segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Liturgia do dia 11/10/2018


Liturgia do dia 11/10/2018


Leituras
Gl 3,1-5
Cânt. Lc 1,69-70.71-72.73-75 (R/. cf. 68)
Lc 11,5-13

27ª Semana do Tempo Comum

Quinta-Feira

Primeira Leitura: Gl 3,1-5

1 Ó gálatas sem juízo! Quem vos enfeitiçou? Ante vossos olhos tinham afixado a imagem de Jesus Cristo crucificado! 2 Quero saber de vós apenas uma coisa: foi pela prática da Lei que recebestes o Espírito ou pela adesão à fé? 3 A tal ponto falta-vos juízo? Começastes pelo Espírito e acabais pela carne? 4 Toda essa experiência foi para nada! Se realmente fosse para nada! 5 Quem vos comunica o Espírito e realiza milagres no meio de vós o faz porque praticais a Lei ou porque aceitastes a fé?
Salmo: Lc 1,69-70.71-72.73-75 (R/. cf. 68)
R. Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque a seu povo visitou e libertou!
69 Fez surgir para nós um Salvador poderoso na casa de Davi, seu servidor, 70 conforme tinha anunciado pela boca dos seus santos profetas de outrora,

71 para nos salvar dos nossos inimigos e da mão dos que nos odeiam. 72 Assim é que mostrou misericórdia para com nossos pais, e se lembrou da sua santa. Aliança,

73 do juramento feito a Abraão, nosso pai, 74 de nos conceder que, sem temor, libertados da mão dos nossos inimigos, 75 nós o sirvamos em santidade e justiça sob seu olhar, todos os nossos dias.
Evangelho: Lc 11,5-13

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 5 “Se um de vós tiver um amigo e for procurá-lo durante a noite para dizer: 6 ‘amigo, arranja-me três pães, porque um outro meu amigo acabou de chegar de viagem lá em casa e não tenho nada para lhe oferecer’, 7 e se ele responder de dentro: ‘Não me incomodes! a porta está fechada, eu e meus filhos estamos deitados. Não posso me levantar agora para te ajudar’, 8 eu vos digo: embora não se levante para ajudá-lo por motivo da amizade, pelo menos por causa da importunação se levantará e lhe dará o que precisar. 9 Por isso, eu vos digo: pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei à porta e ela vos será aberta. 10 Porque quem pede recebe; quem busca acha; e a quem bate a porta será aberta. 11 Qual de vós é o pai que daria uma serpente a um filho que lhe pede peixe? 12 Ou um escorpião em vez de um ovo? 13 Portanto, se vós que sois maus sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai do céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem!”.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
“Não posso me levantar para te dar os pães” (Lc 11,7e).
No Evangelho de hoje Jesus ensina coisas da maior importância sobre como fazer pedidos a Deus.
Ele, Jesus, termina dizendo que quem pede a Deus recebe – e isto agora mais que antes, porque é assim agora no Reino de Deus, que Jesus inaugurou na terra. Se batemos à porta de Deus, Deus nos abre com alegria. Tenhamos em mente este pensamento para reforçar nossa confiança em Deus, especialmente naqueles momentos em que parece que Deus não nos ouviria, quando Ele sabe do que precisamos e somente espera que lhe peçamos.
Mas vamos nos concentrar numa lição deste Evangelho que passa despercebida para a maioria de nós.
Não gostamos de ser incomodados.
Nem mesmo para fazermos o bem ao próximo, bem que sabemos ser nosso dever, pois Jesus mandou amar ao próximo como a nós mesmos. Se isto foi Jesus quem nos ensinou como lição importantíssima, normal seria que sempre nos alegrássemos quando alguém nos pedisse alguma coisa.
E há pessoas que se encontram em extrema dificuldade, tanto as muito próximas de nós como distantes. Há presos, doentes em hospitais, há pobres em abrigos, idosos em casas de repouso, órfãos, cegos ou doentes terminais à espera de nossa ajuda.
E muitas vezes preferimos o conforto de nossos bens e comodidades que nosso dinheiro e amizades influentes nos podem proporcionar. Preferimos ‘esquecer’ que no mundo há tanta gente precisando de nós.
Deste modo não experimentamos a alegria que é fazer o que Jesus fazia com alegria: ajudar quem Dele necessitava.
Não demos a desculpa de que Jesus tinha poderes que não temos. Nós temos muito com que ajudar, mesmo sem dinheiro: temos a presença confortadora, uma palavra animadora, uma ajuda que de repente se mostra perfeitamente possível, quando antes achávamos que nada podíamos.
Tudo isto quer dizer que nossa atitude habitual diante dos necessitados é a do homem que não quis ser incomodado e que respondeu, na parábola, a seu vizinho:“Não posso me levantar para te dar os pães”. (Lc 11,7e).
Ele podia perfeitamente se levantar. Mas somente fará isto por causa do incômodo que quis evitar: a insistência de seu vizinho!
Jesus mostra que este modo de ajudar somente para evitar mais incômodos é uma atitude comum entre as pessoas.
E conosco, será sempre assim?
Por trás disto sempre está o egoísmo, que nesta parábola Jesus condena, ao mesmo tempo que mostra a atitude de Deus, completamente contrária à atitude egoísta humana.
Jesus conhece Seu Pai. Por isso pôde dizer: “... pedi e recebereis, procurai e encontrareis, batei e vos será aberto” (Lc 11,9b-d).
Pensemos nas ocasiões em que pedimos o que precisávamos a Deus. E quantas vezes Ele nos atendeu.
Pensemos nas ocasiões em que ouvimos o pedido de outros. Muitas vezes atendemos e experimentamos a alegria de dar ao pobre aquele prato de comida diante de nosso portão. Estas são experiências que devem ser comuns e constantes em nossa vida. Afinal, somos cristãos e queremos viver como Jesus ensinou.
Se, apesar de tudo, nosso coração ainda é endurecido contra a caridade fraterna, hoje é o dia para suplicar a Deus que quebre esta pedra, e nos dê um coração de carne, cheio de caridade como é o Seu coração, coração que vemos em Seu Filho, Jesus.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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