terça-feira, 14 de agosto de 2018

Liturgia do dia 16/08/2018


Liturgia do dia 16/08/2018


Leituras
Ez 12,1-12
Sl 77(78),56-57.58-59.61-62 (R/. cf. 7c)
Mt 18,21-19,1

19ª Semana do Tempo Comum

Quinta-Feira

Primeira Leitura: Ez 12,1-12

1 Foi-me dirigida a palavra de Javé, nestes termos: 2 Filho do homem, tu habitas no meio duma geração rebelde, já que têm olhos para ver e não veem, têm ouvidos para ouvir e não ouvem, pois são uma geração de rebeldes. 3 E tu, filho do homem, prepara para ti a bagagem de quem vai para o exílio, à luz do dia, diante dos olhos deles; depois, tu partirás, como deportado, do lugar em que estás para um outro, diante dos olhos deles. Talvez reconheçam que são uma geração de rebeldes. 4 Em seguida, leva para fora a bagagem igual ao fardo dum deportado, à luz do dia, à vista deles. Ao anoitecer sairás, como os deportados costumam partir. 5 À vista deles, farás uma abertura no muro e por ela passarás a bagagem. 6 À vista deles, a tomarás aos ombros, na escuridão a levarás embora, de rosto coberto, para não enxergar a terra, pois eu te constituí como presságio da casa de Israel. 7 Fiz tudo como me foi ordenado: de dia, tirei de casa a bagagem, como a de quem parte para o exílio; à noitinha, fiz com a mão uma abertura no muro, e na escuridão saí; à vista deles, carreguei a bagagem aos ombros. 8 Na manhã seguinte, foi-me dirigida a palavra de Javé, nestes termos: 9 Filho do homem, porventura a casa de Israel, essa geração rebelde, não te perguntou o que estavas fazendo? 10 Pois dize-lhes: Assim fala o Senhor Javé: esta revelação dirige-se contra o príncipe de Jerusalém e contra toda a população da cidade. 11 Dize: sou para vós um presságio. Isto que fiz acontecerá com eles: irão para o exílio. 12 O príncipe, que está no meio deles, levará seu fardo aos ombros; na escuridão, sairá por uma abertura feita no muro para esse fim. Terá o rosto coberto de modo que seus olhos não vejam a terra.
Salmo: Sl 77(78),56-57.58-59.61-62 (R/. cf. 7c)
R. Das obras do Senhor não se esqueçam.
56 Mas punham-se a tentar o Deus Altíssimo, recusavam guardar-lhe os mandamentos. 57 Como seus pais, traidores, transviam-se, setas de arco infiel, voltando atrás.

58 Indignavam a Deus com seus altares, tornavam-no ciumento com seus ídolos. 59 Deus os ouviu, e encheu-se de furor, repeliu Israel com violência.
61 Entregou sua força ao cativeiro, pôs nas mãos do inimigo a sua glória; 62 fez tombar o seu povo sob a espada, enfureceu-se contra a sua herança.
Evangelho: Mt 18,21-19,1

Naquele tempo: 21 Pedro, então, chegou perto de Jesus e lhe perguntou: “Senhor, quantas vezes terei de perdoar a meu irmão, se pecar contra mim? Até sete vezes?”. 22 Jesus lhe respon-deu: “Eu não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23 A propósito, o reino dos céus é semelhante a um rei que quis acertar as contas com seus servidores. 24 Para começar, apresentaram-lhe um que devia dez mil moedas de grande valor. 25 Como não tinha com que pagar, ordenou ao senhor que o vendesse com sua mulher, seus filhos e todos os bens que possuía, para que desse modo saldasse a dívida. 26 Então, o servidor se atirou aos pés dele, suplicando: ‘Concede- me um prazo e eu te pagarei toda a dívida’. 27 Compadecido, o senhor deixou o servidor em liberdade e perdoou-lhe a dívida. 28 Ora, apenas saído, aquele servidor encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem pobres moedas. Agarrando-o pelo pescoço, sufocava-o, dizendo: ‘Paga o que deves!’ 29 Mas o companheiro, caindo a seus pés, suplicavalhe, dizendo: ‘Concede-me um prazo e eu te pagarei tudo!’ 30 Mas ele não quis concordar; pelo contrário, foi-se embora e mandou jogá-lo na cadeia até pagar a dívida. 31 Vendo o que se passava, seus companheiros ficaram profundamente entristecidos e foram levar ao senhor a notícia desse caso. 32 Então, o senhor o chamou e disse-lhe: ‘Servidor cruel! Eu te perdoei toda a dívida, porque me suplicaste isso. 33 Não devias tu também ter pena do teu companheiro, como eu tive de ti?’ 34 E, encolerizado, o senhor o entregou aos carrascos, até que pagasse toda a dívida. 35 Do mesmo modo também procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão de todo o coração”.19,1 Quando Jesus acabou estes discursos, abandonou a Galileia e foi para a região da Judeia, que está além do Jordão.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
“... é assim que Meu Pai, que está nos céus, fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”. 
(Mt 18,35).
O perdão dos pecados é obtido através da pertença à Igreja.
A condição para ser perdoado é a conversão dos pecados, com o pedido do perdão. Se esta condição falta, a Igreja não pode perdoar, porque não pode ser perdoado quem não quer ser perdoado.
Hoje o Evangelho nos traz uma parábola para ensinar outra condição para receber de Deus o perdão: é perdoar quem nos ofendeu. Quem não perdoa não merece ser perdoado. Por que? É porque aquele que não sabe perdoar não descobriu ainda a felicidade de viver na plena paz entre os filhos de Deus, os de coração puro que o contemplam já nesta vida (Mt 5,8). No Reino dos Céus não há lugar para quem tem o coração endurecido a ponto de não condividir com os outros o perdão que já recebeu de Deus. O céu e a morada de Deus, onde não há lugar para desentendimentos, ódio, vinganças.
Na missa de hoje ouçamos a parábola deste Evangelho com atenção e desejo de ter nossos corações sempre prontos a perdoar os que nos tem ofendido. E apresentemos a Deus nossos pedidos renovados de perdão pelas vezes em que fomos difíceis em perdoar os outros. Será desta maneira que entramos no mundo da paz de Deus e com toda a humanidade salva por Ele pelo Sangue de Jesus Cristo.

Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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