sábado, 11 de agosto de 2018

Liturgia do dia 11/08/2018


Liturgia do dia 11/08/2018


Leituras
Hab 1,12-2,4
Sl 9A(9),8-9.10-11.12-13 (R/. 11b)
Mt 17,14-20

18ª Semana do Tempo Comum

Sábado

Primeira Leitura: Hab 1,12-2,4

1,12 “Não existes desde toda antiguidade, Javé, meu Deus, meu Santo, que não morres? Javé, foi para o julgamento que o designaste; para castigar que o estabeleceste, ó Rochedo! 13 Tens os olhos puros demais para ver o mal e não podes contemplar o crime. Por que olhas os traidores e guardas silêncio quando o ímpio devora um mais justo que ele? 14 Tratas os homens como os peixes do mar, como os répteis que não têm dono. 15 Ele os pega a todos com o anzol, arrasta-os em sua rede,e os ajunta com sua tarrafa. Eis por que se alegra e exulta. 16 Por isso sacrifica à sua rede e oferece incenso à sua tarrafa, pois, graças a elas, tem grande porção e alimento copioso! 17 Eis por que esvazia constantemente sua rede, massacrando nações sem compaixão.” 2,1 Em meu posto de guarda eu quero ficar, manter-me de pé sobre a minha muralha. Espreitarei para ver o que ele me dirá, o que ele responderá à minha queixa! 2 Então, Javé me respondeu e disse: “Escreve a visão, e grava-a sobre argiletas, para ser lida com facilidade.3 Pois se trata de uma visão para um tempo determinado: mas ela aspira ao fim e não enganará: se ela demora, espera-a; certamente virá, não tardará. 4 Eis que sucumbe aquele cuja alma não é reta, mas o justo viverá por sua fidelidade.
Salmo: Sl 9A(9),8-9.10-11.12-13 (R/. 11b)

R.Vós nunca abandonais quem vos procura, ó Senhor.
8 Eis que o Senhor sentou-se no seu trono, ei-lo no tribunal do julgamento. 9 E julgará o mundo com justiça, julgará as nações com equidade.

10 O senhor é refúgio do oprimido, fortaleza nos tempos de aflição. 11 Quem conhece o teu nome espera em ti, pois não deixas, ó Deus, os que te buscam!

12 Tocai para o Senhor, que é de Sião, anunciai aos povos os seus feitos. 13 Vingando o sangue, deles se recorda, pois não esquece o grito do oprimido.
Evangelho: Mt 17,14-20

14 Quando voltaram para o meio do povo, um homem chegou perto de Jesus e, caindo de joelhos, 15 suplicou: “Senhor, tem piedade do meu filho, que é epiléptico e está passando mal. Muitas vezes cai no fogo e outras tantas na água. 16 Já o apresentei a teus discípulos, mas não puderam curá-lo”. 17 Jesus respondeu: “Geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco? Até quando terei de vos suportar? Trazei-o aqui!”. 18 E Jesus ordenou severamente ao demônio que saísse do menino. E, no mesmo instante, o menino ficou curado. 19 Então, os discípulos aproximaram-se, um a um, de Jesus e perguntaram: “Por que nós não o conseguimos expulsar?”. 20 Respondeu Jesus: “Por causa da pobreza da vossa fé. Porque eu vos declaro esta verdade: se tiverdes fé, embora só do tamanho de um grão de mostarda, direis a este monte: muda-te daqui para lá! E ele mudará. Nada vos será impossível”.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
“... se tiverdes fé do tamanho de uma semente de mostarda...” (Mt 17,20d).
O milagre do epiléptico curado por Jesus neste Evangelho acontece para que recebamos um ensinamento importante sobre nosso relacionamento com Deus e com Jesus Cristo.
Este relacionamento depende de nossa fé em Deus e em Seu Filho.
Quando o pai do epiléptico diz que os discípulos de Jesus não puderam curar seu filho, provocou a pergunta dos discípulos a Jesus: por que eles não conseguiram expulsar aquele demônio?
Jesus lhes responde dizendo que não tinham fé suficiente para fazer aquele exorcismo. A fé deles era ‘pequena’(Mt 17,20b).
Antes que os discípulos perguntassem de que ‘tamanho’ devia ser a fé para fazer tal exorcismo, Jesus responde que bastaria que fosse do ‘tamanho’ de uma semente de mostarda.
Com isto Jesus dizia que a fé dos apóstolos sequer era daquele ‘tamanho’.
O que isto quer dizer?
Mesmo dizendo que a fé deva ser do tamanho de uma semente de mostarda, que é a ‘menor de todas as sementes’ (Mt 13,32), os discípulos não tinham a fé exigida para aquele milagre. Isto quer dizer que ter fé ‘do tamanho da semente de mostarda’ não é uma coisa tão simples assim.
O que faltava aos discípulos e também ao pai do epiléptico? Faltava-lhes uma fé proporcional ao milagre pedido.
Mas o que é a fé?
A fé tem ‘tamanho’?
Pode-se falar de ‘pouca’ ou ‘muita’ fé?
Estas são formas usadas por Jesus para mostrar como as pessoas precisam acreditar e ter confiança Nele para receberem a Salvação que somente Ele traz.
As inúmeras vezes em que esta palavra aparece na Sagrada Escritura demonstra que por ‘fé’ se entende muitas coisas, como crença, confiança, segurança etc.
A fé de que se trata no Evangelho de hoje é a crença no poder que Jesus tem de curar e salvar, ao mesmo tempo confiança Nele, que deseja curar quem lhe pede este socorro.
Esta lição, portanto é clara.
A importância deste ensino no Evangelho de hoje está em nos questionar: de que ‘tamanho’ é nossa fé em Jesus Cristo?
Nossa fé em Deus é ‘pouca’, ‘muita’, ‘insuficiente ou suficiente’ para que Jesus Cristo nos salve?
A fé, portanto, dá a medida de nosso relacionamento com Jesus Cristo, com Deus.
Não esqueçamos porém, que sem amar a Deus e a Seu Filho não é possível ter fé.
Não nos esqueçamos também que uma vez que amamos a Deus e a Jesus Cristo, e por isso Neles temos fé, aesperança da salvação fica garantida.
A fé, portanto, é da maior importância para nosso relacionamento com Deus e para nossa salvação. É originada no amor a Deus que existe em nosso coração, amor que, quanto maior for, mais e maior fé cria em nós.
Encontramos, portanto, no Primeiro Mandamento, a explicação e a medida para nossa fé: amar a Deus sobre todas as coisas.

Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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