terça-feira, 19 de setembro de 2017

Liturgia do dia 15/09/2017

Leituras
Hb 5,7-9
Sl 30(31),2-3a.3bc-4.5-6.15-16.20 (R. 17b)
Jo 19,25-27 ou Lc 2,33-35

Nossa Senhora das Dores, memória

Sexta-Feira

Primeira Leitura: Hb 5,7-9

7 Cristo que, nos dias da sua vida na terra, dirigiu petições e súplicas, com veementes clamores e lágrimas, a Deus que o podia libertar da morte. E foi ouvido por causa da sua piedade. 8 Embora fosse Filho, aprendeu a obediência por meio dos sofrimentos que padeceu.9 E, tendo-se tornado perfeito, fez-se causa de salvação eterna para todos quantos lhe obedecem.
Salmo: Sl 30(31),2-3a.3bc-4.5-6.15-16.20 (R. 17b)
R.Possa a tua bondade me salvar, ó Senhor Deus!
2 Recorro a ti, Senhor, não me confundas:vem, na tua justiça, libertar-me! 3a Inclina para mim o teu ouvido, apressa-te, Senhor, em socorrer-me!

3bc Sejas tu o rochedo que me abriga, casa bem protegida onde me salvo. 4 Tu és o meu rochedo e baluarte, guias-me por teu nome e me apascentas.

5 Da rede armada contra mim me arrancas, porque és, Senhor, a minha fortaleza. 6 Nas tuas mãos deponho o meu espírito, porque és um Deus fiel e me redimes.

15 Confio em ti, Senhor, apesar disso, e declaro: Senhor, és o meu Deus! 16 Em tuas mãos se encontra o meu destino; liberta-me das mãos que me perseguem!

20 Como é grande, Senhor, tua bondade, que tu reservas para os que te temem, que revelas àqueles que te buscam e ante os olhos dos homens manifestas!
Evangelho: Jo 19,25-27 ou Lc 2,33-35

Naquele tempo 25 Perto da cruz de Jesus, estavam sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas e Maria Madalena. 26 E Jesus, vendo sua mãe e perto dela o discípulo a quem amava, disse à sua mãe: “Mulher, eis aí teu filho!”. 27 Em seguida, disse ao discípulo: “Eis aí tua mãe!”. E desde aquela hora o discípulo a recebeu aos seus cuidados.
Leituras Facultativas: Evangelho Lc 2,33-35

Naquele tempo: 33 Seu pai e sua mãe estavam admirados com tudo o que foi dito a respeito do menino.34 Simeão, os abençoou e disse a Maria, sua mãe: “Eis que este menino está destinado à ruína e ao reerguimento de muitos em Israel. Ele deve ser um alvo de contradição.35 E quanto a ti mesma, para ser uma espada que transpassará a tua alma. Assim é que aparecerão em plena luz os pensamentos ocultos no coração de muitos”.
Leituras:
Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2017 - Ano A - São Mateus, Brasília, Edições CNBB, 2016.
Citações bíblicas:
Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
“ ... perto da Cruz de Jesus estavam de pé a sua Mãe. ...”.
(Jo 19,25b).
No momento em que a Mãe de Jesus O via agonizar e morrer na Cruz, certamente poucas pessoas notaram sua presença. Embora qualquer pessoa pudesse imaginar o sofrimento de uma mãe cujo filho era crucificado e morto diante de seus olhos, a atenção de todos se concentrava sobre Jesus na Cruz.
No Brasil, como em todo o mundo cristão, esta lembrança das dores sofridas pela Mãe de Jesus é celebrada em inúmeras paróquias que a têm como padroeira.
Quando a piedade cristã introduziu no calendário litúrgico esta memória, lembrava-se dos os momentos em que a Mãe de Jesus compartilhou dos sofrimentos que Ele mesmo padeceu.
Assim, com o tempo, esta devoção incluiu as Sete Dores de Maria. Estão nos Evangelhos abaixo.
1.
Em Lc 2,34-35: apresentação de Jesus a Deus no Templo. Simeão prenuncia o sofrimento futuro da Mãe de Jesus, sofrimento que se entende, em primeiro lugar, como aquele de ver a paixão, agonia e morte de seu Filho na Cruz.
2. Mt 2,13-21: fuga para o Egito.
Relata a fuga de Maria e Jesus conduzidos por José até o Egito, sob a perseguição de Herodes o Grande.
3. Lc 2,41-51: perda do Menino Jesus em Jerusalém:
é sobre a permanência de Jesus no Templo de Jerusalém por três dias, sem ter avisado disto Sua Mãe e José. Sua Mãe se lamentou, afirmando o quanto ficou angustiada naqueles dias todos, até encontrá-lo. Não imaginemos maldade no Jesus menino para fazer sofrer Sua Mãe. Esta estória é dada no Evangelho de São Lucas em vista do que Jesus afirma depois: seu relacionamento com Deus Pai celeste precedia seu relacionamento com seus pais terrenos. O sofrimento de Sua Mãe foi normal, como aconteceria com toda mãe. Foi um sofrimento real que, no entanto, não diminuiu seu amor por Jesus.
4. Doloroso encontro de Maria com Jesus a caminho do Calvário
. Nenhum Evangelho relata os passos de Jesus na Via Sacra, mas a piedade cristã a inclui entre as dores de Maria.
5.
Em Jo 19,25-27, o maior sofrimento que a Mãe de Jesus podia ter foi o de ver a morte de seu Filho na Cruz. Ele fora condenado como um criminoso. Os que a viam, sem a conhecerem, veriam nela a mãe de um criminoso.
6. Mt 27,55-61.
Em muitas imagens de Nossa Senhor da Piedade vemos a Mãe de Jesus tendo seu Filho morto sobre seus joelhos, assim que foi tirado da Cruz.
7. Lc 23,55-56
. Por fim, a Mãe de Jesus O vê posto no sepulcro: ela O vê envolvido em lençóis, sem poder contemplar Seu rosto uma última vez.
Quando vemos o sofrimento de alguém que nos é muito caro e estimado, um pai, uma mãe, sentimos compaixão e desejamos compartilhar aquele sofrimento para diminuir o de quem o padece.
Este sentimento é bom, mas não basta.
Precisamos ver por quem Maria sofreu, e o porquê.
Ela sofreu por seu Filho, porque Ele deu sua vida por nós.
Entendemos que a causa do sofrimento de Jesus e de Maria foram nossos pecados, os pecados de toda a humanidade.
Portanto, ao lado de nossa compaixão, ponhamos diante de Jesus e Maria nossa conversão. Que os consolemos, mostrando que não sofreram por nós em vão.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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