terça-feira, 28 de agosto de 2018

Liturgia do dia 28/08/2018


Liturgia do dia 28/08/2018


Leituras
2Ts 2,1-3a.14-17
Sl 95(96),10.11-12a.12b-13 (R/. 13b)
Mt 23,23-26

21ª Semana do Tempo Comum

Terça-Feira

Primeira Leitura: 2Ts 2,1-3a.14-17

1 No que diz respeito à Vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos rogamos, irmãos, 2 que não mudeis tão depressa o vosso modo de pensar, nem vos alarmeis por causa de alguma revelação ou algum falatório ou ainda por causa de carta atribuída a nós, que afirmem estar iminente o Dia do Senhor. 3 Que ninguém vos engane de forma alguma!14 A isto ele vos chamou por meio do Evangelho que anunciamos, para que conquisteis a glória de nosso Senhor Jesus Cristo. 15 Portanto, ficai firmes, irmãos, e conservai as verdades que vos ensinamos, de viva voz ou por carta. 16 Que o próprio nosso Senhor Jesus Cristo, e Deus, nosso Pai, que nos amou e nos concedeu, por sua bondade, consolação eterna e feliz esperança, 17 consolem os vossos corações e os tornem fortes para que possais fazer e dizer tudo o que é bom.
Salmo: Sl 95(96),10.11-12a.12b-13 (R/. 13b)

R. O Senhor vem julgar nossa terra.

10 Dizei entre as nações: “Reina o Senhor!”. Jamais vacila o mundo que firmou, ele governa os povos com justiça.

11 Rejubilem-se os céus, exulte a terra; aplauda o mar com tudo que contém! 12a Os campos com seus frutos rejubilem,

12b As árvores exultem nas florestas. 13 Em face do Senhor exultem todos, porque ele vem para reger a terra. Governará o mundo com justiça, aos povos regerá com lealdade.
Evangelho: Mt 23,23-26

Naquele tempo, disse Jesus: 23 Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, do funcho e do cominho, mas desobedeceis aos pontos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade! Deveríeis praticar estas coisas em primeiro lugar, sem, contudo, deixar de fazer as outras. 24 Guias cegos: coais um mosquito, mas engolis um camelo! 25 Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Purificais o exterior do copo e do prato, enquanto o interior fica cheio de roubo e intemperança! 26 Fariseu cego, purifica primeiro o interior do copo, para que também o exterior se torne limpo!
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia

“ ...  deixais de lado os ensinamentos mais importantes da Lei, como a Justiça, a Misericórdia e a Fidelidade”
 (Mt 23,23cd).
Desta vez Jesus lança acusações extremamente sérias aos mestres da Lei e fariseus hipócritas.
Eles se exibem ao povo praticando preceitos fáceis de cumprir, como o pagamento do dízimo – não obrigatório – de plantas baratas, como a hortelã, o cominho e erva-doce. Jesus diz que poderiam continuar a fazer isto, desde que fossem exemplares na Justiça, Misericórdia e Fidelidade.
Aqui em Mt 23,23, Jesus entrelaça Justiça/Julgamento divino, com Misericórdia e Fidelidade/Retidão divinas. Este uso combinado destas três palavras era muito comum nas Escrituras e entre os doutores da Lei.
Os mestres da Lei e os fariseus hipócritas ignoravam a Justiça.
O que Jesus quis dizer com isto? Jesus se refere ao julgamento dos homens por parte de Deus, para os salvar com sua Misericórdia.
Esta é a Justiça divina, exercida por Deus em benefício de seus escolhidos, como diz Lc 18,7: E Deus não fará justiça a seus eleitos que o invocam dia e noite? Acaso demorará em atendê-los?
Eles ignoravam a Misericórdia. De qual Misericórdia se trata? É a misericórdia com que Deus julga os homens, preferindo-a à manifestação de sua ira ou vingança. É a Misericórdia divina para salvar. É a Misericórdia com que os homens julgam os outros e por ela merecem a Misericórdia de Deus, como diz a bem-aventurança de Mt 5,7: Bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão Misericórdia [de Deus].

Eles ignoravam a Fidelidade de Deus 
em suas promessas de Salvação. Esta Fidelidade divina aparece no Sl 39(40),11, com sentido de piedade, compaixãoA tua Piedade, ó Senhor, não a retireis de mim; tua Misericórdia e tua verdade me guardem sempre.
Todas estas expressões da bondade divina são entendidas como necessárias à Salvação. E Jesus era o ‘Salvador’. Ele tinha autoridade para falar sobre as condições da Salvação que os mestres da Lei e os fariseus deviam vivenciar para ajudar o Povo Eleito.
Não podemos ouvir estas repreensões de Jesus aos mestres da Lei e fariseus de seu tempo sem perguntar-nos, a nós mesmos, se tais advertências de Jesus se aplicam também ao nosso tempo, a nós que vivemos em Sua Igreja.

Percorramos, num exame de consciência, estas três qualidades divinas de Justiça, Misericórdia e Fidelidade como modelos de nosso proceder cristão
. E sejamos muito francos: se encontrarmos contradições com este ensino de Jesus, Ele poderá nos chamar de fariseus hipócritas. Que isto não aconteça.
Pelo contrário, ponhamos em Deus nossa confiança de Salvação, seguros de sua Justiça, Misericórdia e Fidelidade para conosco.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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