terça-feira, 21 de agosto de 2018

Liturgia do dia 29/06/2018


Liturgia do dia 29/06/2018


Leituras
2Rs 25,1-12
Sl 136(137),1-2.3.4-5.6 (R/. 6a)
Mt 8,1-4

12ª Semana do Tempo Comum

Sexta-Feira

Primeira Leitura: 2Rs 25,1-12

1 No nono ano do reinado de Sedecias, no décimo dia do décimo mês, Nabucodonosor, rei de Babilônia, avançou com todo o seu exército contra Jerusalém, sitiou-a, circunvalando-a. 2 A cidade ficou sitiada até o undécimo ano do rei Sedecias. 3 No nono dia do quarto mês, como a fome fosse grande na cidade, não havendo mais pão para o povo do país, 4 abriram uma brecha na muralha da cidade, e todos os soldados fugiram à noite pela porta entre os dois muros, junto ao jardim do rei, enquanto os caldeus ainda cercavam a cidade. O rei tomou o rumo da Arabá. 5 Mas o exército dos caldeus perseguiu o rei, e o alcançou nas planícies de Jericó, e todo o exército do rei se dispersou, abandonando-o. 6 Prenderam o rei, e conduziram-no a Ribla; à presença do rei de Babilônia, que pronunciou uma sentença contra ele. 7 Trucidaram os filhos de Sedecias sob seus olhos. Depois, Nabucodonosor vazou-lhe os olhos e o amarrou com uma dupla corrente de bronze, e o levou para Babilônia. 8 No sétimo dia do quinto mês, isto é, no décimo nono ano de Nabucodonosor, rei de Babilônia, chegou a Jerusalém Nebuzaradan, capitão da guarda, servidor do rei de Babilônia. 9 Incendiou o Templo de Javé, o palácio real e todas as casas de Jerusalém; e queimou todas as casas dos nobres. 10 E os muros de Jerusalém foram destruídos pelos caldeus, sob as ordens do capitão da guarda. 11 Nebuzaradan, capitão da guarda, exilou o resto da população que ficara na cidade, todos os que já haviam passado para o rei de Babilônia, e o resto do povo. 12 O capitão da guarda deixou uma parte dos pobres da terra, como vinhateiros e lavradores.
Salmo: Sl 136(137),1-2.3.4-5.6 (R/. 6a)
R. Que se prenda a minha língua ao céu da boca, se de ti Jerusalém, eu me esquecer!
1 Junto aos rios de Babel nos sentamos a chorar com saudades de Sião. 2 Pelos álamos em volta suspendemos nossas cítaras.

3 Pois foi lá que nos pediram os algozes, nossos cânticos, alegria, os carcereiros. “Oh, cantai-nos, reclamavam, um dos cantos de Sião!”

4 Como em terras estrangeiras cantar cantos do Senhor? 5 Se esquecer Jerusalém, se resseque a minha destra!

6 Fique presa a minha língua, se de ti não me lembrar! Se não for Jerusalém o meu júbilo mais alto!
Evangelho: Mt 8,1-4

1 Jesus desceu da montanha e grandes multidões puseram-se a segui-lo. 2 Aconteceu que um leproso chegou perto e se prostrou diante dele, dizendo:“Senhor, se queres, podes curar-me”. 3 Jesus estendeu a mão, tocou nele, e respondeu: “Eu quero! Estás curado”. E no mesmo instante ele ficou curado da lepra. 4 Disse-lhe então Jesus: “Toma cuidado para não o contares a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e apresenta a oferta que Moisés prescreveu para lhes servir de testemunho”.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: “Eu quero. Fica limpo”.  (Mt 8,3).
Este Evangelho narra a cura de um leproso por Jesus.
A cena é breve, mas sua mensagem é importante: o poder de Deus age em Jesus de maneira visível.Basta que Jesus queira, os leprosos são curados. E do mesmo modo, são curados todos os outros que O buscam por causa de diferentes doenças físicas ou espirituais.
Aquele leproso já ouvira dizer que Jesus curara outros leprosos. Por isso foi ao encontro Dele, e pondo-se de joelhos, disse:
“Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar”(Mt 8,2cd). 
Notemos o que o leproso desejava: ‘ser purificado’. O que queria dizer?
A lepra, segundo a Lei, era motivo de impureza ritual. Um leproso jamais poderia participar de ritos religiosos enquanto não fosse curado. Ele devia se manter separado da comunidade. Ora, além da doença, isto era a morte social de toda pessoa contaminada pela lepra. Era um sofrimento a mais.
Jesus, sem segregar o leproso, curou-o, e, ao mesmo tempo, purificou-o.
Segundo a Lei, somente faltava ao leproso cumprir o restante da prescrição para seu caso: uma vez curado devia apresentar-se aos sacerdotes, que, vendo-o sem lepra, o declaravam limpo e pronto para retomar sua vida em sociedade. Podia voltar para sua família, podia frequentar a sinagoga aos sábados, podia ir em peregrinação a Jerusalém.
Tudo isto foi possível àquele homem porque Jesus o purificou.
A aplicação simples deste fato exemplar para nós está em reconhecermos, diante de Jesus, que somos doentes espiritualmente quando pecamos. Se Lhe dissermos:Senhor, se queres, tens o poder de me purificar. Jesus, que em primeiro lugar deseja nossa purificação, toma a iniciativa de nos consolar, purificando-nos de todos os pecados. Assim retornamos à união com Deus, ao Reino de Deus e merecemos um dia chegar à Vida Eterna com nossa Ressurreição.
E isto Jesus realiza no momento em que participamos dos sacramentos, de modo especial do da reconciliação numa confissão sincera de nossos pecados.
Longe de nós imaginar que Jesus não deseja nossa cura espiritual.
Tenhamos toda confiança e toda a liberdade de irmos até Ele.
E o resultado nos dará aquela imensa alegria que o leproso curado experimentou: voltou para o meio do Povo Eleito, curado e purificado.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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