segunda-feira, 4 de junho de 2018

Liturgia do dia 02/06/2018


Liturgia do dia 02/06/2018


Leituras
Jd 17.20b-25
Sl 62(63),2.3-4.5-6 (R/. 2b)
Mc 11,27-33

8ª Semana do Tempo Comum

Sábado

Primeira Leitura: Jd 17.20b-25

17 Mas vós, caríssimos, lembrai-vos das palavras que já foram ditas pelos apóstolos de Nosso Senhor Jesus Cristo.20b construí o vosso edifício espiritual sobre o fundamento da vossa santíssima fé e rezai na força do Espírito Santo. 21 Permanecei no amor de Deus. Esperai alcançar a vida eterna pela misericórdia do Nosso Senhor Jesus Cristo! 22 Tratai de convencer os que vacilam. 23 Salvai-os, tirando-os do fogo. E de outros, enfim, compadecei-vos com

prudência, repelindo até a túnica contaminada pela carne.24 Mas ao que vos pode livrar de toda queda e fazer com que vos apresenteis sem defeito e cheios de alegria diante da sua glória, 25 ao Deus único, nosso Salvador, por meio de Jesus Cristo, Nosso Senhor, sejam dadas glória, exaltação, triunfo e todo poder antes de todo tempo, agora e para sempre. Amém!

Salmo: Sl 62(63),2.3-4.5-6 (R/. 2b)

R. A minha alma tem sede de vós, ó Senhor!

2 Ó Senhor, és o meu Deus desde a aurora eu te buscava. De ti tem sede minh’alma,desejava-te o meu corpo. Qual a terra ressequida, solo ávido de água.

3 Venho agora ao santuário, vejo teu poder e glória. 4 Teu amor é mais que a vida, os meus lábios te celebrem!

5 Quero pois te bendizer pelos meus dias afora. Ergo ao céu as minhas mãos, e o teu nome pronuncio. 6 Minha boca se deleita com o sabor dos sacrifícios. Também meus lábios exultem, celebrando o teu louvor!

Evangelho: Mc 11,27-33

27 Voltaram novamente a Jerusalém. Enquanto Jesus andava pelo Templo, aproximaram-se dele os sacerdotes-chefes, os mestres da lei e anciãos, 28 que diziam: “Com que autoridade fazes estas coisas? Ou quem te deu essa autorização para fazeres estas coisas?”. 29 Jesus respondeu: “Também eu vos faço uma pergunta. Dai-me uma reposta que venha ao caso e vos direi com que autoridade faço estas coisas. 30 O batismo de João era do céu ou dos homens? Sim, dai-me uma resposta”. 31 Ora, eles faziam entre si este raciocínio: “Se dissermos: ‘Do céu’, ele dirá: Por que então não crestes nele?’ 32 Vamos então dizer: ‘Dos homens?’”. Eles tinham medo do povo, porque todos diziam que João era realmente um profeta. 33 E responderam a Jesus: “Não sabemos”. Jesus replicou: “Eu também não vos digo com que autoridade faço, estas coisas”.

Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.

Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus. São Paulo, Edições Loyola, 2016.

Boa Nova para cada dia

"Pois eu também não vos digo com que autoridade faço estas coisas" (Mc 11,33d).

Os sumos sacerdotes perguntaram a Jesus com qual autoridade expulsou os vendilhões do Templo, e como podia afirmar que reconstruiria em três dias o Templo, caso fosse derrubado. 

Jesus sabia que eles não estavam interessados em conhecer a verdadeira autoridade com que fazia aquelas coisas. Eles estavam apenas procurando um motivo para condená-lo à morte, fosse qual fosse sua resposta. Quando Jesus disse que em três dias reergueria o Templo, nada entenderam. 

Esta afirmação de Jesus será invocada por falsas testemunhas contra Ele, quando os mesmos sumos sacerdotes o julgariam (Mt 26,60-61). As falsas testemunhas, que não podiam entender como Jesus iria reerguer o Templo, caso destruído, em três dias, consideraram estas palavras Dele incriminatórias. 

Se os sumos sacerdotes fossem homens de Deus, como deveriam ser, por dever de seu ofício sacerdotal, entenderiam que Jesus agia por autoridade dada a Ele pelo Deus dos Patriarcas e de Moisés. Eles O reconheceriam como Profeta e Messias. Teriam reconhecido também João Batista como profeta. Mas nada disto aconteceu. Portanto tanto fazia a Jesus dizer-lhes que sua autoridade provinha de Deus. 

Pela dureza de coração, pela ambição da autoridade religiosa, os sumos sacerdotes não ouviram a resposta correta de Jesus. Ouviram, sim, sua reprovação: "Pois eu também não vos digo com que autoridade faço estas coisas" (Mc 11,33d), mas não souberam reagir como Jesus esperava que reagissem. 

Lamentável foi esta reação dos sumos sacerdotes.Cometeram um erro fatal. Eles mesmos perderiam totalmente sua autoridade sobre o Povo Eleito porque no ano 70 depois de Cristo morreram quando os romanos destruíram o Templo e a cidade de Jerusalém. Hoje não existe sequer um sacerdote da nação judaica. 

Ao contrário depois de Sua Morte, Jesus ressuscitou pelo poder de Deus Pai: o Templo que reergueu foi Seu Corpo. Hoje temos, em nossos dias, Jesus conosco. Mas os judeus não têm com eles os sumos sacerdotes. 

A justiça divina contra os judeus se realizou a favor de Jesus como disse São João Evangelista: 

8. Quando ele [o Espírito Santo] vier, convencerá o mundo 

do pecado, (dos dirigentes judeus que rejeitaram Jesus )

da justiça (de Jesus, confirmado pelo Espírito Santo como o enviado de Deus) 

e do juízo: (deste mundo que se opôs a Jesus e a seus enviados) 

9. do pecado, porque não creem em mim; 

10. da justiça, porque vou para o Pai, e não me vereis mais; 

11. do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado. (Jo 16,8-11). 

Aos sumos sacerdotes Jesus não disse com qual autoridade expulsou os vendilhões e previu a destruição do Templo. Nós o sabemos. Pois o Espírito Santo, ao ser dado aos apóstolos e à Igreja, realiza tudo o que ouvimos de Jo 16,8-11. 

Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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