terça-feira, 14 de agosto de 2018

Liturgia do dia 15/08/2018


Liturgia do dia 15/08/2018


Leituras
Ez 9,1-7; 10,18-22
Sl 112(113),1-2.3-4.5-6 (R/. 4b)
Mt 18,15-20

19ª Semana do Tempo Comum

Quarta-Feira

Primeira Leitura: Ez 9,1-7; 10,18-22

1 Uma voz forte gritou aos meus ouvidos, dizendo: “Que se aproximem os encarregados de fazer justiça na cidade, tendo cada um na mão o instrumento destruidor”. 2 Eis que da direção da Porta superior, que dá para o Norte, vinham seis homens, cada um com o instrumento de destruição na mão; um deles estava vestido de linho e levava um estojo de escriba à cintura. Aproximaram-se e pararam ao lado do altar de bronze.3 A glória do Deus de Israel elevou-se acima dos querubins sobre os quais repousava; deslocou-se em direção à entrada do Templo e gritou ao homem vestido de linho, que levava um estojo de escriba à cintura. 4 E disse-lhe: “Vai passando pelo meio da cidade de Jerusalém e marca com uma cruz a fronte dos homens que suspiram e gemem por causa das coisas abomináveis que se praticam no meio dela!”. 5 Aos outros, ele disse de modo que eu podia ouvir: “Segui-o através da cidade, distribuindo golpes. Vossos olhos não tenham piedade! Não tenhais compaixão! 6 Feri e exterminai a todos, velhos, jovens, donzelas, criancinhas e mulheres, mas não toqueis nos que estiverem marcados com uma cruz. Começai junto ao meu Santuário”. Eles começaram pelos homens, os anciãos que se encontravam colocados diante do Templo. 7 Depois, disse-lhes: “Profanai o Templo, enchendo os átrios de cadáveres. Ide!”. Eles partiram para o massacre na cidade.18 Afastou-se então a glória de Javé do vestíbulo do Templo e pousou sobre os querubins. 19 Os querubins levantaram suas asas, elevaram-se da terra e partiram diante de meus olhos, elevando-se também as rodas ao lado deles. Pararam junto à entrada da porta oriental do Templo, enquanto a glória do Deus de Israel pairava por cima deles. 20 Era o animal que eu tinha visto debaixo do Deus de Israel, junto ao rio Quebar; compreendi que se tratava de querubins. 21 Cada um tinha quatro faces e quatro asas e sob as asas algo parecido com mãos humanas. 22 As formas de seus rostos eram iguais aos rostos que vi junto ao rio Quebar; cada qual andava para frente, em linha reta.
Salmo: Sl 112(113),1-2.3-4.5-6 (R/. 4b)
R. A glória do Senhor vai além dos altos céus.
1 Louvai, ó servos do Senhor, louvai o nome do Senhor! 2 Seja bendito o nome dele, bendito agora e para sempre!

3 Desde o nascer ao pôr-do-sol, louve-se o nome do Senhor! 4 Supera todas as nações, supera os céus a sua glória.

5 No céu, na terra, quem será como o Senhor, o nosso Deus? 6 Está sentado nas alturas; mas lança os olhos sobre o abismo.
Evangelho: Mt 18,15-20

Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos:15 Se teu irmão pecar contra ti, vai procurá-lo e o repreende a sós. Se te escutar, terás ganho teu irmão. 16 Mas, se não te escutar, toma contigo uma ou duas pessoas para que, sob a palavra de duas ou três testemunhas, seja decidida toda a questão. 17 Se também não quiser escutá-las, expõe o caso a Igreja. E, se não quiser escutar nem mesmo a Igreja, considera-o como um pagão e um desprezado cobrador de impostos. 18 Eu vos declaro esta verdade: tudo o que ligardes na terra será ligado também no céu e tudo o que desligardes na terra será desligado também no céu.19 Eu vos repito: se dois dentre vós na terra se puserem de acordo para pedir seja qual for a coisa, esta lhes será concedida por meu Pai que está nos céus. 20 Porque, onde estão dois ou três reunidos em meu nome, eu estou lá entre eles”.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia

“... tudo o que ligardes na terra será ligado no céu ...” 
(Mt 18,18a).
Ontem meditamos sobre a necessidade de conversão para, tendo o coração puro e inocente como o de uma criança, entrarmos no Reino dos Céus, onde veremos a Deus.
Hoje Jesus nos ensina como podemos obter o perdão de nossos pecados uma vez que, convertidos, desejamos ter nossos corações purificados, entrarmos no Reino dos Céus e vermos Deus.
Como Jesus faz isto?
Ele previu a formação de uma grande comunidade de pessoas, convertidas e salvas, compondo o que Ele mesmo chamou de Sua Igreja.
Na Igreja há casos de pessoas que ofendem os outros ou que retornaram aos pecados antes de sua primeira conversão. Estas pessoas precisam ser advertidas para retornarem ao Reino dos Céus.
Mas quem vai dizer a estes pecadores que seus pecados foram perdoados pelo Sangue de Jesus na cruz, e que eles podem retornar ao rebanho de Deus, Sua Igreja?
Jesus deixa bem claro: Ele deu à comunidade cristã, composta por seus discípulos, a Sua Igrejao poder de acolher os pecadores arrependidos e de repelir quem se recusa a conversão. É o ‘poder das chaves’ dados a São Pedro e à Igreja.
Se os pecadores recusam o convite de conversão, são condenados; a culpa não é de Deus nem da Igreja. É de quem permanece empedernido em seus pecados. Tal pecador se condena a si mesmo. Não é Deus nem a Igreja que o condenam.
O Evangelho de hoje termina com outro ensino de Jesus. Este ensino diz respeito à comunidade da Igreja diante dos pecados de seus membros. Jesus diz que a comunidade deve pedir a Deus a conversão de seus pecadores. Se dois ou três apresentarem a Deus este pedido em nome de Jesus, este pedido será atendido. É assim no Reino de Deus. Deus quer que Lhe peçamos o que precisamos para nos atender.
Qualquer cristão que já fez pedidos a Deus tem a experiência de ser atendido. Se Deus não atendeu, foi porque tinha algo melhor a dar a seus filhos. Deus somente nos atende o que e quando precisamos para nosso bem espiritual em primeiro lugar. Para nossas necessidades materiais o próprio Jesus nos ensina a pedir, no Pai Nosso: ‘o pão nosso de cada dia nos dai hoje’.
Tenhamos presentes todas as pessoas que vivem no pecado e que Deus deseja ver de volta a seu rebanho. Podem ser nossos amigos, nossos parentes, nossos inimigos – se é que os temos – para que Deus nos atenda, alegrando-Se Ele mesmo e nos alegrando como membros de Sua Igreja.

Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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