terça-feira, 1 de agosto de 2017

Liturgia do dia 31/07/2017

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Leituras
Ex 32,15-24.30-34
Sl 105, 19-20. 21-22. 23 (R. 1a)
Mt 13,31-35

17ª Semana do Tempo Comum - Ano A

Segunda-Feira

Primeira Leitura: Ex 32,15-24.30-34

Naqueles dias: 15 Retirando-se, Moisés desceu da montanha levando na mão as duas tábuas do Testemunho. Essas tábuas estavam escritas dos dois lados, sobre ambas as faces. 16 As tábuas eram obra de Deus, e a escrita era uma escrita divina gravada sobre as tábuas. 17 Ora, ouvindo Josué o vozerio do povo que gritava, disse a Moisés: “Há um clamor de guerra no acampamento”. 18 Respondeu Moisés: “Não é clamor de anúncios de vitória, nem clamor de gritos de derrota. O que ouço é o ressoar de cânticos”. 19 E aproximou-se do acampamento. Ao ver o bezerro e as danças, a ira de Moisés se inflamou e ele arremessou por terra as tábuas, esmigalhando-as ao pé da montanha. 20 Em seguida apoderou-se do bezerro que tinham feito, queimou-o ao fogo e reduziu-o a pó, lançando-o depois à água e obrigando os filhos de Israel a bebê-la. Moisés interpela Aarão. 21 Disse então Moisés a Aarão: “Que te fez esse povo para atraíres sobre ele um pecado tão grande?”. 22 Aarão respondeu: “Não se irrite o meu senhor! Tu sabes bem que este povo é inclinado ao mal. Foram eles que me disseram: 23 Faze-nos um deus que ande à nossa frente! Pois a esse Moisés que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe terá sucedido’. 24 Eu lhes disse: ‘Quem tiver ouro despoje-se dele’. Eles mo entregaram; eu o lancei ao fogo e saiu este bezerro…”.30 No dia seguinte, Moisés disse ao povo: “Cometestes um grande pecado. Mas agora subirei até Javé, para ver se consigo expiar vosso pecado”. 31 Voltou Moisés para junto de Javé, e disse: “Ai! este povo cometeu enorme pecado, fabricando para si um deus de ouro! 32 Agora, pois, vê se podes perdoar-lhes o pecado. Se não, apaga-me do livro que escreveste”. 33 Javé respondeu a Moisés: “Aquele que pecou contra mim, a esse eu apagarei do meu livro. 34 Vai, pois, agora, e conduze esse povo para onde eu te disse. O meu Anjo irá diante de ti. No dia de meu castigo, porém, hei de pedir-lhes conta do seu pecado”.
Salmo: Sl 105, 19-20. 21-22. 23 (R. 1a)
R. Dai graças ao Senhor, porque ele é bom.
19 Fizeram um bezerro ao pé do Horeb e adoraram a estátua que fundiram. 20 Trocaram Deus, seu título de glória, pela imagem de um boi que come palha.

21 Esqueciam o Deus que os tinha salvo, que fizera no Egito grandes coisas: 22 prodígios operados contra Came maravilhas ante o mar Vermelho.

23 E Deus pensava então em suprimi-los, se não fora Moisés, o seu eleito, que postou-se na brecha diante dele, para afastar do povo a sua ira.

Evangelho: Mt 13,31-35

Naquele tempo Jesus 31 Contou-lhes mais outra parábola: “O reino dos céus é como um grão de mostarda, que um homem pega e semeia no seu campo. 32 É a menor de todas as sementes, mas quando cresce vem a ser a maior das hortaliças, tornando-se até uma árvore em cujos ramos as aves do céu vão pousar”. 33 Disse-lhes ainda outra parábola: “O reino dos céus é como o fermento, que uma mulher toma e mistura com uma boa quantidade de farinha, até que toda a massa fique fermentada”. 34 Tudo isto Jesus falou às multidões por meio de parábolas, e ele nada lhes dizia sem fazer uso delas, 35 para que se cumprisse o que havia sido dito pelo profeta: Abrirei minha boca em parábolas, revelarei coisas escondidas desde a criação do mundo.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2017 - Ano A - São Mateus, Brasília, Edições CNBB, 2016.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
“O Reino de Deus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo” (Mt 13,31b).
O Evangelho de hoje traz duas parábolas de Jesus para explicar como o Reino de Deus começa de modo quase imperceptível e cresce para abarcar toda a realidade cósmica e toda a humanidade.
As parábolas do Evangelho são a da semente de mostarda e do fermento misturado à farinha.
Estas parábolas são de compreensão imediata. Outras eram mais complexas e disto os discípulos de Jesus se queixavam. Ele então lhes explicava em particular.
Mas no caso de hoje, o método de ensino de Jesus em forma de parábolas vem como cumprimento duma profecia contida no Sl 77(78),2:
“Abrirei a boca para falar em parábolas, vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo”.
Jesus é a realização desta profecia. Ele mesmo é a proclamação das coisas escondidas, em Deus, desde a criação do mundo. Como?
São Paulo vem em nossa ajuda.
Ele escreveu em 1Cor 2,6-10a, que precisamos ler aqui:
6. Entre os perfeitos (isto é, os batizados) nós falamos de Sabedoria, não da sabedoria deste mundo nem da sabedoria dos poderosos deste mundo (isto é, da filosofia daquele tempo), que, afinal, estão votados à destruição.
7. Falamos, sim, da misteriosa Sabedoria de Deus, Sabedoria escondida, que, desde a eternidade, Deus destinou para nossa glória.
8. Nenhum dos poderosos deste mundo conheceu essa Sabedoria. Pois, se a tivessem conhecido, não teriam crucificado o Senhor da Glória (Jesus Cristo).
9. Mas, como está escrito, “o que Deus preparou para os que O amam é algo que os olhos jamais viram nem os ouvidos ouviram nem coração algum pressentiu”.
10a. A nós Deus revelou este mistério através do Espírito.
Ora, para São Paulo está claro que em Jesus Cristo Deus revela Sua própria Sabedoria com a qual criou o mundo e pela a qual salvou a humanidade da culpa de Adão.
Portanto para nós fica claro que o mistério escondido em Deus desde a criação do mundo é a revelação de Seu Filho como Sabedoria divina.
Isto é verdade. No passado de Israel ninguém jamais imaginou que Deus podia gerar divinamente um Filho que como Ele, também é de natureza divina. No entanto Deus gerou, não criou como criatura comum, Seu Filho. Ora, este mistério estava em Deus e só quando Jesus veio ao mundo é que foi revelado à humanidade.
Sendo Sabedoria de Deus, era normal que Jesus ensinasse com o método dos sábios, o método das parábolas. É assim que chegamos ao ponto que o Evangelho de hoje quer evidenciar: Jesus ensinava em parábolas e nelas revelava Deus de uma maneira nova, jamais vista desde a criação do mundo. Portanto em Jesus se realizou a profecia do Salmo 77(78),2:
“Abrirei a boca para falar em parábolas, vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo”.
Reflitamos, portanto, não somente sobre o conteúdo das duas parábolas do Evangelho de hoje, mas ainda sobre a afirmação que faz sobre o próprio Jesus: Ele é a Sabedoria de Deus que nos revela os mistérios da Divindade escondidos desde a criação do mundo.
Meditemos e rezemos sobre isto. E demos graças a Deus.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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