sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Liturgia do dia 05/02/2018


Liturgia do dia 05/02/2018


Leituras
1Rs 8,1-7.9-13
Sl 131(132),6-7.8-10 (R/. 8a)
Mc 6,53-56

5ª semana do Tempo Comum - Ano B

Segunda-Feira

Primeira Leitura: 1Rs 8,1-7.9-13

Então reuniu Salomão, em Jerusalém, todos os anciãos de Israel e todos os chefes das tribos, os príncipes das famílias dos filhos de Israel, para transportarem da Cidade de Davi, isto é, de Sião, a Arca da Aliança de Javé. 2Reuniram-se em torno do rei Salomão todos os homens de Israel, na festa do mês de Etanim, que é o sétimo mês. 3 Tendo chegado todos os anciãos de Israel, os sacerdotes tomaram a Arca de Javé, 4 e transportaram-na com a Tenda do Encontro e todos os objetos sagrados que lá se achavam. 5 O rei Salomão e toda a congregação de Israel que a ele se reunira sacrificaram inumeráveis ovelhas e bois, caminhando diante da Arca. 6Os sacerdotes introduziram a Arca da Aliança de Javé no seu lugar, no Santo dos Santos, sob as asas dos querubins. 7 Os querubins estendiam suas asas sobre o lugar da Arca, cobrindo-a e a seus varais. 9 Na Arca havia apenas as duas tábuas de pedra que Moisés ali depositara no monte Horeb, quando Javé concluíra a Aliança com os filhos de Israel, ao saírem da terra do Egito: elas aí estão até o dia de hoje.10 Quando os sacerdotes saíram do Santo, a nuvem encheu o Templo de Javé, 11 os sacerdotes não puderam continuar suas funções por causa da nuvem, pois a glória de Javé enchia o Templo de Javé! 12 Então Salomão disse: “Javé decidiu que habitaria na nuvem obscura. 13 Sim, eu te construí uma Casa para tua morada, um lugar onde habitarás para sempre!”
Salmo: Sl 131(132),6-7.8-10 (R/. 8a)
R. Subi, Senhor, para o lugar de vosso pouso!
6 Falam da arca em Efrata, no campo foi que a encontramos. 7 Corramos onde ele habita, seu escabelo adoremos!

8 Com tua arca de glória, sobe ao lugar do teu pouso! 9Que os teus fiéis vistam júbilo, teus sacerdotes, justiça!10 Oh, por Davi não rejeites aquela face que ungiste!
Evangelho: Mc 6,53-56

Naquele tempo, tendo Jesus 53 terminado a travessia, chegaram à terra perto de Genesaré, onde aportaram. 54Quando desembarcaram, os que logo reconheceram Jesus55 percorreram toda essa região e começaram a levar-lhe os doentes em padiola até onde ouviam dizer que ele se encontrava. 56 Em toda parte onde chegava, povoados, cidades ou sítios, traziam os enfermos às praças e estes suplicavam que lhes deixasse tocar pelo menos na franja do seu manto. E todos os que a tocavam ficavam curados.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
... todos quantos O tocavam ficavam curados. (Mc 6,56f).
A intenção do evangelista Marcos nesta passagem de seu Evangelho é nos mostrar como o poder de curas, que Jesus tinha, se manifestava mesmo sem que Ele estivesse consciente disto. De fato o Evangelho nos diz que as pessoas tocavam as vestes de Jesus sem lhe pedirem para serem curadas, e eram curadas de fato.
Em outras passagens em que o Evangelho nos fala de curas de Jesus, como a dos leprosos, dos cegos, dos surdos-mudos e outros, nós O vemos perguntando se as pessoas desejavam cura. E, depois de curá-las, Ele as despedia dizendo que a fé que tiveram Nele foi o que as curou. Era uma forma de afirmar sua humildade, levando as pessoas a pensarem no poder de Deus em quem aquelas pessoas depositavam sua fé.
No caso das curas pelo toque das vestes de Jesus, vemos pessoas que já acreditam em Deus e que de Deus Jesus recebe este poder. É a Ele que procuram, não a outros mestres, rabis ou sacerdotes. Aquele povo via que somente de Jesus uma força saía com poder de curar todas as doenças.
Mesmo que fizesse estas curas para provar ao mundo que em Sua Pessoa, o Reino de Deus tinha chegado, nem todos entendiam isto. Muitos estavam apenas interessados em receber a cura e ir para casa, desconsiderando os ensinamentos de Jesus.
No Evangelho de João isto fica claro. 
Depois de alimentar cinco mil homens, Jesus se afastou com os discípulos.
Mas aqueles homens foram atrás Dele, não para Lhe pedirem Seu Ensino sobre o Reino de Deus, mas para o fazer rei (Jo 6,14-15).
Ou seja, confundiram sua mensagem espiritual com um projeto político. Eles, de fato, esperavam um Messias político, O Profeta, que, segundo a mentalidade popular, livraria os judeus do domínio romano.
Vemos muitos casos, hoje em dia, de pessoas que torcem as palavras do Evangelho para tirarem benefícios econômicos das pessoas de boa fé. Não se trata de pessoas humildes, que um dia foram fiéis da Igreja Católica. Trata-se de falsos pastores que usam o Evangelho e o nome de Deus e de Jesus para explorarem a boa fé de pessoas desprevenidas, urgentemente necessitadas de Deus, à espera de milagres. Se estes pobres pedem milagres, o demônio incita falsos pastores para proporcionar a pessoas desprevenidas e sem instrução todos os ‘milagres’ que quiserem.
De nossa parte há o dever de prevenir as pessoas simples de que estão sendo enganadas.
E, também, de nossa parte, há o dever de pedirmos a Deus a conversão destes falsos pastores, sabendo que também por eles Jesus morreu na Cruz.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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