Liturgia do dia 19/03/2018
Leituras
2Sm 7,4-5a.12-14a.16
Sl 88(89),2-3.4-5.27 e 29 (R/. 37)
Rm 4,13.16-18.22
Mt 1,16.18-21.24a ou Lc 2,41-51a.
2Sm 7,4-5a.12-14a.16
Sl 88(89),2-3.4-5.27 e 29 (R/. 37)
Rm 4,13.16-18.22
Mt 1,16.18-21.24a ou Lc 2,41-51a.
São José, esposo de Nossa Senhora . Solenidade
Segunda-Feira
Primeira Leitura: 2Sm 7,4-5a.12-14a.16
Naqueles dias, 4a palavra de Javé foi dirigida a Natan nestes termos: 5 “Vai dizer a meu servo Davi: ‘Assim diz Javé:12 Quando os teus dias forem completos e repousares com teus pais, eu manterei depois de ti um descendente teu, saído de tuas entranhas, e eu firmarei a sua realeza. 13 É ele que edificará uma casa para o meu Nome, e eu firmarei o seu trono real para sempre. 14Eu serei para ele um pai, e ele será para mim um filho. 16A tua casa e a tua realeza durarão para sempre diante de mim, o teu trono será inabalável para sempre”.
Salmo: Sl 88(89),2-3.4-5.27 e 29 (R/. 37)
R. Eis que a sua descendência durará eternamente.
2 Senhor, cantarei sempre a tua graça, direi às gerações quanto és fiel; 3 a tua graça é firme como a terra; tua fidelidade, como o céu.
4 Firmei com o meu eleito uma aliança, e jurei a Davi, meu servidor: 5 ‘Eterna hei de fazer tua linhagem, Firme o teu trono pelas gerações!’.
27 A mim ele dirá: ‘Tu és meu Pai, meu Deus e meu rochedo salvador!’.
29 Dar-lhe-ei para sempre a minha graça, com ele manterei minha aliança;
Segunda Leitura: Rm 4,13.16-18.22
Irmãos:13 A promessa feita a Abraão ou à sua descendência, de receber o mundo como herança, não foi feita por causa da Lei, mas da justificação mediante a fé.16 Portanto, a herança provém da fé. Comprova-se, então, que é por um dom gratuito que a promessa está garantida para toda a descendência, tanto para os que estão sujeitos à Lei, como também para os que seguem a fé de Abraão. (Porque ele é o pai de todos nós.17 De fato, a Escritura diz: Eu te constituí pai de muitos povos.) Ele é pai diante de Deus, porque acreditou naquele que dá vida aos mortos e chama para a existência o que não existe.18 Quando desacreditava de toda esperança, sua fé foi tal que se tornou pai de muitos povos, como lhe tinha sido dito: Assim será a tua descendência. 22 Pelo que, isso lhe foi também creditado para sua justificação.
Evangelho: Mt 1,16.18-21.24a ou Lc 2,41-51a.
1 Genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. 16 Jacó gerou a José, o esposo de Maria, de quem nasceu Jesus, chamado o Cristo 18 O nascimento de Jesus foi assim: Maria, sua Mãe, estava prometida em casamento a José. Ora, antes de levarem vida em comum, ela ficou grávida, por obra do Espírito Santo. 19José, seu esposo, que era um homem justo, e não queria acusá-la, resolveu separar-se ocultamente dela. 20 Ele já havia tomado essa resolução, quando um anjo do Senhor lhe apareceu em sonho e disse: “José, filho de Davi, não tenhas medo de tomar contigo Maria, tua esposa, porque o que foi gerado nela vem do Espírito Santo. 21 Ela dará à luz um filho e tu lhe porás o nome de Jesus, pois ele salvará seu povo de seus pecados”. 24 Acordando do sono, José fez como lhe tinha ordenado o anjo do Senhor.
Leitura Facultativa Lc 2,41-51a
41 Todos os anos os pais de Jesus iam a Jerusalém para a festa da Páscoa. 42 Quando completou doze anos, subiram, como de costume, para a festa. 43 Depois que passaram os dias da festa, ao voltarem, o menino Jesus ficou em Jerusalém sem que seus pais soubessem. 44Pensando que ele estava na caravana, viajaram um dia inteiro e, depois, começaram a procurá-lo entre parentes e conhecidos. 45 Mas, como não o encontrassem, voltaram a Jerusalém à sua procura. 46 Depois de três dias eles o encontraram no Templo, sentado no meio dos doutores, escutando-os e fazendo-lhes perguntas. 47Todos os que o ouviam estavam assombrados com sua sabedoria e suas respostas. 48 Quando o viram, ficaram comovidos e sua mãe lhe disse: “Meu filho, por que agiste assim conosco? Teu pai e eu estávamos aflitos à tua procura!”. 49 Jesus respondeu: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo me ocupar com as coisas de meu Pai?”. 50 Mas eles não compreenderam suas palavras. 51a Então, desceu de lá em sua companhia, voltou para Nazaré e lhes era submisso.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: "José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. (Mt 1,20).
Conseguimos, de algum modo, imaginar o drama que foi para José descobrir a gravidez de Maria. Ela tinha ido visitar Isabel depois que concebera tendo recebido o anúncio do Anjo Gabriel. Naquele momento ninguém sabia de sua gravidez, a não ser a sua prima Isabel. Mas quando retornou a Nazaré a gravidez era evidente. O que José faria?
Diz Dt 22,23-24:
v. 23: Se um homem encontrar na cidade uma moça ainda virgem, noiva de outro, e dormir com ela,
v. 24: levareis os dois às portas da cidade
e os apedrejareis até à morte:
a jovem, por não ter gritado, apesar de estar na cidade,
e o homem, por haver desonrado a mulher do próximo.
Assim eliminarás o mal de teu meio
José denunciaria Maria imaginando que ela teria concebido um filho de outro homem?
Ele não faria isto. O Evangelho é claro. Mt 1, 19 diz:
v. 19: José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria em segredo.
Até aqui parece que a solução encontrada por José era a mais sensata. Mas, se a abandonasse de fato, mesmo em segredo? Ela estava grávida, seria uma das tantas mães solteiras. Que fim de vida teria uma mulher nestas condições dentro das tradições judias? Ela seria descoberta e apedrejada do mesmo modo.
José, portanto, entendeu este dilema. Mas ele não encontrava a solução correta.
Foi então que Deus interveio em sua ajuda e para salvar tanto Maria como o Filho que concebera pelo Espírito Santo. Deus manda seu anjo a José. Diz Mt 1,20:
... o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse:
"José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo.
Estaríamos satisfeitos com esta solução divina.
Porém o anjo continuou sua fala, e aqui está o ponto central deste Evangelho: importa a Mateus, afirmar através de José a Missão salvadora do Filho de Maria, Jesus. Diz então Mt 1,21:
Ela dará à luz um filho,
e tu lhe darás o nome
de Jesus,
pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados".
Observemos bem esta frase do Anjo:
- o filho de Maria deve ser adotado legalmente por José.
- como pai, mesmo adotivo, compete-lhe o exercício da autoridade paterna sobre a criança: esta autoridade se afirma com o ato de dar o nome à criança no momento de sua circuncisão, conforme o ritual judaico.
Aos olhos de todos o Filho de Maria era filho legal de José. Ninguém precisava saber que ela O concebera por obra do Espírito Santo. Nem a outros interessava saber que o anjo do Senhor esclarecera José. Maria e José guardaram ciosamente este segredo por toda a vida! E será muito mais tarde que a Mãe de Jesus revelará aos amigos mais íntimos de Jesus estes detalhes que um dia virá ao conhecimento de Mateus.
Poucas vezes consideramos a santidade de José.Para a maioria das pessoas ele é somente uma figura secundária na vida de Jesus e de Maria.
Mas este fato nos revela:
- somente um homem santo e casto poderia ter sido escolhido por Deus para cuidar de Seu Filho Jesus e de sua Mãe, Maria Santíssima.
- o Evangelho confirma que José era “justo”, isto é, observante da Lei de Moisés. Neste caso, seria o melhor pai, mesmo adotivo, para educar na fé judaica aquela criança especial que era Jesus.
- perante a sociedade era José quem respondeu por Jesus e seus atos até seus 14 anos, idade em que o pai se desobrigava das ações morais de seus filhos.
- como pai adotivo, ensinaria uma profissão a Jesus. E como carpinteiro responsável por sua família, por toda sua vida sustentou Maria e Jesus.
Tendo em mente a santidade de José, a missão que Deus lhe deu, sua dedicação a Maria e a Jesus, participemos da liturgia eucarística de hoje com o coração agradecido a Deus pelo exemplo que Ele nos oferece em São José.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
Naqueles dias, 4a palavra de Javé foi dirigida a Natan nestes termos: 5 “Vai dizer a meu servo Davi: ‘Assim diz Javé:12 Quando os teus dias forem completos e repousares com teus pais, eu manterei depois de ti um descendente teu, saído de tuas entranhas, e eu firmarei a sua realeza. 13 É ele que edificará uma casa para o meu Nome, e eu firmarei o seu trono real para sempre. 14Eu serei para ele um pai, e ele será para mim um filho. 16A tua casa e a tua realeza durarão para sempre diante de mim, o teu trono será inabalável para sempre”.
Salmo: Sl 88(89),2-3.4-5.27 e 29 (R/. 37)
R. Eis que a sua descendência durará eternamente.
2 Senhor, cantarei sempre a tua graça, direi às gerações quanto és fiel; 3 a tua graça é firme como a terra; tua fidelidade, como o céu.
4 Firmei com o meu eleito uma aliança, e jurei a Davi, meu servidor: 5 ‘Eterna hei de fazer tua linhagem, Firme o teu trono pelas gerações!’.
27 A mim ele dirá: ‘Tu és meu Pai, meu Deus e meu rochedo salvador!’.
29 Dar-lhe-ei para sempre a minha graça, com ele manterei minha aliança;
Segunda Leitura: Rm 4,13.16-18.22
Irmãos:13 A promessa feita a Abraão ou à sua descendência, de receber o mundo como herança, não foi feita por causa da Lei, mas da justificação mediante a fé.16 Portanto, a herança provém da fé. Comprova-se, então, que é por um dom gratuito que a promessa está garantida para toda a descendência, tanto para os que estão sujeitos à Lei, como também para os que seguem a fé de Abraão. (Porque ele é o pai de todos nós.17 De fato, a Escritura diz: Eu te constituí pai de muitos povos.) Ele é pai diante de Deus, porque acreditou naquele que dá vida aos mortos e chama para a existência o que não existe.18 Quando desacreditava de toda esperança, sua fé foi tal que se tornou pai de muitos povos, como lhe tinha sido dito: Assim será a tua descendência. 22 Pelo que, isso lhe foi também creditado para sua justificação.
Evangelho: Mt 1,16.18-21.24a ou Lc 2,41-51a.
1 Genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. 16 Jacó gerou a José, o esposo de Maria, de quem nasceu Jesus, chamado o Cristo 18 O nascimento de Jesus foi assim: Maria, sua Mãe, estava prometida em casamento a José. Ora, antes de levarem vida em comum, ela ficou grávida, por obra do Espírito Santo. 19José, seu esposo, que era um homem justo, e não queria acusá-la, resolveu separar-se ocultamente dela. 20 Ele já havia tomado essa resolução, quando um anjo do Senhor lhe apareceu em sonho e disse: “José, filho de Davi, não tenhas medo de tomar contigo Maria, tua esposa, porque o que foi gerado nela vem do Espírito Santo. 21 Ela dará à luz um filho e tu lhe porás o nome de Jesus, pois ele salvará seu povo de seus pecados”. 24 Acordando do sono, José fez como lhe tinha ordenado o anjo do Senhor.
Leitura Facultativa Lc 2,41-51a
41 Todos os anos os pais de Jesus iam a Jerusalém para a festa da Páscoa. 42 Quando completou doze anos, subiram, como de costume, para a festa. 43 Depois que passaram os dias da festa, ao voltarem, o menino Jesus ficou em Jerusalém sem que seus pais soubessem. 44Pensando que ele estava na caravana, viajaram um dia inteiro e, depois, começaram a procurá-lo entre parentes e conhecidos. 45 Mas, como não o encontrassem, voltaram a Jerusalém à sua procura. 46 Depois de três dias eles o encontraram no Templo, sentado no meio dos doutores, escutando-os e fazendo-lhes perguntas. 47Todos os que o ouviam estavam assombrados com sua sabedoria e suas respostas. 48 Quando o viram, ficaram comovidos e sua mãe lhe disse: “Meu filho, por que agiste assim conosco? Teu pai e eu estávamos aflitos à tua procura!”. 49 Jesus respondeu: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo me ocupar com as coisas de meu Pai?”. 50 Mas eles não compreenderam suas palavras. 51a Então, desceu de lá em sua companhia, voltou para Nazaré e lhes era submisso.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: "José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. (Mt 1,20).
Conseguimos, de algum modo, imaginar o drama que foi para José descobrir a gravidez de Maria. Ela tinha ido visitar Isabel depois que concebera tendo recebido o anúncio do Anjo Gabriel. Naquele momento ninguém sabia de sua gravidez, a não ser a sua prima Isabel. Mas quando retornou a Nazaré a gravidez era evidente. O que José faria?
Diz Dt 22,23-24:
v. 23: Se um homem encontrar na cidade uma moça ainda virgem, noiva de outro, e dormir com ela,
v. 24: levareis os dois às portas da cidade
e os apedrejareis até à morte:
a jovem, por não ter gritado, apesar de estar na cidade,
e o homem, por haver desonrado a mulher do próximo.
Assim eliminarás o mal de teu meio
José denunciaria Maria imaginando que ela teria concebido um filho de outro homem?
Ele não faria isto. O Evangelho é claro. Mt 1, 19 diz:
v. 19: José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria em segredo.
Até aqui parece que a solução encontrada por José era a mais sensata. Mas, se a abandonasse de fato, mesmo em segredo? Ela estava grávida, seria uma das tantas mães solteiras. Que fim de vida teria uma mulher nestas condições dentro das tradições judias? Ela seria descoberta e apedrejada do mesmo modo.
José, portanto, entendeu este dilema. Mas ele não encontrava a solução correta.
Foi então que Deus interveio em sua ajuda e para salvar tanto Maria como o Filho que concebera pelo Espírito Santo. Deus manda seu anjo a José. Diz Mt 1,20:
... o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse:
"José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo.
Estaríamos satisfeitos com esta solução divina.
Porém o anjo continuou sua fala, e aqui está o ponto central deste Evangelho: importa a Mateus, afirmar através de José a Missão salvadora do Filho de Maria, Jesus. Diz então Mt 1,21:
Ela dará à luz um filho,
e tu lhe darás o nome
de Jesus,
pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados".
Observemos bem esta frase do Anjo:
- o filho de Maria deve ser adotado legalmente por José.
- como pai, mesmo adotivo, compete-lhe o exercício da autoridade paterna sobre a criança: esta autoridade se afirma com o ato de dar o nome à criança no momento de sua circuncisão, conforme o ritual judaico.
Aos olhos de todos o Filho de Maria era filho legal de José. Ninguém precisava saber que ela O concebera por obra do Espírito Santo. Nem a outros interessava saber que o anjo do Senhor esclarecera José. Maria e José guardaram ciosamente este segredo por toda a vida! E será muito mais tarde que a Mãe de Jesus revelará aos amigos mais íntimos de Jesus estes detalhes que um dia virá ao conhecimento de Mateus.
Poucas vezes consideramos a santidade de José.Para a maioria das pessoas ele é somente uma figura secundária na vida de Jesus e de Maria.
Mas este fato nos revela:
- somente um homem santo e casto poderia ter sido escolhido por Deus para cuidar de Seu Filho Jesus e de sua Mãe, Maria Santíssima.
- o Evangelho confirma que José era “justo”, isto é, observante da Lei de Moisés. Neste caso, seria o melhor pai, mesmo adotivo, para educar na fé judaica aquela criança especial que era Jesus.
- perante a sociedade era José quem respondeu por Jesus e seus atos até seus 14 anos, idade em que o pai se desobrigava das ações morais de seus filhos.
- como pai adotivo, ensinaria uma profissão a Jesus. E como carpinteiro responsável por sua família, por toda sua vida sustentou Maria e Jesus.
Tendo em mente a santidade de José, a missão que Deus lhe deu, sua dedicação a Maria e a Jesus, participemos da liturgia eucarística de hoje com o coração agradecido a Deus pelo exemplo que Ele nos oferece em São José.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário