terça-feira, 19 de setembro de 2017

Liturgia do dia 14/09/2017


Leituras

Nm 21,4b-9 ou Fl 2,6-11
Sl 77(78),1-2.34-35.36-37.38 (R. cf. 7c)
Jo 3,13-17

Exaltação da Santa Cruz, festa

Quinta-Feira

Primeira Leitura: Nm 21,4b-9

Naqueles dias: 4 Partiram, então, da montanha de Hor, na direção do mar Vermelho, para contornar o país de Edom. O povo impacientou-se com esse trajeto, 5 e falou contra Deus e contra Moisés: “Por que nos tirastes do Egito, para morrermos no deserto? Não há pão, nem água, e estamos enjoados deste miserável alimento”. 6 Então Javé mandou contra o povo serpentes abrasadoras, cujas picadas queimavam como fogo, que os morderam; e morreram muitos em Israel. 7 O povo veio ter com Moisés e disse: “Pecamos porque falamos contra Javé e contra ti. Intercede junto a Javé, a fim de que Ele afaste de nós estas serpentes”. Moisés intercedeu pelo povo. 8 E Javé disse a Moisés: “Faze uma serpente e coloca-a sobre uma haste; aquele que for mordido e olhar para ela, viverá”. 9 Fez Moisés uma serpente de bronze e colocou-a sobre uma haste; quem a contemplasse, após a picada de uma serpente, viveria.
Ou (escolhe-se uma das leituras) Primeira Leitura: Fl 2,6-11

Irmãos, Jesus: 6 Subsistindo como imagem de Deus, não julgou como um bem a ser conservado com ciúme sua igualdade com Deus, 7 muito pelo contrário: ele mesmo se reduziu a nada, assumindo condição de servo e tornando-se solidário com os homens. E sendo considerado homem, 8 humilhou se ainda mais, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz! 9 Por isso é que Deus o exaltou grandemente e lhe deu um nome que está acima de todo nome, 10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra,11 e toda língua proclame, para glória de Deus Pai: “Jesus Cristo é o Senhor!”.
Salmo: Sl 77(78),1-2.34-35.36-37.38 (R. cf. 7c)
R. Que os feitos do Senhor, jamais se esqueçam.
1
Escuta, povo meu, minha doutrina, às palavras que eu digo inclina o ouvido, 2 pois abrirei meus lábios em parábolas, evocarei mistérios do passado.
34 Ao massacrá-los Deus, logo o buscavam, corriam convertidos até ele: 35 Deus era a sua rocha, eles lembravam, tinham por redentor o Deus Altíssimo.
36 Mas com lábios hipócritas falavam e mentiam a Deus com suas línguas: 37 não lhe eram leais seus corações, nem em sua aliança confiavam.
38 Ele, contudo, cheio de ternura, em vez de aniquilá-los, perdoava-os: retinha muitas vezes sua cólera, não lhes soltava em cima o seu furor.
Evangelho:
Jo 3,13-17

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: 13 Ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu: o Filho do homem. 14 Como Moisés ergueu a serpente no deserto, assim o Filho do homem deve ser erguido, 15 para que todo o que crer nele tenha a vida eterna. 16 Pois Deus amou tanto o mundo, que deu Seu Filho Único, para que todo o que crer nele não morra, mas tenha a vida eterna. 17 Porque Deus não mandou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2017 - Ano A - São Mateus, Brasília, Edições CNBB, 2016.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
“É necessário que o Filho do Homem seja levantado, para que todos os que Nele crerem tenham a Vida Eterna”. (Jo 3,14b-15).
Por qual motivo Deus desejou para Seu Filho uma morte de Cruz?
Se perguntássemos aos apóstolos que viram Jesus ressuscitado, ou se perguntássemos aos dois discípulos de Emaús, eles nos diriam: foi para que nesta morte se cumprissem as Escrituras que Deus inspirou para instrução de Seu Povo Eleito.
Onde nas Escrituras, aparece a menção a uma morte de Cruz para Jesus?
É o próprio Jesus que nos diz:
“Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, para que todos os que Nele crerem tenham a Vida Eterna”. (Jo 3,14b-15).
Aqui Jesus se refere às ‘Escrituras’, em Nm 21,4-9, que lemos na Primeira Leitura de hoje.
A morte de Jesus na Cruz foi um sinal, antes de tudo, para o povo judeu, que podia entender o simbolismo da Cruz a partir da serpente elevada na haste por Moisés no deserto. Aqui está o motivo pelo qual Deus quis que Seu Filho morresse na Cruz.
Deus não quis, porém, que somente Israel entendesse que Jesus na Cruz salvou o Povo de Deus do pecado e da morte. Ele quis que todos os povos vissem a Salvação na Cruz de Jesus.
Deus quis que todos os que vissem Jesus crucificado fossem também salvos.
Jesus confirma que devia “ser elevado” para salvar todos os que para Ele olhassem, isto é, o conhecessem pelo anúncio do Evangelho em todo o mundo.
Ele mesmo disse em Jo 12,32-33:
32. E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim.
33. Isto dizia, significando de que gênero de morte estava para morrer.
Jesus mesmo confirmou aos discípulos de Emaús que devia sofrer a morte de Cruz, como diz Lc 24,20-21:

20. ... os sumos sacerdotes e as nossas autoridades O entregaram para ser condenado à morte e O crucificaram.
21. Ora, nós esperávamos que fosse Ele quem havia de redimir a Israel; mas, depois de tudo isto, é já este o terceiro dia desde que tais coisas sucederam.
Notemos que Jesus dirá que sua morte de Cruz foi para redimir Israel, conforme as ‘Escrituras’. De fato aos discípulos de Emaús Jesus dirá em Lc 24,26-27:
26. Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na Sua Glória?
27. E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras.
Deste modo entendemos que a morte de Jesus na Cruz foi a salvação do Povo de Deus da Antiga e da Nova Aliança, do Antigo e do Novo Testamento.
Entendamos todas estas informações sobre a Cruz de Jesus com profundo respeito, meditando neste domingo sobre a Salvação de nossos pecados e a promessa da Vida Eterna. A Cruz de Cristo nos conserve estas memórias para sempre.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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