sexta-feira, 27 de abril de 2018

Liturgia do dia 04/04/2018


Liturgia do dia 04/04/2018


Leituras
At 3,1-10
Sl 104(105),1-2.3-4.6-7. 8-9 (R/. 3b)
Lc 24,13-35

OITAVA DA PÁSCOA

Quarta-Feira

Primeira Leitura: At 3,1-10

Naqueles dias:1 Pedro e João subiam ao Templo para a oração das três da tarde. 2 Ora, havia um homem, paralítico de nascença, que diariamente era carregado até o Templo, onde o deixavam junto à porta que tinha o nome de “a Bela”, para pedir esmolas às pessoas que entravam. 3 Este homem viu Pedro e João, quando iam entrando no Templo, e lhes pediu uma esmola. 4 Mas Pedro, assim como João, fixou nele o olhar e lhe disse: “Olha para nós”. 5 Ele ficou olhando atentamente para eles, na esperança de receber alguma coisa. 6 Então Pedro disse: “Eu não tenho nem prata nem ouro. Mas o que tenho te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, põe-te a caminhar!” 7 E segurando-o pela mão direita, ajudou-o a se levantar. Instantaneamente os seus pés e tornozelos ficaram firmes. 8 Num salto, ficou de pé, começou a andar e, em companhia deles, entrou no Templo, caminhando, pulando de alegria e louvando a Deus. 9 Todo o povo viu o homem andando e louvando a Deus. 10 Quando reconheceram nele o homem que costumava ficar sentado junto à porta “Bela” do Templo pedindo esmolas, vendo o que tinha acontecido a ele, ficaram cheios de espanto e admiração.
Salmo: Sl 104(105),1-2.3-4.6-7. 8-9 (R/. 3b)
R. Exulte o coração dos que buscam o Senhor.
1 Dai graças ao Senhor, gritai seu nome, anunciai aos povos os seus feitos! 2 Cantai a Deus, tocai em sua honra; dizei de novo as suas maravilhas.

3 Pelo seu santo nome gloriai-vos, exulte o coração que busca a Deus! 4 Procurai o Senhor e sua força, buscai constantemente a sua face.

6 Ó raça de Abraão, seu servidor, ó filhos de Jacó; seu predileto, 7 eis que o próprio Senhor é o nosso Deus, vigoram suas leis por toda a terra,

8 Jamais ele esqueceu sua aliança, por gerações sem conta promulga 9 a promessa que fez a Abraão, o juramento que jurou a Isaac.
Evangelho: Lc 24,13-35

13 No mesmo dia, dois discípulos  viajavam para um povoado chamado Emaús a sessenta estádios de Jerusalém: 14 falavam sobre o que tinha acontecido. 15 Enquanto conversavam e discutiam, Jesus em pessoa aproximou-se deles, começando a acompanhá-los; 16 mas os olhos deles estavam como que vendados, de sorte que não conseguiam reconhecê-lo. 17 Então lhes perguntou: “Que assunto estais discutindo enquanto caminhais?”. Eles pararam tristes. 18 Um deles, chamado Cleófas, respondeu: “Por acaso és o único visitante em Jerusalém a ignorar o que se passou nesses dias?”. 19 Ele perguntou: “Que foi?”. E eles continuaram: “O que aconteceu com Jesus de Nazaré, que era um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e de todo povo. 20 Como os sacerdotes-chefes e os nossos dirigentes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. 21 Esperávamos que fosse ele quem libertaria Israel; mas, além disto, este é o terceiro dia desde que isso tudo aconteceu! 22 É verdade que algumas mulheres, das que estavam conosco, nos espantaram. 23 Elas foram de madrugada ao sepulcro e não acharam o corpo. Voltaram dizendo que tinham aparecido anjos, assegurando que está vivo! 24 Muitos de nossos amigos foram ao sepulcro e acharam as coisas como as mulheres disseram; mas não o viram”. 25 Ele então lhes disse: “Ó homens sem inteligência, como é lento o vosso coração para crer no que os profetas anunciaram! 26 Não era preciso que Cristo sofresse essas coisas para entrar na glória?”. 27 E partindo de Moisés, começou a percorrer todos os profetas, explicando em todas as Escrituras, o que dizia respeito a ele mesmo. 28 Quando se aproximaram do povoado aonde se dirigiam, Jesus fez como quem ia para mais longe. 29 Mas eles o forçaram a parar, dizendo: “Fica conosco, porque se faz tarde e o dia vai declinando”. Então, entrou no povoado para ficar com eles. 30 À mesa, ele tomou o pão e, recitando a fórmula da bênção, o partiu e distribuiu entre eles. 31 Então é que os seus olhos se abriram e eles o reconheceram… masele desapareceu da sua vista. 32 Disseram um ao outro: “Não é verdade que o nosso coração ardia, quando nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?”. 33 Voltaram, naquela mesma hora, para Jerusalém. Acharam ali reunidos os Onze e seus companheiros, 34 que lhes asseguraram: “É verdade! O Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!”. 35 Eles também contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho e como o reconheceram no partir o pão.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
... começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito Dele. (Lc 24,27).
O relato do Evangelho de Lucas que lemos hoje é sobre a aparição de Jesus aos discípulos de Emaús.
Este relato emocionante e cheio de suspense nos atrai e encanta.
Sua importância está no fato de Jesus aparecer a dois discípulos anônimos e não a pessoas conhecidas do círculo próximo Dele enquanto vivo. Isto quer dizer que Jesus desejava que testemunhas de Sua Ressurreição fossem também pessoas escolhidas entre aqueles que não eram do grupo dos doze apóstolos.
Mas sua importância também está no fato de Jesus mesmo trazer as Escrituras para testemunharem que o Messias era Ele, e que devia ressuscitar.
Portanto temos provas da Ressurreição de Jesus em duas fontes: o testemunho dos discípulos e o testemunho das Escrituras.
A Igreja se debruçou sobre as Escrituras à procura de todos os traços da Ressurreição de Jesus nos Profetas, nos Salmos, em todos os demais ‘Escritos’ do Antigo Testamento. São Pedro dirá que Dele falam todos os Profetas (At 10,43a), como lemos no Domingo da Ressurreição, o Dia de Páscoa.
Com o tempo as comunidades cristãs tinham acumulado listas de passagens bíblicas que comprovaram a Ressurreição de Jesus. Para a Igreja o Antigo Testamento adquiriu seu sentido verdadeiramente cristão a partir da Ressurreição de Jesus. Isto foi uma grande mudança, e seu resultado foi a introdução do Antigo Testamento nos lecionários litúrgicos cristãos até os nossos dias.
Leiamos os Profetas, os Salmos e outras passagens do Antigo Testamento mencionadas no Novo como prova da Ressurreição de Jesus. Nossa instrução crescerá e para nós serão revelados mistérios que a Ressurreição encerra.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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