sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Liturgia do dia 13/02/2018


Liturgia do dia 13/02/2018


Leituras
Tg 1,12-18
Sl 93(94),12-13a.14-15.18-19 (R/. 12a)
Mc 8,14-21

6ª semana do Tempo Comum - Ano B

Terça-Feira

Primeira Leitura: Tg 1,12-18

12 Bem-aventurado o homem que suporta com paciência a provação, porque, quando esta passar, receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam. 13Ninguém diga na tentação: “Sou tentado por Deus”, porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e não tenta a ninguém. 14 Mas cada qual é tentado pela sua própria concupiscência, que alicia e seduz. 15 A concupiscência concebe e gera o pecado, Este, uma vez consumado, gera a morte. Deus, fonte de todo dom. 16 Não vos iludais, meus irmãos muito amados. 17 Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito descem do alto, do Pai das luzes, no qual não há mudança nem sombra de variação. 18 Por sua própria vontade é que nos chamou à vida pela Palavra da verdade, para que fôssemos as primícias de suas criaturas.
Salmo: Sl 93(94),12-13a.14-15.18-19 (R/. 12a)
R. Feliz, Senhor, aquele a quem ensinas, a quem formas segundo a tua lei.
12 Feliz, Senhor, aquele a quem ensinas, a quem formas segundo a tua lei, 13 a fim de dar-lhe alívio na desgraça, enquanto para os ímpios se abre a cova!

14 Pois jamais o Senhor deixa o seu povo, ele nunca rejeita a sua herança! 15 Voltarão à Justiça os julgamentos, todos os homens retos vão segui-la.

18 Quando estava a exclamar: “Meu pé vacila!”, sustentou-me, Senhor, a tua graça. 19 Quando em meu coração cresciam ânsias, tuas consolações me deram vida.
Evangelho: Mc 8,14-21

Naquele tempo 14 os discípulos se esqueceram de levar pães: só tinham um pão consigo na barca. 15 Jesus lhes fez esta recomendação: “Atenção! Tomai cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes”. 16E eles comentavam entre si, preocupados por não terem pão. 17 Jesus percebeu a coisa e lhes perguntou: “Por que estais discutindo o fato de não terdes pão? Ainda não compreendeis nem entendeis? Estais ainda com o coração endurecido? 18 Tendes olhos e não vedes, ouvidos e não ouvis? Já não vos lembrais, 19 quando reparti cinco pães para os cinco mil, de quantos cestos recolhestes cheios de pedaços?”. Responderam: “Doze”.20 “E quando reparti os sete pães para os quatro mil, quantos cestos recolhestes cheios de pedaços?” Responderam: “Sete”. 21 Então lhes disse: “Ainda não compreendeis?”.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
“E vós ainda não compreendeis?” (Mc 8,21b).
Quando Jesus multiplicou os pães, não o fez por vaidade ou por intenção de tirar proveito humano deste milagre clamoroso. Pelo contrário, Jesus tinha agido pelo poder de Deus, e somente ao Pai devia agradecer. Uma vez que a multidão se saciou, Jesus os despediu e foi para outro lugar, sem esperar recompensas.
Imaginemos um fariseu que tivesse a possibilidade de fazer um prodígio destes, multiplicando pães para milhares de homens. Ficaria cheio de si, atribuído a si mesmos este poder. E com isto garantiria fama e sucesso perante os outros.
Ora, esta era exatamente a atitude que Jesus não admitia, nem para Si nem para ninguém. Esta atitude, disse Jesus, era o ‘fermento dos fariseus’. Eles faziam orações fermentados pela vaidade. Não eram para agradar a Deus, mas para se elevarem sobre os outros. Um dia Jesus dirá: “quem se eleva será humilhado” (Mt 23,12). E Jesus mesmo humilhou em público muitos fariseus (Mt 23,13).
Jesus não queria que os seus discípulos tivessem este ‘fermento dos fariseus’.
Eles deviam ser humildes, atribuindo toda boa obra à ação da graça divina neles. Jesus lhes deu o exemplo quando, depois de ter multiplicado os pães, recolheram doze cestos do que sobrou no primeiro milagre, e sete no segundo: Jesus não festejou este resultado. Porém agiu com humildade e com normalidade despediu a multidão sem dela exigir nada em troca, nem mesmo admiração ou seguimento.
Não nos admiremos se em nossas comunidades nós mesmos, ou outros, procuramos tirar vantagem da posição que conseguimos entre os católicos de nossas paróquias ou organizações comunitárias. Este risco sempre existe. Caso contrário, nem Marcos, nem Mateus e nem Lucas teriam escrito em seus Evangelhos esta lição de Jesus: “quem se eleva será humilhado”.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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