terça-feira, 18 de dezembro de 2018

SANTO DO DIA 18 DE DEZEMBRO DE 2018.


SANTO DO DIA 18 DE DEZEMBRO DE 2018.

Nossa Senhora do Ó.

Nossa Senhora ultrapassa os ímpetos afetivos de uma mãe comum e eleva-se ao plano universal.

Festa católica de origem claramente espanhola, a festa de hoje é conhecida na liturgia com o nome de “Expectação do parto de Nossa Senhora”, e entre o povo com o título de “Nossa Senhora do Ó”. Os dois nomes têm o mesmo significado e objetivo: os anelos santos da Mãe de Deus por ver o seu Filho nascido. Anelos de milhares e milhares de gerações que suspiraram pela vinda do Salvador do mundo, desde Adão e Eva, e que se recolhem e concentram no Coração de Maria, como no mais puro e limpo dos espelhos. A Expectação (expectativa) do parto não é simplesmente a ansiedade, natural na mãe jovem que espera o seu primogênito; é o desejo inspirado e sobrenatural da “bendita entre as mulheres”, que foi escolhida para Mãe Virgem do Redentor dos homens, para corredentora da humanidade. Ao esperar o seu Filho, Nossa Senhora ultrapassa os ímpetos afetivos de uma mãe comum e eleva-se ao plano universal da Economia Divina da Salvação do mundo.

As antífonas maiores que põe a Igreja nos lábios dos seus sacerdotes desde hoje até a Véspera do Natal e começam sempre pela interjeição exclamativa Ó (“Ó Sabedoria… vinde ensinar-nos o caminho da salvação”; “Ó rebento da Raiz de Jessé… vinde libertar-nos, não tardeis mais”; “Ó Emanuel…, vinde salvar-nos, Senhor nosso Deus”), como expoente altíssimo do fervor e ardentes desejos da Igreja, que suspira pela vinda de Jesus, inspiraram ao povo espanhol a formosa invocação de “Nossa Senhora do Ó”. É ideia grande e inspirada: a Mãe de Deus, posta à frente da imensa caravana da humanidade, peregrina pelo deserto da vida, que levanta os braços suplicantes e abre o coração enternecido, para pedir ao céu que lhe envie o Justo, o Redentor.

A festa de Nossa Senhora do Ó foi instituída no século VI pelo décimo Concílio de Toledo, ilustre na História da Igreja pela dolorosa, humilde, edificante e pública confissão de Potâmio, Bispo bracarense, pela leitura do testamento de São Martinho de Dume e pela presença simultânea de três santos de origem espanhola: Santo Eugênio III de Toledo, São Frutuoso de Braga e o então abade agaliense Santo Ildefonso.

Primeiro comemorava-se hoje a Anunciação de Nossa Senhora e Encarnação do Verbo. Santo Ildefonso estabeleceu-a definitivamente e deu-lhe o título de “Expectação do parto”. Assim ficou sendo na Hispânia e passou a muitas Igrejas da França, etc. Ainda hoje é celebrada na Arquidiocese de Braga.

Nossa Senhora do Ó, rogai por nós !

Meditando o Evangelho de hoje Dia Litúrgico: Terça-Feira, 18 de Dezembro Evangelho de hoje: Mt 1,18-24


Meditando o Evangelho de hoje
Dia Litúrgico: Terça-Feira, 18 de Dezembro

Evangelho de hoje: Mt 1,18-24

TEMPO DO ADVENTO

Eis como nasceu Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo. José, seu esposo, que era homem de bem, não querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente. Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: "José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados”. Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor falou pelo profeta: Eis que uma Virgem conceberá e dará à luz um filho, que se chamará Emanuel, que significa: Deus conosco. Despertando, José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa.

Comentário

Acompanhamos hoje a grandiosidade do homem José, que, sendo descente da tribo de Davi, acolhe a missão de ser pai adotivo de Jesus. A mulher que lhe estava prometida apresenta-se grávida. Sem querer condená-la, ele opta por lhe abandonar, mas em sonho José recebe a revelação do anjo, e de forma justa acolhe com amor e dedicação a missão que Deus lhe confia. A justiça de José foi superior à de qualquer outro homem, pois, deixando os preconceitos, acolheu com prontidão e doação a missão que Deus lhe confiara. Seguindo seu exemplo, somos convidados a acolher nossa missão com prontidão e disposição.

FONTE: https://www.avemaria.com.br/evangelho

Tempo do Advento - Novena do Natal - Dia 18 Dezembro 18 Dezembro 2018 Tempo do Advento - Novena do Natal - Dia 18 Dezembro


Tempo do Advento - Novena do Natal - Dia 18 Dezembro


Liturgia do dia 18/12/2018


Liturgia do dia 18/12/2018


Leituras
Jr 23,5-8
Sl 71(72),1-2.12-13.18-19 (R/. cf. 7)
Mt 1,18-24

3ª Semana do Advento

Terça-Feira

Primeira Leitura: Jr 23,5-8

Leitura do Livro do Profeta Jeremias

5 Eis que dias virão — oráculo de Javé — quando suscitarei a Davi um rebento justo; será rei de verdade e agirá com prudência: haverá direito e justiça no país. 6 Nos seus dias, Judá será salvo e Israel habitará em segurança. Eis o nome que lhe darão: “Javé-justiça-nossa”. 7 Eis que dias virão — oráculo de Javé — quando já não se jurará: “Pela vida de Javé que tirou os filhos de Israel do Egito!”, 8 mas: Pela vida de Javé que tirou e reconduziu a descendência da casa de Israel do país do Norte e de todos os países onde a havia dispersado, de modo que morarão no seu solo!”.
Salmo: Sl 71(72),1-2.12-13.18-19 (R/. cf. 7)
R. Nos seus dias a justiça florirá e paz em abundância, para sempre.
1 Ó Deus, concede ao rei o teu poder; ao que é filho de rei, teu julgamento. 2 Que ele governe o povo com justiça, julgue com equidade os pequeninos!
12 Libertará o pobre que suplica, todo infeliz que não encontra auxílio. 13 Terá pena do fraco e do indigente, e salvará a vida dos humildes.

18 Sim, bendito Senhor, Deus de Israel, o único que opera maravilhas! 19 Bendiga-se o seu nome eternamente, encha toda a terra a sua glória! Amém! Amém!
Evangelho: Mt 1,18-24

18 O nascimento de Jesus foi assim: Maria, sua Mãe, estava prometida em casamento a José. Ora, antes de levarem vida em comum, ela ficou grávida, por obra do Espírito Santo. 19 José, seu esposo, que era um homem justo, e não queria acusá-la, resolveu separar-se ocultamente dela. 20 Ele já havia tomado essa resolução, quando um anjo do Senhor lhe apareceu em sonho e disse: “José, filho de Davi, não tenhas medo de tomar contigo Maria, tua esposa, porque o que foi gerado nela vem do Espírito Santo. 21 Ela dará à luz um filho e tu lhe porás o nome de Jesus, pois ele salvará seu povo de seus pecados”. 22 Ora, tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor tinha dito pelo profeta: 23 Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho, ao qual será dado o nome de Emanuel,

que quer dizer: “Deus conosco”. 24 Acordando do sono, José fez como lhe tinha ordenado o anjo do Senhor: tomou consigo sua esposa.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
“Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois Ele vai salvar seu povo dos seus pecados”. (Mt 1,21).
Estas palavras do Anjo a José o convenceram a aceitar Maria como sua esposa. Ele já tinha pensado em deixá-la em segredo, pois percebera sua gravidez.
No entanto, era também por meio de José que Deus precisava realizar seus planos.
O primeiro plano de Deus era a Encarnação de Seu Filho. Isso se realizou com o consentimento de Maria. Ela, de fato, disse ao Anjo Gabriel: “Cumpra-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38). Assim o Filho de Deus se fez homem, do gênero humano como nós.
O segundo plano de Deus era dar a Jesus o nome da família de José, isto é, o de Filho de Davi (Mt 1,20e), como lhe disse o Anjo: “José, filho de Davi ...”. Assim o Filho de Deus nasceu para ser rei como Davi sobre seus irmãos.
O terceiro plano de Deus era dar a Seu Filho Encarnado o nome de “Salvador”, como o anjo disse a José: “tu lhe darás o nome de Jesus, pois Ele vai salvar seu povo dos seus pecados”. (Mt 1,21).
Mas o Filho de Deus não salvará somente o Povo Eleito; isto devia ser dito por São Mateus porque escreveu seu Evangelho para os judeus. Sabemos, no entanto, que Jesus será o salvador de todos os povos da terra,como está dito em Gn 49,10: ... a quem obedecerão os povos. Ora, esta obediência não será outra coisa senão a aceitação da vontade de Deus de salvar, com o poder do Rei Jesus, toda a humanidade.
Todos estes planos de Deus são para a Salvação de Israel e de todos os povos.
A ordem de Deus a José foi também de dar o nome de ‘Jesus’ ao filho de Maria. Como sabemos, ‘Jesus’ significa ‘Salvador’.
Se Deus é amor, seu Reino é de amor salvador. E tudo isto, Deus nos dá em Jesus.
Pensemos em tudo isto, vendo o Menino Jesus em sua manjedoura.
Quantos mistérios e ensinos nos dá o seu presépio!

Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

SANTO DO DIA 8 DE NOVEMBRO DE 2018.


SANTO DO DIA 8 DE NOVEMBRO DE 2018.

São Deodato - Papa em Roma.

São Deodato, era o guia civil, o juiz, o supremo magistrado, a garantia da ordem.

O santo de hoje, cujo nome significa “dado por Deus”, foi por quarenta anos Padre em Roma antes de suceder ao Papa Bonifácio IV a 19 de outubro de 615. Em Roma, o Papa não era somente o Bispo e o Pai espiritual, mas também o guia civil, o juiz, o supremo magistrado, a garantia da ordem. Com a morte de cada pontífice, os romanos se sentiam privados de proteção, expostos às invasões dos bárbaros nórdicos ou às reivindicações do império do Oriente. A teoria dos dois únicos, Papa e imperador, que deviam governar unidos o mundo cristão, não encontrava grandes adesões em Constantinopla.

O Papa Deodato, entretanto, buscou o diálogo junto ao imperador intercedendo pelas necessidades de seu povo e, apesar do imperador mostrar-se pouco solícito para o bem do povo, enviou o exarca Eleutério para acabar com as revoltas de Ravena e de Nápoles. Foi a única vez que o Papa Deodato, ocupado em aliviar os desconfortos da população da cidade, nas calamidades acima referidas, teve um contato, se bem que indireto, com o imperador.

Foi inserido no Martirológio Romano, um episódio que revalidaria a fama de santidade que circundava este pontífice que guiou os cristãos em épocas tão difíceis: durante uma das suas frequentes visitas aos doentes, os mais abandonados, os que era atingidos pela lepra, teria curado um desses infelizes, após havê-lo amavelmente abraçado e beijado.

São Deodato morreu em novembro do ano 618, amado e chorado pelos romanos que tiveram a oportunidade de apreciar seu bom coração durante as grandes calamidades que se abateram sobre Roma nos seus três anos de Pontificado (inclusive um terremoto, que deu golpe de graça aos edifícios de mármore dos Foros, já devastados por sucessivas invasões bárbaras e horríveis epidemia).

São Deodato, rogai por nós !

XXXI Semana - Quinta-feira - Tempo Comum - Anos Pares 8 Novembro 2018 Tempo Comum - Anos Pares XXXI Semana - Quinta-feira



XXXI Semana - Quinta-feira - Tempo Comum - Anos Pares
8 Novembro 2018
Tempo Comum - Anos Pares
XXXI Semana - Quinta-feira
Lectio

Primeira leitura: Filipenses 3, 3-8ª
3Irmãos: 3Nós é que somos pela circuncisão: nós, os que prestamos culto pelo Espírito de Deus, nos gloriamos em Cristo Jesus e não confiamos na carne - 4ainda que eu tenha razões para, também eu, pôr a confiança precisamente nos méritos humanos. Se qualquer outro julga poder confiar nesses méritos, eu posso muito mais: 5circuncidado ao oitavo dia, sou da raça de Israel, da tribo de Benjamim, um hebreu descendente de hebreus; no que toca à Lei, fui fariseu; 6no que toca ao zelo, perseguidor da Igreja; no que toca à justiça - a que se procura na lei - irrepreensível. 7Mas, tudo quanto para mim era ganho, isso mesmo considerei perda por causa de Cristo. 8Sim, considero que tudo isso foi mesmo uma perda, por causa da maravilha que é o conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor: por causa dele, tudo perdi e considero esterco, a fim de ganhar a Cristo.
Paulo inicia a parte exortativa da carta aos filipenses com um resumo autobiográfico para tentar mover aqueles que se fecham ao apelo evangélico e procuram denegrir a sua pessoa e a sua missão. Assim se compreende o carácter polémico desta página.
O Apóstolo aproveita a ocasião para apresentar a todos, e não só aos filipenses, a sua origem hebraica, a sua vocação apostólica e a sua fidelidade à mesma. Paulo faz-nos compreender que, para compreendermos as suas cartas, é preciso ter em conta o evento do caminho de Damasco, que marca a sua conversão e o começo da sua missão. O encontro com Cristo revolucionou completamente o seu modo de ver as coisas e os seus critérios de avaliação dos acontecimentos e das pessoas. Acima de tudo e de todos, para ele, está Cristo Senhor em quem havemos de acreditar, que envia em missão e que, sobretudo, temos de amar. Paulo di-lo com uma frase muito significativa: «considero mesmo que tudo isso foi uma perda, por causa da maravilha que é o conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor» (v. 8).
Este é o único lugar, nas cartas paulinas, onde aparece o pronome possessivo «meu» junto ao título cristológico «Senhor». O pronome indica, não só que Paulo se encontrou com Cristo ressuscitado, mas também a grande intimidade que alcançou com Ele.
Evangelho: Lucas 15, 1-10
Naquele tempo, 1Aproximavam-se dele todos os cobradores de impostos e pecadores para o ouvirem. 2Mas os fariseus e os doutores da Lei murmuravam entre si, dizendo: «Este acolhe os pecadores e come com eles.» 3Jesus propôs-lhes, então, esta parábola:
4«Qual é o homem dentre vós que, possuindo cem ovelhas e tendo perdido uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai à procura da que se tinha perdido, até a encontrar? 5Ao encontrá-la, põe-na alegremente aos ombros 6e, ao chegar a casa, convoca os amigos e vizinhos e diz-lhes: 'Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha perdida.' 7Digo-vos Eu: Haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não necessitam de conversão.» 8«Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perde uma, não acende a candeia, não varre a casa e não procura cuidadosamente até a encontrar? 9E, ao encontrá-la, convoca as amigas e vizinhas e diz: 'Alegrai-vos comigo, porque encontrei a dracma perdida.' 10Digo-vos: Assim há alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converte.»
Estamos no coração do evangelho de Lucas. É no capítulo 15 que o segundo evangelista concentra a mensagem principal da sua obra: o evangelho da misericórdia. Ao mesmo tempo, Lucas aproxima-se o mais possível do Jesus histórico, que veio anunciar e incarnar, no meio de nós, o amor misericordioso do Pai.
Lucas começa por apresentar o contexto histórico (vv. 1-3) em que Jesus contou as três parábolas. Os publicanos e pecadores vinham «para o ouvirem» (v. 1). Os fariseus e os escribas «murmuravam» contra ele. As parábolas da ovelha perdida e da dracma perdida - com a do pai misericordioso, que Jesus apresenta como ícone de Deus-Pai - devem ser interpretadas à luz desse contexto histórico, pois iluminam a situação daquilo ou de quem estava perdido e a alegria de quem pôde encontrar o que estava perdido.
A alegria do homem serve para falar da alegria de Deus. Lucas sublinha três vezes essa alegria do Pai, que tanto amou o mundo que lhe deu o seu Filho, tirando desse dom a máxima alegria para Si.
Meditatio
A primeira leitura dá-nos matéria para uma reflexão sofre a pobreza espiritual como atitude diante das nossas qualidades e dos bens materiais. Esta pobreza aproxima-nos de Deus. Pelo contrário, a riqueza espiritual separa-nos de Deus e dos outros, porque nos faz sentir auto-suficientes. Confiamos nas coisas que temos, confiamos nas nossas qualidades, e pensamos que não precisamos de Deus nem dos outros. Por vezes até somos levados a julgar-nos superiores aos demais. Todos estes bens, espirituais ou materiais, que nos levam à auto-suficiência e ao orgulho, são chamados «carne» por Paulo. O Apóstolo tinha motivos para se julgar auto-suficiente e ser orgulhoso. Mas preferiu tornar-se mendigo da salvação para a receber de Cristo, como quem depende da sua misericórdia e não se julga melhor que os outros.
Cristo é o dom gratuito de Deus, dom que ninguém merece, dom gratuito, que nos foi dado unicamente pela misericórdia divina.
Esta pobreza espiritual é fonte de alegria, porque nos permite conhecer a Cristo e fazer dele o valor supremo da nossa vida, tal como Paulo. O conhecimento de Cristo dá-nos alegria, não uma alegria exterior e efémera, mas uma alegria profunda e duradoira, que cresce na medida em que é partilhada com os outros. Paulo partilha a sua alegria com os filipenses. Trata-se de uma alegria semelhante àquela que sente o Pai do céu, quando um pecador se converte; trata-se da alegria do Bom Pastor, pronto a dar a vida pela salvação de um só pecador; mas também se trata da alegria que nos vem de sabermos que temos no céu um Pai misericordioso, de termos em Cristo um mediador compassivo e amoroso, e de sabermos que temos na terra alguém que dele recebeu o ministério de perdoar os nossos pecados, para que aprendamos a ser compreensivos e misericordiosos com os nossos irmãos.
Cada um de nós, na vida comunitária ou no ministério, há-de ter sempre diante dos olhos Cristo pobre, manso e humilde de coração, para não sucumbir aos desejos de riqueza, de auto-suficiência, de domínio, para estar livre de preconceitos, de simpatias e antipatias e de tantas paixões que tão facilmente se desenvolvem no coração humano, se não estiver cheio do Espírito de Deus.
São muitos os frutos da «carne» que podem tornar pesada a vida da comunidade religiosa, e pôr entraves na acção pastoral. Quantos obstáculos à liberdade de amar e à alegria vêm na nossa auto-suficiência e do nosso orgulho! Quantos "conflitos" (Cst
. 65), quantos "limites" (Cst. 66)! Como precisamos dos frutos do Espírito: caridade que é cordialidade, alegria, paz, paciência, bondade, benevolência, mansidão, fidelidade a Cristo, deixar-nos dominar e conduzir, não pelo nosso eu, mas pelo Espírito de Deus!
Oratio
Senhor Jesus Cristo, Verbo de Deus feito homem! Ao incarnar, de rico que eras, fizeste-te pobre, para que nos tornássemos ricos com a tua pobreza. Na Eucaristia, de forte que eras fizeste-te fraco, para que nos tornássemos fortes com a tua fraqueza!
Queremos, hoje, mais uma vez escutar a bem-aventurança que, um dia, proclamaste: «Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos céus», o Reino do amor, da paz e da alegria.
Faz-nos pobres em espírito, humildes e simples, como Maria, a Bem-aventurada por excelência. Faz-nos pobres, pequenos e simples, como aqueles pelos quais exultastes «no Espírito Santo». Que a pobreza em espírito, a humildade sejam o segredo da nossa alegria, a base da nossa fé, da nossa adesão total a Deus e ao Seu amor. E então, cada dia, como teus humildes servos, e servos dos nossos irmãos, diremos com tua Mãe: «Eis a serva... faça-se... A minha alma glorifica o Senhor». E, como a Virgem exultaremos de alegria em Deus-Pai, pelas grandes coisas que, olhando à nossa pobreza, irás fazer em nós e por meio de nós. Amen.
Contemplatio
Servir o seu Deus por amor é também a via mais doce. Ela agarra-vos pelo coração e o vosso coração é feito para amar. Conduz docemente, mas muito eficazmente a vossa vontade para o que Deus deseja. O amor coloca o coração perfeitamente á vontade, o que nenhum outro sentimento poderia fazer. O medo constrange; a esperança não está totalmente isenta de um certo regresso à inquietude; o amor não conhece nem os tormentos do medo, nem os alarmes da esperança reduzida a si mesma.
O amor inspira a alegria, que é o segundo fruto do Espírito Santo, porque a caridade é o primeiro (Gl 5, 22). E que alegria! Uma alegria pura, uma alegria íntima, inalterável, uma alegria que é o antegozo da dos Bem-aventurados. O amor mantém a alma na paz, que é, depois da alegria, um fruto do Espírito Santo. O amor nunca causa perturbação. A perturbação da alma tem três fontes: ou a má consciência, ou o amor-próprio, ou o demónio. O amor mantém a consciência no melhor estado; trabalha sem cessar para destruir o amor-próprio; despreza as negras sugestões do demónio; resiste-lhe, triunfa sobre ele. Deus é a paz e, como não O possuímos aqui em baixo senão pelo amor, o amor é também o único meio de gozar a paz. (Leão Dehon, OSP 2, 18s.).
Actio
Repete frequentemente e vive hoje a palavra:
«Quem procura o Senhor, encontra a alegria» (da Liturgia)
| Fernando Fonseca, scj |

CUMPRIMENTO DO SANTO PADRE FRANCISCO PARA AS DELEGAÇÕES QUE FORMAM A NATIVIDADE E A ÁRVORE DE NATAL PARA PIAZZA SAN PIETRO

CUMPRIMENTO DO SANTO PADRE FRANCISCO
PARA AS DELEGAÇÕES QUE FORMAM A NATIVIDADE
E A ÁRVORE DE NATAL PARA PIAZZA SAN PIETRO

Paulo VI Hall
Sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Caros irmãos e irmãs

obrigado pela sua visita! Saúdo-vos e recebo com gratidão os presentes que me vieram apresentar: a árvore de Natal e o presépio , já instalados na Praça de São Pedro e que serão admirados por muitos peregrinos de todo o mundo. Dirijo a minha cordial saudação a cada um de vós, começando pelo Patriarca de Veneza e pelo Bispo de Concordia-Pordenone, a quem agradeço pelas suas palavras fraternas. Uma saudação deferente dirigida às autoridades civis, e estendo meu afetuoso pensamento a todos os habitantes de Jesolo, Pordenone, Veneto e Friuli-Venezia Giulia, que vocês representam aqui. Agradeço a todos aqueles que colaboraram para a realização destes sinais de Natal, especialmente os quatro escultores, de diferentes países, que esculpiram o presépio, e os técnicos e funcionários do Governorato.

A árvore e o berço são dois sinais que nunca deixam de nos fascinar; eles nos falam sobre o Natal e nos ajudam a contemplar o mistério de Deus feito homem para estar perto de cada um de nós. A árvore de Natal com suas luzes nos lembra que Jesus é a luz do mundo, é a luz da alma que afasta as trevas das inimizades e abre espaço para o perdão. O abeto que este ano é colocado na Piazza San Pietro, vindo da floresta de Cansiglio, sugere mais reflexão. Ela, com sua altura de mais de vinte metros, simboliza Deus que com o nascimento de seu Filho Jesus se abaixou ao homem para erguê-lo para si mesmo e criá-lo das névoas do egoísmo e do pecado. O Filho de Deus assume a condição humana para atraí-lo para si e para fazê-la participar de sua natureza divina e incorruptível.

O berço, localizado no centro da Piazza, é feito com areia jesolana, originalmente das Dolomitas. A areia, material pobre, lembra a simplicidade, a pequenez e também a fragilidade - como disse o Patriarca - com as quais Deus se manifestou com o nascimento de Jesus na precariedade de Belém.

Pode parecer que essa pequenez contradiga a divindade, tanto que alguém desde o início a considerou apenas uma aparência, um revestimento. Mas não, porque pequenez é liberdade. Aqueles que são pequenos - no sentido evangélico - não são apenas leves, mas também livres de qualquer desejo de aparecer e de qualquer reivindicação de sucesso; como crianças que se expressam e se movem espontaneamente. Todos nós somos chamados a ser livres diante de Deus, para ter a liberdade de um filho diante de seu pai. O Menino Jesus, Filho de Deus e nosso Salvador, que colocamos na manjedoura, é Santo na pobreza, pequenez, simplicidade, humildade.

O presépio e a árvore, símbolos fascinantes do Natal, podem trazer às famílias e aos lugares de reunião um reflexo da luz e ternura de Deus, para ajudar a todos a viver a festa do nascimento de Jesus Contemplando o Filho Deus que emana luz na humildade do presépio, também podemos nos tornar testemunhas de humildade, ternura e bondade.

Caros amigos, Renovo a minha gratidão a todos e ofereço-lhe os melhores desejos de um Feliz Natal. Um bom e santo Natal! Peço-lhe que reze por mim e eu o abençoo cordialmente, à sua família e aos seus concidadãos. Obrigado.

FONTE: https://w2.vatican.va/content/francesco/it/speeches/2018/december/documents/papa-francesco_20181207_delegazioni-alberopresepe.html

Meditando o Evangelho de hoje Dia Litúrgico: Sexta-Feira, 7 de Dezembro Evangelho de hoje: Mt 9,27-31


Meditando o Evangelho de hoje
Dia Litúrgico: Sexta-Feira, 7 de Dezembro

Evangelho de hoje: Mt 9,27-31

TEMPO DO ADVENTO

Partindo Jesus dali, dois cegos o seguiram, gritando: "Filho de Davi, tem piedade de nós!”. Jesus entrou numa casa e os cegos aproximaram-se dele. Disse-lhes: "Credes que eu posso fazer isso?” – "Sim, Senhor” –, responderam eles. Então, ele tocou-lhes nos olhos, dizendo: "Seja-vos feito segundo vossa fé”. No mesmo instante, os seus olhos se abriram. Recomendou-lhes Jesus em tom severo: "Vede que ninguém o saiba”. Mas apenas haviam saído, espalharam a sua fama por toda a região.

Comentário

O tempo do Advento é um convite ao homem a viver uma esperança sempre renovada. Nessa esperança que se renova, acompanhamos, no Evangelho, a imagem de dois cegos que, seguindo Jesus, imploram pelo milagre de recuperarem a visão. A fé apresentada por ambos os conduziu ao milagre. Dessa forma, a fé e a esperança vividas nesse tempo conduzem o homem a não se acomodar com as cegueiras impostas pelo relativismo social e pela injustiça, e renovam o contínuo desejo de, caminhando ao encontro de Jesus, vencer a cegueira, e viver uma sociedade mais justa e fraterna.

FONTE: https://www.avemaria.com.br/evangelho

SANTO DO DIA 7 DE NOVEMBRO DE 2018.


SANTO DO DIA 7 DE NOVEMBRO DE 2018.

São Vilibrardo, dedicou-se à conversão dos infiéis.

São Vilibrardo, durante cinquenta anos dedicou-se, dia após dia, à conversão dos infiéis.

Nasceu em Northúmbria, na Irlanda, em 658, e morreu em Echternach (Luxemburgo), a 7 de novembro de 739.

“Durante cinquenta anos – escreve Alcuíno – este grande missionário e grande amigo de Cristo dedicou-se, dia após dia, à conversão dos infiéis”. Em 690, quando Pepino d’Herstal terminava a conquista da Frísia, Vilibardo chegou lá, vindo do seu país, à frente de um grupo de anglo-saxões. Em 695, o Papa Sérgio I consagrou-o Bispo de Echternach. Era de Utrecht e Echternach que os seus missionários partiam para ir evangelizar os povos da Renânia ainda pagãos. Vilibrardo chegou até à Dinamarca e mesmo, parece, à Turíngia. Batizou Pepino, o Breve, pai de Carlos Magno. Foi sepultado em Echternach, onde todos os anos, desde o século XIV, na terça-feira de Pentecostes, uma procissão se realiza em sua honra.

São Vilibrardo, rogai por nós !

XXXI Semana - Quarta-feira - Tempo Comum - Anos Pares 7 Novembro 2018 Tempo Comum - Anos Pares XXXI Semana - Quarta-feira


XXXI Semana - Quarta-feira - Tempo Comum - Anos Pares


Liturgia do dia 07/11/2018


Liturgia do dia 07/11/2018


Leituras
Fl 2,12-18
Sl 26(27),1.4.13-14 (R/. 1a)
Lc 14,25-33

31ª Semana do Tempo Comum

Quarta-Feira

Primeira Leitura: Fl 2,12-18

12 Portanto, meus caríssimos, apelo para aquela obediência de que sempre destes prova: trabalhai para a vossa salvação com temor e tremor, não só na minha presença, mas ainda mais agora, na minha ausência: 13 porque Deus mesmo, no seu desígnio de amor, realiza em vós tanto o querer como o agir. 14 Fazei tudo sem queixas nem discussões, 15 para que vos torneis irrepreensíveis e íntegros filhos de Deus sem mancha, no meio de uma geração depravada e corrompida, na qual brilhais como os astros do mundo, 16 vós que conservais firmemente a Palavra da vida. Que por vossa causa eu possa me gloriar, no dia de Cristo, de não ter corrido e trabalhado inutilmente. 17 Ainda mesmo que tenha de derramar o meu sangue em libação sobre o sacrifício e o culto litúrgico de vossa fé, fico feliz e me alegro com todos vós. 18 Da mesma maneira vós também sede felizes e alegrai-vos comigo!
Salmo: Sl 26(27),1.4.13-14 (R/. 1a)
R. O Senhor é minha luz e salvação!
1 Só Deus é minha luz e salvação: de quem teria medo? É ele a proteção da minha vida; quem me fará tremer?

4 Peço ao Senhor apenas uma coisa, uma só eu procuro: é habitar a casa do Senhor por toda a minha vida; gozar a suavidade do Senhor, contemplar o seu templo.

13 Hei de ver a bondade do Senhor na terra dos que vivem! 14 Espera no Senhor! Força e coragem! Espera no Senhor!
Evangelho: Lc 14,25-33
25 Caminhando uma grande multidão com Jesus, ele se virou e disse: 26 “Se alguém vem a mim, sem me preferir a seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos, suas irmãs, e até sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27 Quem não carrega sua cruz e me segue, não pode ser meu discípulo. 28 Pois quem de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro para calcular a despesa e ver se tem meios para acabá-la? 29 Caso contrário, tendo posto os alicerces e não podendo terminar, todos os que o virem zombarão dele dizendo: 30 ‘Este homem começou a construir e não pode terminar!’. 31 Ou ainda qual é o rei que, saindo para guerrear com outro, não senta primeiro para calcular se com dez mil homens poderá enfrentar o que marcha com vinte mil contra ele? 32 Se não, enquanto o outro ainda está longe envia-lhe uma embaixada para propor as condições de paz. 33 Portanto todo o que dentre vós não renuncia a tudo o que possui não pode ser meu discípulo.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
“Quem não carrega sua Cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo”
 (Lc 14,27).
Um dia Jesus disse que a porta de entrada do Reino dos Céus é estreita.

Leiamos novamente uma passagem de São Mateus, em 7,13-14:
13. “Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ele!

14. Como é estreita a porta e apertado o caminho que leva à Vida! E poucos são os que o encontram!”

No mundo cheio de comodidades a maioria das pessoas escolhe o caminho espaçoso. Isto é lamentável. É a perda do sentido do próprio ensino de Jesus para nossa Salvação. Falsas igrejas prometem riquezas: é o caminho espaçoso que leva à perdição, e muitos são os que entram por ele!
No Evangelho de hoje Jesus é ainda mais exigente.
Ele, que para a nossa Salvação, tomou sua Cruz e foi até à morte, nos mostrou como não fugir da porta estreita. Ele viveu o que ensinou.

Quando Ele diz que não pode ser discípulo quem não toma sua Cruz como Ele a tomou, não está fazendo um exagero, embora faça uma exigência muito dura. 
No entanto, entrar pela porta estreita não é impossível. Deus nos ajuda sempre a superar dificuldades, especialmente estas, para a nossa Salvação.
Um dia alguns discípulos de Jesus lhe disseram:

“Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?”(Jo 6,60).

E a reação de tais discípulos foi esta:
A partir daquele momento,

muitos discípulos voltaram atrás

e não andavam mais com Ele
 (Jo 6,66).
Mas Jesus não voltou atrás e não cedeu em nada. Ele perguntou àqueles discípulos:

“Vós também quereis ir embora?” (Jo 6,67b).
Nossa resposta a Jesus, diante das dificuldades que Ele nos apresenta para nossa Salvação, deve ser

a de São Pedro, dada em Jo 6,68b-69:
68b. “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de Vida Eterna”.

69. Nós cremos e reconhecemos que Tu és o Santo de Deus.
Se nossa atenção se concentrar nesta resposta de São Pedro, não teremos medo das exigências postas por Jesus, por mais duras que sejam. Cremos, firmemente, que Ele nos pede todas estas exigências por amor a nós.

Ele quer que todos nos salvemos, entrando pela porta estreita com a ajuda poderosa de Deus Pai.
 E temos certeza de que isto é possível. 
Ou pensamos que para Deus isto seja impossível?
Se ainda temos dúvida, Jeremias nos ajuda a recordar o amor de Deus por nós:

V. 3 ... com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí
 (Jr 31,3).
Quem, além de Deus, pode nos amar com amor eterno?
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.