sexta-feira, 16 de março de 2018

Liturgia do dia 17/03/2018

Liturgia do dia 17/03/2018


Leituras
Jr 11,18-20
Sl 7,2-3.9bc-10.11-12 (R/. 2a)
Jo 7,40-53

4ª SEMANA DA QUARESMA

Sábado

Primeira Leitura: Jr 11,18-20

18 Javé me fez conhecer e entendi. Então me fizeste ver suas ações. 19 Eu era como um manso cordeiro levado ao matadouro e não sabia que atentavam contra mim: “Destruamos a árvore no seu vigor; extirpemo-lo da terra dos vivos, de sorte que seu nome não seja mais lembrado!”. 20 Mas, ó Javé dos exércitos, juiz justo que esquadrinhas os rins e coração! Que eu veja tua vingança neles, pois a ti confiei minha causa.
Salmo: Sl 7,2-3.9bc-10.11-12 (R/. 2a)
R. Senhor, meu Deus, em ti busco refúgio.
2 Senhor, meu Deus, em ti busco refúgio; eis o perseguidor… Livra-me e salva-me! 3 Não rasgue, qual leão, minha garganta; nem me arrebate sem que alguém me salve…

9bc Vem julgar-me, Senhor, vê que sou justo, bem o merece a minha integridade! 10 Põe um fim à maldade dos perversos; dá forças, justo Deus, ao homem justo, pois conheces por dentro os corações.

11 Eu tenho em Deus o escudo que me cobre, é ele o salvador das almas retas. 12 Deus é um juiz que julga com justiça, é um Deus que ameaça cada dia.
Evangelho: Jo 7,40-53

Naquele tempo: 40 Muitos daquela gente que tinham ouvido as palavras de Jesus afirmavam: 41“Verdadeiramente, ele é o profeta!”. Outros: “Ele é o Cristo!”. Mas os outros discordavam: “O Cristo pode vir da Galileia? 42 Não está escrito que o Cristo virá da posteridade de Davi e de Belém, do povoado de onde era Davi?”. 43 Daí surgiu a divisão entre o povo por causa dele. 44 Alguns queriam prendê-lo, mas ninguém o agarrou. 45 Os guardas, então, voltaram aos sacerdotes chefes e aos fariseus. E eles os censuraram:  “Por que não o trouxestes?”. 46 Eles responderam: “Nunca alguém falou como este homem!”. 47 Os fariseus exclamaram: “Vós também ficastes seduzidos? 48 Por acaso alguém dos chefes ou dos fariseus acreditou nele? 49 Mas esta gente que não conhece a Lei é maldita!”. 50 Nicodemos, que antes tinha ido encontrar-se com Jesus, e era um deles, lhes disse: 51 “Acaso nossa Lei condena alguém sem primeiro ouvi-lo e conhecer suas ações?”. 52Responderam lhe: “Tu também és galileu? Investiga e verás que nenhum profeta surge da Galileia”. 53 E cada um voltou para a sua casa.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
... houve divisão no meio do povo por causa de Jesus. (Jo 7,43).
O Evangelho de São João Evangelista nos vai mostrando aos poucos como Jesus se revelou como Filho de Deus e Messias de Israel aos judeus de seu tempo.
Desta vez os que discutem a origem de Jesus são pessoas do Povo.
O próprio Povo de Deus ficou, por um tempo, confuso diante da pessoa de Jesus, do que dizia e fazia.
A questão central para eles era: Jesus seria o Messias?
E sabiam que o Messias devia vir de Belém, terra de Davi (Jo 7,42). Porém, na opinião deles, Jesus era da Galiléia. Por isso, diziam os escribas e fariseus, que Jesus não podia ser o Messias. Se Ele dizia isto e não fosse o Messias, devia ser julgado e condenado à morte.
Em discussão com eles, Nicodemos, um fariseu,argumentou que Jesus devia ser ouvido antes de ser julgado.
Mas os líderes disseram que Nicodemos era um ignorante: não sabia que da Galiléia não surgia profeta (Jo 7,52). Isto era o que diziam.
Jesus afirmava o contrário. Viera da Galiléia, sim. Mas não disse a ninguém que tinha nascido em Belém. Não sabemos por qual motivo Jesus ocultou sua origem em Belém. Sabemos apenas que sua vinda da Galiléia provocou as dúvidas quanto a ser o Messias.
Consideremos, no entanto, esta questão pelo que nos diz respeito.
O que sabemos sobre Jesus?
Temos nos informado sobre o que a Igreja ensina em seus documentos, o que a teologia nos fala sobre Jesus?
Isso precisa ter uma resposta de nossa parte, para não cairmos numa destas três ilusões:
primeira: a ilusão sentimental. Consiste em achar que basta amar Jesus Cristo sentimentalmente. Assim a instrução teológica sobre Jesus não seria importante, nem mesmo seguir cuidadosamente o que Ele ensina. Só o amor a Ele bastaria para nos salvar. É um erro.
segunda: a ilusão intelectualachar que basta ler muitos livros e falar bonito em linguagem teológica sobre Jesus para obter a salvação. Não seria necessário amá-Lo, propriamente, nem se preocupar com os detalhes exigentes de seu ensino, especialmente o moral. Só saber muita doutrina seria suficiente. É igualmente um erro.
terceira: a ilusão legalista. Foi a dos líderes judeus. Acreditavam que o cumprimento legalista da Lei garantiria a salvação. Não “precisavam” amar Jesus, um profeta que tinha vindo da Galiléia. O cumprimento da Lei, em todos os pormenores, rigorosamente calculados, garantia a Vida Eterna. Estavam errados.
A solução a estas três ilusões consiste em:
 amar a Deus e a Seu Filho na medida exigida pelo Primeiro Mandamento.
- Isto nos levará a buscar o conhecimento necessário para viver neste amor a Deus, por meio do estudo, da informação, da doutrina que a Igreja nos dá.
- Por fim, amando a Deus por tê-Lo conhecido, seremos cuidadosos em cumprir todos os seus mandamentos.
Aqui está a salvação, a Vida Eterna que Jesus Cristo nos deu.
Nesta Quaresma corrijamos nossos erros e ignorâncias sobre Deus, Jesus Cristo, o Espírito Santo e a Igreja.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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