sábado, 20 de janeiro de 2018

Liturgia do dia 19/01/2018



Liturgia do dia 19/01/2018


Leituras
1Sm 24,3-21
Sl 56(57),2.3-4.6.11 (R/. 2a)
Mc 3,13-19

1ª semana do Tempo Comum - Ano B

Sexta-Feira

Primeira Leitura: 1Sm 24,3-21

Naqueles dias 3 Saul tomou três mil homens escolhidos de todo Israel, e foi à procura de Davi nos rochedos dos Cabritos. 4 Chegando aos apriscos de ovelhas que havia ao longo do caminho, entrou Saul numa caverna para satisfazer uma necessidade. Ora, Davi e seus homens estavam sentados no fundo da caverna, 5 e estes disseram a Davi: “Eis o dia em que Javé te diz: ‘Entrego o teu inimigo nas tuas mãos; faze dele o que te aprouver!’”. Levantou-se Davi e cortou furtivamente a aba do manto de Saul. 6 Mas depois disso teve remorsos de ter cortado a aba do manto de Saul, 7 e disse aos seus: “Javé não me permita fazer tal coisa a meu senhor, estendendo a minha mão contra ele; pois ele é o ungido de Javé!”. 8 E Davi conteve seus homens com palavras categóricas, e não permitiu que agredissem Saul. Enfim, Saul levantou-se, saiu da gruta e continuou o seu caminho. 9 Então, Davi deixou a gruta e bradou atrás de Saul: “Ó rei, meu senhor!” E quando Saul se voltou, Davi inclinou-se e prostrou-se por terra, 10 e disse: “Por que dás ouvidos aos que dizem: ‘Davi procura fazer-te mal’? 11 Eis que hoje teus olhos viram como Javé te entregou nas minhas mãos, dentro da gruta! Recusei-me a matar-te, compadeci-me de ti, e disse: ‘Não estenderei minha mão contra meu senhor; porque ele é o ungido de Javé’. 12 Ó meu pai, olha bem! Eis a aba de teu manto na minha mão. Se eu pude cortá-la e não te matei, reconhece que não há mal e nem crime em minha mão, e que jamais pequei contra ti, ao passo que tu, ao contrário, me armas ciladas para tirar-me a vida. 13 Julgue Javé entre mim e ti, e que ele me vingue de ti; mas minha mão nunca se levantará contra ti. 14 Como diz o provérbio dos antigos: ‘Dos malvados parte a maldade, e minha mão não tocará em ti’. 15 Atrás de quem partiu em guerra o rei de Israel? Atrás de quem moves a perseguição? Atrás de um cão morto, atrás de uma miserável pulga! 16 Seja Javé o árbitro e julgue entre nós dois. Que examine e defenda a minha causa, e que ele me faça justiça, livrando-me da tua mão”. 17 Terminadas estas palavras, Saul respondeu: “É bem essa a tua voz, meu filho Davi?”. E Saul elevou a voz e chorou, 18 depois disse a Davi: “Tu és mais justo do que eu, pois tu me fizeste o bem, e eu te fiz o mal. 19 Provaste hoje o bem que queres a mim; pois Javé me entregou nas tuas mãos e não me quiseste matar. 20 Pois quem encontrará o seu inimigo e o deixará ir embora tranquilo? Que Javé te recompense pelo bem que me fizeste hoje. 21 E agora eu sei com certeza que tu reinarás de verdade e que a realeza sobre Israel será firme em tuas mãos.
Salmo: Sl 56(57),2.3-4.6.11 (R/. 2a)

R. Tem compaixão, ó Deus, tem compaixão!

2 Tem compaixão, ó Deus, tem compaixão, que em ti busca refúgio a minha alma! Das tuas asas eu me abrigo à sombra, até que se desfaça a tempestade.

3 Ao altíssimo Deus lanço o meu brado, ao Deus que tudo faz em meu favor. 4 Do céu estenda a mão e me socorra, cubra de confusão quem me persegue, graça e fidelidade me conceda!

Eleva-te, Senhor, por sobre os céus; refulja a tua glória sobre a terra.

11 Pois mais alto que os céus é o teu amor, tua fidelidade atinge as nuvens.
Evangelho: Mc 3,13-19

Naquele tempo 13 Jesus subiu ao monte. E chamou os que queria para junto de si. E eles chegaram perto dele.14 Instituiu doze para serem seus companheiros, e para enviá-los a pregar, 15 com o poder de expulsar os demônios. 16 Simão, a quem acrescentou o nome de Pedro; 17 Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais deu o nome de Boanerges, isto é, Filhos do Trovão; 18 André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão o Cananeu, 19 e Judas Iscariotes, que o traiu.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
Então Jesus designou doze, para que ficassem com Ele e para enviá-los a pregar, ... (Mc 3,14).
Quando Jesus escolheu os doze discípulos como quis, isto é, depois de considerar as qualidades e disposições de cada um, deu início ao anúncio do Evangelho do Reino de Deus.
Ora, este anúncio fora entendido pelos discípulos, os doze, que já sabiam, através das leituras do Antigo Testamento nas sinagogas, que em Jesus se cumpria o que está escrito em Jr 31,31, citado na Primeira Leitura de hoje:
Com efeito, Deus adverte:
“Dias virão, diz o Senhor,
em que concluirei com a casa de Israel
e com a casa de Judá
uma Nova Aliança”. (Hb 8,8, citando Jr 31,31).
Entendemos, assim, como o projeto de Jesus, o de levar adiante uma reforma religiosa do Povo Eleito, era esperado tal como profetizado por Jeremias. A Nova Aliança não era outra coisa que a mudança do relacionamento de todo o Povo Eleito com Deus, antes fundamentado na Antiga Aliança, estabelecida por intermédio de Moisés.
Os discípulos se perguntaram: será Jesus quem vai realizar a Nova Aliança?
Podemos ter certeza de que perguntaram isto a Jesus, e Ele lhes terá respondido positivamente, embora não haja sinais deste diálogo nos Evangelhos. Não nos esqueçamos: os Evangelho não podem conter todos os diálogos de Jesus com todas as pessoas que conheceu.
Este fato nos leva a concluir que a decisão de seguir Jesus por parte dos discípulos que Ele escolheu foi um processo cuidadoso. Eles podiam confiar totalmente em Jesus, assumir seu projeto de renovação religiosa de Israel, vê-lo estabelecer a Nova Aliança profetizada por Jeremias, e, por fim, executar com Jesus este projeto até o fim.
Jesus vai capacitá-los para isto quando, neste Evangelho, enviá-los com poder sobre os demônios, com a ordem de anunciar o Reino de Deus. Eles o farão com alegria e sucesso. Tudo o que Jesus lhes propusera começava a dar certo.
Entendamos nossa condição de cristãos discípulos de Jesus.
Nós confiamos firmemente Nele.
Com Ele vivemos a Nova Aliança em Seu Sangue, celebrada a cada Eucaristia.
Nesta Nova Aliança somos levados a Deus Pai, e por fim, no dia de nossa ressurreição, estaremos com Deus para sempre.
Pensemos, hoje, nessas coisas, com grande gratidão a Deus.

Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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