quarta-feira, 14 de março de 2018

Liturgia do dia 13/03/2018


Liturgia do dia 13/03/2018


Leituras
Ez 47,1-9.12
Sl 45(46),2-3.5-6.8-9 (R/. 8)
Jo 5,1-16

4ª SEMANA DA QUARESMA

Terça-Feira

Primeira Leitura: Ez 47,1-9.12

Naqueles dias: 1 O homem fez-me voltar à entrada do Templo e lá vi uma corrente de água que brotava sob a soleira da Casa e corria para o oriente, pois a fachada do Templo estava voltada para o oriente. A água vinha de debaixo do lado direito do Templo, ao lado sul do altar. 2Ele levou-me pelo pórtico setentrional e fez-me girar por fora, para o pórtico externo, voltado para o oriente, e eis que a água escorria do lado direito. 3 O homem saiu em direção ao leste, com o cordão de medição na mão, e mediu mil côvados. Depois, fez-me atravessar a água, que chegava até os tornozelos. 4 Mediu mais mil côvados e fez-me atravessar a água, que atingia os joelhos. Mediu mais mil côvados e fez-me atravessar a água, que atingia a cintura. Mediu mais mil côvados e aí já era um rio impossível de se atravessar, pois a água era profunda demais. Era água em que se podia nadar, uma torrente impossível de se atravessar a pé. 6 Disse-me então: “Viste, filho do homem?” E conduziu-me de volta ao longo da margem do rio. 7 Ao voltar, vi grandes árvores sobre ambas as margens do rio. 8 E disse-me o homem: “Esta água escorre para o distrito oriental e de lá desce para o vale do Jordão. Quando as águas chegarem ao mar em uma água corrompida, estas se tornarão saudáveis. 9Acontecerá que, em qualquer parte aonde chegar este rio, qualquer ser que por lá se movimente conservará a vida. Haverá grande quantidade de peixes, pois aonde o rio chega traz a saúde, e tudo que entra em contato com ele conservará a vida. 12 E sobre ambas as margens do rio crescerão árvores frutíferas das mais variadas espécies, cujas folhas não murcharão e cujos frutos nunca acabarão; amadurecerão de mês em mês, pois aquelas águas vêm do Santuário. Os frutos servirão de alimento e as folhas de remédio”.
Salmo: Sl 45(46),2-3.5-6.8-9 (R/. 8)

R. Eis que o Deus de Israel está conosco; é o Deus de Jacó nosso refúgio!

2 Deus é nosso refúgio e fortaleza, socorro permanente em nossa angústia. 3 Se a terra estremecer, não temeremos; nem se dentro do mar ruem montanhas.

5 A cidade de Deus um rio alegra, o santuário do Altíssimo ele abraça. 6 Quem a pode abalar? Deus nela habita: antes do amanhecer ele a socorre.

Eis que o Deus de Israel está conosco; é o Deus de Jacó nosso refúgio! Oh, vinde ver as obras do Senhor, que espalhou pela terra os seus prodígios.

Evangelho: Jo 5,1-16

1 Naqueles dias ocorrendo uma festa dos judeus, subiu Jesus até Jerusalém. 2 Existe em Jerusalém, próximo à Porta das Ovelhas, uma piscina chamada, em hebraico, Betezatá, com cinco colunatas. Debaixo delas ficava uma multidão de doentes, cegos, coxos, mutilados que esperavam a agitação da água, 4 pois em dados momentos o anjo do Senhor descia à piscina; a água se agitava e o primeiro que lá entrava, depois que a água borbulhava, ficava curado, fosse qual fosse a sua doença. 5 Ora, encontrava-se ali um homem que estava doente havia trinta e oito anos: 6 Quando Jesus o viu estendido e, sabendo que havia muito tempo que estava naquela situação, perguntou-lhe: “Queres sarar?”. 7 O doente respondeu: “Senhor, não tenho ninguém que me faça mergulhar na piscina quando borbulham as águas. Quando chego, outro já desceu antes de mim!”. 8 Jesus lhe disse: “Levanta-te, apanha teu leito e anda”. 9 No mesmo instante o homem ficou curado. Apanhou seu leito e começou a andar. 10 Era sábado. Por isso, os judeus disseram ao que tinha sido curado: “É sábado. Não te é permitido carregar o leito”. 11 Ele se desculpou: “O que me curou ordenou também que eu pegasse o leito e andasse”. 12 Perguntaram-lhe: “Quem foi o homem que te disse: ‘Toma teu leito e anda?’”. 13 O que tinha sido curado não sabia quem era, porque Jesus tinha desaparecido na confusão que havia ali. 14 Mais tarde, Jesus o encontrou no Templo e lhe disse: “Vê, ficaste curado. Não peques mais, para que te não aconteça coisa pior”. 15 O homem saiu e foi avisar aos judeus que era Jesus quem o havia curado. 16 Por isso os judeus perseguiam Jesus, porque fazia coisas assim no dia de sábado.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
“Levanta-te, pega tua cama e anda” (Jo 5,8).
A estória que nos relata o Evangelho de hoje é a da cura do doente que por trinta e oito anos esperava uma chance de cura quando se movimentavam as águas da piscina de Betesda, em Jerusalém. Um anjo agitava as águas; o doente que entrasse primeiro era curado de qualquer doença que tivesse.
Jesus o encontrou e lhe perguntou se queria ser curado.
O homem queria ser curado. Lamentou-se que tinha esperado trinta e oito anos a chance de entrar na água da piscina quando o anjo a agitava. Mas sempre alguém entrava antes dele.
Jesus, então, cheio de compaixão, disse-lhe: “Levanta-te, pega tua cama e anda” (Jo 5,8).
Consideremos os trinta e oito anos de espera daquele homem pelo momento de sua cura.
Entre nós há pessoas que passam anos e anos sem pedir a Deus a cura espiritual porque não têm condição de ir a um padre para se confessar, ou por outros motivos.
Quando Deus nos possibilita o perdão e nossa cura espiritual imediata no momento em que nos confessamos, não precisamos esperar trinta e oito anos. A Igreja nos dá esta possibilidade de encontrar um confessor para nos curar assim que nos confessamos. Ora, por mais tempo que ficamos sem nos confessar, sempre há chance, enquanto estamos vivos. Não precisamos competir com ninguém para que chegue nossa vez.
Façamos, portanto, nossa confissão enquanto temos tempo nesta vida.
Seremos libertados do peso do pecado carregado por anos e anos.
O poder de Deus nos cura imediatamente. Não adiemos nossa confissão nesta Quaresma.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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