sexta-feira, 16 de março de 2018

Liturgia do dia 06/03/2018


Liturgia do dia 06/03/2018


Leituras
Dn 3,25.34-43
Sl 24(25),4bc-5ab.6-7.8-9
Mt 18,21-35

3º SEMANA DA QUARESMA

Terça-Feira

Primeira Leitura: Dn 3,25.34-43

Naqueles dias, 25 Azarias, de pé, rezou assim:34 Não nos abandones para sempre, por amor de teu Nome; não nos negues tua aliança, 35 nem nos retires tua misericórdia por amor de Abraão, teu amigo, de Isaac, teu servo, e de Israel, teu santo, 36 aos quais prometeste numerosos filhos, como as estrelas do céu e como a areia à beira do mar. 37 Senhor, somos poucos, menos que as nações; eis-nos hoje humilhados em toda a terra, por causa dos nossos pecados. 38 Agora não há mais chefe, profeta, nem príncipe, holocausto, sacrifício, oblação nem incenso, nem lugar para oferecer primícias e achar tua misericórdia. 39 Com alma contrita e espírito humilhado achemos acolhida. Como holocaustos de cordeiros gordos, 40 seja hoje nosso sacrifício diante de ti para que te seja agradável, pois não se confundirão os que em ti confiam. 41 Agora vos seguimos de coração, tememos e buscamos tua Face. 42 Não nos confundas! Trata-nos segundo tua mansidão e a grandeza de tua misericórdia.43 Livra-nos conforme teu grande poder e glorifica, Senhor, o teu Nome.
Salmo: Sl 24(25),4bc-5ab.6-7bc.8-9 (R/. 6a)
R. Recordai, Senhor, a vossa compaixão!
4 Revela-me, Senhor, os teus caminhos; faze-me conhecer tuas veredas! Pela tua verdade me orientes, pois és o Deus da minha salvação. Em ti, Senhor, espero o dia todo;

recorda-te de mim no teu amor! Não te esqueças, Senhor, do teu amor, nem da tua bondade: são eternos.7 Não lembres minhas faltas quando moço; nem, em tua bondade, os meus pecados.

8 O senhor é bondade e retidão, ele ensina o caminho aos pecadores. 9 Guia pela justiça os pequeninos, ensina ao povo humilde a sua estrada.
Evangelho: Mt 18,21-35

Naquele tempo, 21 Pedro, então, chegou perto de Jesus e lhe perguntou: “Senhor, quantas vezes terei de perdoar a meu irmão, se pecar contra mim? Até sete vezes?”. 22Jesus lhe respon-deu: “Eu não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Parábolas do devedor cruel.23 A propósito, o reino dos céus é semelhante a um rei que quis acertar as contas com seus servidores. 24 Para começar, apresentaram- lhe um que devia dez mil moedas de grande valor. 25 Como não tinha com que pagar, ordenou ao senhor que o vendesse com sua mulher, seus filhos e todos os bens que possuía, para que desse modo saldasse a dívida. 26 Então, o servidor se atirou aos pés dele, suplicando: ‘Concede-me um prazo e eu te pagarei toda a dívida’. 27 Compadecido, o senhor deixou o servidor em liberdade e perdoou-lhe a dívida. 28 Ora, apenas saído, aquele servidor encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem pobres moedas. Agarrando-o pelo pescoço, sufocava-o, dizendo: ‘Paga o que deves!’ 29 Mas o companheiro, caindo a seus pés, suplicava-lhe, dizendo: ‘Concede-me um prazo e eu te pagarei tudo!’ 30 Mas ele não quis concordar; pelo contrário, foi-se embora e mandou jogá-lo na cadeia até pagar a dívida. 31 Vendo o que se passava, seus companheiros ficaram profundamente entristecidos e foram levar ao senhor a notícia desse caso. 32 Então, o senhor o chamou e disse-lhe: ‘Servidor cruel! Eu te perdoei toda a dívida, porque me suplicaste isso. 33 Não devias tu também ter pena do teu companheiro, como eu tive de ti?’ 34 E, encolerizado, o senhor o entregou aos carrascos, até que pagasse toda a dívida. 35 Do mesmo modo também procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão de todo o coração”.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
“É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, 
se cada um não perdoar de coração ao seu irmão” (Mt 18,35).
Jesus nos conta uma parábola em que mostra como Deus julga as pessoas.
O primeiro sentimento de Deus ao julgar alguém, diz Jesus, é o de misericórdia.
Foi assim que o rei, que nesta parábola representa Deus, perdoou a grande dívida que um de seus servidores tinha com ele. O rei teve pena daquele homem, que certamente era pobre, tinha mulher e filhos para sustentar e estava sem dinheiro para pagar sua dívida.
O rei, em sua bondade, perdoou a dívida e não exigiu nada em troca. Ficou satisfeito pelo simples fato de ter podido ter feito o bem àquele homem necessitado.
Esta é a imagem de Deus que perdoa nossos pecados sem exigir nada em troca, por maiores que sejam. Deus é cem por cento misericordioso.
Mas a parábola continua.
O homem perdoado saiu do palácio. Encontrou um amigo que lhe devia pouco dinheiro. Mas em vez de perdoá-lo, levou-o ao juiz que o pôs na prisão até que pagasse tudo o que devia.
O rei, ao saber disso, chamou de volta o que tinha perdoado. Acontece que o rei, além de misericordioso, era também justo. Repreendeu o que tinha perdoado dizendo que não tinha sido misericordioso com seu amigo. A falta da misericórdia provocou a aplicação da lei da justiça. Assim mandou para os torturadores aquele que antes tinha sido perdoado mas não tinha sabido perdoar.
Novamente vemos aqui o rei que representa Deus. Desta vez é o Deus da justiça. Deus é cem por cento justo.
Jesus conclui seu ensino com estas palavras: “É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão” (Mt 18,35).
Perguntemos a nós mesmo: de que modo preferimos receber o perdão de Deus?
Com Sua Misericórdia?
Com Sua Justiça?
Pensemos bem e peçamos-Lhe: “Pai nosso, perdoai nossos pecados com Vossa Misericórdia e com Vossa Justiça. E ensina-nos a fazer o mesmo com nossos irmãos”.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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