quarta-feira, 31 de maio de 2017

Santo do Dia 31 de Maio de 2017.

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Santa Camila Battista


O mosteiro das Irmãs Pobres de Santa Clara, de Camerino (Itália), ficou sabendo da canonização de Camila Battista Varano (1458 – 1524), que será realizada no próximo dia 17 de outubro, no dia 19 de fevereiro, quando o Papa Bento XVI assinou o decreto. Segundo Madre Chiara Laura Seroboli, abadessa do mosteiro, a última canonização que a região das Marcas recorda foi a de Santa Maria Goretti, há 60 anos, um evento que, apesar de não haver naquela época tantos meios de comunicação como agora, teve uma “ressonância grandiosa”.
Camilla nasceu na corte de Varano. Seu pai, Giulio Cesare da Varano, era o príncipe de Camerino. Ela passou a juventude entre festas, bailes e vida social. Estudou latim, leis, aprendeu a pintar e a montar a cavalo.
Cresceu em um suntuoso palácio. Em sua autobiografia, ela contou que, quando tinha 9 anos, em uma Sexta-Feira Santa, escutou uma homilia na qual o irmão Domenico da Leonessa pediu aos presentes que derramassem pelo menos uma lágrima cada sexta-feira, por amor a Jesus. Ela fez disso um voto, que seguiu durante a vida inteira.
Ainda jovem, intuiu a vocação à vida religiosa, mas foi-lhe difícil aceitá-la. Porém, depois decidiu abandonar-se nas mãos de Deus e entendeu que Ele a chamava, mas seu pai queria que ela se casasse. Sua nova luta foi superar os obstáculos para poder entrar no mosteiro.
Foi assim que, aos 23 anos, ingressou no mosteiro de Santa Clara de Urbino, um dos lugares mais representativos do movimento da observância. “Fazei, Senhor, que minha vida sempre vos louve, bendiga, glorifique e edifique meus irmãos”, dizia a futura santa, em um dos seus escritos.
Dois anos mais tarde, Camilla fez sua profissão religiosa com o nome de Sor Battista, junto com outras 8 irmãs de Urbino e, assim, entrou no novo mosteiro de Camerino. Seu pai e seus irmãos foram assassinados em uma perseguição sofrida por sua família, em 1502. Camilla foi obrigada a refugiar-se na cidade de Atri, uma pequena localidade dos Abruzzos, na zona meridional da Itália.
Em 1505, o Papa Júlio II a enviou a fundar um mosteiro de clarissas em Fermo e, nos anos 1521 e 1522, viajou a San Severino delle Marche para formar as clarissas locais que haviam assumido a regra de Santa Clara naquele período.
Camilla teve diversas experiências místicas – que se refletem nos numerosos escritos –, nas quais revela seu ardente amor por Cristo crucificado.
Ela morreu no dia 31 de maio de 1524, durante uma peste. “Vós me ressuscitastes em vós, verdadeira vida que dais a vida a cada vivente”, escreveu Camilla. Atualmente, seu corpo é custodiado e exposto ao culto em uma cripta dedicada a ela, na igreja do mosteiro de Camerino.
O milagre ocorrido para a sua canonização aconteceu em 1877. Trata-se da cura inexplicável de uma menina chamada Clelia Ottaviane, de Camerino, que sofria de raquitismo. Devido a alguns problemas do postulador anterior, a causa se deteve durante 100 anos. Foi retomada em 1998 e, em dezembro de 2009, o Papa Bento XVI assinou o decreto no qual se aprovava o milagre para a sua canonização.
As obras de Camilla foram recopiladas em alguns livros que estão sendo reeditados pelas irmãs clarissas por ocasião da sua canonização: “As lembranças de Jesus”, “As dores mentais da Paixão de Jesus”, “Autobiografia”, “Instruções ao discípulo”, “Tratado da pintura do coração” e “Considerações sobre a Paixão do Nosso Senhor”.
“Serve-o por puro amor, porque Ele é o Senhor que só merece ser servido, amado, louvado por cada criatura”, disse Camilla em um dos seus escritos.

Fonte: http://www.franciscanos.org.br/?p=21285

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