terça-feira, 14 de agosto de 2018

Liturgia do dia 13/08/2018


Liturgia do dia 13/08/2018


Leituras
Ez 1,2-5.24-28c
Sl 148,1-2.11-12ab.12c-14a.14bcd
Mt 17,22-27

19ª Semana do Tempo Comum

Segunda-Feira

Primeira Leitura: Ez 1,2-5.24-28c

2 Era o quinto ano após a deportação do rei Joiakin no quinto dia do mês. 3 Javé dirigiu sua palavra a Ezequiel, filho do sacerdote Buzi, na terra dos caldeus, às margens do rio Quebar. Lá ele sentiu pesar sobre si a mão de Javé. 4 Olhei: um vento tempestuoso, soprando do norte, uma densa nuvem envolta por um clarão, um fogo de onde irradiavam cintilações, tendo no centro um brilho vermelho, no meio do fogo. 5 No centro, discerni algo semelhante a quatro animais, com este aspecto: tinham forma humana.24 Eu ouvia o ruído de suas asas como o estrondo de águas torrenciais, como a voz de Shadai; quando andavam, era um estrépito de tempestade, como o estrépito de um acampamento; quando se detinham, baixavam suas asas. 25 Uma voz se fez ouvir sobre a abóbada que se achava acima de suas cabeças. 26 Sobre a abóbada, que estava sobre suas cabeças, via-se algo semelhante a safira, em forma de trono; sobre o trono havia uma figura que possuía aspecto humano, no alto. 27 E vi que dele aparecia, da cintura para cima, um fulgor de metal resplandecente; da cintura para baixo era o resplendor de um fogo e todo o seu arredor se iluminava. 28 Como arco-íris nas nuvens, em dia de chuva, assim era o esplendor em torno dele. Era um reflexo da glória de Javé que eu via. E quando vi, caí com a face por terra e ouvi a voz de alguém que falava.
Salmo: Sl 148,1-2.11-12ab.12c-14a.14bcd 

R.Da vossa glória estão cheios o céu e a terra.

1 Nos céus louvai o Senhor, louvai a Deus nas alturas. 2 Louvai-o, seus anjos todos; louvai-o, exército angélico.

11 Ó reis e povos da terra, juízes, príncipes todos! 12ab E vós, ó jovens e virgens, ó anciãos e crianças!

12c13 Do Senhor louvem o nome, pois só seu nome é excelso. E ao céu e à terra ultrapassa a majestade divina.14a Este hino, este aleluia,

14bcd a todo o povo fiel, às gerações de Israel, aos que estão perto de Deus.
Evangelho: Mt 17,22-27

22 Estando eles juntos na Galileia, Jesus disse ao seus discípulos: “O Filho do homem está para ser entregue às mãos dos homens. 23 Eles o matarão, mas, ao terceiro dia, ressuscitará”. Então os discípulos ficaram profundamente entristecidos.24 Quando eles chegaram a Cafarnaum, os cobradores do imposto do Templo procuraram Pedro e lhe perguntaram: “Vosso Mestre não vai pagar a moeda do imposto?”. 25 Ele respondeu: “Sim!”. No entanto, quando ele entrou em casa, Jesus logo se antecipou, dizendo: “Que achas, Simão: de quem recebem os reis da terra taxa ou imposto, dos filhos ou dos outros?”. 26 Como ele respondesse: “Dos outros”, Jesus concluiu: “Logo, os filhos estão isentos. 27 Entretanto, para não os chocar, vai ao mar, atira o anzol e apanha o primeiro peixe que morder a isca. Abrindo-lhe a boca, encontrarás uma moeda com duplo valor. Pega-a entrega-lhes por mim e por ti”.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
“... os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem? Dos filhos ou dos estranhos?” 
(Mt 17,25c).
Maria e José iam todos os anos a Jerusalém por ocasião da Páscoa, e levavam consigo Jesus.
Quando Jesus completou doze anos, também nesta ocasião foi com Maria e José a Jerusalém. Porém, quando todos estavam voltando para Nazaré, Maria e José notaram que Jesus tinha ficado em Jerusalém.
Com grande preocupação voltaram a Jerusalém, sem ter a menor ideia sobre onde Jesus estaria. Por três dias O procuraram por todos os lugares possíveis. Finalmente foram ao Templo, onde o encontraram.
Então Lhe perguntaram por qual motivo Ele tinha ficado ali. E Ele lhes respondeu: “Não sabíeis que devo cuidar das coisas de Meu Pai?”(Lc 2,49).
Foi assim que Jesus revelou a Maria e a José que era Filho de Deus.
Hoje o Evangelho também nos diz que Jesus é o Filho do Deus de Israel. Mas, desta vez, em Cafarnaum, Ele o diz quando os cobradores do imposto do Templo perguntaram a Pedro se Jesus não ia pagar tal imposto. Ora, o imposto do Templo era cobrado de todo judeu adulto dentro ou fora de Judá ou da Galileia. De todo o mundo, onde havia judeus, chegava a Jerusalém o pagamento deste imposto.
Jesus aproveita esta ocasião para revelar sua filiação divina. Ele, como Filho do Deus a quem pertencia o Templo de Jerusalém, não era obrigado a pagar aquele imposto. Mas se não o pagasse, as pessoas ficariam escandalizadas, pois os cobradores divulgariam aquela notícia a todo mundo. O bom nome e a fama de Jesus estariam em perigo.
Então Jesus mandou que Pedro fosse ao mar da Galileia; ele encontraria, na boca do primeiro peixe que fisgasse, uma moeda que pagaria o imposto devido por Jesus e por Pedro.
Vendo isto, Pedro entendeu como Jesus era Filho de Deus e não obrigado a pagar o imposto do Templo. Pedro contou este fato aos demais discípulos, inclusive a Mateus, que narrou este episódio em seu Evangelho, para que o lêssemos também hoje.
De vários modos entendemos que Jesus é o Filho encarnado de Deus.
Hoje o entendemos apenas por meio deste episódio narrado no Evangelho de Mateus.
Em nosso íntimo o Espírito Santo nos faz entender a filiação divina de Jesus para que compreendamos que por meio Dele Deus nos faz seus filhos adotivos.
São Paulo nos diz, em Ef 1,5: nos predestinou para Ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade ... .
Assim, ao nos alegrarmos com a certeza de que Jesus é o Filho de Deus, alegramo-nos também por saber que através Dele Deus nos faz seus filhos. Todos os batizados em nome de Jesus fomos adotados por Deus. E com isto herdamos a Vida Eterna na Ressurreição com Jesus Cristo.

Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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