quarta-feira, 12 de abril de 2017

Liturgia do dia 12/04/2017

                      A imagem pode conter: texto


A imagem pode conter: 3 pessoas

A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas sentadas e área interna

Leituras
Is 50,4-9a
Sl 68, 8-10. 21bcd-22. 31. 33-34 (R. 14cb)
Mt 26,14-25

Semana Santa - Ano A

Quarta-Feira

Primeira Leitura: Is 50,4-9a

4 O Senhor Javé deu-me uma língua de discípulo, para eu confortar com a palavra o que está cansado. Ele desperta cada manhã meus ouvidos, para eu ouvir como os discípulos. 5 O Senhor Javé abriu-me o ouvido: não resisti nem recuei para trás.6 Entreguei minhas costas aos que me batiam, as faces aos que me arrancavam a barba. Não desviei minha face dos que me injuriavam e cuspiam. 7 O Senhor Javé será meu protetor, por isso não serei confundido. Tornei minha face dura como pedra e sei que não ficarei envergonhado. 8 Perto está quem me justifica. E quem discutirá comigo em justiça? Apresentemo-nos juntos! E quem é meu adversário? Aproxime-se de mim! 9 O Senhor Javé me auxiliará, quem há que me condene?

Salmo: Sl 68, 8-10. 21bcd-22. 31. 33-34 (R. 14cb)

R. Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus.
8 Por ti é que sofro injúrias e sinto arderem-me as faces. 9 Pois meus irmãos, até eles, estranho me consideram. Os filhos de minha mãe me tomam por forasteiro. 10 O zelo da tua casa devora-me como fogo. O insulto de quem te insulta recai, ó Deus, sobre mim.

21 O insulto tirou-me o alento, partiu-se o meu coração. Em vão esperei consolo, não houve quem se apiedasse. Em vão procurei conforto, conforto não encontrei. 22 Porém na minha comida veneno amargo puseram. E, quando sentia sede, vinagre me ofereceram.

31 Ó Deus vou cantar teu nome, exaltá-lo agradecido.

33 Humildes, vede e alegrai-vos; renovem-se as vossas almas, ó vós, que buscais a Deus! 34 Atende o Senhor aos pobres, jamais despreza os cativos.
Evangelho: Mt 26,14-25

14 Então, um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, procurou os sacerdotes chefes. 15 E lhes propôs: “Quanto me quereis  pagar para eu o entregar a vós?”. Eles lhe garantiram dar trinta moedas de prata. 16 E desde aquele momento, ele procurava uma boa ocasião para o entregar. 17 No primeiro dia da festa dos pães sem fermento, os discípulos foram dizer a Jesus: “Onde queres que te preparemos o necessário para comer a Páscoa?”. 18 Ele respondeu: “Ide à cidade, à casa de fulano de tal, e dizei-lhe: O mestre manda avisar: O meu tempo está próximo. Quero celebrar em tua casa a ceia pascal com os meus discípulos”. 19 Os discípulos fizeram como Jesus lhes tinha ordenado, e prepararam a ceia pascal. 20 Chegada a tarde, ele se pôs à mesa em companhia dos Doze. 21 Enquanto comiam, disse: “Eu vos declaro esta verdade: um de vós me trairá”. 22 Profundamente entristecidos, cada um começou a perguntar: “Senhor, por acaso serei eu?”. 23 Ele respondeu: “Quem me há de trair é o que acabou de colocar a mão comigo no prato. 24 O Filho do homem vai embora como está escrito a seu respeito. Mas ai daquele pelo qual o Filho do homem está sendo traído! Melhor seria para ele não ter nascido!”. 25 Por sua vez, Judas, que o traiu, perguntou-lhe: “Mestre, serei eu por acaso?”. Respondeu Jesus: “Tu mesmo acabas de dizer”.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2017 - Ano A - São Mateus, Brasília, Edições CNBB, 2016.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
“… ela faz isto em vista de minha sepultura” (Mt 26,7c).
Este Evangelho nos mostra a cena em que Jesus está num jantar na casa de Lázaro, que Ele tinha ressuscitado.
Os sentimentos que tomam Jesus neste momento são contraditórios: Ele está feliz pela ressurreição de Lázaro e o jantar tem o tom de festa por isso. Mas Jesus sabe que a hora de Sua Morte está próxima. Nós, em nossa sensibilidade humana, imaginamos Jesus triste pela Sua Morte que se aproxima. Não seria, no entanto, este, um pensamento que O inquietasse, mas seria um momento para o qual se preparara com alegria no seu íntimo: Ele vai realizar o grande Plano de Salvação feito pelo Pai desde toda a eternidade. Para isto Ele tinha nascido.
Quando Maria derrama sobre os pés de Jesus aquele perfume caríssimo, provoca surpresa entre as pessoas presentes. Todos se encantam e se alegram naquele ambiente perfumado pelo nardo caríssimo. Mas ninguém se pronuncia, a não ser Judas, pouco interessado naquela festa e mais ocupado com a bolsa comum de onde roubava suas moedas. Ele critica o gesto de Maria.
Jesus, no entanto, viu o gesto de Maria a partir do sentimento que O dominava naquele momento: Ele se preparava para Sua Morte. Foi por isso que disse a Judas e para compreensão de todos: “… ela faz isto em vista de minha sepultura” (Mt 26,7c).
Terminada a festa, cada um foi para sua casa.
Mas a notícia de que Jesus estivera em Betânia, da casa de Lázaro, chegou ao conhecimento dos judeus inimigos de Jesus. Eles entenderam a grande importância que o povo deu ao sinal que Jesus fizera para provar que vinha de Deus, que era o Messias. No entanto, os judeus, seus inimigos, viram na ressurreição de Lázaro não o sinal que tanto tinham pedido a Jesus antes. Viram o risco de perderem seus interesses enquanto líderes do povo. Então decidiram apagar aquele sinal eliminando Lázaro. Enquanto ele vivesse, seria a prova indiscutível do poder de Deus agindo em Jesus.
E Jesus, como reagiu a esta trama dos judeus?
Ele não se abalou. Sua decisão de cumprir a vontade de Deus, que era Sua Morte pela Salvação do mundo, não se enfraqueceu em nada. Jesus continuou obediente a Deus Pai com toda a firmeza de sua alma. Foi assim que amou Sua Morte, projeto divino e aguardado por Ele. No gesto de Maria, no perfume do nardo, viu o prenúncio de sua sepultura.
Admiremos a firmeza de Jesus em aceitar Sua Morte por amor a Deus Pai e a toda a humanidade. Vejamo-nos incluídos entre todos aqueles nos quais Jesus pensou aguardando o momento de Sua Morte.
Vejamos, enfim, a morte de Jesus como seu ato de amor por nós, e entendamos o quanto para Ele significamos. Preparemo-nos, assim, para o Tríduo Pascal.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário