terça-feira, 9 de maio de 2017

Liturgia do dia 09/05/2017

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Leituras
At 11,19-26
Sl 86, 1-3. 4-5. 6-7 (R. Sl 116, 1a)
Jo 10,22-30

4ª Semana da Páscoa Ano A

Terça-Feira

Primeira Leitura: At 11,19-26

Naqueles dias: 19 Aqueles que se dispersaram depois da perseguição que se tinha levantado por causa de Estêvão, chegaram até a Fenícia, Chipre e a cidade de Antioquia. Anunciavam a Palavra só aos judeus. 20 Mas havia entre eles alguns oriundos de Chipre e Cirene que, chegando a Antioquia, se dirigiam também aos fiéis de origem grega, anunciando-lhes a Boa-Nova do Senhor Jesus. 21 O poder do Senhor os ajudava, tanto assim que foi grande o número dos que abraçaram a fé e se converteram ao Senhor. 22 Ora, chegaram informações sobre eles à Igreja de Jerusalém; e Barnabé foi enviado a Antioquia. 23 Lá chegando, ele notou o influxo da graça de Deus, ficou muito contente e animava a todos para se conservarem, com firme propósito, fiéis ao Senhor, 24 pois ele era um homem de bem, cheio do Espírito Santo e de fé. Assim é que um número considerável de pessoas aderiu ao Senhor. 25 Em seguida, Barnabé partiu para Tarso, à procura de Saulo. 26 Encontrando-o, levou-o para Antioquia. E durante um ano inteiro estiveram trabalhando juntos nessa Igreja, instruindo numerosa multidão. Foi em Antioquia que os discípulos de Jesus, pela primeira vez, foram chamados “cristãos”.
Salmo: Sl 86, 1-3. 4-5. 6-7 (R. Sl 116, 1a)
R. Louvai ao Senhor, todos os povos.
1 Dos filhos de Coré, canto. O senhor ama a cidade que fundou no monte santo. 2 Ama as portas de Sião mais que todas de Jacó. 3 De ti, ó cidade dele, Deus diz coisas gloriosas;

4 “Conto Egito e Babilônia entre aqueles que me servem! Filisteia, Tiro, Etiópia? Um ou outro ali nasceu.” 5 De Sião, porém, é dito: “Eis a mãe de todo homem!”.

6 O altíssimo o confirma, as nações recenseando: “Foi ali que estes nasceram!”. 7 Cantarão todos por isso, exultando em suas danças: “Eis em ti as nossas fontes!”.
Evangelho: Jo 10,22-30

22 Em Jerusalém celebrava-se a Festa da Dedicação. Era inverno. 23 Jesus caminhava no Templo, sob o pórtico de Salomão. 24 Os judeus o rodearam, perguntando: “Até quando nos deixarás em dúvida? Se és o Messias, declara com franqueza!”. 25 Jesus respondeu: “Eu vo-lo disse e não me credes. As obras que faço em nome de meu Pai dão testemunho de mim. 26 Mas vós não credes, porque não sois minhas ovelhas. 27 Minhas ovelhas conhecem minha voz, eu também as conheço, e elas me seguem. 28 Eu lhes dou a vida eterna: por isso nunca morrerão e ninguém as arrebatará de minha mão. 29 O que o Pai me deu é maior do que tudo e ninguém pode arrancá-lo da sua mão. 30 Eu e o Pai somos um”.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2017 - Ano A - São Mateus, Brasília, Edições CNBB, 2016.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
... vós porém, não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas... (Jo 10,26).
A comparação que Jesus faz entre seus discípulos e os não discípulos enquanto ovelhas, revela o ponto chave de sua decepção com os judeus.
Os judeus se incomodavam com o que Jesus dizia e fazia.
Por um lado dava sinais claros de que era o Messias. Dava sinais claros para comprovar isto, por meio de milagres e explicações com base nas Escrituras.
Como Pastor, Jesus cumpria a profecia de Isaías 40,11:
“Como Pastor, apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos e os levará no seio; as que amamentam ele guiará mansamente”.
Seus inimigos percebiam que Jesus tinha razão.
No entanto não aceitavam Jesus como o Messias por causa das consequências disto: o reconhecimento de Jesus como Messias e tudo o que esta palavra significava.
Sabemos bem que aceitar o Messias incluía aceitar Sua Nova Aliança profetizada por Jeremias (Jr 31,31-34), pela qual: “Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor, porque todos Me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor”. (Jr 31,34).
Aceitar Jesus como Messias incluía aceitar que a Lei de Moisés era apenas figura do que Jesus trouxe: a Graça e a Verdade (Jo 1,17), como uma Nova Lei da Nova Aliança. Jesus nos deu um novo mandamento: “que vos ameis uns aos outros” (Jo 13,34).
Nesta Nova Lei, não haveria mestres como o eram os líderes de Jerusalém, mas todos são irmãos e Cristo o único Mestre: “Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos”. (Mt 23,8).
Jesus, o Messias, devia ser reconhecido como Rei de Israel. Isto incluía complicado relacionamento com os romanos, além da obediência de todos os líderes de Jerusalém a Jesus.
Jesus aceito como Messias devia ser reconhecido como Juiz supremo de Israel. Este cargo era ocupado pelo sumo sacerdote. Nem Anás nem Caifás estavam dispostos a ceder a Jesus esta autoridade.
Os judeus, portanto, deviam aceitar Jesus como Messias com base nas Escrituras e nos milagres que como Messias realizava. Mas não quiseram aceitá-Lo.
E sem aceitá-Lo, ficaram fora de seu redil. Parece pouco, mas com esta comparação Jesus disse tudo sobre os judeus que O rejeitaram.
Vimos aqui como uma simples comparação de Jesus sobre os que o aceitaram e os que o rejeitaram teve uma importância enorme e fundamental. Sem os judeus rebeldes em Seu redil, Jesus fundará a Igreja. Nela estarão suas ovelhas que ouvem Sua voz e Nele acreditam.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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