quinta-feira, 13 de julho de 2017

Liturgia do dia 17/07/2017

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Leituras
Ex 1,8-14.22
Sl 123,1-3. 4-6. 7-8 (R. 8a)
Mt 10,34-11,1

15ª Semana do Tempo Comum - Ano A

Segunda-Feira

Primeira Leitura:  Ex 1,8-14.22

8 Entretanto, no Egito surgiu um novo rei que não tinha conhecido José. 9 E disse a seu povo: “Estais vendo que o povo de Israel é numeroso e forte demais para nós. 10Vamos, pois, procedei sabiamente contra eles, para que não se multipliquem mais. Caso contrário, ao se declarar alguma guerra, eles se unirão aos nossos inimigos e combaterão contra nós, para depois saírem deste país”.11 Nomearam, pois, contra eles, inspetores do trabalho forçado, com a missão de os oprimirem com obras penosas. Assim é que os israelitas construíram, para Faraó, as cidades depósito de Pitom e Ramsés. 12 Mas, quanto mais os oprimiam, tanto mais se multiplicavam e cresciam, de modo que os egípcios ficaram alarmados com os filhos de Israel.13 Por isso forçaram-nos a trabalhar impiedosamente, 14 amargurando-lhes a vida com dura escravidão: no preparo da argamassa, na moldagem de tijolos, em toda espécie de trabalho nos campos, em todo serviço que deviam, sem compaixão, prestar. 22 Então Faraó ordenou a todo o seu povo: “Todo menino que nascer, lançai-o ao rio; quanto às meninas, deixai-as viver”.
Salmo: Sl 123,1-3. 4-6. 7-8 (R. 8a)
R. Nosso socorro é o nome do Senhor.
1 Ah, se o Senhor não fosse a nossa força (que Israel o diga neste instante), 2 ah, se o Senhor não fosse a nossa força, quando se levantaram, contra nós! 3 Ter-nos-iam então comido vivos, na cólera que neles se acendia.

4 As águas nos teriam submergido e as torrentes passado sobre nós. 5 Sobre as nossas cabeças correriam as águas cada vez mais volumosas. 6 Bendito seja Deus que não deixou cairmos em seus dentes como presas!

7 Nossa alma escapou qual passarinho do laço armado pelos caçadores. Rompeu-se de repente a sua rede, e nos vimos então em liberdade. Nosso socorro é o nome do Senhor, foi o Senhor que fez o céu e a terra.
Evangelho: Mt 10,34-11,1

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:  34 Não penseis que vim trazer paz sobre a terra. Não vim trazer a paz, e sim a espada. 35 Porque vim para opor o filho ao pai, a filha à mãe, a nora à sogra: 36 E cada qual terá por inimigos os seus próprios familiares. 37 Quem ama pai ou mãe mais do que a mim não é digno de mim. Quem ama filho ou filha mais do que a mim não é digno de mim.38 Quem não toma sua cruz e não me segue não é digno de mim. 39 Quem quiser conservar a sua vida a perderá; e quem, por amor de mim, perder a vida a reencontrará.40 Quem vos recebe, é a mim que recebe. E quem me recebe também recebe aquele que me enviou. 41 Quem recebe um profeta porque é profeta receberá a recompensa de profeta. E quem recebe um justo porque é justo receberá a recompensa de justo. 42 E todo aquele que der de beber a um destes pequenos, ainda que seja um copo de água fresca, por ser meu discípulo, eu vos declaro esta verdade: ele não ficará sem recompensa”. 11,1 Quando Jesus acabou de dar estas instruções aos seus discípulos, partiu dali para ensinar e pregar nas cidades da região.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2017 - Ano A - São Mateus, Brasília, Edições CNBB, 2016.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
“Quem vos recebe a Mim recebe; e quem Me recebe, recebe Aquele que Me enviou”.
 (Mt 10,40).
Vamos ler a conclusão das instruções de Jesus e a notícia de que Ele irá percorrer as mesmas cidades pelas quais os apóstolos deverão passar. A notícia sobre a ida de Jesus àqueles lugares percorridos pelos apóstolos está em Mt 11,1.
Enviar os discípulos a lugares determinados e ir pessoalmente a tais lugares, é uma estratégia missionária de Jesus que este Evangelho deixa claro.
No Evangelho de hoje Jesus dá as últimas instruções detalhadas a seus discípulos antes que partam em missão.
A primeira instrução é sobre o choque que o anúncio do Reino de Deus provoca: alguns o aceitarão plenamente e outros o rejeitarão decididamente. Jesus disse isto com estas palavras: “Não vim trazer a paz, mas a espada ..., a divisão entre o homem e seu pai, entre a filha e sua mãe, entre nora e sogra ...” (Mt 10,34-35).
Por qual motivo a aceitação do Reino de Deus provoca a divisão nas famílias?
É porque aceitar o Reino de Deus significa aceitar a novidade religiosa que Jesus traz, novidade que contraria a religião estabelecida e defendida por um grande número de interpretações diferentes. De fato havia as correntes dos fariseus, dos sumos sacerdotes, dos saduceus, dos zelotes, dos escribas e dos anciãos do povo. Ora, todas estas linhas teológicas e de interpretação da Lei de Moisés foram combatidas de um modo ou de outro por Jesus.
Assim, dentro de uma família, as pessoas deviam aceitar Jesus e para isto tinham que rejeitar certos pontos de vista teológicos e religiosos que Jesus apontava como errados. Muitos viam que Ele estava certo. Outros discordavam. Discussões inumeráveis surgiram.
Jesus, no entanto, conhecendo tudo isto, não cedeu a pressão algumaquem não preferisse Jesus a outros líderes religiosos, não era digno Dele (Mt 10,37).
A exigência de Jesus ia ainda mais longe: seus seguidores deverão chegar ao ponto de tomar a suas próprias cruzes – como Ele um dia tomará a sua – (Mt 10,38). As cruzes que se seguirão serão as perseguições, tais como os primeiros mártires sofreram. Mas tomar a cruz não é somente aceitar os sofrimentos e perseguições que se seguirão à aceitação do Reino de Deus. Jesus vai ainda mais longequem não estiver disposto a dar sua própria vida não é digno Dele (Mt 10,39).
Pensemos, porém, por qual motivo foram numerosíssimos os seguidores de Jesus. Jesus deu o motivo destas exigências explicando claramente no que resulta da aceitação do Reino de Deus.
Quem acolher os discípulos vai acolher o próprio Cristo, o Filho de Deus.
Através do Filho de Deus, o acesso ao próprio Deus está aberto.
Foi isto o que Jesus disse em Mt 10,40: “Quem vos recebe a Mim recebe; e quem Me recebe, recebe Aquele que Me enviou”.
Ora, o que um judeu devoto poderia esperar mais do que a chegada do Reino de Deus trazido pelo Messias, Filho de Deus?
Estas promessas de Jesus encheram os discípulos de entusiasmo, coragem e alegria. Portanto podemos supor que a pregação que fizeram teve êxito. Puderam voltar de viagem e contar a Jesus tudo o que tinha acontecido, os sucessos e os fracassos.
Deste modo refletimos sobre um momento precioso da vida de Jesus, sua missão salvadora e a ajuda recebida de seus discípulos. O anúncio do Reino de Deus foi resultado de um planejamento de Jesus, da colaboração dos apóstolos, de um trabalho em equipe. E deu muito certo.
Terminemos nossa reflexão sobre este Evangelho aprendendo de Jesus não só como é importante planejar toda tarefa em comunidade, mas também esperando a parte do prêmio que nos está preparada por Jesus: quem O segue terá o Reino de Deus e assim a Salvação eterna.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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