terça-feira, 18 de julho de 2017

Liturgia do dia 25/07/2017

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Leituras
2Cor 4,7-15
Sl 125(126),1-2ab.2cd-3.4-5.6 (R.5)
Mt 20,20-28

16ª Semana do Tempo Comum - Ano A

Terça-Feira

Primeira Leitura: 2Cor 4,7-15

Irmãos: No entanto, levamos este tesouro em vasos de barro, para compreendermos que este poder imenso pertence a Deus, e não a nós. 8 De fato, somos oprimidos em tudo, mas não esmagados. Ficamos em dúvida, mas não desesperados. Somos perseguidos, mas não alcançados, derrubados mas não destruídos. 10Sempre trazemos no corpo os sofrimentos da morte de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nosso corpo. 11 Enquanto vivermos, seremos entregues continuamente à morte por causa de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo mortal.12 Assim, a morte age em nós, e em vós, a vida. 13 E como possuímos o mesmo Espírito de fé, conforme aquilo que está escrito: acreditei e por isso falei, nós também cremos, e por isso falamos. 14 Sabemos que aquele que ressuscitou o Senhor também vai nos ressuscitar com Jesus, vai colocar-nos, convosco, junto dele. 15 E isto tudo é por vossa causa, para que a graça faça crescer, por um número cada vez maior de pessoas, a ação de graças para a glória de Deus.
Salmo: Sl 125(126),1-2ab.2cd-3.4-5.6 (R.5)
R.  Os que semeiam chorando colham a messe entre cânticos!
1 Quando o Senhor a Sião reconduzia os cativos, estar sonhando pensávamos. 2a Tínhamos risos na boca e em nossos lábios, canções.

2c Entre as nações exclamavam: “Deus fez por eles prodígios!”. 3 Sim, por nós fez maravilhas, e de alegria exultávamos!

4 Muda, Senhor, nossa sorte, como as torrentes do Sul: 5Os que semeiam chorando colham a messe entre cânticos!

6 Saindo embora a chorar quem leva sua semente, possa voltar, entre hinos, trazendo os feixes colhidos!
Evangelho: Mt 20,20-28

Naquele tempo: 20 a mãe dos filhos de Zebedeu chegou perto de Jesus com os seus filhos e prostrou-se diante dele para lhe fazer uma súplica. 21 Ele lhe perguntou: “Que queres?”. Ela lhe respondeu: “Ordena que estes meus dois filhos se sentem, um à tua direita e outro à tua esquerda, no teu reino”. 22 Jesus replicou: “Não sabeis o que estais pedindo. Podeis beber do cálice que estou para beber?”. Disseram-lhe: “Podemos”.23 Ele continuou: “Haveis de beber do meu cálice. Mas quanto a vos sentardes à minha direita ou à minha esquerda, não me cabe concedê-lo, porque estes lugares são destinados àqueles para os quais meu Pai os reservou”.24Ouvindo isto, os outros dez ficaram indignados contra os dois irmãos. 25 Jesus então os reuniu e disse: “Sabeis que os chefes das nações as governam e os grandes exercem o poder sobre elas. 26 Mas entre vós não será assim. E quem quiser fazer-se grande entre vós será vosso servidor, 27 e quem quiser ser o primeiro dentre vós será o vosso empregado, 28 a exemplo do Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate pela multidão dos homens”.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2017 - Ano A - São Mateus, Brasília, Edições CNBB, 2016.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
“Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber?”. Eles responderam: “Podemos”. (Mt 20,22).
Os filhos de Zebedeu fizeram uma espécie de acordo político com sua mãe para convencer Jesus a conceder-lhes os dois postos mais importantes que – pelo que pensavam naquele momento – Jesus determinaria quando seu Reino estivesse estabelecido neste mundo.
Jesus vê a ingenuidade daqueles discípulos e com paciência lhes responde, a partir de Seu ponto de vista, com outra pergunta:
“Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber?”.
Sem se dar conta do que estavam dizendo, mas ainda cobiçando cargos de importância política, responderam:“Podemos”.
Imaginemos a reação de Jesus a esta ambição dos dois discípulos, o complô que armam com ajuda de sua mãe, igualmente ingênua, e a visão errada do que era o Reino de Deus que Jesus já tinha inaugurado: espiritual, celeste, como Ele dirá a Pilatos: “Meu Reino não é deste mundo” (Jo 18,36).
Mas notemos também que Jesus reage positivamente quanto Lhe respondem: Podemos”.
Aqui entrava a sabedoria profética de Jesus, porque diz:“De fato vós bebereis do meu cálice”.
Pensemos neste privilégio: beber do cálice de Jesus Cristo.
Jesus não só perdoa a ambição desmedida e errônea dos dois discípulos, como a corrige, dando-lhes muito mais do que podiam imaginar. Eles seriam participantes da Paixão e Morte de Jesus.
E foi sito o que aconteceu.
Tiago viu escorrer seu sangue atingido pela espada por ordem de Herodes Antipas:
... o rei Herodes mandou prender alguns da Igreja para os maltratar,
fazendo passar a fio de espada a Tiago, irmão de João. (At 12,1-2).
E João, o discípulo amado (Jo 13,23) passará, como Jesus, pela paixão neste mundo, sofrendo a escravidão na ilha de Patmos. Porém morrerá de morte natural em Éfeso, segundo uma antiga tradição da Igreja.
Como os dois discípulos desta estória podemos passar por ilusões em nossa adesão a Jesus Cristo.Porém, peçamos-Lhe a clemência para nos corrigir, e nos fazer dignos de testemunhá-Lo no mundo tão vazio espiritualmente em que vivemos.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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