sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Liturgia do dia 24/09/2017

Liturgia do dia 24/09/2017


Leituras
Is 55,6-9
Sl 144,2-3.8-9.17-18 (R. 18a)
Fl 1,20c-24.27a
Mt 20,1-16a

25ª Semana do Tempo Comum - Ano A

Domingo

Primeira Leitura: Is 55,6-9
Buscai a Javé enquanto pode ser achado, invocai-o enquanto está próximo. 7 O mau abandone seu caminho, e o criminoso, os seus pensamentos. Que se converta a Javé, que lhe perdoará; ao nosso Deus, generoso no perdão. 8 Vossos pensamentos não são os meus, e meus caminhos não são os vossos, oráculo de Javé. Alto é o céu, sobre a terra, altos os meus caminhos, acima dos vossos, e meus pensamentos acima dos vossos.
Salmo: Sl 144,2-3.8-9.17-18 (R. 18a)
R. Perto está o Senhor de quem o invoca.
2 Dia após dia, quero bendizer-te, louvar teu nome, sempre e eternamente. 3 Senhor, és grande, a ti todo louvor: não se pode medir tua grandeza.

8 O Senhor é bondoso e compassivo, lento em irar-se e cheio de ternura. Benigno é o Senhor para com todos, de todos que criou se compadece.

17 Justo é o Senhor em todos os seus planos, ele é bondoso em suas obras todas.18 Perto está o Senhor de quem o invoca, de todos que o invocam de verdade.
Segunda Leitura: Fl 1,20c-24.27a

Irmãos: 20c Cristo será glorificado no meu corpo, quer eu viva, quer eu morra. 21 Para mim, verdadeiramente, o viver é Cristo e o morrer um lucro. 22 No entanto, se o viver na carne for um trabalho fecundo, não saberei escolher…23 Sinto-me pressionado dos dois lados: desejo ansiosamente partir para estar com Cristo, o que seria incomparavelmente muito melhor. 24 Ficar aqui, porém, é mais necessário, para o vosso bem. 25 E tenho a firme convicção de que ficarei e permanecerei no meio de todos vós, para progresso e alegria da vossa fé, 26 para que possais gloriar-vos ainda mais em Cristo Jesus por minha causa, em vista da minha volta para o meio de vós.27a Uma só coisa importa: comportar-vos como cidadãos de maneira digna do Evangelho de Cristo.
Evangelho: Mt 20,1-16a

Naquele tempo: Jesus contou esta parábola a seus discípulos:1 O reino dos céus é, na verdade, comparável a um proprietário que saiu de manhã cedo para contratar trabalhadores para a sua vinha. Depois que combinou a quantia de uma diária com os trabalhadores, eles os mandou para a sua vinha. 3 Saindo por volta das nove, viu outros, que estavam na praça desocupados. 4 Falou-lhes: ‘Ide também vós para minha vinha, e vos darei o que for justo’. 5 E eles foram. Saiu ainda por volta das doze e das três da tarde, e fez a mesma coisa. 6 Ao sair por volta das cinco da tarde, encontrou ainda outros que lá estavam, e lhes disse: ‘Por que ficais aqui o dia inteiro sem trabalhar?’. 7 Responderam-lhe: ‘Porque ninguém nos contratou!’ Ele lhes disse: ‘Ide também vós para a minha vinha’. 8 Quando chegou a tarde, o proprietário da vinha disse ao seu administrador: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes a quantia combinada para a diária, começando dos últimos e acabando nos primeiros’. Então chegaram os que tinham ido pelas cinco, e recebeu cada qual a quantia de uma diária inteira. 10 Quando chegaram os primeiros, eles pensaram que iam receber mais. No entanto, também receberam só a quantia combinada. 11Recebendo-a, criticavam o proprietário. 12 E diziam: ‘Estes últimos só trabalharam uma hora, e os igualaste a nós que suportamos o cansaço de um dia inteiro de trabalho debaixo de um sol quente’. 13 Mas o proprietário disse a um deles: ‘Meu amigo, não te faço injustiça. Não é verdade que combinaste comigo receber só a quantia de uma diária? 14 Toma a tua quantia e vai embora. Mas quero dar a este último tanto quanto a ti. 15 Acaso não posso fazer o que quero com as minhas coisas? Ou estás com inveja, porque eu fui bom para com eles?’. 16 Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos”.

Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2017 - Ano A - São Mateus, Brasília,
Edições CNBB, 2016.
Citações bíblicas: 
Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
Primeira Leitura:
 Is 55,6-9.
“Estão meus caminhos tão acima dos vossos caminhos e meus pensamentos acima dos vossos pensamentos, quanto está o céu acima da terra”. 
(Is 55,9).
A Liturgia da Palavra deste domingo nos leva a considerar, entre outros pontos, estes:
a) 
Quando as pessoas pensam em seu relacionamento com Deus, não podem se esquecer que Ele não é um ser humano como nós, mas é completamente outro em sua superioridade divina.
b) O bem que Deus deseja para nós está muito acima do que podemos calcular com nossa mente limitada
. Ele nos lembra que um dia estaremos com Ele para sempre, mas nossa compreensão do que seja isto nunca é completa nesta terra. Precisamos esperar que Deus nos eleve até às alturas onde Ele está.
c) 
Por nossa limitação em entender os planos divinos,podemos ficar confusos com certas atitudes de Deus que entendemos apenas parcialmente. Ele tem uma visão muito mais ampla do que seja a Salvação que quer nos dar.
A partir destes pontos podemos entender o que Isaías nos diz em 55,9: “Estão meus caminhos tão acima dos vossos caminhos e meus pensamentos acima dos vossos pensamentos, quanto está o céu acima da terra”.
Ora, o segundo profeta que escreveu isto no livro que chamamos ‘de Isaías’, dirige-se ao Povo Eleito que está às vésperas de sua saída do Exílio da Babilônia. É um momento glorioso para o Povo de Deus. Vai retornar à terra de seus pais, reconstruir Jerusalém, começar uma nova vida.
Mas há um perigo: reconstruir o país devastado supõe pedir a Deus como fazê-lo. Não bastará chegar a Jerusalém e viver esquecido do Deus que no passado glorioso dirigiu toda a história de Israel. É necessário lembrar que Deus tem planos novos muito acima do que as pessoas podem imaginar. E Ele vai realizar isto, mesmo que as pessoas não entendam. Neste sentido Deus manda que o Segundo Isaías escreva o que lemos hoje.
Apliquemos este ensino para nossa vida hoje.
Também para nós este ensino é importante, porque se refere ao nosso futuro.
Como diz o ditado, ‘o futuro a Deus pertence’.
Isto não quer dizer que não devamos nos preocupar com nosso futuro espiritual que está nas mãos de Deus, mas que não devemos nos prender a nossos pontos de vista em nossos projetos espirituais se eles não estão em pleno acordo com a vontade de Deus.
Deus nos vai mostrando aos poucos o que planejou para nós, para nosso futuro nesta vida e na Vida Eterna.
Nesta vida nada deve contrariar o Plano de Deus que nos leva à Salvação futura.
Na Vida Eterna estaremos com Ele, com Jesus Cristo e o Espírito Santo para sempre.
Não a percamos por causa de nossas limitações provocadas por nossa vontade, se preferimos nossos caprichos.
Salmo Responsorial:
 Sl 144(145),2-3.8-9.17-18.
É Justo o Senhor em seus caminhos, é Santo em toda obra que Ele faz. 
[Sl 144(145),17.]
O Salmo Responsorial mostra como havia pessoas em Israel que tinham entendido muito bem o que lemos em Isaías 55,6, na Primeira Leitura.
O Salmo canta a justiça e a santidade de Deus em tudo o que Ele faz.
Mas o salmista não está repreendendo ninguém, como poderia parecer.
Ele demonstra a alegria de saber que sendo Deus tão justo e sábio, não é preciso ter preocupação com um futuro que poderia parecer inseguro. O futuro de quem tem fé está nas mãos Dele.
Deus realiza sua obra salvadora com justiça. E nisto, revela de si algo que os homens por sua conta não poderiam conhecer: Deus é Santo. Homem algum pode ser santo como Ele.
Tal santidade se torna, assim, objeto de nossos pedidos, não só porque a santidade de Deus nos encanta, mas porque Ele mesmo deseja, pois foi Deus que disse a Seu Povo:
“Sede santos como Eu sou santo” (Lv 19,2).
São Pedro repetiu, para nós cristãos agora, a mesma ordem de Deus, em sua primeira carta (1Pe 1,15.16). Ora, Jesus mesmo tinha dado este ensino que São Pedro conservou, pois Jesus disse: “Sede perfeitos como perfeito é Vosso Pai que está nos céus”. (Mt 5,48).
Temos, a nosso alcance, neste Salmo Responsorial, as instruções corretas para nossa vida religiosa e espiritual conforme a santidade de Deus em vista de nossa Salvação eterna.
Sejamos dignos de merecer tudo isto que Deus planejou para nós melhor do que tudo o que poderíamos planejar para nós mesmos. E sintamos a alegria de nos deixar salvar por Deus com a segurança e paz que Ele nos garante.
Segunda Leitura:
 Fl 1,20-24.27.
Tenho o desejo de partir, para estar com Cristo ... 
(Fl 1,23b).
Quando lemos as cartas de São Paulo o vemos em intensa atividade e empenho pelas comunidades cristãs que fundou.
Ele se preocupava com todas as comunidades, e algumas lhe provocavam sofrimentos pelas dificuldades que criavam na nova vida. Eles passavam do paganismo para o cristianismo. E isto, muitas vezes, com erros doutrinários, com indisciplina de alguns indivíduos. Além disto, algumas comunidades passavam por maus tratos por parte dos pagãos e dos judeus de suas cidades.
Na leitura de hoje São Paulo lembra estas dificuldades na comunidade de Filipos. Seria tão bom se a comunidade caminhasse na paz, sem os problemas que a atormentavam naquele momento. São Paulo percebe que os cristãos de Filipos ainda não conseguem caminhar sozinhos. A ajuda dele ainda é necessária.
No entanto, no meio de tantas preocupações, nunca desapareceu da mente de São Paulo a esperança de um dia encontrar-se com Jesus Cristo em Sua Glória.Ele tinha esperança na Vida Eterna, tal como ensinava em suas comunidades.
Foi assim que escrevendo aos filipenses, deixou escapar esta lamentação, que na verdade é a manifestação de seu grande amor por Jesus: Tenho o desejo de partir, para estar com Cristo ....
Sentimos, algumas vezes, o desejo de morrer para estarmos somente com Deus,
 sem as preocupações da vida nesta terra. Algumas pessoas acham que isto seria egoísmo. Mas São Paulo nos diz que isto não é egoísmo e sim um desejo santo. Ele chegou a dizer também que para ele morrer era lucro (Fl 1,21).
O motivo pelo qual desejar morrer não é egoísmo é o próprio sentido que já aprendemos sobre a Vida Eterna. Este é o feliz fim de nossa existência. Tudo em nossa vida na terra se dirige para este fim. Por qual motivo não desejá-lo?
Evangelho:
 Mt 20,1-16.
“Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence?” 
(Mt 20,15a).
Como na primeira leitura, neste Evangelho encontramos um procedimento de Deus, representado pelo dono da vinha nesta parábola, que nos surpreende.
Assim como aqueles trabalhadores que passaram o dia todo no serviço pesado se queixaram por receberem a mesma paga dos que trabalharam só uma hora, a nós parece que houve injustiça.
No fim da parábola o patrão diz:
“Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence?” 
(Mt 20,15a).
Se, como Jesus desejou, vemos nesse patrão a figura de Deus, entendemos que Deus tem o direito de fazer com seus bens o que Ele sabe ser justo.
Ora, a justiça de Deus está muito acima do que nós imaginamos plena justiça.
Para isto a Liturgia da Palavra de hoje nos propôs a meditação do Salmo Responsorial, Sl 144(145),2-3.8-9.17-18. Isto é, nem todas as pessoas são capazes de admitir que Deus pode pensar de maneira diferente da nossa.
Foi por isso que os trabalhadores da primeira hora consideraram o patrão injusto.
Não entenderam a intenção do dono da vinha.
Mas demos um passo adiante.
Jesus não contou esta parábola somente para dizer que a justiça de Deus não precisa se igualar à nossa.
Jesus contou esta parábola para seus discípulos.
Eles sabiam que Jesus estava em conflito com os judeus porque estes se consideravam privilegiados no Reino de Deus, uma vez que eram o Povo que Deus escolheu. Na parábola, eram os trabalhadores da primeira hora.
Ora, Jesus não veio trazer a Salvação somente para os judeus, os trabalhadores da primeira hora, mas também para os pagãos, trabalhadores da última hora.
Os pagãos ficariam sabendo que esta Salvação também era para eles somente depois de terem ouvido dos apóstolos a Boa Nova do Evangelho de Jesus Cristo. Os judeus não queriam que os pagãos recebessem tão facilmente a Salvação. Os judeus pensavam que Deus, aceitando os pagãos como parte de Seu Povo, seria injusto.
Mas os pagãos passaram a fazer parte do Povo de Israel somente depois que se converteram, foram batizados e integrado à Igreja, Corpo de Cristo.
tudo isto aconteceu dentro do Plano de Salvação feito por Deus para toda a humanidade. A Salvação, desde antes da Criação do mundo, fora planejada para toda a humanidade, e não só para o Povo de Israel. Como disse Isaías em 55,9: “Estão meus caminhos tão acima dos vossos caminhos e meus pensamentos acima dos vossos pensamentos, quanto está o céu acima da terra”. (Is 55,9).
Deste domingo levemos para casa nossas reflexões mais importantes sobre esta Liturgia da Palavra.
Sentiremos a alegria de entregar nas mãos de Deus nossas vidas, entendendo que Ele é Justo e Santo em tudo o que faz. E um dia estaremos com Jesus Cristo depois de nossa morte, porque desejamos ser santos como Deus é Santo, pois somente na eternidade seremos santos como Ele é.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
Descobrindo a Bíblia
Os que trabalharam só uma hora
O evangelho de Mateus é surpreendente. Se, por um lado, parece refletir a mentalidade do judeu-cristão bem comportado, que nas palavras de Jesus encontra a perfeição da Lei (Mt 5,17-20), por outro apresenta uma das mais provocantes lições de gratuidade que conhecemos, a história dos operários da vinha (Mt 20,1-16), que desafia todos os nossos conceitos estabelecidos de responsabilidade e de justiça social.
Um proprietário sai pela praça a procurar diaristas para trabalhar na sua vinha (plantação de uva). Bem de madrugada, arrola uns operários; outros, pelas nove, outros, ao meio dia, outros, depois da sesta e, enfim, alguns pelas cinco da tarde. Na hora de pagar, manda o capataz começar pelos últimos, pagando-lhes a diária completa... Quando chega aos que trabalharam o dia todo, estes naturalmente esperam receber mais, porém, também eles recebem só uma diária. Quando um deles protesta, o patrão responde: “Você me leva a mal que eu seja generoso para com estes últimos? Não combinamos uma diária? Então pegue o que lhe cabe e vá embora!” Deus é generoso conforme sua vontade e não conforme nossos méritos, pois senão estaríamos perdidos...
Um pouco de matemática pode provar a lógica desta parábola: a relação de mil para o infinito é a mesma que a de um para o infinito... ou seja, 1.000/• = 1/•... Em comparação com a infinita bondade de Deus, não faz diferença termos trabalhado mil horas ou só uma hora. Nossa contribuição será sempre infinitamente pequena em relação à bondade de Deus. O importante não é ter trabalhado dez ou apenas uma hora, o importante é ter aceito o convite com todo o coração, dedicando-nos, depois, inteiramente àquilo para que fomos convidados. Os que estavam na praça às cinco da tarde poderiam também ter dito que não valia mais a pena ir até à plantação...
O evangelho de Mateus quer mostrar que a comunidade dos que crêem em Jesus é o verdadeiro Israel. A vinha foi sempre, na Bíblia, a imagem de Israel. Não faz diferença que a gente tenha trabalhado na vinha do povo de Deus, desde a primeiro hora ou desde a última. “Ninguém antes nos contratou”, dizem os que foram chamados por último. Não tiveram, antes, a chance de colaborar.
Em Jesus se plenifica tudo o que significavam as profecias, as promessas, a Lei de Deus dada por Moisés. Tudo isso vale, agora mais do que nunca, porém, não mais em virtude da circuncisão (o povo de Israel, os primeiros chamados), e sim, em virtude da adesão da fé dada a Jesus Cristo por quem acredita.
Israel foi chamado na primeira hora; os pagãos da Ásia, da Grécia, de Roma, todos nós, afinal, fomos chamados no último momento. E participaremos com igual alegria no Reino de Deus. Ser chamado na primeiro hora não é razão para receber uma recompensa maior, e sim, uma alegria por poder colaborar na vinha do Senhor desde a primeira hora. Isso não se paga com uma diária dobrada... O povo eleito do Antigo Testamento não ganhará mais por ter sido o primeiro; já ganhou mais, por ter sido portador da salvação na qual os outros entraram mais tarde, depois de muito erro e engano.
Ainda hoje, há muitos chamados da última hora. Até há pouco não se concebia que um trabalhador braçal ou um negro fosse ministro da Eucaristia. Muitos dentre nós acreditavam que as funções Igreja eram só para “gente fina”, como se dizia. Para não falar daqueles que são chamados em situações consideradas pecaminosas. O importante não é a situação antes do chamado. O importante é que se acredite e assuma o chamado e que se comunique a alegria de pertencer aos operários da vinha do Senhor. Então, o “bom comportamento” não será uma barganha para comprar o céu, mas uma expressão dessa fé e alegria.

Um modo equivocado de ler esta parábola é procurar aí uma lição de justiça social. Este não é o assunto, aqui. Nossa justiça social refere-se à justa distribuição de um limitado número de bens, conforme as necessidades e o empenho das pessoas. Na parábola de Jesus, trata-se de um bem ilimitado, do qual todos podem participar sem restrição ou cálculo: o bem do amor de Deus, manifestado em Jesus Cristo, que a gente aceita, ou não...
Artigo extraído do livro Descobrir a Bíblia a partir da Liturgia, Pe. Johan Konings, Loyola, 1997.

Nenhum comentário:

Postar um comentário