”. (Jo 10,33b-e).
O Evangelho de São João nos conduziu até a este ponto máximo da discussão dos judeus com Jesus sobre Sua origem divina. São João quer nos dizer que ficou claro para os judeus que Jesus se afirmava como Filho de Deus. E que isto era verdade. Os judeus entenderam uma coisa e outra.
A reação dos judeus era não admitir a origem divina de homem algum.
Mas para que o admitissem, Jesus não somente disse que era de origem divina como o comprovou fazendo prodígios e milagres inúmeros de cura. Estas eram suas “obras” comprobatórias de que era Filho de Deus.
Para os judeus isto era inaceitável. A única explicação que encontravam era que Jesus dizia uma blasfêmia. E blasfêmia era punida com apedrejamento até a morte.
Não seria por essa ameaça que Jesus se retrataria. Ele tinha que afirmar sua origem divina, sua missão de salvador dos pecados de toda a humanidade. Esta era a verdade sobre Si. Ele não podia se contradizer, pois estaria contradizendo o testemunho de Deus Pai (cf. Jo 8,18).
Portanto os judeus que não aceitaram as “obras de Jesus” como prova de sua divindade, erraram e se condenaram. Mas o Evangelho continua dizendo que os discípulos de São João Batista acreditaram em Jesus, porque Nele se cumpria tudo o que sobre Ele São João Batista tinha dito.
A conclusão a que o Evangelho de hoje nos conduz é esta: Façamos um propósito: procurar a instrução religiosa, teológica, necessária para respondermos as questões sobre Jesus Cristo de maneira responsável e satisfatória. Somos cristãos, filhos adotivos de Deus. Não podemos nos contentar com uma na instrução medíocre sobre os dados principais de nossa fé.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
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