sábado, 14 de abril de 2018

Liturgia do dia 26/03/2018


Liturgia do dia 26/03/2018


Leituras
Is 42,1-7
Sl 26(27), 1.2.3.13-14 (R/. 1a)
Jo 12,1-11

SEMANA SANTA

Segunda-Feira

Primeira Leitura: Is 42,1-7

1 Eis meu Servo que sustenho, meu eleito, preferido de minha alma. Pus sobre ele meu espírito. Ele levará o direito às nações. 2 Ele não gritará nem elevará o tom, nem fará ouvir sua voz nas ruas. 3 Ele não quebrará o caniço rachado nem apagará a chama vacilante. Ele proclamará com firmeza o direito, 4 sem cansar-se nem desfalecer, até implantar a justiça na terra, pois as ilhas esperam o seu ensino. 5 Assim fala o Deus Javé que criou e desdobrou os céus, estendeu a terra, deu-lhe vegetação, deu respiração ao povo que a habita e sopro aos seres que se movem.6 “Eu, Javé, chamei-te na justiça, tomei-te pela mão, formei-te e te destinei a ser a aliança do povo e a luz das nações, 7 para abrir os olhos dos cegos, para fazer sair os cativos da prisão, e da masmorra os que habitam nas trevas.
Salmo: Sl 26(27), 1.2.3.13-14 (R/. 1a)
R. O Senhor é minha luz e salvação.
1 Só Deus é minha luz e salvação: de quem teria medo? É ele a proteção da minha vida; quem me fará tremer?

2 Quando meus opressores e inimigos me atacam com maldade, buscando devorar a minha carne, tropeçam, vão ao chão.

3 Se um exército erguer-se contra mim, não terei medo algum; se contra mim travar-se uma batalha, ainda assim confio.

13 Hei de ver a bondade do Senhor na terra dos que vivem! 14 Espera no Senhor! Força e coragem! Espera no Senhor!
Evangelho: Jo 12,1-11

1 Seis dias antes da Páscoa, foi Jesus a Betânia, onde morava Lázaro, a quem tinha ressuscitado dos mortos. 2 Tinham preparado ali um jantar para ele. Marta estava servindo enquanto Lázaro estava à mesa com Jesus. 3 Então Maria pegou uma boa quantidade de perfume de nardo puro, de grande valor, ungiu com ele os pés de Jesus e os enxugou com os cabelos. A casa inteira se encheu com o aroma do perfume. 4 Judas, o Iscariotes, aquele que o havia de entregar, disse então: 5 “Por que não foi vendido este perfume por trezentas boas moedas de prata para dar aos pobres?”. 6 Dizia isto, não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão e, tomando conta da bolsa comum, furtava o que ofereciam. 7 Jesus disse: “Deixa Maria em paz. Ela o guardou para esta unção em vista do dia do meu sepultamento. 8 Os pobres estão sempre no meio de vós. Mas eu nem sempre estou”. 9 Muitos judeus souberam que ele estava lá e foram, não somente por causa de Jesus, mas também para ver Lázaro, que Jesus tinha ressuscitado dos mortos. 10 Então os sacerdotes-chefes decidiram matar também a Lázaro, 11 pois, por sua causa, muitos se afastavam dos judeus e criam em Jesus.
Leituras: Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2018 - Ano B - São Marcos, Brasília, Edições CNBB, 2017.
Citações bíblicas: Bíblia Mensagem de Deus, São Paulo, Edições Loyola e Editora Santuário, 2016.
Boa Nova para cada dia
“Pobres sempre tereis convosco, enquanto a Mim, nem sempre Me tereis” (Jo 12,8).
Quando Jesus foi visitar Lázaro, depois de tê-lo ressuscitado, e estando já espiritual e psicologicamente preparado para Sua Paixão, foi surpreendido por Maria, irmã de Lázaro, num gesto de veneração e afeto. Ela ungiu os pés de Jesus com nardo puro, muito caro, e os enxugou com seus cabelos.
Não foi Jesus quem se pronunciou primeiro sobre este gesto de Maria. Foi Judas Iscariotes. Ele criticou aquele ‘esbanjamento’ de perfume, que, pelos seus cálculos, poderia ser vendido por trezenas moedas de prata. Seria para dar de esmola para os pobres. Mas, diz o Evangelho, era para ser desviado para seu bolso.
Jesus sabia destas coisas, mas foi paciente com Judas.
À proposta de Judas, Jesus respondeu: “Pobres sempre tereis convosco, enquanto a Mim, nem sempre Me tereis” (Jo 12,8).
Pensemos sobre estas palavras de Jesus.
Elas nos levam a considerar quem Ele é para nós. Para nós é aquele que São Tomé chamou de “Meu Senhor e meu Deus” (Jo 20,28).
Como nosso Deus, o Filho tem preferência em nossos afetos e projetos. Em relação a Jesus Cristo, assim como em relação a Seu Pai, para nós tem prioridade o Primeiro Mandamento.
Todos nós sabemos disto, mas precisamos reconsiderar este Mandamento não só com frequência como também com profundidade.
É justo insistir muito no amor ao próximo, mas a prioridade é o amor a Deus.
É justo insistir sobre o amor ao próximo, porque nele temos a referência de nosso amor a Deus. São João Evangelista diz que quem não ama ao próximo que vê não consegue amar a Deus que não vê (1Jo 4,20).
Jesus não mandou que os discípulos esquecessem os pobres e só se ocupassem com Ele. Só disse que o amor ao próximo podia ser praticado inúmeras vezes, enquanto que a sua unção por Maria, era um momento único. Ele estava no fim de sua vida neste mundo. Não exigiu o nardo para Si para se afirmar como Filho de Deus, mas para chamar a atenção dos discípulos para o momento próximo de Sua Paixão, que eles deviam valorizar devidamente, altamente, porque seria o Seu momento para salvar o mundo de seus pecados.
Esta passagem do Evangelho, portanto, levam nossos pensamentos para a Paixão de Jesus. É sobre Sua Paixão que se ocupam nossas orações e meditações neste Tempo Quaresmal.
Consideremos, portanto, Jesus preparando-se para Sua Morte. E, depois dela, sua unção uma vez morto. Ele sabia que ninguém teria tempo para ungi-Lo depois de morto, porque seu sepultamento seria feito às pressas. A unção feita por Maria, portanto, foi mais do que oportuna e devida.
Procuremos entrar no íntimo de Jesus, vendo-O considerar o gesto de Maria.
Demonstremos também nós afeto a Jesus que vai para Sua Morte dolorosa, com nossa compaixão unida à nossa gratidão. Por Sua morte fomos todos salvos.
Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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