sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Liturgia do dia 15/02/2018


Liturgia do dia 15/02/2018


Leituras
Dt 30,15-20
Sl 1,1-2.3.4.6 (R/. cf. Sl 39, 5a)
Lc 9,22-25

5ª-feira depois das Cinzas

Quinta-Feira

Primeira Leitura: Dt 30,15-20

Moisés falou ao povo dizendo: 15 Vê, eu te proponho hoje a vida e a felicidade, ou a morte e a desgraça. 16Se tu obedeces aos mandamentos de Javé, teu Deus, que eu te ordeno hoje, amando Javé, teu Deus, marchando em seus caminhos, observando seus mandamentos, suas ordens e suas normas, tu viverás, e te multiplicarás, e Javé, teu Deus, te abençoará no país onde vais entrar para dele tomar posse. 17 Mas se o teu coração se desviar, não escutares e te prostrares diante de outros deuses e os servires, 18 eu vos declaro, neste dia, que certamente perecereis, que não prolongareis vossos dias sobre a terra onde, passado o Jordão, vais entrar para dela tomar posse. 19 Tomo hoje como testemunhas contra vós, o céu e a terra: eu vos propus a vida e a morte, a bênção e a maldição. Escolhe a vida, para que vivas, tu e a tua posteridade, 20 amando a Javé, teu Deus, escutando a sua voz e apegando-te a ele. Porque essa é a tua vida com os longos dias que terás, morando na terra que Javé jurou a teus pais, Abraão, Isaac e Jacó, que lhes haveria de dar”.
Salmo: Sl 1,1-2.3.4.6 (R/. cf. Sl 39, 5a)

R.  É feliz quem a Deus se confia!

1 Feliz quem não se conduz segundo as normas dos ímpios, nem segue a estrada dos maus ou vem sentar-se com eles, 2 mas ama a lei do Senhor, e dia e noite a medita!

3 Ele será como a árvore plantada à beira do rio, que produz fruto a seu tempo e cujas folhas não secam. Dá certo tudo o que faz,

4 mas outra é a sorte dos ímpios, palha que o vento dispersa.

6 Vela o Senhor com carinho sobre o caminho dos bons, enquanto a estrada dos ímpios só conduz à perdição.
Evangelho: Lc 9,22-25

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:22 “O Filho do homem deverá sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, sacerdotes-chefes e mestres da lei e, afinal, ser morto, mas ressuscitará no terceiro dia”. 23 Depois, dirigiu-se a todos, dizendo: “Se alguém quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz de cada dia, e então me siga. 24 Porque quem quiser salvar sua vida vai perdê-la, mas quem perder sua vida por minha causa vai salvá-la. 25 De fato, de que serve ao homem ganhar o mundo inteiro, se ele se perde e se arruína?
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
“... de que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro se se perde e se destrói a si mesmo?” (Lc 9,25).
Fazer frente a nossos pecados, defeito, más tendências e riscos de pecar de surpresa, tudo isto pode nos causar desconforto.
Cometemos pecados porque nos deixamos atrair e dominar pelas tentações.
Mantemos defeitos que nos levam a pecar por comodismo e indisposição para mudar para um bom hábito. As más tendências nos dominam se não as enfrentamos nem conhecemos a alegria de sermos continuamente vitoriosos sobre elas.
Todas estas coisas mostram nossas preferências em relação a um comportamento que não é conforme a vontade de Deus.
O comodismo, o egoísmo, o egocentrismo nos fazem pensar e viver somente de acordo com o que gostamos e queremos.
Ora, se a humanidade fosse entregue a todos os tipos de pecados, abandonada a todos os tipos de defeitos e más inclinações, o mundo estaria perdido num completo caos moral, ético, religioso e espiritual.
Deus, em sua bondade, nos adverte contra todos estes riscos, quando nos dá suas orientaçõespensadas precisamente para que alcancemos a felicidade possível neste mundo e evitemos a condenação eterna.Estas advertências de Deus são seus Mandamentos.
A tendência da maioria das pessoas é considerar os Mandamentos como ordens incômodas. Pelo contrário, são seus ensinos preciosos contra o mal que existe em nós.
Jesus Cristo nos disse que quem se entrega a todo tipo de pecado, defeitos, egoísmo, egocentrismo, está ‘tentando salvar sua vida terrena’ (Lc 9,24). Quem quiser salvar este tipo de vida, fatalmente vai perde-la, porque um dia todos morrem e esta vida acaba. Que sentido tem a existência humana terminando desta maneira?
Contra isto Ele nos propõe o modo de merecer uma vida que não termina, porque não é apenas terrena, mas celeste. É a Vida Eterna. Ele a garante para nós, e por isso tem autoridade para nos dizer que é esta vida celeste que precisamos salvar, mesmo que isto custe perder o mundo todo. Pois Ele diz neste Evangelho:
“... de que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro se se perde e se destrói a si mesmo?” (Lc 9,25).
Esta lição Jesus a dá a todas as pessoas.
A seus discípulos mais próximos Ele aconselha ‘perder esta vida terrena’ do mesmo modo como Ele a ‘perdeu’, isto é, entregou-a para nossa Salvação. Como Ele tomou sua Cruz e nela morreu, terminou gloriosamente sua vida terrena e mereceu ser ressuscitado por Deus
É precisamente a Vida que recebemos com nossa Ressurreição que Jesus deseja para nós.
Mas para merecê-la precisamos fugir de todas as tentações que o mundo nos oferece. E quantas tentações se multiplicam por todos os lugares, em todo momento, por todos os meios! Perder esta vida terrena é o combate cristão contra o risco da condenação eterna.
Neste Tempo de Quaresma a Liturgia da Palavra nos leva precisamente a considerar nosso estado espiritual: estamos vivendo para nosso egocentrismo ou vivemos para o amor a Deus? Queremos nos contentar com esta vida terrena ou pomos nossa esperança na Vida Eterna que não tem fim?
Há pessoas que acreditam que a Vida Eterna não existe.
Como estão completamente erradas, vivem somente para a vida terrena. Para elas o céu não será dado, a menos que por elas peçamos a misericórdia de Deus.
Vamos pedir a misericórdia de Deus hoje, tanto para nós, pela nossa conversão e busca da Vida Eterna, como também pelas pessoas que na Vida Eterna não acreditam e serão condenadas à morte eterna.
Mas especialmente peçamos a alegria perfeita que vem do cumprimento de Sua Vontade, seus Mandamentos. Esta experiência deve dominar todos os momentos de nossa vida. Isto porque felicidade perfeita é somente esta; as outras são passageiras e enganadoras.
Deus tenha piedade de todos nós.

Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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