terça-feira, 24 de abril de 2018

Liturgia do dia 02/04/2018


Liturgia do dia 02/04/2018


Leituras
At 2,14.22-32
Sl 15(16),1-2a e 5.7-8.9-10.11 (R/. 1)
Mt 28,8-15

OITAVA DA PÁSCOA

Segunda-Feira

Primeira Leitura: At 2,14.22-32

No dia de Pentecostes,14 Então Pedro, de pé e cercado pelos Onze, em voz bem alta lhes falou: “Homens da Judeia e vós todos, habitantes de Jerusalém! Ficai sabendo bem o que se passa e prestai atenção às minhas palavras. 22 Homens de Israel, escutai o que digo: Jesus de Nazaré foi o homem credenciado por Deus junto a vós com poderes extraordinários, milagres e prodígios. Bem sabeis as coisas que Deus realizou através dele no meio de vós. 23 Ora, de acordo com o plano bem definido e previsto por Deus, foi entregue às mãos dos ímpios e vós o crucificastes e matastes. 24 Mas Deus o ressuscitou, livrando-o da escravidão da morte. De fato, não era possível que a morte o retivesse em seu poder; 25 porque diz Davi a respeito dele: Sempre tive o Senhor presente diante de mim. Ele está à minha direita, para que eu não fique perturbado. 26 Por isso meu coração ficou contente e minha língua cantou de alegria e minha própria carne repousará na esperança. 27 É que não abandonarás a minha vida na mansão dos mortos, nem permitirás que teu Santo sofra a decomposição. 28 Deste-me a conhecer os caminhos da vida, e tu me encherás de alegria em tua presença. 29 Meus irmãos! Que eu vos possa falar com franqueza a respeito do nosso patriarca Davi: ele morreu, foi sepultado e até hoje seu túmulo se acha entre nós. 30 Sendo profeta, ele sabia que Deus tinha firmado com juramento a promessa de elevar ao seu trono um dos seus descendentes. 31 Neste caso foi a ressurreição de Cristo que ele tinha visto com antecedência e anunciado, quando disse que não seria abandonado na mansão dos mortos, nem sua carne experimentaria a corrupção. 32 Foi a este Jesus que Deus ressuscitou. E disso todos nós somos testemunhas.
Salmo: Sl 15(16),1-2a e 5.7-8.9-10.11 (R/. 1)

R. Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

1 Guarda-me, ó Deus, em ti busco refúgio. 2a Disse ao Senhor: És tu o meu Senhor. 5 Porção da minha herança e do meu cálice, és tu, Senhor, que guardas meu quinhão.

7 Bendigo a Deus porque ele me inspirou, fala-me o coração mesmo de noite. 8 Ponho sempre o Senhor diante dos olhos; não posso resvalar; se o tenho ao lado.

9 Meu coração se alegra e exulta a alma; repousará meu corpo em grande paz. 10 Não deixarás minh’alma entregue à morte, nem corromper-se o corpo do teu servo.

11 O caminho da vida tu me ensinas, viver junto de ti é pleno gozo, delícia eterna estar à tua destra
Evangelho: Mt 28,8-15

Naquele tempo: As mulheres 8 Deixando logo o sepulcro, ainda a tremer mas muito alegres, correram a levar a notícia aos discípulos. 9 E aconteceu que Jesus foi ao encontro delas e disse: “Alegrai-vos!”. Elas chegaram perto dele, abraçaram seus pés e o adoraram. 10 Jesus então lhes falou: “Deixai esse medo! Ide e comunicai aos meus irmãos que sigam para a Galileia. E lá me verão”.11 Elas estavam a caminho, quando alguns dos guardas foram à cidade relatar aos sacerdotes chefes tudo o que tinha acontecido. 12 Eles se reuniram com os anciãos e decidiram dar aos soldados uma boa quantia de dinheiro, 13 com esta recomendação: “Dizei: ‘Os seus discípulos foram de noite roubar o corpo, enquanto estávamos dormindo!’ 14 E se por acaso isso chegar aos ouvidos do governador, nós o convenceremos que foi assim mesmo e tudo faremos para não serdes inquietados”. 15 Os soldados pegaram o dinheiro e agiram conforme as instruções recebidas. Mas esse boato se espalhou entre os judeus e perdura até o dia de hoje.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
“Dizei que os discípulos dele foram durante a noite e roubaram o corpo, enquanto vós dormíeis”. (Mt 28,13bc).
O Evangelho começa com a narrativa da aparição de Jesus às mulheres que tendo encontrado o sepulcro vazio, correram para dar a notícia aos apóstolos. Ao aparecer-lhes, Jesus diz: “Alegrai-vos”, e depois: “Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galileia. Lá eles me verão” (Mt 28,10cd).
Esta aparição confirma a Ressurreição de Jesus, documentada aqui pelo Evangelho de São Mateus.
Mas esta passagem tem outra afirmação importante: os sumos sacerdotes fizeram o possível para esconder a Ressurreição de Jesus. Quando os guardas romanos do sepulcro lhes disseram que o corpo de Jesus tinha desaparecido, os sumos sacerdotes revelaram seu medo da Ressurreição verdadeira de Jesus. Caso contrário não teriam subornado os soldados para que dissessem mentira ao povo sobre o caso. Ora, se o governador soubesse desta grave culpa dos soldados, aplicaria a lei romana, isto é, poderia condená-los à morte.
Não parece que o governador se inteirou do desaparecimento do corpo de Jesus. A ele não interessavam estas coisas dos judeus.
Porém a consequência foi grave: entre os judeus até hoje vigora a mentira sobre o desaparecimento do corpo de Jesus, e, o que é pior, sobre Sua Ressurreição.
Os cristãos nunca se preocuparam com o que o governador Pilatos e os líderes judeus pensaram sobre o desaparecimento do corpo de Jesus. Não se preocuparam nem mesmo com a ignorância deles sobre a Ressurreição de Jesus. Para os cristãos valeu o testemunho dos discípulos que viram Jesus Ressuscitado mais de uma vez. Esta era uma verdade tão grande que eclipsava qualquer opinião contrária.
Para nós pouco importa saber que hoje em dia há quem ignora a Ressurreição de Jesus.
Nós não o vimos Ressuscitado. No entanto cremos no testemunho da primeira geração da Igreja, especialmente no testemunho dos apóstolos.
Sendo a Ressurreição um mistério, importam mais para nós os testemunhos oculares dados pelos discípulos de Jesus do que a opinião distorcida dos líderes judaicos. Para nós importa mais a realidade da Ressurreição de Jesus aceita pela fé do que os resultados das pesquisas históricas atuais que tentam encontrar inexistentes vestígios do corpo de Jesus num sepulcro qualquer de Jerusalém.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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