sábado, 12 de agosto de 2017

Liturgia do dia 12/08/2017

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Leituras
Dt 6, 4-13
Sl 17,2-3a. 3bc-4. 47.51ab (R. 2)
Mt 17,14-20

18ª Semana do Tempo Comum - Ano A

Sábado

Primeira Leitura: Dt 6, 4-13

Moisés falou ao povo, dizendo:4 Escuta, Israel: Javé, nosso Deus, Aquele-Que-É, é o Único. 5 Amarás a Javé, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e com todas as tuas forças. 6 E estas palavras que hoje te ordeno estarão dentro do teu coração. 7 Inculcá-las-ás aos teus filhos e delas falarás, quer permaneças em casa, quer saias de viagem, ao te deitares e ao te levantares, 8 e as atarás como sinal, na tua mão e tê-las-ás por filatérios, entre os teus olhos. 9 Atá-las-ás sobre os batentes da tua casa e sobre as tuas portas. 10 Quando Javé, teu Deus, te introduzir no país que prometeu aos teus pais, Abraão, Isaac e Jacó, para dar-te grandes e boas cidades, que não construíste, 11 casas cheias de toda sorte de bens que não encheste, cisternas que não cavaste, vinhas e olivais que não plantaste: quando comeres à saciedade,12 toma cuidado para não te esqueceres de Javé, que te tirou do país do Egito, da casa da servidão.13 Temerás a Javé, teu Deus, servi-lo-ás, e pelo seu Nome é que haverás de jurar.
Salmo: Sl 17,2-3a. 3bc-4. 47.51ab (R. 2)
R.  Eu te amo, Senhor, que és minha força.
2 Eu te amo, Senhor, que és minha força, 3a que és meu rochedo e minha cidadela!

3bc Deus meu, rochedo meu, em que me abrigo; escudo, fortaleza e salvação! 4 Invoquei o Senhor (a ele glória), pois dos meus inimigos libertou-me:

47 Viva o Senhor, bendito o meu rochedo, meu Deus e Salvador seja exaltado!

51 Concedeste ao teu rei grandes vitórias, mostraste o teu amor por teu ungido, por teu servo Davi e sua Casa!
Evangelho: Mt 17,14-20

14 Quando voltaram para o meio do povo, um homem chegou perto de Jesus e, caindo de joelhos, 15 suplicou: “Senhor, tem piedade do meu filho, que é epiléptico e está passando mal. Muitas vezes cai no fogo e outras tantas na água. 16 Já o apresentei a teus discípulos, mas não puderam curá-lo”. 17 Jesus respondeu: “Geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco? Até quando terei de vos suportar? Trazei-o aqui!”. 18 E Jesus ordenou severamente ao demônio que saísse do menino. E, no mesmo instante, o menino ficou curado.19 Então, os discípulos aproximaram-se, um a um, de Jesus e perguntaram: “Por que nós não o conseguimos expulsar?”.20 Respondeu Jesus: “Por causa da pobreza da vossa fé. Porque eu vos declaro esta verdade: se tiverdes fé, embora só do tamanho de um grão de mostarda, direis a este monte: muda-te daqui para lá! E ele mudará. Nada vos será impossível”.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2017 - Ano A - São Mateus, Brasília, Edições CNBB, 2016.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
“... se tiverdes fé do tamanho de uma semente de mostarda...”. (Mt 17,20d).
O milagre do epiléptico curado por Jesus neste Evangelho acontece para que recebamos um ensinamento importante sobre nosso relacionamento com Deus e com Jesus Cristo.
Este relacionamento depende de nossa fé em Deus e em Seu Filho.
Quando o pai do epiléptico diz que os discípulos de Jesus não puderam curar seu filho, provocou a pergunta dos discípulos a Jesus: por que eles não conseguiram expulsar aquele demônio?
Jesus lhes responde dizendo que não tinham fé suficiente para fazer aquele exorcismo. A fé deles era ‘pequena’ (Mt 17,20b).
Antes que os discípulos perguntassem de que ‘tamanho’ devia ser a fé para fazer tal exorcismo, Jesus responde que bastaria que fosse do ‘tamanho’ de uma semente de mostarda.
Com isto Jesus dizia que a fé dos apóstolos nem era deste ‘tamanho’.
O que isto quer dizer?
Mesmo dizendo que a fé deva ser do tamanho de uma semente de mostarda, que é a ‘menor de todas as sementes’ (Mt 13,32), os discípulos não tinham a fé exigida para aquele milagre. Isto quer dizer que ter fé ‘do tamanho da semente de mostarda’ não é uma coisa tão simples assim.
O que faltava aos discípulos e também ao pai do epiléptico? Faltava-lhes uma fé proporcional ao milagre pedido.
Mas o que é a fé?
A fé tem ‘tamanho’?
Pode-se falar de ‘pouca’ ou ‘muita’ fé?
Estas são formas usadas por Jesus para mostrar como as pessoas precisam acreditar e ter confiança Nele para receberem a Salvação que somente Ele traz.
As inúmeras vezes em que esta palavra aparece na Sagrada Escritura demonstra que por ‘fé’ se entende muitas coisas, como crença, confiança, segurança etc.
A fé de que se trata no Evangelho de hoje é a crença no poder que Jesus tem de curar e salvar, ao mesmo tempo confiança Nele, que deseja curar quem lhe pede este socorro.
Esta lição, portanto é clara.
A importância deste ensino no Evangelho de hoje está em nos questionar: de que ‘tamanho’ é nossa fé em Jesus Cristo?
Nossa fé em Deus é ‘pouca’, ‘muita’, ‘insuficiente ou suficiente’ para que Jesus Cristo nos salve?
A fé, portanto, dá a medida de nosso relacionamento com Jesus Cristo, com Deus.
Não esqueçamos porém, que sem amar a Deus e a Seu Filho não é possível ter fé.
Não nos esqueçamos também que uma vez que amamos a Deus e a Jesus Cristo, e por isso Neles temos fé, a esperança da salvação fica garantida.
A fé, portanto, é da maior importância para nosso relacionamento com Deus e para nossa salvação. É originada no amor a Deus que existe em nosso coração, amor que, quanto maior for, mais e maior fé cria em nós.
Encontramos, portanto, no Primeiro Mandamento, a explicação e a medida para nossa fé: amar a Deus sobre todas as coisas.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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