quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

SANTO DO DIA 31 DE JANEIRO DE 2018.



SANTO DO DIA 31 DE JANEIRO DE 2018.

São João Bosco, um homem voltado para o céu.

Dom Bosco, criador dos oratórios; catequeses e orientações profissionais, era exemplo para os jovens.

Nasceu perto de Turim, na Itália, em 1815. Muito cedo conheceu o que significava a palavra sofrimento, pois perdeu o pai tendo apenas 2 anos. Sofreu incompreensões por causa de um irmão muito violento que teve. Dom Bosco quis ser sacerdote, mas sua mãe o alertava: “Se você quer ser padre para ser rico, eu não vou visitá-lo, porque nasci na pobreza e quero morrer nela”.

Logo, Dom Bosco foi crescendo diante do testemunho de sua mãe Margarida, uma mulher de oração e discernimento. Ele teve que sair muito cedo de casa, mas aquele seu desejo de ser padre o acompanhou. Com 26 anos de idade, ele recebeu a graça da ordenação sacerdotal. Um homem carismático, Dom Bosco sofreu. Desde cedo, ele foi visitado por sonhos proféticos que só vieram a se realizar ao longo dos anos. Um homem sensível, de caridade com os jovens, se fez tudo para todos. Dom Bosco foi ao encontro da necessidade e da realidade daqueles jovens que não tinham onde viver, necessitavam de uma nova evangelização, de acolhimento. Um sacerdote corajoso, mas muito incompreendido. Foi chamado de louco por muitos devido à sua ousadia e à sua docilidade ao Divino Espírito Santo.

Dom Bosco, criador dos oratórios; catequeses e orientações profissionais foram surgindo para os jovens. Enfim, Dom Bosco era um homem voltado para o céu e, por isso, enraizado com o sofrimento humano, especialmente, dos jovens. Grande devoto da Santíssima Virgem Auxiliadora, foi um homem de trabalho e oração. Exemplo para os jovens, foi pai e mestre, como encontramos citado na liturgia de hoje. São João Bosco foi modelo, mas também soube observar tantos outros exemplos. Fundou a Congregação dos Salesianos dedicada à proteção de São Francisco de Sales, que foi o santo da mansidão. Isso que Dom Bosco foi também para aqueles jovens e para muitos, inclusive aqueles que não o compreendiam.

Para a Canção Nova, para a Igreja e para todos nós, é um grande intercessor, porque viveu a intimidade com Nosso Senhor. Homem orante, de um trabalho santificado, em tudo viveu a inspiração de Deus. Deixou uma grande família, um grande exemplo de como viver na graça, fiel a Nosso Senhor Jesus Cristo.

Em 31 de janeiro de 1888, tendo se desgastado por amor a Deus e pela salvação das almas, ele partiu. Mas está conosco no seu testemunho e na sua intercessão.

São João Bosco, rogai por nós !

IV Semana – Quarta-feira – Tempo Comum – Anos Pares 31 Janeiro 2018 Tempo Comum – Anos Pares IV Semana – Quarta-feira


IV Semana – Quarta-feira – Tempo Comum – Anos Pares


Liturgia do dia 31/01/2018


Liturgia do dia 31/01/2018


Leituras
2Sm 24,2.9-17
Sl 31(32),1-2.5.6.7 (R/. cf. 5c)
Mc 6,1-6

4ª semana do Tempo Comum - Ano B

Quarta-Feira

Primeira Leitura:2Sm 24,2.9-17

Naqueles dias 2 O rei Davi disse a Joab, chefe do exército, que estava com ele: “Percorrei todas as tribos de Israel, de Dan a Bersabé, e fazei o recenseamento do povo, para que eu conheça o seu número!”. 9 Joab entregou ao rei o resultado do recenseamento do povo. Havia em Israel oitocentos mil homens aptos para a guerra, que manejavam a espada; e, em Judá, quinhentos mil. 10 Mas depois disso, Davi sentiu remorsos de ter recenseado o povo. E rezou a Javé: “Pequei gravemente fazendo isto! Apaga, ó Javé, a culpa de teu servo, pois cometi uma loucura!”. 11 Levantando-se Davi na manhã seguinte, foi a palavra de Javé dirigida ao profeta Gad, vidente de Davi: 12 “Vai falar a Davi: ‘Assim diz Javé: proponho-te três coisas; escolhe uma delas, e eu a realizarei’”. 13 Gad veio ter com Davi, comunicando-lhe essa proposta, e declarando: “Queres tu que te venham três anos de fome sobre o país, ou fugirás durante três meses diante do inimigo que te persegue, ou haverá uma peste de três dias em teu país; agora reflete e vê o que devo responder a quem me enviou”. 14 Davi respondeu a Gad: “Estou em grande angústia… Ah! caiamos nas mãos de Javé, pois grande é sua misericórdia; mas que eu não caia na mão dos homens”.15 Davi escolheu a peste.Era o tempo da ceifa do trigo. Javé mandou a peste sobre Israel, a partir da manhã até o tempo estabelecido, e morreram, de Dan até Bersabé, setenta mil homens. 16 O Anjo ia já erguendo a sua mão contra Jerusalém para exterminá-la, mas Javé se arrependeu desse mal, e disse ao Anjo que exterminava o povo: “Basta; retira agora tua mão!”. Ora, o Anjo de Javé se achava perto da eira de Arauna, o Jebuseu. 17 Davi, avistando o Anjo que ferira o povo, disse a Javé: “Fui eu quem pecou, eu quem fez o mal! Estas ovelhas, porém, que fizeram elas? Que a tua mão se abata contra mim e a casa de meu pai!”.
Salmo: Sl 31(32),1-2.5.6.7 (R/. cf. 5c)
R. Perdoai-me, Senhor, meu pecado!
1 Feliz o pecador que é perdoado, aquele cuja falta foi coberta! 2 Feliz o que o Senhor vê sem malícia, e já não tem engano em seu espírito!

5 Enfim te confessei o meu pecado, já não mais escondi a minha culpa. Disse: “Vou confessar a minha falta!”, e o meu pecado, ó Deus, absolveste!

6 Todo fiel, portanto, a ti recorra, ao sentir-se atingido pela angústia. Pois, embora transbordem muitas águas, não poderão chegar onde se encontra.

Tu me salvas da angústia, ó meu refúgio, em hinos de alegria tu me envolves.
Evangelho: Mc 6,1-6

1 Saindo dali, Jesus foi a Nazaré,sua terra. Seus discípulos o acompanhavam. 2 E, no sábado, se pôs a ensinar na sinagoga. Muitos ouvintes ficaram admirados e diziam: “Donde lhe vêm estas coisas? Que sabedoria é essa que lhe foi dada e esses grandes milagres feitos por suas mãos? 3 Não é este o carpinteiro, o filho de Maria, o irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão? E suas irmãs, não vivem aqui entre nós?”. E isso os impedia de crer nele. 4 Jesus lhes dizia: “Um profeta só é estimado fora da sua terra natal, longe dos irmãos e da família em geral”. E não podia fazer lá nenhum milagre, a não ser o de curar alguns doentes, impondo-lhes as mãos. 6 E ficou admirado da sua falta de fé! Jesus andava pelos povoados vizinhos, e ensinava.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
Jesus lhes dizia:
“Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares”. (Mc 6,4).
Aqui está um trecho do Evangelho de Marcos em que Jesus se afirma claramente como Profeta. Isto é, Ele tinha perfeita consciência de ser O Profeta anunciado por Moisés em Dt 18,18.
Devemos ver neste episódio narrado por Marcos a grande inauguração da missão de Jesus como Profeta diante de seus parentes de Nazaré. Se Jesus foi até lá, esperava uma recepção positiva de seu autoanúncio como Profeta e como o Messias de Israel. 
Mas foi o contrário que aconteceu. Então Jesus revela sua decepção dizendo que um profeta só não é estimado em sua terra, entre seus parentes e amigos. Ora, se Jesus disse isto, foi porque conhecia a história dos profetas antigos, vários deles mortos por seus concidadãos. Moisés quase foi apedrejado (Nm 14,10); a rainha Jezabel ameaçou de morte o profeta Elias (1Rs 19,2); o profeta Zacarias foi apedrejado e morto por ordem de Joás, Rei de Judá, (2Cron, 24,20-21. Jesus também revela seu conhecimento sobre os maltratos contra os profetas quando conta a parábola dos vinhateiros homicidas, em Mt 21,35.
A missão de profeta dada por Deus, era, portanto, arriscada. O próprio Povo Eleito cometia maltratos e assassinatos daqueles que Deus lhes enviava.
Mas nada disto deteve Jesus de sua missão profética e messiânica.
Ele a aceitou como vontade de Deus Pai, e enquanto ‘O Profeta’, morreu na Cruz em Jerusalém. Ele mesmo tinha dito que não convinha a um profeta morrer em outra cidade (Lc 13,33). Isto porque Jerusalém era o símbolo de todo o Povo Eleito, que Deus escolhera a partir dos Patriarcas, salvara da escravidão no Egito e na Babilônia. Era naquela cidade que Deus queria que Seu Filho morresse e ressuscitasse. Dali, de fato saíram os discípulos de Jesus levando a todo o mundo seu Evangelho, sua Salvação. Era o novo Moisés da Salvação definitiva do Novo Povo Eleito. Tendo salvo Israel e as nações de seus pecados, Jesus, O Filho de Deus, O Profeta, O Messias, realizara plenamente o Plano Salvador de Deus para toda a humanidade.

Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

SANTO DO DIA 30 DE JANEIRO DE 2018.



Santa Jacinta Marescotti, mestra das noviças.

Santa Jacinta Marescotti empenhou-se na vida de oração, de pobreza, de castidade e vivência da regra.

Em Roma, em 1585, nasceu Jacinta, dentro de uma família muito nobre, religiosa, com posses, mas que possuía, principalmente, a devoção, o amor acima de tudo. Seus pais faziam de tudo para que os filhos conhecessem Jesus e recebessem uma ótima educação.

Jacinta Marescotti que, então, tinha como nome de batismo Clarisse, foi colocada num convento para a sua educação, numa escola franciscana, juntamente com as irmãs. Uma das irmãs dela já era religiosa franciscana.

Crescendo na educação religiosa, com valores. No entanto, a boa formação sempre respeita a liberdade. Já moça e distante daqueles valores por opção, ela quis casar-se. Saiu da vida religiosa, começou a percorrer caminhos numa vida de pecados, entregue à vaidade, à formosura e aos prazeres. Enfim, ia se esvaziando. Até que outra irmã sua veio a se casar. Sua reação não foi de alegria ou de festa, pelo contrário, com inveja e revolta ela resolveu entrar novamente na vida religiosa.

A consequência foi muito linda, porque ao entrar nesse segundo tempo, ela voltou como estava: vazia, empurrada por ela própria, pela revolta. Lá dentro, ela foi visitada por sofrimentos. Seu pai, que tanto ela amava e que lhe dava respaldo material, faleceu, foi assassinado. Ela pegou uma enfermidade que a levou à beira da morte. Naquele momento de dor, ela pôde rever a sua vida e perceber o quanto Deus a amava e o quanto ela não correspondia a esse amor.

Arrependeu-se, quis confessar-se e o sacerdote foi muito firme, inspirado naquele momento a dizer: “Eu só entro para o sacramento da reconciliação se sair, do quarto dela, tudo aquilo que está marcado pelo luxo e pela vaidade”. Até as suas vestes eram de seda, diferente das outras irmãs. Ela aceitou, pois já estava num processo de conversão. Arrependeu-se, confessou-se e, dentro do convento, começou a converter-se.

Jacinta Marescotti de tal forma empenhou-se na vida de oração, de pobreza, de castidade e vivência da regra que tornou-se, mais tarde, mestra de noviças e superiora do convento.

Deus faz maravilhas na vida de quem se deixa converter pelo Seu amor.

Santa Jacinta Marescotti, rogai por nós !

IV Semana – Terça-feira – Tempo Comum – Anos Pares 30 Janeiro 2018 Tempo Comum – Anos Pares IV Semana – Terça-feira


IV Semana – Terça-feira – Tempo Comum – Anos Pares


Liturgia do dia 30/01/2018


Liturgia do dia 30/01/2018


Leituras
2Sm 18,9-10.14b.24-25a.30-19,3
Sl 85(86),1-2.3-4.5-6 (R/.1a)
Mc 5,21-43

4ª semana do Tempo Comum Ano B

Terça-Feira

Primeira Leitura: 2Sm 18,9-10.14b.24-25a.30-19,3

Naqueles dias, Absalão encontrou-se por acaso com uns homens de Davi. Cavalgava um jumento que se enfiou por baixo da ramagem de um enorme carvalho. Enroscou-se então a sua cabeça na árvore, de modo que ficou suspenso entre o céu e a terra, enquanto o jumento ia embora. 10 Vendo isto, um soldado avisou a Joab, dizendo: “Eis que vi Absalão suspenso a um carvalho”. 14 Joab tomando em sua mão três dardos, cravou-os no coração de Absalão, que estava ainda vivo no meio do carvalho. 24 Davi estava sentado entre as duas Portas. O vigia tinha subido ao terraço da Porta da muralha e, levantando os olhos, viu um homem sozinho a correr. 25 Gritando, avisou ao rei, que respondeu: “Se está sozinho, haverá uma boa-nova em sua boca”.30Disse o rei: “Põe-te aqui ao lado e espera”. Ele passou para o lado e esperou. 31 Chegou então o Cuchita e exclamou: “Receba uma boa-nova, meu senhor e rei! Pois Javé te fez hoje justiça contra todos os que levantaram a mão contra ti”. 32 Perguntou o rei ao Cuchita: “E o jovem Absalão, como vai?”. O Cuchita disse: “Tenham a sorte desse jovem os inimigos do meu senhor e todos os que se elevam contra ti para te fazerem mal!”. 19,1 O rei levou um choque. Ele subiu para o quarto superior da Porta e se pôs a chorar. Ele andava e dizia: “Absalão, meu filho! Meu filho, meu filho Absalão! Quem me dera haver morrido em teu lugar! Absalão, meu filho! Meu filho!”. Disseram a Joab: “Eis que o rei chora e se lamenta por causa de Absalão”. 3 Assim a vitória daquele dia transformou-se em luto para todo o povo, porque soubera como o rei ficara transtornado por causa do seu filho.
Salmo: Sl 85(86),1-2.3-4.5-6 (R/.1a)

R. Inclina o ouvido, escuta-me, Senhor!

1 Inclina o ouvido, escuta-me, Senhor, porque me vejo pobre e desvalido! 2 Porque te sou fiel, guarda a minh’alma; confio em ti, Senhor, salva o teu servo!

3 Tem compaixão de mim: és o meu Deus; clamo por ti, Senhor, o dia inteiro. 4 Traze alegria à alma do teu servo, pois ergo a ti, Senhor, meu coração.

Senhor, és bom e pronto a perdoar, cheio de amor por todos que te invocam. 6 Ouve com atenção a minha prece; escuta a minha voz, que te suplica.
Evangelho: Mc 5,21-43

21 Depois que Jesus voltou para a outra margem, enquanto ainda estava no mar, grande multidão acorreu até ele. 22 Chegou um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo, que, quando o viu, jogou-se por terra a seus pés.23 Suplicou-lhe com insistência dizendo: “Minha filha está nas últimas. Vem, impõe-lhe as mãos para que ela sare e viva!”. 24 Jesus foi com ele. Uma grande multidão o seguia e o apertava de todos os lados. 25 Ora, certa mulher sofria há doze anos de uma perda de sangue. 26 E ela tinha sofrido muito nas mãos de vários médicos, já tendo gasto tudo que possuía sem melhorar, e, pelo contrário, piorando cada vez mais. 27 Quando ela ouviu falar de Jesus, meteu-se entre a multidão e chegando por trás tocou na roupa dele. 28 Ela pensava: “Se eu tocar nele, ainda que seja só na roupa, ficarei curada”.29 E imediatamente secou a fonte do seu sangue, e ela percebeu, em seu corpo, que estava curada da doença.30 Mas logo Jesus sentiu que uma força tinha saído dele. Virou-se então no meio da multidão e perguntou: “Quem tocou na minha roupa?”. 31 Os discípulos responderam: “Estás vendo a multidão que te aperta e ainda perguntas: Quem te tocou?”. 32 E ele olhava a sua volta procurando aquela que tinha agido assim. Sabendo o que tinha acontecido, 33 a mulher, amedrontada e tremendo, foi cair aos pés de Jesus e lhe contou toda a verdade. 34Ele lhe disse: “Filha, tua fé te curou. Vai em paz e fica curada da tua doença”. 35 Ele ainda estava falando quando chegaram mensageiros da casa do chefe da sinagoga, dizendo: “Tua filha morreu. Por que ainda incomodar o Mestre?”. 36 Jesus, percebendo o que acabavam de dizer, disse ao chefe da sinagoga: “Não temas, mas apenas crê!”. 37 E não permitiu que nenhum outro o acompanhasse a não ser Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago. 38 Chegaram à casa do chefe da sinagoga. Ele notou grande agitação, choro e lamentações. 39 Entrou e lhes disse: “Por que esta confusão e este choro? A menina não está morta, mas dorme”. 40 Eles se puseram a caçoar. Mas ele fez com que todos saíssem. E levando consigo o pai e a mãe da menina, e os que o tinham acompanhado, entrou onde a menina estava estendida. 41 Pegando na mão da menina, disse-lhe: Eu te ordeno: “Talitá kum”, isto quer dizer: “Menina, levanta-te!”. 42 E no mesmo instante a menina se levantou e andava, pois já tinha doze anos. Todos ficaram profundamente assombrados. 43 Mas ele lhes recomendou, com insistência, que ninguém tivesse notícia do caso. E mandou dar de comer à menina.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
Talita cum (Mc 5,41b).
O Evangelho de hoje é longo porque traz dois milagres de Jesus.
O primeiro é a ressurreição da filha de Jairo.
O segundo é o da mulher que sofria de uma hemorragia. Ela toca o manto de Jesus e é imediatamente curada. Este milagre, no entanto, é inserido na narrativa da ressurreição da filha de Jairo, um dos chefes da sinagoga. É precisamente sobre este milagre que precisamos nos concentrar.
Na Liturgia da Palavra dos dias passados os Evangelhos nos mostravam Jesus com poder divino sobre as forças da natureza.
Na ressurreição da filha de Jairo, como em outras ressurreições que Jesus faz, manifesta-se seu poder divino muito maior ainda do que aquele sobre as forças da natureza e ainda sobre o poder de perdoar os pecados: Jesus pode restituir a vida aos mortos!
No entanto, no Evangelho de hoje, uma vez ressuscitada a menina, ninguém pergunta:            “Quem é este que pode até mesmo ressuscitar os mortos?”.
Esta seria a pergunta esperada depois de uma demonstração de poder divino de Jesus. 
No entanto o Evangelho não traz esta pergunta.
Se não a traz, nós a trazemos. Meditemos sobre o poder de Jesus enquanto Filho de Deus, fazendo estes milagres para nos provar Sua natureza divina unida a sua natureza humana. 
Peçamos, hoje também, a ajuda da Graça de Deus para aprofundarmos esta compreensão tão importante para nossa fé. Deus nos ouvirá, e por meio Dele conheceremos melhor Jesus Cristo. 
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.


SANTO DO DIA 29 DE JANEIRO DE 2018.



São Pedro Nolasco, devoto da Santíssima Virgem.

São Pedro Nolasco fez o voto de castidade, de pobreza e obediência.

No século XII, uma família francesa teve a graça de ter como filho o pequeno Pedro Nolasco que, desde jovem, já dava sinais de sensibilidade com o sofrimento alheio. Foi crescendo, formando-se, entrou em seus estudos humanísticos e, ao término deles, numa vida de oração, penitência e caridade ativa, São Pedro Nolasco sempre buscou viver aquilo que está na Palavra de Deus.

Desde pequeno, um homem centrado no essencial, na pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo; um homem devoto da Santíssima Virgem.

No período de São Pedro Nolasco, muitos cristãos eram presos, feitos escravos por povos não-cristãos. Eles não só viviam uma outra religião – ou religião nenhuma –, como atrapalhavam os cristãos.

São Pedro Nolasco, tendo terminado os estudos humanísticos e ficando órfão, herdou uma grande herança. Ao ir para a Espanha, deparou-se com aquele sofrimento moral e também físico de muitos cristãos que foram presos e feitos escravos. Então, deu toda a sua herança para o resgate de 300 deles. Mais do que um ato de caridade, ali já estava nascendo uma nova ordem; um carisma estava surgindo para corresponder àquela necessidade da Igreja e dos cristãos. Mais tarde, fez o voto de castidade, de pobreza e obediência; foi quando nasceu a ordem dedicada à Santíssima Virgem das Mercês para resgatar os escravos, ir ao encontro daqueles filhos de Deus que estavam sofrendo incompreensões e perseguições.

Em 1256, ele partiu para a glória sabendo que ele, seus filhos espirituais e sua ordem – que foi abençoada pela Igreja e reconhecida pelo rei – já tinham resgatado muitos cristãos da escravidão.

Peçamos a intercessão deste santo para que estejamos atentos à vontade de Deus e ao que Ele quer fazer através de nós.

São Pedro Nolasco, rogai por nós !

IV Semana – Segunda-feira – Tempo Comum – Anos Pares 29 Janeiro 2018 Tempo Comum – Anos Pares IV Semana – Segunda-feira


IV Semana – Segunda-feira – Tempo Comum – Anos Pares


Liturgia do dia 29/01/2018


Liturgia do dia 29/01/2018


Leituras
2Sm 15,13-14.30; 16,5-13a
Sl 3,2-3.4-5.6-7 (R/. 7b)
Mc 5,1-20

4ª semana do Tempo Comum - Ano B

Segunda-Feira

Primeira Leitura: 2Sm 15,13-14.30; 16,5-13a

Naqueles dias, 13 veio um informante a Davi com a noticia: “Os corações dos israelitas aderiram a Absalão!”.14 Davi disse aos servos que estavam com ele em Jerusalém: “Vamos, fujamos, pois não é possível escapar de Absalão! Apressai-vos em partir, a fim de que não nos alcance, sendo porventura mais ligeiro, e nos cause ruína, e passe a cidade a fio de espada”. 30 E Davi subia o monte das Oliveiras, ele ia subindo e chorando, de rosto velado e descalço; e todo o povo que estava com ele tinha o rosto velado e subia chorando.16,5 Chegando o rei a Baurim, saiu dali um homem da família de Saul, chamado Semeí, filho de Gera, proferindo maldições. 6Atirava pedras em Davi e em todos os seus oficiais, enquanto todos os guerreiros caminhavam à direita e à esquerda do rei. Eis que Semeí dizia, amaldiçoando: “Vai, vai-te embora, homem de sangue, sujeito à toa! 8Javé fez cair sobre ti todo o sangue da casa de Saul, cujo lugar usurpaste! Pois Javé entregou a tua realeza às mãos de teu filho Absalão. E eis que te achas em tua desgraça porque és um homem sanguinário”. 9 Abisaí, filho de Sárvia, disse então ao rei: “Por que amaldiçoa este cão morto ao rei, meu senhor? Deixe-me passar para cortar-lhe a cabeça!”. 10 Mas Davi respondeu: “Que tendes a ver comigo, filho de Sárvia? Se ele amaldiçoa, e se Javé lhe ordenou: ‘Amaldiçoa a Davi’, quem poderia interpelá-lo: ‘Por que fazes assim?’”. 11 Em seguida Davi disse a Abisaí e a todos os seus servos: “Eis que meu filho, que saiu das minhas entranhas, conspira contra minha vida! Quanto mais este benjaminita! Deixa-o amaldiçoar, se Javé assim lho ordenou. 12 Talvez Javé considere a minha aflição, e compense com favores as maldições de hoje”. 13 Davi e seus homens prosseguiram o caminho, enquanto Semeí seguia o flanco da montanha em caminho paralelo ao de Davi, e, ao caminhar, ele ia atirando pedras e jogando terra.
Salmo: Sl 3,2-3.4-5.6-7 (R/. 7b)

R. Levanta-te, Senhor! Salva-me, ó Deus!

Quantos, Senhor, aqueles que me afligem, quantos os que se insurgem contra mim! 3 São muitos a dizer a meu respeito: “Não acharás em Deus a salvação!”.

4 Tu és porém o escudo que me cerca, a glória que soergue a minha fronte. 5 Pelo Senhor eu clamo em altos brados, e do seu monte santo me responde.

6 Então deito-me em paz, logo adormeço; quando desperto, ampara-me o Senhor. 7 Não temerei mil homens que me cerquem. Levanta-te, Senhor! Salva-me, ó Deus!
Evangelho: Mc 5,1-20

1 Chegaram à outra margem do mar, Jesus e seus discípulos, na região dos gerasenos. 2 Quando desembarcou, um homem possesso de um espírito impuro, saindo dos sepulcros, logo foi ao seu encontro. 3 Ele morava nos sepulcros e ninguém conseguia mantê-lo preso, nem mesmo com correntes, 4 pois muitas vezes lhe haviam algemado os pés e as mãos, e ele arrebentava as correntes, quebrava as algemas, e ninguém o dominava. 5 Passava o tempo inteiro nos sepulcros e sobre os montes, gritando e ferindo-se com pedras. 6Quando viu Jesus de longe, correu e prostrou se diante dele, 7 e gritou com voz forte: “Que é que tens tu comigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Em nome de Deus: não me atormentes!”. É que Jesus lhe tinha dito: “Espírito impuro, sai deste homem!”. 9 Depois, ele lhe perguntou: “Qual é o teu nome?”. Respondeu-lhe: “Meu nome é Legião, porque somos muitos”. 10 Suplicava-lhe então, com insistência, que não o expulsasse daquela região. 11 Ora, havia ali, ao pé do monte, um grande número de porcos na pastagem. 12 E os espíritos suplicaram-lhe: “Manda-nos para os porcos, e deixa-nos entrar neles”. 13 Ele permitiu, e os espíritos impuros saíram do homem e entraram nos porcos. Estes, cerca de dois mil, jogaram-se com violência no mar, e se afogavam. 14 Os que tomavam conta dos porcos fugiram e espalharam a notícia pela cidade e pelos campos. Várias pessoas foram ver o que tinha acontecido. 15 E chegando perto de Jesus, viram o possesso sentado, vestido e bom de juízo: aquele mesmo que a Legião tinha possuído. Ficaram cheios de medo. 16 Os que tinham visto lhes contaram então o que tinha acontecido com o possesso e com os porcos. 17 E eles insistiram para que Jesus deixasse a terra deles. 18 Quando ele entrava na barca, o possesso de antes pediu para ir em sua companhia. 19 Ele não permitiu, mas lhe disse: “Vai para casa, junto dos teus, e anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve pena de ti”. 20 Então ele se retirou, e começou a proclamar pela região das Dez Cidades tudo quanto o Senhor lhe tinha feito, e todos ficaram admirados.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
... o homem foi embora e começou a pregar na Decápole tudo o que Jesus tinha feito por ele. E todos ficaram admirados. (Mc 5,20). 
Em três pontos este Evangelho nos chama à atenção.
primeiro, evidente, é o fato de Jesus expulsar uma legião de demônios daquele homem possesso. Não um demônio só, mas uma legião deles.
segundo é o diálogo submisso dos demônios com Jesus, e, de modo especial, a afirmação que eles fazem a Jesus e às pessoas ali presentes: “Que tens a ver comigo, Jesus, Filho de Deus Altíssimo” (Mc 5,7). É surpreendente que seja o demônio a dizer isto. Notemos que no Evangelho de São Marcos Jesus nunca se afirma “Filho de Deus Altíssimo”, mas sim os demônios. Jesus sabia que era o Filho de Deus Altíssimo, mas São Marcos faz os demônios o declararem para que o povo ali presente o ouvisse. Aquelas pessoas não sabiam que Jesus era o Filho de Deus Altíssimo, e daquele momento em diante ficam sabendo.
terceiro ponto é a missão que Jesus deu ao ex-possesso. Notemos como aquele homem pouco entendia sobre o Messias de Israel, pois nem era judeu. Mas Jesus manda que ele difunda no meio de seu povo quem Jesus é, e que maravilhas Deus por ele realizou. Assim chegou ao conhecimento da Decápole a notícia sobre Jesus. Ora, a Decápole era um conjunto de dez cidades não judias ao nordeste de Judá. Será, provavelmente, por este motivo, entre outros, que multidões da Decápole vão procurar Jesus mais tarde, como nos relatam os Evangelhos.
Este fato é narrado neste Evangelho para nos mostrar como Jesus quis anunciar o Reino de Deus também aos não judeus. Ele era o Salvador não só dos judeus, mas também dos pagãos.
Vivemos num mundo em que, nós, os cristãos, não somos a maioria.
Os muçulmanos são mais numerosos que os cristãos, e além deles há várias outras religiões. A Igreja se empenha hoje no diálogo com as diferentes religiões. É por meio deste diálogo que Jesus chega ao conhecimento de milhões de pessoas não cristãs.
Se este diálogo somente fosse a busca de ‘boa vizinhança’ com outras religiões e crenças, não faria sentido.
Se este diálogo fosse uma forma de ‘erenismo’, isto é, uma paz simplória, uma visão que afirma serem boas todas as religiões e que devemos fechar os olhos para os conflitos que provocam contra o cristianismo, este diálogo seria uma falência.
O verdadeiro diálogo da Igreja com outras religiões não implica perda alguma nem à fé cristã nem ao direito humano da liberdade de religião. Este diálogo deve conduzir a uma ação conjunta das religiões para o bem comum de toda a humanidade, cada uma oferecendo de si os maiores valores religiosos e humanos para o bem comum. Isto se explica pela presença, no mundo, de forças negativas que promovem a violência, a guerra, a escravidão, a pobreza, a perseguição religiosa, a destruição do planeta, o desrespeito aos direitos humanos e a todos os demais valores positivos da humanidade.               

Lembrar ao mundo as maravilhas que Jesus Cristo realizou, cumprindo a vontade de Deus pelo bem de toda a humanidade, é o melhor que podemos fazer.

Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.