quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Liturgia do dia 13/09/2017








Leituras
Cl 3,1-11
Sl 144 (145),2-3. 10-11. 12-13ab (R. 9a)
Lc 6,20-26

23ª Semana do Tempo Comum - Ano A

Quarta-Feira

Primeira Leitura: Cl 3,1-11

Irmãos:1 Portanto, se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. 2 Afeiçoai-vos às coisas do alto e não às da terra. 3 Porque estais mortos para essas coisas e vossa vida está escondida com Cristo em Deus. 4 Quando Cristo, vossa vida, aparecer, então aparecereis também com ele, revestidos de glória. 5 Mortificai, portanto, para sempre os vossos membros terrestres: as relações sexuais desonestas, a impureza, a paixão desregrada, os maus desejos e a cupidez que é uma idolatria: 6 Essas coisas atraem a ira de Deus sobre aqueles que resistem ao seu apelo. 7 Assim também vós procedíeis outrora, vivendo nos mesmos pecados. 8 Mas, agora, rejeitai vós também tudo isso: a ira, a indignação, a maldade, a injúria, a linguagem indecente esteja longe de vossos lábios. 9 Não vos enganeis uns aos outros. Porque despistes o homem velho com as suas obras, 10 e vos revestistes do novo, o qual continuamente se renova, para alcançar o pleno conhecimento, segundo a imagem do seu criador. 11 Esta é a razão pela qual não existe mais pagão ou judeu, circunciso ou incircunciso, nem inculto, nem selvagem, nem escravo, nem livre, mas somente Cristo, que é tudo em todos.
Salmo: Sl 144 (145),2-3. 10-11. 12-13ab (R. 9a)
R. Benigno é o Senhor para com todos.
2 Dia após dia, quero bendizer-te, louvar teu nome, sempre e eternamente. 3 Senhor, és grande, a ti todo louvor: não se pode medir tua grandeza.

10 Todas as criaturas te agradeçam, bendigam-te, Senhor, teus santos todos! 11 Falem eles da glória do teu reino e saibam proclamar teu poderio.

12 Para os filhos de Adão narrem teus feitos, a grandiosa glória do teu reino. 13 Pois o teu reino é um reino para sempre, todas as gerações são teu domínio.
Evangelho: Lc 6,20-26

Naquele tempo: 20 Jesus olhou para os seus discípulos e disse: “Felizes vós, que sois pobres, porque o reino de Deus vos pertence! 21 Felizes vós, que agora estais com fome, porque sereis saciados! Felizes vós, que agora chorais, porque haveis de rir! 22 Felizes sereis quando os homens vos odiarem, quando vos condenarem à expulsão, vos insultarem e vos declararem infames por causa do Filho do homem. 23 Alegrai-vos muito nesse dia e exultai, porque a vossa recompensa será grande no céu. De fato, foi assim que seus pais trataram os profetas. 24 Mas, ai de vós, que sois ricos, porque já tendes o vosso consolo! 25 Ai de vós, que agora estais fartos, porque haveis de estar com fome! Ai de vós, que agora rides, porque provareis o luto e as lágrimas! 26 Ai de vós, quando todos falarem bem a vosso respeito! De fato, foi assim que seus pais trataram os falsos profetas.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2017 - Ano A - São Mateus, Brasília, Edições CNBB, 2016.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
Jesus, levantando os olhos para os seus discípulos, disse: “Bem-aventurados vós ... ” (Lc 6,20ab).
O Evangelho de hoje nos traz as bem-aventuranças aos pobres e necessitados e reprovações aos ricos que puseram toda sua esperança nos bens da terra.
Podemos imaginar que este discurso Jesus o fez a pessoas vindas de longe, como nos mostrou o Evangelho de ontem. Seriam de Sídon, Tiro, Judéia e Jerusalém. Jesus não lhes podia dizer qualquer coisa e despedi-los. Seu discurso devia ser profundo e encher as pessoas de esperança.
Aqueles que já estavam comprometidos com Jesus, como seus doze apóstolos, sentiram-se encorajados quando Ele lhes disse:
Bem-aventurados sereis, quando os homens vos odiarem, vos expulsarem, vos insultarem e amaldiçoarem o vosso nome por causa do Filho do Homem. (Lc 6,22).
Aqueles que sofriam a exclusão da pobreza, miséria viuvez, fome, injustiças, sentiram-se encorajados quando Jesus lhes disse que os culpados, os ricos, os que tinham fartura e não condividiam com ninguém, os que viviam felizes em banquetes imaginando que jamais passariam fome. Contra esses Jesus disse:
Ai de vós ricos ... (Lc 6,24a).
Ai de vós, que agora tendes fartura ... (Lc 6,25a).
Ai de vós, que agora rides ... (Lc 6,25b).
Ai de vós quando todos vos elogiam ... (Lc 6,26a).
A quem Jesus estava se referindo quando lançou todas estas reprovações?
Ele sabia que todas estas pessoas cometiam injustiças contra os pobres aos quais Ele pronunciara as bem-aventuranças. O ponto da crítica de Jesus está aqui: a injustiça dos que possuem tudo, do bom e do melhor, contra os que só têm tudo de pior.
No centro da preocupação de Jesus estava a instalação do Reino de Deus com sua justiça.
Depois de dizer estas bem-aventuranças e ais contra os ricos, Jesus dirá em Lc 12,29-32:
29. Não andeis, pois, a indagar o que haveis de comer ou beber e não vos entregueis a inquietações.
30. Porque os gentios de todo o mundo é que procuram estas coisas; mas vosso Pai sabe que necessitais delas.
E Jesus conclui:
31. Buscai, antes de tudo, o Seu Reino, e estas coisas vos serão acrescentadas.
32. Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o Seu Reino.
As bem-aventuranças nos enchem de esperança em tudo o que o Reino de Deus realiza no meio da humanidade.
O Reino de Deus realiza a justiça sobre a terra. Se há pessoas que ainda sofrem neste mundo a pobreza, a exclusão, a fome, as injustiças e muito mais, é porque muitos se opõem à plena implantação do Reino de Deus neste mundo e em nosso tempo. Se somente Deus reinasse, teríamos plena justiça sobre a terra, bem estar para todos.
Sabemos no entanto que isto somente acontecerá no fim dos tempos em que os justos serão premiados e os injustos punidos. Isto, porém, não nos desobriga de procurar em primeiro lugar o Reino de Deus e sermos felizes porque tudo o mais nos será dado. Confiemos, pois, na bondade e na justiça de Deus já nesta vida.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.


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