terça-feira, 8 de agosto de 2017

Liturgia do dia 09/08/2017

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Leituras
Nm 13,1-2.25-14,1.26-30.34-35
Sl 105,6-7a. 13-14. 21-22. 23 (R. 4a)
Mt 15,21-28

18ª Semana do Tempo Comum - Ano A

Quarta-Feira

Primeira Leitura: Nm 13,1-2.25-14,1.26-30.34-35

1 Falou, então, Javé a Moisés, assim: 2 “Envia da tua parte alguns homens para reconhecer o país de Canaã, que eu quero dar aos filhos de Israel; vós enviareis um representante de cada tribo dos vossos pais; e que sejam todos dentre os principais do povo”.25 Ao cabo de quarenta dias, voltaram os exploradores do país de Canaã. 26 Foram procurar Moisés, Aarão e toda a comunidade dos filhos de Israel, em Cades, no deserto de Faran, apresentando-lhes um relato, bem como a toda a comunidade, mostrando-lhes os frutos do país. 27Relataram a Moisés, nestes termos: “Fomos ao país ao qual nos enviaste; de fato, corre ali leite e mel. 28 As cidades são fortificadas e muito grandes; vimos lá os descendentes de Anac. 29 É Amalec quem habita no país de Negebe; os heteus, os jebuseus e os amorreus moram nas montanhas, e o cananeu à borda do mar e às margens do Jordão”. 30 Neste ínterim, procurava Caleb acalmar o povo que se ia irritando contra Moisés, e lhe disse: “Subiremos sem tardar e conquistaremos o país, porque, com certeza, o podemos fazer”. 31 Porém, os que com ele haviam ido reconhecer o país disseram: “Nós não estamos em condições de lutar contra aquela gente, porquanto são mais fortes do que nós”. 32 E relataram aos filhos de Israel coisas inexatas, a respeito da região que haviam visto, acrescentando: “O país que percorremos para o reconhecimento é terra que devora seus habitantes, e todos os que vimos são homens extraordinariamente grandes. 33 Vimos, ali, Decaídos descendentes de Anac, da raça dos Decaídos; nós, aos nossos próprios olhos, éramos como gafanhotos em comparação a eles e o éramos, igualmente, aos olhos deles”.14,1 Então, toda a comunidade prorrompeu em altas vozes, clamando e lamentando-se por toda aquela noite. 26 Dirigiu-se Javé a Moisés e Aarão, nestes termos: 27 “Até quando hei de tolerar a murmuração desta multidão perversa, contra mim? Tenho ouvido as queixas que os filhos de Israel proferem contra mim. 28Dize-lhes, pois: assim como é verdade que eu vivo, oráculo de Javé, e do mesmo modo como haveis clamado aos meus ouvidos, assim farei convosco. 29 Vossos cadáveres serão estendidos no deserto; todos vós, dos quais fora feito o recenseamento desde os vinte anos para cima, vós que tendes murmurado contra mim. 30Nenhum, sequer, dentre vós, entrará no país em que eu havia jurado estabelecer-vos, à exceção de Caleb, filho de Jefoné, e de Josué, filho de Nun.34 Conforme o número de dias que tendes empregado para o reconhecimento do país, ou seja, quarenta, tantos anos quantos os dias, ou seja, quarenta anos, levareis o castigo de vossas iniquidades, sabereis assim o que significa minha hostilidade. 35 Eu, Javé, é que vos tenho dito; sim, será deste modo que hei de tratar esta multidão perversa que se insurgiu contra mim; serão aniquilados no deserto; hão de morrer ali”.
Salmo: Sl 105,6-7a. 13-14. 21-22. 23 (R. 4a)
R. Vem a nós, ó Senhor, que amas teu povo.
6 Pecamos, como outrora nossos pais, saímos do caminho e murmuramos. 7a Não tiveram no Egito entendimento, os prodígios de Deus não compreenderam.

13 Mas depressa esqueceram o que fizera e já não confiaram nos seus planos; 14 arderam de cobiça no deserto, provocaram a Deus na solidão.

21 Esqueciam o Deus que os tinha salvo, que fizera no Egito grandes coisas: 22 prodígios operados contra Cam e maravilhas ante o mar Vermelho.

23 E Deus pensava então em suprimi-los, se não fora Moisés, o seu eleito, que postou-se na brecha diante dele, para afastar do povo a sua ira.
Evangelho: Mt 15,21-28

21 Partindo dali, retirou-se Jesus para a região de Tiro e de Sidon. 22 Aconteceu que uma mulher cananeia, saindo de lá, começou a gritar: “Tem piedade de mim, Senhor, Filho de Davi! Minha filha está sendo muito atormentada por um demônio!”. 23 Mas ele não respondeu nada. Então, os discípulos se aproximaram e pediram:“Atendei-a, pois está gritando atrás de nós!”.24 Ele então respondeu:“Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel”.25 Mas a mulher foi se prostrar diante dele e disse: “Senhor, ajuda-me!”. 26 Ele respondeu de novo: “Não convém tomar o pão dos filhos e atirá-lo aos cachorrinhos”.27 Ela replicou: “É verdade, Senhor! Pois justamente os cachorrinhos comem as migalhas que caem da mesa dos seus donos!”.28 Então disse Jesus finalmente: “Ó mulher, é grande a tua fé! Que te seja feito o que desejas!” E sua filha ficou curada desde aquele instante.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2017 - Ano A - São Mateus, Brasília, Edições CNBB, 2016.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
“Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres” (Mt 15,28).
Trata-se, neste Evangelho, do encontro da mulher cananeia, da região de Tiro e Sidônia, com Jesus.
Contra a oposição dos discípulos de Jesus, ela se aproximou Dele e começou a implorar:
“Senhor, socorre-me!” (Mt 15,25).
Não foi o mesmo pedido que Pedro fizera a Jesus, no momento em que se afundava nas águas do mar da Galileia? Pois foi o que Pedro disse: “Senhor, salva-me”(Mt 14,30).
Depois que ela insiste com seu argumento tão ingênuo, Jesus dela tem pena e lhe diz:
“Mulher, grande é a tua fé!
Seja feito como tu queres!” (Mt 15,28).
A Pedro Jesus precisara fazer uma repreensão porque sua fé era fraca.
A esta mulher cananeia Jesus diz outra coisa, um elogio:
“Mulher, grande é a tua fé!”.
E aqui estava tudo o que Jesus esperava daquela mulher sofrida. Jesus curou sua filha, ali, à distância da casa onde ela morava.
Fique-nos claro que o objetivo de São Mateus neste Evangelho é precisamente acentuar o poder e a necessidade da fé em nossos pedidos a Jesus. Nós o sabemos.
No entanto, precisamos nos fortalecer na fé, à medida que por Jesus somos atendidos quando, em momentos de dor e angústia, lhe pedimos que nos socorra e nos salve.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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