Liturgia do dia 10/03/2018
Leituras
Os 6,1-6
Sl 50(51),3-4.18-19.20-21ab (R/. cf. Os 6,6)
Lc 18,9-14
Os 6,1-6
Sl 50(51),3-4.18-19.20-21ab (R/. cf. Os 6,6)
Lc 18,9-14
3ª SEMANA DA QUARESMA
Sábado
Primeira Leitura: Os 6,1-6
1 “Vinde, voltemos para Javé. Ele dilacerou, ele nos curará. Ele feriu, ele nos aplicará o curativo. 2 Daqui a dois dias ele nos fará reviver, ao terceiro dia ele nos ressuscitará, e nós viveremos em sua presença. 3Apliquemo-nos a conhecer Javé. A sua vinda é certa como a aurora. Ele virá a nós como as chuvas, como as chuvas tardias que regam a terra.” 4 — Que te farei, Efraim? Que te farei, Judá? Pois o amor que vós tendes é como a neblina da manhã, como o orvalho que logo se dissipa. 5 Por isso, eu os despedacei pelos profetas, e os matei pelas palavras de minha boca, e meu julgamento surgirá como a luz. 6 Pois o que eu quero é o amor, e não os sacrifícios; o conhecimento de Deus, muito mais que os holocaustos.
Salmo: Sl 50(51),3-4.18-19.20-21ab (R/. cf. Os 6,6)
R. Eu quis misericórdia e não o sacrifício!
3 Deus, tem pena de mim no teu amor, teu grande amor apague o meu pecado!4 Lava completamente a minha culpa, de toda iniquidade purifica-me!
18 Não te agradam, Senhor, os sacrifícios; meu holocausto tu rejeitarias. 19 Uma alma abatida eu te ofereço: um coração contrito não desprezas!
20 Mostra a Sião, Senhor, tua bondade, de Jerusalém reergue os muros. 21 Então aceitarás os sacrifícios, oblações e holocaustos de justiça, ofertarão em teu altar novilhos!
Evangelho: Lc 18,9-14
9Disse Jesus ainda a seguinte parábola a alguns que presumiam ser justos e desprezavam os outros: 10 “Dois homens subiram ao Templo para rezar: um era fariseu e o outro cobrador de impostos, então detestado. 11 O fariseu, de pé, rezava interiormente desta maneira: ‘Meu Deus, eu te dou graças por não ser como os demais homens, ladrões, injustos, adúlteros; nem como este cobrador de impostos. 12 Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de todas as minhas rendas’. 13 Mas o cobrador de impostos mantinha-se longe e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu, mas batia no peito dizendo: ‘Meu Deus, tem compaixão de mim que sou pecador!’. 14 Eu vos digo: este desceu para casa justificado, ao contrário do outro. Porque quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado”.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
“Meu Deus, tem piedade de mim que sou um pecador”. (Lc 18,13d).
A prova de que Jesus precisa insistir sobre o amor ao próximo, além do amor a Deus, aparece no Evangelho de hoje, reforçando a meditação que ontem fizemos sobre Mt 12,28b-34.
No tempo de Jesus muita importância era dada ao Primeiro Mandamento da Lei. Mas muitos erros e abusos foram cometidos em nome deste Mandamento. Estes erros foram causados pelo exagero em mostrar como devia ser cumprido. E uma das causas destes exageros era o exibicionismo em seu cumprimento, o farisaísmo que Jesus tanto condenou.
A parábola do Evangelho de hoje mostra Jesus incomodado com o fariseu, cheio de soberba, fazendo sua oração no Templo, ao mesmo tempo que olhava com desprezo um publicano, considerado um dos piores tipos de pecadores no meio do povo.
No entanto quem pecava era o fariseu, pretendendo demonstrar seguimento do Primeiro Mandamento enquanto dizia a Deus os pecados do publicano. Deus teria aceito aquela oração tão estranha quanto errada? Não. Deus aceitava a oração do pecador que batia no peito reconhecendo-se culpado por suas faltas no cumprimento do Primeiro e dos demais Mandamentos.
Jesus viera para chamar os pecadores à conversão, não os justos (Mc 2,17). Mas os fariseus que eram grandes pecadores pela soberba, eram também pecadores que se consideravam justos. Eram eles os piores pecadores, na realidade, no meio do povo. Embora nos pareça contraditória a crítica de Jesus ao fariseu e a entrega de sua vida pela conversão dos fariseus, foi isto o que Deus pediu a Jesus no Horto das Oliveiras: Jesus viera salvar também os fariseus e os que depois O crucificariam.
Concentremos nossa atenção ao pecador que Jesus elogia.
Este é o modelo de pecador arrependido que alegra a Deus e aos anjos do céu (Lc 15,10). Naquele coração havia arrependimento e contrição. Era o que o Salmo 50(51),17 posto em prática.
Vivamos também o arrependimento que o Salmo 50(51) nos inspira.
O salmista não o compôs somente para si nem só para as pessoas de seu tempo. Ele o compôs também para nós e para todos os que amam a Deus em todos os tempos.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
1 “Vinde, voltemos para Javé. Ele dilacerou, ele nos curará. Ele feriu, ele nos aplicará o curativo. 2 Daqui a dois dias ele nos fará reviver, ao terceiro dia ele nos ressuscitará, e nós viveremos em sua presença. 3Apliquemo-nos a conhecer Javé. A sua vinda é certa como a aurora. Ele virá a nós como as chuvas, como as chuvas tardias que regam a terra.” 4 — Que te farei, Efraim? Que te farei, Judá? Pois o amor que vós tendes é como a neblina da manhã, como o orvalho que logo se dissipa. 5 Por isso, eu os despedacei pelos profetas, e os matei pelas palavras de minha boca, e meu julgamento surgirá como a luz. 6 Pois o que eu quero é o amor, e não os sacrifícios; o conhecimento de Deus, muito mais que os holocaustos.
Salmo: Sl 50(51),3-4.18-19.20-21ab (R/. cf. Os 6,6)
R. Eu quis misericórdia e não o sacrifício!
3 Deus, tem pena de mim no teu amor, teu grande amor apague o meu pecado!4 Lava completamente a minha culpa, de toda iniquidade purifica-me!
18 Não te agradam, Senhor, os sacrifícios; meu holocausto tu rejeitarias. 19 Uma alma abatida eu te ofereço: um coração contrito não desprezas!
20 Mostra a Sião, Senhor, tua bondade, de Jerusalém reergue os muros. 21 Então aceitarás os sacrifícios, oblações e holocaustos de justiça, ofertarão em teu altar novilhos!
Evangelho: Lc 18,9-14
9Disse Jesus ainda a seguinte parábola a alguns que presumiam ser justos e desprezavam os outros: 10 “Dois homens subiram ao Templo para rezar: um era fariseu e o outro cobrador de impostos, então detestado. 11 O fariseu, de pé, rezava interiormente desta maneira: ‘Meu Deus, eu te dou graças por não ser como os demais homens, ladrões, injustos, adúlteros; nem como este cobrador de impostos. 12 Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de todas as minhas rendas’. 13 Mas o cobrador de impostos mantinha-se longe e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu, mas batia no peito dizendo: ‘Meu Deus, tem compaixão de mim que sou pecador!’. 14 Eu vos digo: este desceu para casa justificado, ao contrário do outro. Porque quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado”.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
“Meu Deus, tem piedade de mim que sou um pecador”. (Lc 18,13d).
A prova de que Jesus precisa insistir sobre o amor ao próximo, além do amor a Deus, aparece no Evangelho de hoje, reforçando a meditação que ontem fizemos sobre Mt 12,28b-34.
No tempo de Jesus muita importância era dada ao Primeiro Mandamento da Lei. Mas muitos erros e abusos foram cometidos em nome deste Mandamento. Estes erros foram causados pelo exagero em mostrar como devia ser cumprido. E uma das causas destes exageros era o exibicionismo em seu cumprimento, o farisaísmo que Jesus tanto condenou.
A parábola do Evangelho de hoje mostra Jesus incomodado com o fariseu, cheio de soberba, fazendo sua oração no Templo, ao mesmo tempo que olhava com desprezo um publicano, considerado um dos piores tipos de pecadores no meio do povo.
No entanto quem pecava era o fariseu, pretendendo demonstrar seguimento do Primeiro Mandamento enquanto dizia a Deus os pecados do publicano. Deus teria aceito aquela oração tão estranha quanto errada? Não. Deus aceitava a oração do pecador que batia no peito reconhecendo-se culpado por suas faltas no cumprimento do Primeiro e dos demais Mandamentos.
Jesus viera para chamar os pecadores à conversão, não os justos (Mc 2,17). Mas os fariseus que eram grandes pecadores pela soberba, eram também pecadores que se consideravam justos. Eram eles os piores pecadores, na realidade, no meio do povo. Embora nos pareça contraditória a crítica de Jesus ao fariseu e a entrega de sua vida pela conversão dos fariseus, foi isto o que Deus pediu a Jesus no Horto das Oliveiras: Jesus viera salvar também os fariseus e os que depois O crucificariam.
Concentremos nossa atenção ao pecador que Jesus elogia.
Este é o modelo de pecador arrependido que alegra a Deus e aos anjos do céu (Lc 15,10). Naquele coração havia arrependimento e contrição. Era o que o Salmo 50(51),17 posto em prática.
Vivamos também o arrependimento que o Salmo 50(51) nos inspira.
O salmista não o compôs somente para si nem só para as pessoas de seu tempo. Ele o compôs também para nós e para todos os que amam a Deus em todos os tempos.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
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