terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Liturgia do dia 29/10/2018


Liturgia do dia 29/10/2018


Leituras
Ef 4,32-5,8
Sl 1,1-2.3.4.6 (R/. cf. Ef 5,1)
Lc 13,10-17

30ª Semana do Tempo Comum

Segunda-Feira

Primeira Leitura: Ef 4,32-5,8

Irmãos: 32 Sede antes bondosos e misericordiosos uns para com os outros, perdoando-vos mutuamente, como Deus vos perdoou em Cristo. 5 Imitar Deus e Jesus Cristo. 1 Sim, sede imitadores de Deus como filhos queridos. 2 Procedei com amor, imitando Cristo que vos amou e se entregou por nós a Deus, como oferta e sacrifício de suave perfume. 3 E não se ouça dizer que há entre vós a prostituição e qualquer espécie de impureza ou cobiça, como convém a santos. 4 Nada também de indecência, tolices e pilhérias de mau gosto. São todas coisas inconvenientes. 5 Pelo contrário, dai ações de graças, porque como bem sabeis, nem o dado à prostituição, nem o impuro, nem o avarento, que é um idólatra, participarão da herança no Reino de Cristo e de Deus.6 Ninguém vos engane com palavreado inútil, porque estas desordens é que atraem a ira de Deus sobre os incrédulos. 7 Portanto, não tenhais nada em comum com eles! 8 Antes, éreis trevas, mas, agora, sois luz no Senhor. Procedei como filhos da luz.
Salmo: Sl 1,1-2.3.4.6 (R/. cf. Ef 5,1)
R. Sejamos, pois, imitadores do Senhor, como convém aos amados filhos seus.
1 Feliz quem não se conduz segundo as normas dos ímpios, nem segue a estrada dos maus ou vem sentar-se com eles, 2 mas ama a lei do Senhor, e dia e noite a medita!

3 Ele será como a árvore plantada à beira do rio, que produz fruto a seu tempo e cujas folhas não secam. Dá certo tudo o que faz,

4 mas outra é a sorte dos ímpios, palha que o vento dispersa.

6 Vela o Senhor com carinho sobre o caminho dos bons, enquanto a estrada dos ímpios só conduz à perdição.
Evangelho: Lc 13,10-17

Naquele tempo: 10 Jesus estava ensinando numa sinagoga, num dia de sábado. 11 Lá estava também uma mulher possessa, havia dezoito anos, de um espírito que a mantinha doente: andava toda curvada e não podia, de modo algum levantar a cabeça. 12 Quando Jesus a viu, chamou-a e lhe disse: “Mulher, estás livre da tua doença”. 13 Ele lhe impôs as mãos e, no mesmo instante, ela se endireitou e começou a glorificar a Deus. 14 Mas o chefe da sinagoga ficou indignado porque Jesus tinha curado num sábado e tomou a palavra para dizer à multidão: “Há seis dias em que se deve trabalhar. Vinde, portanto, nesses dias para serdes curados, e não no sábado”. 15 O Senhor respondeu: “Hipócritas! No sábado cada um de vós não tira do estábulo o boi ou o jumento e os leva para beber? 16 E esta filha de Abraão, que Satanás manteve ligada dezoito anos, não poderia ficar livre desta prisão no sábado?”. 17 Diante do que ele dizia, todos os seus adversários ficaram envergonhados, enquanto a multidão inteira exultava com as coisas maravilhosas que ele fazia.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
Esta resposta envergonhou todos os inimigos de Jesus. (Lc 13,17). O Evangelho descreve, como que cinematograficamente, duas reações opostas diante do sofrimento de uma mulher que, por dezoito anos, padecia com as deformações de sua coluna.
Ao vê-la, a reação de Jesus foi de compaixão. Em sua mente só havia a decisão de curá-la imediatamente. Aqueles dezoito anos de sofrimento deviam terminar naquele momento. Foi então que Jesus lhe impôs as mãos e a curou. Ela se endireitou no mesmo instante. Todos ficaram surpresos e maravilhados. Era motivo para dar graças a Deus com grande alegria. E, se tudo terminasse aqui, esta estória já teria um final feliz.
Mas não foi logo assim.
O chefe da sinagoga, que vira aquele milagre de Jesus,não se deixou encantar pelo poder da Graça de Deus que agira por meio de Jesus. Aquele chefe de sinagoga devia ser o homem mais preparado para isto, pois era um homem religioso e de constante oração. Ele, pelo contrário, começou a repreender, como se pudesse, a Jesus e àquele povo que Nele punha suas esperanças de cura:
“Existem seis dias para trabalhar. Vinde, então, nesses dias, para serdes curados, mas não em dia de sábado” (Lc 13,14).
E Jesus lhe respondeu com autoridade:
“Hipócritas! Cada um não solta do curral o boi ou o jumento para dar-lhe de beber,
mesmo que seja dia de sábado?
Esta filha de Abraão, que Satanás amarrou durante dezoito anos,
não deveria ser libertada dessa prisão em dia de sábado?” (Lc 13,17).
Jesus venceu. O chefe da sinagoga ficou desmoralizado. O povo ficou feliz e deu apoio a Jesus, entendendo seu gesto e sua mensagem sobre a misericórdia de Deus para com os que sofrem.
E assim esta estória teve um final feliz:
Esta resposta envergonhou todos os inimigos de Jesus. (Lc 13,17).
Eles bem que mereceram.
A crítica de Jesus atingia em cheio uma ilusão dos líderes judeus de seu tempo: o legalismo, em que o sábado ficava acima da própria vida das pessoas amadas por Deus. Pensar assim refletia um mau estado espiritual de pessoas com corações endurecidos, sem piedade nem caridade. Como se arvoravam em representantes de Deus e chefiar uma sinagoga do Povo Eleito?
Cada um de nós veja se este legalismo também não é um defeito pessoal. Se for, é hoje que Jesus quer que, imediatamente, deixemos de ser assim.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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