terça-feira, 10 de abril de 2018

Liturgia do dia 25/03/2018


Liturgia do dia 25/03/2018


Leituras
Is 50,4-7
Sl 21(22),8-9.17-18a.19-20.23-24 (R/. 2a)
Fl 2,6-11
Procissão: Mc 11,1-10
Mc 14,1-15,47

Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor

Domingo

Primeira Leitura: Is 50,4-7

4 O Senhor Javé deu-me uma língua de discípulo, para eu confortar com a palavra o que está cansado. Ele desperta cada manhã meus ouvidos, para eu ouvir como os discípulos. 5 O Senhor Javé abriu-me o ouvido: não resisti nem recuei para trás. 6 Entreguei minhas costas aos que me batiam, as faces aos que me arrancavam a barba. Não desviei minha face dos que me injuriavam e cuspiam. 7 O Senhor Javé será meu protetor, por isso não serei confundido. Tornei minha face dura como pedra e sei que não ficarei envergonhado.
Salmo: Sl 21(22),8-9.17-18a.19-20.23-24 (R/. 2a)
R. Meu Deus, meu Deus por que me abandonastes?
8 Todos os que me veem me desprezam, abanam entre risos a cabeça: 9 “Ele em Deus confiou, Deus o liberte, e o tire de onde está, se o ama tanto!”

17 Pois inúmeros cães giram-me em torno, bandos de malfeitores me rodeiam. 18a Furaram minhas mãos, meus pés furaram, eis que posso contar meus ossos todos.

19 repartem entre si as minhas vestes, sorteiam entre eles minha túnica. 20 Mas tu, Senhor, não fiques longe assim; ó minha força, corre em meu socorro!

23 Anunciarei teu nome aos meus irmãos, louvar-te-ei no meio da assembleia. 24 Vós, que temeis a Deus, louvai-o todos; estirpe de Jacó, glorificai-o, temei-o vós, linhagem de Israel!
Segunda Leitura: Fl 2,6-11

6 Jesus Cristo, subsistindo como imagem de Deus, não julgou como um bem a ser conservado com ciúme sua igualdade com Deus, 7 muito pelo contrário: ele mesmo se reduziu a nada, assumindo condição de servo e tornando-se solidário com os homens. E sendo considerado homem, 8 humilhou se ainda mais, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz! 9 Por isso é que Deus o exaltou grandemente e lhe deu um nome que está acima de todo nome, 10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, 
11 e toda língua proclame, para glória de Deus Pai: “Jesus Cristo é o Senhor!”
Evangelho - Procissão: Mc 11,1-10

1 Quando se aproximaram de Jerusalém, em direção a Betfagé e Betânia, perto do monte das Oliveiras, Jesus enviou dois dos seus discípulos 2 com esta ordem: “Ide ao povoado que está diante de vós. Logo que entrardes nele achareis um jumentinho amarrado, no qual nenhum homem ainda montou. Desamarrai-o e trazei-o. 3 Se alguém vos disser: ‘Que estais fazendo aí?’, respondei: ‘O Senhor precisa dele e logo mais o mandará de volta para cá’”. 4 Eles foram e encontraram o jumento amarrado perto de uma porta, do lado de fora, no caminho, e o desamarraram. 5 Alguns dos que estavam ali disseram: “Por que desamarrais o jumentinho?”. 6 Eles responderam como Jesus lhes tinha dito. E deixaram levá-lo. 7 Cobriram com seus mantos o jumentinho, e o levaram a Jesus. E Jesus montou nele. 8 Muitos estenderam seus mantos no caminho. Outros estenderam folhagens que cortavam nos campos. 9 Os que caminhavam na frente e os que seguiam atrás gritavam: “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! 10 Bendito o Reino que está chegando, o Reino de nosso pai Davi! Hosana no mais alto dos céus!”.
Evangelho: Mc 14,1-15,47
1 Faltavam dois dias para a festa da Páscoa e dos Pães sem fermento. Os sacerdotes chefes e os mestres da lei procuravam um modo de prendê-lo traiçoeiramente, para entregá-lo à morte. 2 Diziam: “Não durante a festa, para que não haja tumulto entre o povo”. 3 Quando Jesus estava sentado à mesa, em Betânia, na Casa de Simão, o leproso, veio uma mulher trazendo um jarro de alabastro com perfume de nardo puro e muito caro. Quebrando o vaso, derramou o perfume sobre a cabeça de Jesus. 4 E alguns dos presentes davam sinais de indignação, comentando entre si: “Para que este desperdício? 5 Podia ter sido vendido este perfume por uma boa quantia para dar aos pobres”. E reprovavam severamente a mulher. 6 Mas Jesus disse: “Deixai-a! Por que a incomodais? Foi uma boa obra que ela fez em relação à minha pessoa. 7 Porque sempre tendes os pobres convosco e podeis lhes fazer bem quando quiserdes, mas a mim não me tendes sempre. 8 Ela fez o que pôde: ungiu o meu corpo por antecipação, para o sepultamento. 9 Eu vos declaro esta verdade: onde for proclamado este Evangelho, em todo o mundo, será contado, em sua memória, o que ela acabou de fazer”.10 Judas Iscariotes, um dos Doze, foi procurar os sacerdotes-chefes, para lhes entregar Jesus. 11 Eles se alegraram com esta novidade e prometeram dar-lhe dinheiro. Judas, por seu lado, procurava uma ocasião para entregá-lo. 12 No primeiro dia da festa dos Pães sem fermento, quando se sacrificava o cordeiro pascal, os discípulos lhe perguntaram: “Onde queres que façamos os preparativos para comeres a ceia pascal?”. 13 Ele enviou dois dos discípulos, dizendo-lhes: “Ide à cidade e virá a vós um homem carregando uma vasilha de água. Acompanhai-o, 14 e dizei ao dono da casa onde ele entrar: ‘O Mestre manda perguntar: Onde está para mim a sala inferior em que eu possa comer a Páscoa com meus discípulos?’ 15 Ele vos mostrará, no andar de cima, um grande salão mobiliado e pronto. Fazei aí os preparativos”.16 Os discípulos partiram, foram à cidade, encontraram tudo como tinha dito e prepararam a Páscoa. 17 A tarde já tinha caído; quando Jesus chegou com os Doze. 18 Estavam à mesa e comiam, quando Jesus disse: “Eu vos declaro esta verdade: um de vós que come comigo me vai entregar”. 19 Cheios de tristeza, começaram a perguntar-lhe, um por um: “Serei eu?”. 20 Ele lhes respondeu: “É um dos Doze, que põe comigo a mão dentro do prato. 21 Certamente o Filho do homem vai partir, segundo o que está escrito dele. Mas ai daquele por quem o Filho do homem vai ser entregue, seria melhor que este homem não tivesse nascido!”. 22 Quando ainda comiam, Jesus pegou o pão, disse a fórmula da bênção, e o partiu e deu-lhes dizendo: “Tomai. Isto é o meu corpo”. 23 Em seguida, tomando o cálice, deu graças e lhes entregou. E todos beberam dele. 24 E lhes disse: “Este é o meu sangue, o sangue da aliança, que vai ser derramado por muitos. 25 Eu vos declaro esta verdade: não beberei mais deste fruto da videira até o dia em que eu beber o vinho novo no Reino de Deus”. 26 Tendo recitado os Salmos, saíram para o Monte das Oliveiras. 27 E Jesus disse: Todos ireis cair, porque está escrito: Ferirei o pastor e as ovelhas se dispersarão. 28 Mas, depois da minha ressurreição, irei para a Galileia antes de vós”. 29 Então, Pedro lhe garantiu: “Ainda que todos caiam, eu não!”. 30 Jesus lhe disse: “Eu te declaro esta verdade: ainda hoje, nesta mesma noite, antes que o galo cante duas vezes, me negarás três vezes”. 31 Mas ele insistiu: “Ainda que tenha de morrer contigo, não te negarei”. E todos diziam o mesmo. 32 Chegaram a uma chácara chamada Getsêmani e ele disse aos discípulos: “Sentai-vos aqui, enquanto vou rezar”. 33 Tomando consigo Pedro, Tiago e João, começou a sentir pavor e tédio. 34 Disse-lhes: “Minha alma sente uma tristeza mortal. Ficai vigiando aqui!”. 35 Adiantou-se um pouco, prostrou-se por terra e pedia que, se possível, esta hora passasse longe dele. 36 Ele dizia: “Abbá (Pai)! Tudo te é possível: afasta de mim este cálice; porém, não o que eu quero, mas o que tu queres!”. 37 Voltou aos discípulos e os encontrou dormindo. E então disse a Pedro: “Simão, tu dormes? Não foste capaz de vigiar nem uma hora? 38 Vigiai e orai, para não cairdes em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca”. 39 Afastou-se de novo e rezou, repetindo as mesmas palavras. 40 Voltou uma segunda vez e os encontrou dormindo, porque seus olhos estavam pesados. E não sabiam o que lhe responder. 41 Ele voltou ainda uma terceira vez e disse: “Continuais dormindo e descansando? Basta! Chegou a hora: o Filho do homem vai ser entregue às mãos dos pecadores. 42 Levantai-vos e vamos! Aquele que me vai entregar já está bem perto”. 43 E enquanto ele falava, Judas, um dos Doze, estava chegando, e com ele um bando, armado de espadas e bastões, enviado pelos sacerdotes-chefes, mestres da lei e anciãos. 44 Ora, o traidor tinha combinado com eles esta senha: “Ele é aquele em quem eu der um beijo. Prendei-o e levai-o com cuidado”. 45 Uma vez chegado, aproximou-se de Jesus dizendo: “Rabi”, e deu-lhe um beijo. 46 Então, lançaram as mãos sobre ele e o prenderam. 47 Um dos presentes tirou a espada e feriu um servidor do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha. 48 Tomando a palavra, Jesus lhes disse: “Viestes prender-me com espadas e bastões como se eu fosse um bandido? 49 Todos os dias eu estava entre vós no Templo ensinando, e não me prendestes! Mas é para que se cumpram as Escrituras”. 50 Então todos o abandonaram e fugiram. 51 Um rapaz, enrolado apenas num lençol, o seguiu, mas eles o prenderam. 52 O rapaz, largando o lençol, fugiu nu. 53 Levaram Jesus ao sumo sacerdote e se reuniram todos os sacerdotes-chefes, os anciãos e os mestres da lei. 54 Pedro o tinha seguido de longe até o interior do palácio do sumo sacerdote e, sentado com os guardas, se aquentava ao fogo. 55 Os sacerdotes chefes e todo o tribunal superior procuravam uma prova contra Jesus para condená-lo à morte. Mas não encontravam nenhuma. 56 Muitos, é verdade, levantavam falsos testemunhos contra ele, mas suas acusações não concordavam entre si. 57 Alguns se levantaram e apresentaram esta falsa acusação contra ele: 58 “Nós o ouvimos afirmar: ‘Eu destruirei este Templo feito por mão de homens, e em três dias construirei outro, sem o auxílio de mão de homens”. 59 Mas mesmo sobre esta última acusação as testemunhas não eram concordes. 60 O sumo sacerdote se levantou no meio da assembleia e interrogou Jesus: “Não respondes nada? Não percebes que acusações fazem estes contra ti?”. 61 Mas Jesus continuou calado e nada respondeu. O sumo sacerdote perguntou de novo: “És tu o Cristo, o Filho do Deus Bendito?”. 62 Jesus respondeu: “Eu sou! E vereis o Filho do homem sentado à direita do Todo poderoso, e vir com as nuvens do céu”. 63 O sumo sacerdote rasgou o seu manto e exclamou: “Para que ainda precisamos de testemunhas? 64 Acabais de ouvir esta blasfêmia. Que pensais disto?”. E todos pronunciaram a sentença de morte contra ele. 65 Então, alguns começaram a cuspir nele, a cobrir-lhe o rosto com um pano e a dar-lhe murros, dizendo-lhe: “Profetiza!” E os guardas o receberam as bofetadas. 66 Enquanto Pedro estava embaixo, no pátio, chegou uma das criadas do sumo sacerdote. 67 Vendo Pedro que se aquentava, encarou-o e disse: “Também tu estavas com o Nazareno Jesus!”. 68 Mas ele negou: “Não sei, nem compreendo o que estás dizendo!”. Depois, ele saiu e dirigiu-se para a entrada. E o galo cantou. 69 A criada o encontrou outra vez e disse aos que estavam ali: “Este é um deles!”. 70 Mas ele negou novamente. Pouco depois, os que estavam ali disseram por sua vez a Pedro: “Seguramente, és um deles: além do mais, és galileu”. 71 Ele começou a rogar pragas contra si e a jurar: “Não conheço este homem de quem falais!”. 72 E neste momento um galo cantou pela segunda vez. Pedro se lembrou do que Jesus lhe tinha dito: “Antes de o galo cantar duas vezes, tu me negarás três vezes”. E prorrompeu em choro. 15,1 E logo bem cedo, os sacerdotes-chefes reuniram-se em sessão com os anciãos e mestres da lei — o Conselho completo. Amarraram a Jesus, o levaram e o entregaram a Pilatos. 2 Pilatos o interrogou: “Tu és o rei dos judeus?”. Jesus lhe respondeu: “É o que tu dizes”. 3 Os sacerdotes chefes faziam muitas acusações contra ele. 4 Então Pilatos o interrogou de novo: “Nada respondes? Vê como são muitas as acusações contra ti!”. 5 Mas Jesus não respondeu mais nada, de modo que Pilatos ficou surpreso. 6 Na festa da Páscoa, Pilatos costumava soltar um preso que eles mesmos pedissem. 7 Ora, havia um tal, chamado Barrabás, que estava preso com outros bandidos, porque tinha, numa rebelião, cometido um assassínio. 8 O povo chegou e começou a pedir o favor que costumava lhes fazer. 9 Pilatos respondeu: “Quereis que vos solte o rei dos judeus?”. 10 Ele bem sabia que era por inveja que os sacerdotes-chefes o tinham entregado a ele. 11 Mas os sacerdotes-chefes incitaram o povo a pedir que, de preferência, lhes soltasse Barrabás. 12 Pilatos perguntou de novo: “Que farei, então, deste homem a quem chamais rei dos judeus?”. 13 Eles gritaram de novo: “Crucifica-o”. 14 Pilatos, porém, replicou: “Que mal ele fez?”. No entanto, puseram-se a gritar mais forte ainda: “Crucifica-o”. 15 Foi assim que Pilatos, querendo agradar ao povo, soltou Barrabás. Quanto a Jesus, mandou-o açoitar e, depois, o entregou para ser crucificado.16 Os soldados o levaram para o interior do palácio, isto é, o pretório, e convocaram toda a tropa. 17 E o vestiram de púrpura. Entrelaçaram também ramos de espinhos em forma de coroa e a puseram na sua cabeça. 18 Começaram, depois, a chamá-lo: “Salve, rei dos judeus!”. 19 Batiam-lhe na cabeça com uma cana, cuspiam nele e, pondo os joelhos por terra, prestavam-lhe homenagem. 20 Quando acabaram de zombar dele, tiraram-lhe a púrpura e o vestiram de novo com a sua roupa. Então o levaram para fora para ser crucificado. 21 Eles forçaram um certo Simão de Cirene, o pai de Alexandre e Rufo, que passava por ali, vindo do campo, a que carregasse a cruz. 22 E o levaram ao lugar chamado Gólgota, que se traduz lugar da caveira. 23 Ofereceram-lhe vinho misturado com mirra para beber. Mas ele não tomou. 24 Depois o crucificaram e dividiram sua roupa, sorteando qual a parte para cada um. 25 Entre nove horas e o meio-dia o crucificaram. 26 A inscrição que indicava o motivo de sua condenação estava lavrada assim: “O Rei dos Judeus”. 27 Com ele crucificaram dois bandidos, um à direita e o outro à esquerda. 28 E cumpriu-se a Escritura que diz: E ele foi contado entre os malfeitores. 29 Os que passavam o insultavam, sacudindo suas cabeças e dizendo: “Então! Tu que derrubas o Templo e o refazes em três dias, 30 salva-te a ti mesmo, descendo da cruz!”. 31 Do mesmo modo os sacerdotes-chefes com os escribas zombavam dele entre si dizendo: “Salvou a outros e não pode salvar-se a si mesmo! 32 Que o Messias, o rei de Israel, desça agora da cruz para que vejamos e creiamos!”. Os que tinham sido crucificados com ele também o cobriam de injúrias. 33 Quando chegou o meio-dia, uma escuridão cobriu toda a terra até as três da tarde. 34 E às três horas da tarde, Jesus bradou com um forte grito: “Eloí, Eloí, lemá sabactáni?” que se traduz: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”. 35 Ouvindo isto, alguns dos presentes disseram: “Ele chama por Elias!”. 36 Um deles foi então embeber uma esponja em vinagre. Amarrou-a numa haste e oferecia-lhe para beber dizendo: “Deixai, vejamos se Elias vem tirá-lo!”. 37 Mas Jesus soltou um forte grito e expirou. 38 E o véu do Templo rasgou-se em dois, de alto a baixo. 39 O oficial romano que estava ali em frente, vendo-o morrer assim, exclamou: “Verdadeiramente, este homem era Filho de Deus!”. As piedosas mulheres. 40 Ali também estavam algumas mulheres que olhavam de longe. Entre elas se encontravam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, o menor, de Joset e Salomé. 41 Elas o seguiam e o serviam quando ele estava na Galileia. Com muitas outras ainda, que tinham subido com ele a Jerusalém. 42 A tarde já tinha caído e, como era o Dia da Preparação, isto é, a véspera do sábado, 43 José, o chamado de Arimateia, membro importante do Tribunal Superior, e que também esperava o Reino de Deus, teve a coragem de chegar até Pilatos e pedir o corpo de Jesus. 44 Pilatos se admirou de que ele já estivesse morto, e, tendo mandado chamar o oficial romano, perguntou se já estava morto. 45 Informado pelo oficial, deu o corpo a José. 46 Ele comprou um lençol, fez descer o corpo de Jesus, o envolveu no lençol e o colocou num sepulcro escavado na rocha. Em seguida, rolou uma pedra à entrada do sepulcro. 47 Maria Madalena e Maria, mãe de Joset, estavam olhando onde o tinham colocado.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São 
Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora 
Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
EM JESUS FEITO PECADO POR NÓS 
O PAI CONCENTROU O SEU AMOR SALVADOR.
A Liturgia da Palavra de hoje nos introduz ao memorial da Paixão e Morte de Jesus Cristo.
Consideremos Jesus em seu íntimo.
Movido pelo amor ao Pai, entrega-se, por obediência, à Morte Salvadora de todos nós.
Jesus obedece ao Pai, que Lhe pede Sua Morte, porquedesde Seu nascimento foi obediente.
Seu alimento era fazer a vontade do Pai.
Da Primeira Leitura ouvimos as palavras do Livro de Isaías: “... o Senhor abriu-me os ouvidos; não Lhe resisti nem voltei atrás” (Is 50,5). Foi a profecia da perfeita conformidade da vontade de Jesus Cristo com a vontade de Deus Pai. Seu amor ao Pai não Lhe permitia resistir ao que Pai Dele desejasse. E o desejo do Pai, por amor a nós, foi a Morte de Seu Filho. Uma vez decidido a obedecer assim ao Pai, o Filho jamais voltou atrás.
Ouvimos, na Segunda Leitura que Jesus ... humilhou-Se a Si mesmo, fazendo-se obediente até a Morte, e Morte de Cruz. (Fl 2,8).
Haveria um sentido maior para a Morte de Jesus?
Para Ele, qualquer tipo de morte por amor ao Pai era válida. Por isso Jesus se viu glorificado quando, preparando-se para sua Paixão, foi entregue por Judas aos que tramaram Sua Morte.
A Glória de sua natureza humana foi morrer pelo amor que o Pai tem por suas criaturas, a humanidade em pecado. O desejo do Pai tornou-se o de Jesus.
Seus inimigos zombarão de Jesus na Cruz. O Salmo Responsorial traz estas palavras:
... o Senhor se confiou, Ele O liberte,
e agora O salve,
se é verdade que Ele O ama! [Sl 21(22),9].
A verdade que Deus amou Seu Filho na Cruz e em Sua sepultura, foi o amor com que o ressuscitou e devolveu à vida: em Jesus, Deus e homem, brilha a Glória da Vida Divina.
Não somos meros espectadores da Paixão e Morte de Jesus.
Somos participantes de Sua Morte para participarmos de Sua Ressurreição.
Diz São Paulo: ... se morremos com Cristo [no Batismo], cremos que também com Ele viveremos [na Ressurreição]. (Rm 6,8).
Neste Domingo de Ramos aclamamos Jesus como o Messias Salvador do Povo de Deus. Foi Ele que veio em nome do Senhor. Alegremo-nos hoje com nosso Salvador, alimentando a esperança da Salvação que Ele nos dará em Sua Ressurreição.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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